Diálogo entre central e guarda que matou menino é investigado


Pedido de nº do celular foge dos padrões; promotora também não vê indício que sustente versão do GCM sobre caso na zona leste

Por Alexandre Hisayasu

SÃO PAULO - Um diálogo gravado pela Central de Comunicação (Cetel) da Guarda Civil Metropolitana (GCM) chamou à atenção da Corregedoria da corporação e dos policiais civis que investigam a morte de um menino de 11 anos, em Cidade Tiradentes, na zona leste, em 25 de junho, após uma perseguição. No fim da ocorrência, depois de o garoto ter sido baleado e socorrido, um guarda da Cetel, via rádio, pediu o número do celular dos GCMs que participaram da perseguição. O procedimento está fora dos padrões da Guarda Civil e é investigado.

O secretário municipal de Segurança Urbana, Benedito Mariano, afirmou que a ação dos guardas está sendo investigada do início ao fim pela Corregedoria da GCM. “O motivo desse pedido e o que foi conversado também é investigado”, disse.

Carro onde estava o menino de 11 anos, morto por um GCM Foto: Divulgação
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No âmbito criminal, o caso é apurado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Os policiais estudam pedir à Justiça a quebra do sigilo telefônico dos guardas e intimar o GCM que pediu o número dos celulares para prestar depoimento.

Segundo os GCMs, o menino e dois amigos de 14 anos furtaram um Chevette prata para ir à uma quermesse. Eles foram vistos por um entregador de pizza que avisou os guardas que estavam em uma viatura em patrulhamento. O carro foi localizado e começou uma perseguição no bairro. O GCM Caio Muratori afirmou em depoimento que atirou quatro vezes contra o Chevette porque os ocupantes atiraram contra a viatura primeiro. Um tiro acertou um dos pneus do carro e o outro, a cabeça do menino. Muratori foi autuado em flagrante sob a acusação de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pagou fiança e responde as acusações em liberdade.

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Homem diz que só atiraria nos pneus para imobilizar o veículo, lamenta morte e diz que foi acidente

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Para a promotora Soraia Bicudo Simões Munhoz, não há até agora na investigação indícios que sustentem a versão de Muratori. “Não há indícios de tiros de dentro para fora do carro ocupado pelos garotos, a arma que teria sido usada por eles não apareceu e não há nenhuma prova que justifique a reação deles.”

Sem aviso. Segundo a promotora, também chamou a atenção o comportamento dos GCMs durante a perseguição. “Durante o contato com a Cetel, eles não ligaram a sirene da viatura para perseguir o carro, não disseram à central que os ocupantes estavam atirando nem que eles mesmos revidaram. Quando foi constatado que o menino estava no carro baleado, eles também não avisaram. Quem fez isso foram os outros guardas que vieram no apoio”, contou.

Meninos que estavam com garoto baleado por guarda civil vão a enterro: 'Muito arrependimento'

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Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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SÃO PAULO - Um diálogo gravado pela Central de Comunicação (Cetel) da Guarda Civil Metropolitana (GCM) chamou à atenção da Corregedoria da corporação e dos policiais civis que investigam a morte de um menino de 11 anos, em Cidade Tiradentes, na zona leste, em 25 de junho, após uma perseguição. No fim da ocorrência, depois de o garoto ter sido baleado e socorrido, um guarda da Cetel, via rádio, pediu o número do celular dos GCMs que participaram da perseguição. O procedimento está fora dos padrões da Guarda Civil e é investigado.

O secretário municipal de Segurança Urbana, Benedito Mariano, afirmou que a ação dos guardas está sendo investigada do início ao fim pela Corregedoria da GCM. “O motivo desse pedido e o que foi conversado também é investigado”, disse.

Carro onde estava o menino de 11 anos, morto por um GCM Foto: Divulgação

No âmbito criminal, o caso é apurado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Os policiais estudam pedir à Justiça a quebra do sigilo telefônico dos guardas e intimar o GCM que pediu o número dos celulares para prestar depoimento.

Segundo os GCMs, o menino e dois amigos de 14 anos furtaram um Chevette prata para ir à uma quermesse. Eles foram vistos por um entregador de pizza que avisou os guardas que estavam em uma viatura em patrulhamento. O carro foi localizado e começou uma perseguição no bairro. O GCM Caio Muratori afirmou em depoimento que atirou quatro vezes contra o Chevette porque os ocupantes atiraram contra a viatura primeiro. Um tiro acertou um dos pneus do carro e o outro, a cabeça do menino. Muratori foi autuado em flagrante sob a acusação de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pagou fiança e responde as acusações em liberdade.

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Para a promotora Soraia Bicudo Simões Munhoz, não há até agora na investigação indícios que sustentem a versão de Muratori. “Não há indícios de tiros de dentro para fora do carro ocupado pelos garotos, a arma que teria sido usada por eles não apareceu e não há nenhuma prova que justifique a reação deles.”

Sem aviso. Segundo a promotora, também chamou a atenção o comportamento dos GCMs durante a perseguição. “Durante o contato com a Cetel, eles não ligaram a sirene da viatura para perseguir o carro, não disseram à central que os ocupantes estavam atirando nem que eles mesmos revidaram. Quando foi constatado que o menino estava no carro baleado, eles também não avisaram. Quem fez isso foram os outros guardas que vieram no apoio”, contou.

Meninos que estavam com garoto baleado por guarda civil vão a enterro: 'Muito arrependimento'

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O secretário municipal de Segurança Urbana, Benedito Mariano, afirmou que a ação dos guardas está sendo investigada do início ao fim pela Corregedoria da GCM. “O motivo desse pedido e o que foi conversado também é investigado”, disse.

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No âmbito criminal, o caso é apurado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Os policiais estudam pedir à Justiça a quebra do sigilo telefônico dos guardas e intimar o GCM que pediu o número dos celulares para prestar depoimento.

Segundo os GCMs, o menino e dois amigos de 14 anos furtaram um Chevette prata para ir à uma quermesse. Eles foram vistos por um entregador de pizza que avisou os guardas que estavam em uma viatura em patrulhamento. O carro foi localizado e começou uma perseguição no bairro. O GCM Caio Muratori afirmou em depoimento que atirou quatro vezes contra o Chevette porque os ocupantes atiraram contra a viatura primeiro. Um tiro acertou um dos pneus do carro e o outro, a cabeça do menino. Muratori foi autuado em flagrante sob a acusação de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pagou fiança e responde as acusações em liberdade.

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Para a promotora Soraia Bicudo Simões Munhoz, não há até agora na investigação indícios que sustentem a versão de Muratori. “Não há indícios de tiros de dentro para fora do carro ocupado pelos garotos, a arma que teria sido usada por eles não apareceu e não há nenhuma prova que justifique a reação deles.”

Sem aviso. Segundo a promotora, também chamou a atenção o comportamento dos GCMs durante a perseguição. “Durante o contato com a Cetel, eles não ligaram a sirene da viatura para perseguir o carro, não disseram à central que os ocupantes estavam atirando nem que eles mesmos revidaram. Quando foi constatado que o menino estava no carro baleado, eles também não avisaram. Quem fez isso foram os outros guardas que vieram no apoio”, contou.

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O secretário municipal de Segurança Urbana, Benedito Mariano, afirmou que a ação dos guardas está sendo investigada do início ao fim pela Corregedoria da GCM. “O motivo desse pedido e o que foi conversado também é investigado”, disse.

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Para a promotora Soraia Bicudo Simões Munhoz, não há até agora na investigação indícios que sustentem a versão de Muratori. “Não há indícios de tiros de dentro para fora do carro ocupado pelos garotos, a arma que teria sido usada por eles não apareceu e não há nenhuma prova que justifique a reação deles.”

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