Em pouco tempo, o D.O.M. encurtou as distâncias D.O.M., de Atala, é o 4º melhor do mundo


Restaurante subiu três posições no ranking do The World's 50 Best Restaurants

Por Patrícia Ferraz, Patrícia Ferraz, EDITORA DO PALADAR, EDITOR EXECUTIVO, CRÍTICO DO PALADAR, EDITORA DO PALADAR, EDITOR EXECUTIVO e CRÍTICO DO PALADAR

Foi difícil conter a animação do público quando o nome do D.O.M. soou pelo Guildhall, ontem em Londres, durante a cerimônia de premiação do The World's 50 Best Restaurants. O brasileiro foi eleito o 4.º melhor restaurante do mundo e o melhor na América do Sul. O chef Alex Atala subiu ao palco sob gritos, assobios e aplausos dos colegas que lotavam a plateia. "Ele é um homem sozinho na luta para promover a cozinha brasileira", disse o apresentador do evento, Mark Durden-Smith. O D.O.M. é o único brasileiro na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. Por pouco. O Maní, de Helena Rizzo e Daniel Redondo, ficou de fora por apenas uma colocação - está em 51.º lugar (subiu 23 posições) -, e Roberta Sudbrack entrou no grupo, em 71.º lugar. O Fasano saiu do ranking.Os três primeiros colocados permaneceram os mesmos: o dinamarquês Noma é campeão, pela terceira vez consecutiva. O catalão El Celler de Can Roca ficou em 2.º e o basco Mugaritz, em 3.º.A lista deste ano tem forte presença dos americanos, com oito restaurantes. O melhor colocado é o nova-iorquino Per Se, 6.º lugar, seguido por Alinea, de Chicago. Não há nenhum francês entre os dez melhores - o primeiro a figurar na lista deste ano é o L'Atelier de Jöel Robuchon, em 12.º lugar. Espanha tem sete restaurantes, número igual aos escandinavos somados. Há três italianos - o melhor colocado é Osteria Francescana, de Massimo Bottura, em 5.º lugar. O Astrid y Gastón, do peruano Gastón Acurio, subiu de 42.º para 35.º. No sobe-desce, a queda mais notável foi a do basco Martín Berasategui, que perdeu 38 posições. O francês Michel Bras baixou 17 posições.O The World's 50 Best Restaurants é promovido anualmente pela revista inglesa Restaurant. Os restaurantes são eleitos por um júri internacional composto por 873 jurados, entre chefs, restaurateurs e jornalistas especializados. Os votos não são divulgados. O evento foi transmitido ao vivo pela internet.Análise: Luiz Américo CamargoListas, prêmios, rankings, foram feitos para serem discutidos. Mas, dando a eles o peso adequado, são reveladores de movimentos, de cenários. A lista da Restaurant, dessa forma, não é uma verdade absoluta. Mas dá uma ideia dos caminhos da gastronomia atual - um panorama do qual o D.O.M. vem fazendo parte desde 2006. Se, há seis anos, foi uma surpresa ter um restaurante brasileiro no top 50, o assombro agora não é menor, com o quarto lugar anunciado ontem.No fragmentado mundo pós-Ferran Adrià, na incerteza sobre de onde virá a próxima "grande onda", o chef Alex Atala conseguiu ocupar um espaço de destaque. Cozinheiro inquieto e perfeccionista, defensor enfático dos produtos brasileiros, Atala não só tem sido hábil com ingredientes e pratos como vem fazendo um notável trabalho de construção de imagem pública: na cozinha, ele é o Brasil, assim como o Brasil é ele. Ainda em 2006, num texto para o Paladar sobre a entrada do D.O.M. no top 50, escrevi que o restaurante da R. Barão de Capanema vinha se afirmando como o melhor brasileiro. Mas seria mesmo um dos melhores do planeta, ou era um exagero? Hoje, eu diria que a evolução do D.O.M. foi tão consistente que faz todo sentido que ele esteja na elite da gastronomia.Sua cozinha não é mais aquela de meados da década, foi além. E compreender a proposta atual do D.O.M., a meu ver, já não funciona no esquema entrada-prato: a justa expressão da casa está nos menus-degustação. Há mais rigor nas execuções, mais solidez conceitual - mas mantendo o sabor em primeiro plano. O serviço é preciso, fluente. Atala manteve as bases clássicas, não se desconectou do moderno e jamais abriu mão da peculiaridade de ser brasileiro. Se, no passado, havia grande diferença em relação a seus pares na Europa e nos EUA, o chef foi encurtando distâncias, diluindo barreiras. O D.O.M., no alto do ranking, faz, sim, uma bela figura.

Foi difícil conter a animação do público quando o nome do D.O.M. soou pelo Guildhall, ontem em Londres, durante a cerimônia de premiação do The World's 50 Best Restaurants. O brasileiro foi eleito o 4.º melhor restaurante do mundo e o melhor na América do Sul. O chef Alex Atala subiu ao palco sob gritos, assobios e aplausos dos colegas que lotavam a plateia. "Ele é um homem sozinho na luta para promover a cozinha brasileira", disse o apresentador do evento, Mark Durden-Smith. O D.O.M. é o único brasileiro na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. Por pouco. O Maní, de Helena Rizzo e Daniel Redondo, ficou de fora por apenas uma colocação - está em 51.º lugar (subiu 23 posições) -, e Roberta Sudbrack entrou no grupo, em 71.º lugar. O Fasano saiu do ranking.Os três primeiros colocados permaneceram os mesmos: o dinamarquês Noma é campeão, pela terceira vez consecutiva. O catalão El Celler de Can Roca ficou em 2.º e o basco Mugaritz, em 3.º.A lista deste ano tem forte presença dos americanos, com oito restaurantes. O melhor colocado é o nova-iorquino Per Se, 6.º lugar, seguido por Alinea, de Chicago. Não há nenhum francês entre os dez melhores - o primeiro a figurar na lista deste ano é o L'Atelier de Jöel Robuchon, em 12.º lugar. Espanha tem sete restaurantes, número igual aos escandinavos somados. Há três italianos - o melhor colocado é Osteria Francescana, de Massimo Bottura, em 5.º lugar. O Astrid y Gastón, do peruano Gastón Acurio, subiu de 42.º para 35.º. No sobe-desce, a queda mais notável foi a do basco Martín Berasategui, que perdeu 38 posições. O francês Michel Bras baixou 17 posições.O The World's 50 Best Restaurants é promovido anualmente pela revista inglesa Restaurant. Os restaurantes são eleitos por um júri internacional composto por 873 jurados, entre chefs, restaurateurs e jornalistas especializados. Os votos não são divulgados. O evento foi transmitido ao vivo pela internet.Análise: Luiz Américo CamargoListas, prêmios, rankings, foram feitos para serem discutidos. Mas, dando a eles o peso adequado, são reveladores de movimentos, de cenários. A lista da Restaurant, dessa forma, não é uma verdade absoluta. Mas dá uma ideia dos caminhos da gastronomia atual - um panorama do qual o D.O.M. vem fazendo parte desde 2006. Se, há seis anos, foi uma surpresa ter um restaurante brasileiro no top 50, o assombro agora não é menor, com o quarto lugar anunciado ontem.No fragmentado mundo pós-Ferran Adrià, na incerteza sobre de onde virá a próxima "grande onda", o chef Alex Atala conseguiu ocupar um espaço de destaque. Cozinheiro inquieto e perfeccionista, defensor enfático dos produtos brasileiros, Atala não só tem sido hábil com ingredientes e pratos como vem fazendo um notável trabalho de construção de imagem pública: na cozinha, ele é o Brasil, assim como o Brasil é ele. Ainda em 2006, num texto para o Paladar sobre a entrada do D.O.M. no top 50, escrevi que o restaurante da R. Barão de Capanema vinha se afirmando como o melhor brasileiro. Mas seria mesmo um dos melhores do planeta, ou era um exagero? Hoje, eu diria que a evolução do D.O.M. foi tão consistente que faz todo sentido que ele esteja na elite da gastronomia.Sua cozinha não é mais aquela de meados da década, foi além. E compreender a proposta atual do D.O.M., a meu ver, já não funciona no esquema entrada-prato: a justa expressão da casa está nos menus-degustação. Há mais rigor nas execuções, mais solidez conceitual - mas mantendo o sabor em primeiro plano. O serviço é preciso, fluente. Atala manteve as bases clássicas, não se desconectou do moderno e jamais abriu mão da peculiaridade de ser brasileiro. Se, no passado, havia grande diferença em relação a seus pares na Europa e nos EUA, o chef foi encurtando distâncias, diluindo barreiras. O D.O.M., no alto do ranking, faz, sim, uma bela figura.

Foi difícil conter a animação do público quando o nome do D.O.M. soou pelo Guildhall, ontem em Londres, durante a cerimônia de premiação do The World's 50 Best Restaurants. O brasileiro foi eleito o 4.º melhor restaurante do mundo e o melhor na América do Sul. O chef Alex Atala subiu ao palco sob gritos, assobios e aplausos dos colegas que lotavam a plateia. "Ele é um homem sozinho na luta para promover a cozinha brasileira", disse o apresentador do evento, Mark Durden-Smith. O D.O.M. é o único brasileiro na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. Por pouco. O Maní, de Helena Rizzo e Daniel Redondo, ficou de fora por apenas uma colocação - está em 51.º lugar (subiu 23 posições) -, e Roberta Sudbrack entrou no grupo, em 71.º lugar. O Fasano saiu do ranking.Os três primeiros colocados permaneceram os mesmos: o dinamarquês Noma é campeão, pela terceira vez consecutiva. O catalão El Celler de Can Roca ficou em 2.º e o basco Mugaritz, em 3.º.A lista deste ano tem forte presença dos americanos, com oito restaurantes. O melhor colocado é o nova-iorquino Per Se, 6.º lugar, seguido por Alinea, de Chicago. Não há nenhum francês entre os dez melhores - o primeiro a figurar na lista deste ano é o L'Atelier de Jöel Robuchon, em 12.º lugar. Espanha tem sete restaurantes, número igual aos escandinavos somados. Há três italianos - o melhor colocado é Osteria Francescana, de Massimo Bottura, em 5.º lugar. O Astrid y Gastón, do peruano Gastón Acurio, subiu de 42.º para 35.º. No sobe-desce, a queda mais notável foi a do basco Martín Berasategui, que perdeu 38 posições. O francês Michel Bras baixou 17 posições.O The World's 50 Best Restaurants é promovido anualmente pela revista inglesa Restaurant. Os restaurantes são eleitos por um júri internacional composto por 873 jurados, entre chefs, restaurateurs e jornalistas especializados. Os votos não são divulgados. O evento foi transmitido ao vivo pela internet.Análise: Luiz Américo CamargoListas, prêmios, rankings, foram feitos para serem discutidos. Mas, dando a eles o peso adequado, são reveladores de movimentos, de cenários. A lista da Restaurant, dessa forma, não é uma verdade absoluta. Mas dá uma ideia dos caminhos da gastronomia atual - um panorama do qual o D.O.M. vem fazendo parte desde 2006. Se, há seis anos, foi uma surpresa ter um restaurante brasileiro no top 50, o assombro agora não é menor, com o quarto lugar anunciado ontem.No fragmentado mundo pós-Ferran Adrià, na incerteza sobre de onde virá a próxima "grande onda", o chef Alex Atala conseguiu ocupar um espaço de destaque. Cozinheiro inquieto e perfeccionista, defensor enfático dos produtos brasileiros, Atala não só tem sido hábil com ingredientes e pratos como vem fazendo um notável trabalho de construção de imagem pública: na cozinha, ele é o Brasil, assim como o Brasil é ele. Ainda em 2006, num texto para o Paladar sobre a entrada do D.O.M. no top 50, escrevi que o restaurante da R. Barão de Capanema vinha se afirmando como o melhor brasileiro. Mas seria mesmo um dos melhores do planeta, ou era um exagero? Hoje, eu diria que a evolução do D.O.M. foi tão consistente que faz todo sentido que ele esteja na elite da gastronomia.Sua cozinha não é mais aquela de meados da década, foi além. E compreender a proposta atual do D.O.M., a meu ver, já não funciona no esquema entrada-prato: a justa expressão da casa está nos menus-degustação. Há mais rigor nas execuções, mais solidez conceitual - mas mantendo o sabor em primeiro plano. O serviço é preciso, fluente. Atala manteve as bases clássicas, não se desconectou do moderno e jamais abriu mão da peculiaridade de ser brasileiro. Se, no passado, havia grande diferença em relação a seus pares na Europa e nos EUA, o chef foi encurtando distâncias, diluindo barreiras. O D.O.M., no alto do ranking, faz, sim, uma bela figura.

Foi difícil conter a animação do público quando o nome do D.O.M. soou pelo Guildhall, ontem em Londres, durante a cerimônia de premiação do The World's 50 Best Restaurants. O brasileiro foi eleito o 4.º melhor restaurante do mundo e o melhor na América do Sul. O chef Alex Atala subiu ao palco sob gritos, assobios e aplausos dos colegas que lotavam a plateia. "Ele é um homem sozinho na luta para promover a cozinha brasileira", disse o apresentador do evento, Mark Durden-Smith. O D.O.M. é o único brasileiro na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. Por pouco. O Maní, de Helena Rizzo e Daniel Redondo, ficou de fora por apenas uma colocação - está em 51.º lugar (subiu 23 posições) -, e Roberta Sudbrack entrou no grupo, em 71.º lugar. O Fasano saiu do ranking.Os três primeiros colocados permaneceram os mesmos: o dinamarquês Noma é campeão, pela terceira vez consecutiva. O catalão El Celler de Can Roca ficou em 2.º e o basco Mugaritz, em 3.º.A lista deste ano tem forte presença dos americanos, com oito restaurantes. O melhor colocado é o nova-iorquino Per Se, 6.º lugar, seguido por Alinea, de Chicago. Não há nenhum francês entre os dez melhores - o primeiro a figurar na lista deste ano é o L'Atelier de Jöel Robuchon, em 12.º lugar. Espanha tem sete restaurantes, número igual aos escandinavos somados. Há três italianos - o melhor colocado é Osteria Francescana, de Massimo Bottura, em 5.º lugar. O Astrid y Gastón, do peruano Gastón Acurio, subiu de 42.º para 35.º. No sobe-desce, a queda mais notável foi a do basco Martín Berasategui, que perdeu 38 posições. O francês Michel Bras baixou 17 posições.O The World's 50 Best Restaurants é promovido anualmente pela revista inglesa Restaurant. Os restaurantes são eleitos por um júri internacional composto por 873 jurados, entre chefs, restaurateurs e jornalistas especializados. Os votos não são divulgados. O evento foi transmitido ao vivo pela internet.Análise: Luiz Américo CamargoListas, prêmios, rankings, foram feitos para serem discutidos. Mas, dando a eles o peso adequado, são reveladores de movimentos, de cenários. A lista da Restaurant, dessa forma, não é uma verdade absoluta. Mas dá uma ideia dos caminhos da gastronomia atual - um panorama do qual o D.O.M. vem fazendo parte desde 2006. Se, há seis anos, foi uma surpresa ter um restaurante brasileiro no top 50, o assombro agora não é menor, com o quarto lugar anunciado ontem.No fragmentado mundo pós-Ferran Adrià, na incerteza sobre de onde virá a próxima "grande onda", o chef Alex Atala conseguiu ocupar um espaço de destaque. Cozinheiro inquieto e perfeccionista, defensor enfático dos produtos brasileiros, Atala não só tem sido hábil com ingredientes e pratos como vem fazendo um notável trabalho de construção de imagem pública: na cozinha, ele é o Brasil, assim como o Brasil é ele. Ainda em 2006, num texto para o Paladar sobre a entrada do D.O.M. no top 50, escrevi que o restaurante da R. Barão de Capanema vinha se afirmando como o melhor brasileiro. Mas seria mesmo um dos melhores do planeta, ou era um exagero? Hoje, eu diria que a evolução do D.O.M. foi tão consistente que faz todo sentido que ele esteja na elite da gastronomia.Sua cozinha não é mais aquela de meados da década, foi além. E compreender a proposta atual do D.O.M., a meu ver, já não funciona no esquema entrada-prato: a justa expressão da casa está nos menus-degustação. Há mais rigor nas execuções, mais solidez conceitual - mas mantendo o sabor em primeiro plano. O serviço é preciso, fluente. Atala manteve as bases clássicas, não se desconectou do moderno e jamais abriu mão da peculiaridade de ser brasileiro. Se, no passado, havia grande diferença em relação a seus pares na Europa e nos EUA, o chef foi encurtando distâncias, diluindo barreiras. O D.O.M., no alto do ranking, faz, sim, uma bela figura.

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