‘Enterraram os sonhos do meu filho e o chamaram de bandido’, diz mãe que acusa a PM


Filho da auxiliar administrativa Tatiana Silva foi morto após uma festa na zona sul e testemunhas apontam envolvimento da polícia. 'É um túnel de sofrimento que não tem fim', diz

Por Marco Antônio Carvalho

SÃO PAULO - Domingo retrasado foi um dia triste para a auxiliar administrativa Tatiana Lima Silva, de 38 anos. Mais um. Há um ano, ela recebia a informação de que, durante uma festa no Jardim São Luís, zona sul de São Paulo, seu filho, Peterson Silva de Oliveira, de 18 anos, fora baleado na nuca e morrera. De testemunhas, ouviu com ênfase que os autores da morte eram policiais militares acionados supostamente diante de uma vizinhança descontente com o barulho. “Todos os dias são ruins, mas alguns são piores. Dia das Mães e os dias 14. Dia 14 de agosto era aniversário dele. É um túnel de sofrimento que não tem fim”, disse. 

+ Letalidade policial em São Paulo é a maior desde 2001; homicídios caem

Tatiana cobra a elucidação do caso Foto: Amanda Perobelli/Estadão
continua após a publicidade

Ela relembra com alegria o fato de ter conseguido um emprego fixo para o filho no mesmo local onde ela trabalha, um shopping da capital, após ele estagiar no local por três anos. Lá, ele trabalha como estoquista e, feliz, cumpria os últimos trâmites para tirar a carteira de habilitação. “Sonhava com um carro e estava perto disso porque pagávamos um consórcio. Mas todos os sonhos deles foram enterrados e enterrados enquanto o chamavam de bandido, coisa que ele não era”, lamenta Tatiana.

Segundo ela, o filho nunca teve passagem pela polícia e não reagiu de forma inapropriada a nenhuma abordagem. No local da morte, a polícia disse ter encontrado uma arma de fogo, que apresentou na delegacia. Testemunhas negam a versão de confronto. “Fizeram uma vistoria na história dele, mas não encontraram nada que o desabonasse. A sociedade é muito preconceituosa porque, se ele tivesse passagem, logo isso seria um indício de que merecia ter morrido. Mas ele não tinha. Ele não mereceu”, disse. 

Ela descreve o filho com uma pessoa “super tranquila e que gostava muito de dançar, de sair, ir em festa”, mas “não usava drogas, e sequer punha um cigarro na boca”. Tatiana disse acreditar que a investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, esteja próximo de encerrar a investigação, comprovando a culpa dos policiais. 

continua após a publicidade

Enquanto isso não acontece, não hesita em relembrar a história do filho, ainda que isso a leve aos prantos com poucos minutos de conversa. “É a unica forma que eu tenho de cobrar providências. Se eu tenho medo da polícia? Moro no extremo da zona sul e só quem vive aqui sabe como as coisas funcionam. Tenho medo, mas já não tenho mais nada a perder.”

Ao Estado, o o DHPP informou que todos os policiais militares foram ouvidos, e está faltando a oitiva de três testemunhas. "Também foi solicitada a reconstituição do caso", disse o departamento.

SÃO PAULO - Domingo retrasado foi um dia triste para a auxiliar administrativa Tatiana Lima Silva, de 38 anos. Mais um. Há um ano, ela recebia a informação de que, durante uma festa no Jardim São Luís, zona sul de São Paulo, seu filho, Peterson Silva de Oliveira, de 18 anos, fora baleado na nuca e morrera. De testemunhas, ouviu com ênfase que os autores da morte eram policiais militares acionados supostamente diante de uma vizinhança descontente com o barulho. “Todos os dias são ruins, mas alguns são piores. Dia das Mães e os dias 14. Dia 14 de agosto era aniversário dele. É um túnel de sofrimento que não tem fim”, disse. 

+ Letalidade policial em São Paulo é a maior desde 2001; homicídios caem

Tatiana cobra a elucidação do caso Foto: Amanda Perobelli/Estadão

Ela relembra com alegria o fato de ter conseguido um emprego fixo para o filho no mesmo local onde ela trabalha, um shopping da capital, após ele estagiar no local por três anos. Lá, ele trabalha como estoquista e, feliz, cumpria os últimos trâmites para tirar a carteira de habilitação. “Sonhava com um carro e estava perto disso porque pagávamos um consórcio. Mas todos os sonhos deles foram enterrados e enterrados enquanto o chamavam de bandido, coisa que ele não era”, lamenta Tatiana.

Segundo ela, o filho nunca teve passagem pela polícia e não reagiu de forma inapropriada a nenhuma abordagem. No local da morte, a polícia disse ter encontrado uma arma de fogo, que apresentou na delegacia. Testemunhas negam a versão de confronto. “Fizeram uma vistoria na história dele, mas não encontraram nada que o desabonasse. A sociedade é muito preconceituosa porque, se ele tivesse passagem, logo isso seria um indício de que merecia ter morrido. Mas ele não tinha. Ele não mereceu”, disse. 

Ela descreve o filho com uma pessoa “super tranquila e que gostava muito de dançar, de sair, ir em festa”, mas “não usava drogas, e sequer punha um cigarro na boca”. Tatiana disse acreditar que a investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, esteja próximo de encerrar a investigação, comprovando a culpa dos policiais. 

Enquanto isso não acontece, não hesita em relembrar a história do filho, ainda que isso a leve aos prantos com poucos minutos de conversa. “É a unica forma que eu tenho de cobrar providências. Se eu tenho medo da polícia? Moro no extremo da zona sul e só quem vive aqui sabe como as coisas funcionam. Tenho medo, mas já não tenho mais nada a perder.”

Ao Estado, o o DHPP informou que todos os policiais militares foram ouvidos, e está faltando a oitiva de três testemunhas. "Também foi solicitada a reconstituição do caso", disse o departamento.

SÃO PAULO - Domingo retrasado foi um dia triste para a auxiliar administrativa Tatiana Lima Silva, de 38 anos. Mais um. Há um ano, ela recebia a informação de que, durante uma festa no Jardim São Luís, zona sul de São Paulo, seu filho, Peterson Silva de Oliveira, de 18 anos, fora baleado na nuca e morrera. De testemunhas, ouviu com ênfase que os autores da morte eram policiais militares acionados supostamente diante de uma vizinhança descontente com o barulho. “Todos os dias são ruins, mas alguns são piores. Dia das Mães e os dias 14. Dia 14 de agosto era aniversário dele. É um túnel de sofrimento que não tem fim”, disse. 

+ Letalidade policial em São Paulo é a maior desde 2001; homicídios caem

Tatiana cobra a elucidação do caso Foto: Amanda Perobelli/Estadão

Ela relembra com alegria o fato de ter conseguido um emprego fixo para o filho no mesmo local onde ela trabalha, um shopping da capital, após ele estagiar no local por três anos. Lá, ele trabalha como estoquista e, feliz, cumpria os últimos trâmites para tirar a carteira de habilitação. “Sonhava com um carro e estava perto disso porque pagávamos um consórcio. Mas todos os sonhos deles foram enterrados e enterrados enquanto o chamavam de bandido, coisa que ele não era”, lamenta Tatiana.

Segundo ela, o filho nunca teve passagem pela polícia e não reagiu de forma inapropriada a nenhuma abordagem. No local da morte, a polícia disse ter encontrado uma arma de fogo, que apresentou na delegacia. Testemunhas negam a versão de confronto. “Fizeram uma vistoria na história dele, mas não encontraram nada que o desabonasse. A sociedade é muito preconceituosa porque, se ele tivesse passagem, logo isso seria um indício de que merecia ter morrido. Mas ele não tinha. Ele não mereceu”, disse. 

Ela descreve o filho com uma pessoa “super tranquila e que gostava muito de dançar, de sair, ir em festa”, mas “não usava drogas, e sequer punha um cigarro na boca”. Tatiana disse acreditar que a investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, esteja próximo de encerrar a investigação, comprovando a culpa dos policiais. 

Enquanto isso não acontece, não hesita em relembrar a história do filho, ainda que isso a leve aos prantos com poucos minutos de conversa. “É a unica forma que eu tenho de cobrar providências. Se eu tenho medo da polícia? Moro no extremo da zona sul e só quem vive aqui sabe como as coisas funcionam. Tenho medo, mas já não tenho mais nada a perder.”

Ao Estado, o o DHPP informou que todos os policiais militares foram ouvidos, e está faltando a oitiva de três testemunhas. "Também foi solicitada a reconstituição do caso", disse o departamento.

SÃO PAULO - Domingo retrasado foi um dia triste para a auxiliar administrativa Tatiana Lima Silva, de 38 anos. Mais um. Há um ano, ela recebia a informação de que, durante uma festa no Jardim São Luís, zona sul de São Paulo, seu filho, Peterson Silva de Oliveira, de 18 anos, fora baleado na nuca e morrera. De testemunhas, ouviu com ênfase que os autores da morte eram policiais militares acionados supostamente diante de uma vizinhança descontente com o barulho. “Todos os dias são ruins, mas alguns são piores. Dia das Mães e os dias 14. Dia 14 de agosto era aniversário dele. É um túnel de sofrimento que não tem fim”, disse. 

+ Letalidade policial em São Paulo é a maior desde 2001; homicídios caem

Tatiana cobra a elucidação do caso Foto: Amanda Perobelli/Estadão

Ela relembra com alegria o fato de ter conseguido um emprego fixo para o filho no mesmo local onde ela trabalha, um shopping da capital, após ele estagiar no local por três anos. Lá, ele trabalha como estoquista e, feliz, cumpria os últimos trâmites para tirar a carteira de habilitação. “Sonhava com um carro e estava perto disso porque pagávamos um consórcio. Mas todos os sonhos deles foram enterrados e enterrados enquanto o chamavam de bandido, coisa que ele não era”, lamenta Tatiana.

Segundo ela, o filho nunca teve passagem pela polícia e não reagiu de forma inapropriada a nenhuma abordagem. No local da morte, a polícia disse ter encontrado uma arma de fogo, que apresentou na delegacia. Testemunhas negam a versão de confronto. “Fizeram uma vistoria na história dele, mas não encontraram nada que o desabonasse. A sociedade é muito preconceituosa porque, se ele tivesse passagem, logo isso seria um indício de que merecia ter morrido. Mas ele não tinha. Ele não mereceu”, disse. 

Ela descreve o filho com uma pessoa “super tranquila e que gostava muito de dançar, de sair, ir em festa”, mas “não usava drogas, e sequer punha um cigarro na boca”. Tatiana disse acreditar que a investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, esteja próximo de encerrar a investigação, comprovando a culpa dos policiais. 

Enquanto isso não acontece, não hesita em relembrar a história do filho, ainda que isso a leve aos prantos com poucos minutos de conversa. “É a unica forma que eu tenho de cobrar providências. Se eu tenho medo da polícia? Moro no extremo da zona sul e só quem vive aqui sabe como as coisas funcionam. Tenho medo, mas já não tenho mais nada a perder.”

Ao Estado, o o DHPP informou que todos os policiais militares foram ouvidos, e está faltando a oitiva de três testemunhas. "Também foi solicitada a reconstituição do caso", disse o departamento.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.