Novo comandante-geral da PM toma posse e defende ação no Carandiru


Nivaldo Restivo, ex-chefe do Choque, substitui Ricardo Gambaroni; em cerimônia, ele disse ter convicção de que atuação da PM no presídio foi 'legítima e necessária'

SÃO PAULO - Em sua primeira declaração como comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Nivaldo Restivo defendeua atuação da PM que resultou na morte dos 111 presos do Massacre do Carandiru, pelo qual chegou a responder processo por ter participado. “Tenho convicção de que a atuação da Polícia Militar foi legítima e necessária”, disse o coronel sobre o massacre, ocorrido em 1992 na Casa de Detenção.

A declaração foi dada durante entrevista coletiva após sua posse, na Academia Militar do Barro Branco, na zona norte. Durante o discurso de posse, instantes antes, havia dito que “a nossa função sempre será a de preservar vidas, o que inclui vítimas, infratores da lei e o próprio policial militar” e sua preocupação seria manter baixo os índices de criminalidade.

Nivaldo Restino tomou posse na manhã desta sexta-feira, 17, na Academia de Polícia Militar do Barro Branco Foto: Alexandre Carvalho/Governo do Estado de SP
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Restivo foi indiciado por ter participado do espancamento de 87 detentos. Na época, ele era 1.º tenente do 2.º Batalhão de Choque da PM – divisão que não invadiu a cadeia naquele 2 de outubro de 1992, mas que é acusada de ter formado um corredor para espancar os presos dominados. Para o MPE, Restivo tinha o dever de impedir o espancamento, mas não o fez. 

O novo comandante-geral fez as afirmações sobre o massacre quando comentava a acusação. Disse que, naquele dia, era responsável pelo suprimento logístico da tropa e não participou de nenhum ato. Ao coronel, foi oferecida a opção de transição penal (conversão da pena em punição leve), mas ele não aceitou – para provar sua inocência, segundo disse. 

A 4.ª Câmara de Direito Criminal anulou o julgamento do Massacre em setembro do ano passado, após cinco júris populares condenarem 74 PMs envolvidos nos assassinatos.

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‘Mensagem’. Para o advogado Ariel de Castro Alves, conselheiro estadual de Direitos Humanos (Condepe), “ao legitimar a atuação da PM no Massacre do Carandiru, o novo comandante passa a mensagem aos comandados de que terão ‘licença para matar’”. O ouvidor das polícias de São Paulo, Julio Cesar Fernandes, afirmou que é flagrante que a ação foi ilegítima, mas que seria preciso esperar para ver a atuação do novo comandante. 

Procurada, a Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que “não comenta manifestações de cunho pessoal”

SÃO PAULO - Em sua primeira declaração como comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Nivaldo Restivo defendeua atuação da PM que resultou na morte dos 111 presos do Massacre do Carandiru, pelo qual chegou a responder processo por ter participado. “Tenho convicção de que a atuação da Polícia Militar foi legítima e necessária”, disse o coronel sobre o massacre, ocorrido em 1992 na Casa de Detenção.

A declaração foi dada durante entrevista coletiva após sua posse, na Academia Militar do Barro Branco, na zona norte. Durante o discurso de posse, instantes antes, havia dito que “a nossa função sempre será a de preservar vidas, o que inclui vítimas, infratores da lei e o próprio policial militar” e sua preocupação seria manter baixo os índices de criminalidade.

Nivaldo Restino tomou posse na manhã desta sexta-feira, 17, na Academia de Polícia Militar do Barro Branco Foto: Alexandre Carvalho/Governo do Estado de SP

Restivo foi indiciado por ter participado do espancamento de 87 detentos. Na época, ele era 1.º tenente do 2.º Batalhão de Choque da PM – divisão que não invadiu a cadeia naquele 2 de outubro de 1992, mas que é acusada de ter formado um corredor para espancar os presos dominados. Para o MPE, Restivo tinha o dever de impedir o espancamento, mas não o fez. 

O novo comandante-geral fez as afirmações sobre o massacre quando comentava a acusação. Disse que, naquele dia, era responsável pelo suprimento logístico da tropa e não participou de nenhum ato. Ao coronel, foi oferecida a opção de transição penal (conversão da pena em punição leve), mas ele não aceitou – para provar sua inocência, segundo disse. 

A 4.ª Câmara de Direito Criminal anulou o julgamento do Massacre em setembro do ano passado, após cinco júris populares condenarem 74 PMs envolvidos nos assassinatos.

‘Mensagem’. Para o advogado Ariel de Castro Alves, conselheiro estadual de Direitos Humanos (Condepe), “ao legitimar a atuação da PM no Massacre do Carandiru, o novo comandante passa a mensagem aos comandados de que terão ‘licença para matar’”. O ouvidor das polícias de São Paulo, Julio Cesar Fernandes, afirmou que é flagrante que a ação foi ilegítima, mas que seria preciso esperar para ver a atuação do novo comandante. 

Procurada, a Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que “não comenta manifestações de cunho pessoal”

SÃO PAULO - Em sua primeira declaração como comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Nivaldo Restivo defendeua atuação da PM que resultou na morte dos 111 presos do Massacre do Carandiru, pelo qual chegou a responder processo por ter participado. “Tenho convicção de que a atuação da Polícia Militar foi legítima e necessária”, disse o coronel sobre o massacre, ocorrido em 1992 na Casa de Detenção.

A declaração foi dada durante entrevista coletiva após sua posse, na Academia Militar do Barro Branco, na zona norte. Durante o discurso de posse, instantes antes, havia dito que “a nossa função sempre será a de preservar vidas, o que inclui vítimas, infratores da lei e o próprio policial militar” e sua preocupação seria manter baixo os índices de criminalidade.

Nivaldo Restino tomou posse na manhã desta sexta-feira, 17, na Academia de Polícia Militar do Barro Branco Foto: Alexandre Carvalho/Governo do Estado de SP

Restivo foi indiciado por ter participado do espancamento de 87 detentos. Na época, ele era 1.º tenente do 2.º Batalhão de Choque da PM – divisão que não invadiu a cadeia naquele 2 de outubro de 1992, mas que é acusada de ter formado um corredor para espancar os presos dominados. Para o MPE, Restivo tinha o dever de impedir o espancamento, mas não o fez. 

O novo comandante-geral fez as afirmações sobre o massacre quando comentava a acusação. Disse que, naquele dia, era responsável pelo suprimento logístico da tropa e não participou de nenhum ato. Ao coronel, foi oferecida a opção de transição penal (conversão da pena em punição leve), mas ele não aceitou – para provar sua inocência, segundo disse. 

A 4.ª Câmara de Direito Criminal anulou o julgamento do Massacre em setembro do ano passado, após cinco júris populares condenarem 74 PMs envolvidos nos assassinatos.

‘Mensagem’. Para o advogado Ariel de Castro Alves, conselheiro estadual de Direitos Humanos (Condepe), “ao legitimar a atuação da PM no Massacre do Carandiru, o novo comandante passa a mensagem aos comandados de que terão ‘licença para matar’”. O ouvidor das polícias de São Paulo, Julio Cesar Fernandes, afirmou que é flagrante que a ação foi ilegítima, mas que seria preciso esperar para ver a atuação do novo comandante. 

Procurada, a Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que “não comenta manifestações de cunho pessoal”

SÃO PAULO - Em sua primeira declaração como comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Nivaldo Restivo defendeua atuação da PM que resultou na morte dos 111 presos do Massacre do Carandiru, pelo qual chegou a responder processo por ter participado. “Tenho convicção de que a atuação da Polícia Militar foi legítima e necessária”, disse o coronel sobre o massacre, ocorrido em 1992 na Casa de Detenção.

A declaração foi dada durante entrevista coletiva após sua posse, na Academia Militar do Barro Branco, na zona norte. Durante o discurso de posse, instantes antes, havia dito que “a nossa função sempre será a de preservar vidas, o que inclui vítimas, infratores da lei e o próprio policial militar” e sua preocupação seria manter baixo os índices de criminalidade.

Nivaldo Restino tomou posse na manhã desta sexta-feira, 17, na Academia de Polícia Militar do Barro Branco Foto: Alexandre Carvalho/Governo do Estado de SP

Restivo foi indiciado por ter participado do espancamento de 87 detentos. Na época, ele era 1.º tenente do 2.º Batalhão de Choque da PM – divisão que não invadiu a cadeia naquele 2 de outubro de 1992, mas que é acusada de ter formado um corredor para espancar os presos dominados. Para o MPE, Restivo tinha o dever de impedir o espancamento, mas não o fez. 

O novo comandante-geral fez as afirmações sobre o massacre quando comentava a acusação. Disse que, naquele dia, era responsável pelo suprimento logístico da tropa e não participou de nenhum ato. Ao coronel, foi oferecida a opção de transição penal (conversão da pena em punição leve), mas ele não aceitou – para provar sua inocência, segundo disse. 

A 4.ª Câmara de Direito Criminal anulou o julgamento do Massacre em setembro do ano passado, após cinco júris populares condenarem 74 PMs envolvidos nos assassinatos.

‘Mensagem’. Para o advogado Ariel de Castro Alves, conselheiro estadual de Direitos Humanos (Condepe), “ao legitimar a atuação da PM no Massacre do Carandiru, o novo comandante passa a mensagem aos comandados de que terão ‘licença para matar’”. O ouvidor das polícias de São Paulo, Julio Cesar Fernandes, afirmou que é flagrante que a ação foi ilegítima, mas que seria preciso esperar para ver a atuação do novo comandante. 

Procurada, a Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que “não comenta manifestações de cunho pessoal”

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