Guarulhos 'esconde' obra de Tarsila do Amaral


Pintado em 1931, quadro fica em uma caixa dentro de prédio da Secretaria de Segurança municipal

Por Edison Veiga

Um quadro de Tarsila do Amaral que pertence à Prefeitura de Guarulhos fica escondido dentro de um prédio da Secretaria de Segurança Pública do município. Datado de 1931, Padre Bento mede 89 cm por 105 cm e desde 2002 está guardado no Centro de Formação da Guarda Civil Municipal (GCM). O Estado recebeu uma foto em que o quadro aparecia apenas apoiado sobre uma mesa, sem maiores cuidados. Na quarta-feira, a reportagem foi até a unidade da GCM, com a intenção de checar a manutenção. Apesar de aguardar durante quase 4 horas na frente do endereço - e nesse meio tempo solicitar autorizações de entrada tanto para a GCM quanto para a Secretaria Municipal de Cultura -, a reportagem foi impedida de entrar no prédio e verificar como a obra é mantida. Em nota, a Prefeitura de Guarulhos afirmou que a tela "está armazenada em uma caixa de MDF, com tampa de madeira furada presa à parede, aproximadamente a 3 metros do chão". Para mostrar que Padre Bento está em boas condições, a Prefeitura de Guarulhos preferiu armar uma operação e levar o quadro até a sede da Secretaria de Cultura, a 15 minutos de lá. Oito funcionários e três carros foram mobilizados - a picape levou o quadro escoltada. No local, o secretário de Cultura do município, Edmilson Souza, não julgou relevante a foto recebida pelo Estado. Exibindo a mesma em seu tablet, ele afirmou que a imagem foi "irregularmente divulgada". "Trata-se de uma rotina normal, para controle interno. Periodicamente, esse quadro é visitado por uma equipe, é apoiado sobre uma mesa e fotografado", diz o secretário. Questionado sobre a visita ao local, ele argumentou que "mostrar o tipo de armazenamento" facilitaria uma eventual quebra na segurança.Histórico. Padre Bento foi uma homenagem de Tarsila do Amaral (1886-1973) ao sacerdote Bento Dias Pacheco (1819-1911), amigo de sua família e conhecido por amparar hansenianos - em uma época em que esses doentes viviam marginalizados. A obra foi doada ao Sanatório Padre Bento, que funcionava em Guarulhos. Com o fim da internação compulsória dos hansenianos, nos anos 1960, o sanatório foi transformado em hospital. "E o quadro acabou desaparecendo", relata o secretário de Cultura.Só foi encontrado alguns anos depois, perdido - e danificado - em um almoxarifado. Encaminhado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Rio, a tela passou por um restauro que levou alguns meses, em 1972. Concluído o trabalho, ninguém da prefeitura de Guarulhos foi buscá-lo de volta. A obra retornou à cidade no início da década de 1980. Passou a decorar o gabinete do prefeito. Em 2002, quando Edmilson Souza foi secretário de Cultura pela primeira vez, ele encomendou um estudo de autenticidade da obra. E determinou que ela saísse do gabinete. "Havia uma frequência muito grande de pessoas. Não era seguro", explica. Depois, o quadro passou a ser guardado na GCM."Encomendamos um estudo da possibilidade de um local que tenha segurança e climatização para a tela ficar permanentemente exposta", diz. A pedido do Estado, o galerista Victor Hugo Rosa analisou a obra. "É maravilhosa, mas com um tema muito específico", pondera. "Em um eventual leilão, seria avaliada em R$ 800 mil de lance inicial." Já o secretário da Cultura prefere não discutir valores. "Já houve quem dissesse que o quadro vale R$ 10 milhões", comenta.

Um quadro de Tarsila do Amaral que pertence à Prefeitura de Guarulhos fica escondido dentro de um prédio da Secretaria de Segurança Pública do município. Datado de 1931, Padre Bento mede 89 cm por 105 cm e desde 2002 está guardado no Centro de Formação da Guarda Civil Municipal (GCM). O Estado recebeu uma foto em que o quadro aparecia apenas apoiado sobre uma mesa, sem maiores cuidados. Na quarta-feira, a reportagem foi até a unidade da GCM, com a intenção de checar a manutenção. Apesar de aguardar durante quase 4 horas na frente do endereço - e nesse meio tempo solicitar autorizações de entrada tanto para a GCM quanto para a Secretaria Municipal de Cultura -, a reportagem foi impedida de entrar no prédio e verificar como a obra é mantida. Em nota, a Prefeitura de Guarulhos afirmou que a tela "está armazenada em uma caixa de MDF, com tampa de madeira furada presa à parede, aproximadamente a 3 metros do chão". Para mostrar que Padre Bento está em boas condições, a Prefeitura de Guarulhos preferiu armar uma operação e levar o quadro até a sede da Secretaria de Cultura, a 15 minutos de lá. Oito funcionários e três carros foram mobilizados - a picape levou o quadro escoltada. No local, o secretário de Cultura do município, Edmilson Souza, não julgou relevante a foto recebida pelo Estado. Exibindo a mesma em seu tablet, ele afirmou que a imagem foi "irregularmente divulgada". "Trata-se de uma rotina normal, para controle interno. Periodicamente, esse quadro é visitado por uma equipe, é apoiado sobre uma mesa e fotografado", diz o secretário. Questionado sobre a visita ao local, ele argumentou que "mostrar o tipo de armazenamento" facilitaria uma eventual quebra na segurança.Histórico. Padre Bento foi uma homenagem de Tarsila do Amaral (1886-1973) ao sacerdote Bento Dias Pacheco (1819-1911), amigo de sua família e conhecido por amparar hansenianos - em uma época em que esses doentes viviam marginalizados. A obra foi doada ao Sanatório Padre Bento, que funcionava em Guarulhos. Com o fim da internação compulsória dos hansenianos, nos anos 1960, o sanatório foi transformado em hospital. "E o quadro acabou desaparecendo", relata o secretário de Cultura.Só foi encontrado alguns anos depois, perdido - e danificado - em um almoxarifado. Encaminhado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Rio, a tela passou por um restauro que levou alguns meses, em 1972. Concluído o trabalho, ninguém da prefeitura de Guarulhos foi buscá-lo de volta. A obra retornou à cidade no início da década de 1980. Passou a decorar o gabinete do prefeito. Em 2002, quando Edmilson Souza foi secretário de Cultura pela primeira vez, ele encomendou um estudo de autenticidade da obra. E determinou que ela saísse do gabinete. "Havia uma frequência muito grande de pessoas. Não era seguro", explica. Depois, o quadro passou a ser guardado na GCM."Encomendamos um estudo da possibilidade de um local que tenha segurança e climatização para a tela ficar permanentemente exposta", diz. A pedido do Estado, o galerista Victor Hugo Rosa analisou a obra. "É maravilhosa, mas com um tema muito específico", pondera. "Em um eventual leilão, seria avaliada em R$ 800 mil de lance inicial." Já o secretário da Cultura prefere não discutir valores. "Já houve quem dissesse que o quadro vale R$ 10 milhões", comenta.

Um quadro de Tarsila do Amaral que pertence à Prefeitura de Guarulhos fica escondido dentro de um prédio da Secretaria de Segurança Pública do município. Datado de 1931, Padre Bento mede 89 cm por 105 cm e desde 2002 está guardado no Centro de Formação da Guarda Civil Municipal (GCM). O Estado recebeu uma foto em que o quadro aparecia apenas apoiado sobre uma mesa, sem maiores cuidados. Na quarta-feira, a reportagem foi até a unidade da GCM, com a intenção de checar a manutenção. Apesar de aguardar durante quase 4 horas na frente do endereço - e nesse meio tempo solicitar autorizações de entrada tanto para a GCM quanto para a Secretaria Municipal de Cultura -, a reportagem foi impedida de entrar no prédio e verificar como a obra é mantida. Em nota, a Prefeitura de Guarulhos afirmou que a tela "está armazenada em uma caixa de MDF, com tampa de madeira furada presa à parede, aproximadamente a 3 metros do chão". Para mostrar que Padre Bento está em boas condições, a Prefeitura de Guarulhos preferiu armar uma operação e levar o quadro até a sede da Secretaria de Cultura, a 15 minutos de lá. Oito funcionários e três carros foram mobilizados - a picape levou o quadro escoltada. No local, o secretário de Cultura do município, Edmilson Souza, não julgou relevante a foto recebida pelo Estado. Exibindo a mesma em seu tablet, ele afirmou que a imagem foi "irregularmente divulgada". "Trata-se de uma rotina normal, para controle interno. Periodicamente, esse quadro é visitado por uma equipe, é apoiado sobre uma mesa e fotografado", diz o secretário. Questionado sobre a visita ao local, ele argumentou que "mostrar o tipo de armazenamento" facilitaria uma eventual quebra na segurança.Histórico. Padre Bento foi uma homenagem de Tarsila do Amaral (1886-1973) ao sacerdote Bento Dias Pacheco (1819-1911), amigo de sua família e conhecido por amparar hansenianos - em uma época em que esses doentes viviam marginalizados. A obra foi doada ao Sanatório Padre Bento, que funcionava em Guarulhos. Com o fim da internação compulsória dos hansenianos, nos anos 1960, o sanatório foi transformado em hospital. "E o quadro acabou desaparecendo", relata o secretário de Cultura.Só foi encontrado alguns anos depois, perdido - e danificado - em um almoxarifado. Encaminhado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Rio, a tela passou por um restauro que levou alguns meses, em 1972. Concluído o trabalho, ninguém da prefeitura de Guarulhos foi buscá-lo de volta. A obra retornou à cidade no início da década de 1980. Passou a decorar o gabinete do prefeito. Em 2002, quando Edmilson Souza foi secretário de Cultura pela primeira vez, ele encomendou um estudo de autenticidade da obra. E determinou que ela saísse do gabinete. "Havia uma frequência muito grande de pessoas. Não era seguro", explica. Depois, o quadro passou a ser guardado na GCM."Encomendamos um estudo da possibilidade de um local que tenha segurança e climatização para a tela ficar permanentemente exposta", diz. A pedido do Estado, o galerista Victor Hugo Rosa analisou a obra. "É maravilhosa, mas com um tema muito específico", pondera. "Em um eventual leilão, seria avaliada em R$ 800 mil de lance inicial." Já o secretário da Cultura prefere não discutir valores. "Já houve quem dissesse que o quadro vale R$ 10 milhões", comenta.

Um quadro de Tarsila do Amaral que pertence à Prefeitura de Guarulhos fica escondido dentro de um prédio da Secretaria de Segurança Pública do município. Datado de 1931, Padre Bento mede 89 cm por 105 cm e desde 2002 está guardado no Centro de Formação da Guarda Civil Municipal (GCM). O Estado recebeu uma foto em que o quadro aparecia apenas apoiado sobre uma mesa, sem maiores cuidados. Na quarta-feira, a reportagem foi até a unidade da GCM, com a intenção de checar a manutenção. Apesar de aguardar durante quase 4 horas na frente do endereço - e nesse meio tempo solicitar autorizações de entrada tanto para a GCM quanto para a Secretaria Municipal de Cultura -, a reportagem foi impedida de entrar no prédio e verificar como a obra é mantida. Em nota, a Prefeitura de Guarulhos afirmou que a tela "está armazenada em uma caixa de MDF, com tampa de madeira furada presa à parede, aproximadamente a 3 metros do chão". Para mostrar que Padre Bento está em boas condições, a Prefeitura de Guarulhos preferiu armar uma operação e levar o quadro até a sede da Secretaria de Cultura, a 15 minutos de lá. Oito funcionários e três carros foram mobilizados - a picape levou o quadro escoltada. No local, o secretário de Cultura do município, Edmilson Souza, não julgou relevante a foto recebida pelo Estado. Exibindo a mesma em seu tablet, ele afirmou que a imagem foi "irregularmente divulgada". "Trata-se de uma rotina normal, para controle interno. Periodicamente, esse quadro é visitado por uma equipe, é apoiado sobre uma mesa e fotografado", diz o secretário. Questionado sobre a visita ao local, ele argumentou que "mostrar o tipo de armazenamento" facilitaria uma eventual quebra na segurança.Histórico. Padre Bento foi uma homenagem de Tarsila do Amaral (1886-1973) ao sacerdote Bento Dias Pacheco (1819-1911), amigo de sua família e conhecido por amparar hansenianos - em uma época em que esses doentes viviam marginalizados. A obra foi doada ao Sanatório Padre Bento, que funcionava em Guarulhos. Com o fim da internação compulsória dos hansenianos, nos anos 1960, o sanatório foi transformado em hospital. "E o quadro acabou desaparecendo", relata o secretário de Cultura.Só foi encontrado alguns anos depois, perdido - e danificado - em um almoxarifado. Encaminhado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Rio, a tela passou por um restauro que levou alguns meses, em 1972. Concluído o trabalho, ninguém da prefeitura de Guarulhos foi buscá-lo de volta. A obra retornou à cidade no início da década de 1980. Passou a decorar o gabinete do prefeito. Em 2002, quando Edmilson Souza foi secretário de Cultura pela primeira vez, ele encomendou um estudo de autenticidade da obra. E determinou que ela saísse do gabinete. "Havia uma frequência muito grande de pessoas. Não era seguro", explica. Depois, o quadro passou a ser guardado na GCM."Encomendamos um estudo da possibilidade de um local que tenha segurança e climatização para a tela ficar permanentemente exposta", diz. A pedido do Estado, o galerista Victor Hugo Rosa analisou a obra. "É maravilhosa, mas com um tema muito específico", pondera. "Em um eventual leilão, seria avaliada em R$ 800 mil de lance inicial." Já o secretário da Cultura prefere não discutir valores. "Já houve quem dissesse que o quadro vale R$ 10 milhões", comenta.

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