Incêndio em favela no centro de SP deixa 1 morto, 4 feridos e 200 famílias na rua


Suspeita é que moradora tenha provocado o fogo - ela foi ameaçada de linchamento; um bombeiro acabou atingido na cabeça

Por Bruno Ribeiro e William Cardoso

Um incêndio destruiu quase metade dos 600 barracos da Favela do Moinho, em Campos Elísios, região central de São Paulo, na manhã de ontem. Uma pessoa morreu e outras quatro - incluindo um bombeiro - ficaram feridas. Pelo menos 200 famílias ficaram desabrigadas e 11 pessoas foram resgatadas do fogo por helicópteros da PM. A principal hipótese é de que o incêndio tenha sido criminoso.O fogo teria começado nas proximidades de um prédio ocupado pelos moradores da favela no centro da comunidade. Bombeiros de toda a cidade ajudaram no combate às chamas, que começaram pouco depois das 9 horas. A favela ocupa uma área de 30 mil m² - 6 mil m² (20%) queimaram.Não havia informações sobre o morto, encontrado dentro do prédio, carbonizado. A busca por corpos será retomada hoje. Os três civis feridos pularam do prédio em chamas. Duas pessoas tinham sinais de intoxicação e uma sofreu fratura. Ninguém corria risco de morte.Uma das feridas é a dona de casa Andrea Patrícia Pereira Moreira, de 41 anos. Ela morava no primeiro andar do prédio. O filho dela, Jefferson, de 25 anos, conta que havia saído de casa e viu o incêndio pela TV. Só encontrou a mãe após procurá-la em dois hospitais.O prédio era habitado por cerca de 600 pessoas - parte delas, segundo os moradores, oriunda de despejos de outras ocupações. A Prefeitura prometeu cadastrar os desabrigados em programas sociais e ofereceu abrigo ou auxílio-moradia.Durante os trabalhos de combate ao fogo, o soldado Ricardo da Conceição, de 38 anos, foi atingido na cabeça por uma televisão que foi arremessada por um dos moradores. O acidente aconteceu quando as famílias tentavam salvar eletrodomésticos de seus barracos. Conceição, que tem dez anos de serviço como bombeiro, foi levado para o Hospital das Clínicas, em Pinheiros, zona oeste, e permanecia até ontem em estado de observação. Linchamento. No fim do dia, a mulher acusada de ter colocado fogo no barraco, chamada apenas de Jussara, retornou à comunidade e escapou por pouco de ser linchada pelos moradores. Com a cabeça coberta por uma peruca de palhaço, foi perseguida pelo povo e levada pelos becos até um barraco. Chamaram então o líder comunitário Humberto Rocha, de 39 anos, para evitar que a mulher fosse linchada. Com a ajuda de alguns colegas, ele tirou a suposta incendiária da favela e a entregou à Guarda Civil Municipal. "Ela foi reconhecida pelas pessoas, que a ouviram gritar que tinha botado fogo no barraco. Foi a segunda vez. Mas, como representante da comunidade, não permitiria que ela fosse morta", diz Rocha.Perdas. O desespero tomou conta de quem perdeu o pouco que tinha. "Estou grávida, com quase nove meses, meu filho pode nascer a qualquer momento e não tenho mais nem como vesti-lo", afirmou Tainá da Silva Almeida, de 16 anos, que morava na área atingida pelo fogo.O grupo evangélico Cristolândia e o católico Aliança de Misericórdia, que desenvolvem trabalhos sociais na comunidade, foram os primeiros a ajudar os moradores. "O verdadeiro presépio é aqui, não na Avenida Paulista. Mais uma vez, Jesus nascerá no meio da pobreza. É um escândalo", disse o padre Julio Lancellotti, que foi prestar solidariedade.

Um incêndio destruiu quase metade dos 600 barracos da Favela do Moinho, em Campos Elísios, região central de São Paulo, na manhã de ontem. Uma pessoa morreu e outras quatro - incluindo um bombeiro - ficaram feridas. Pelo menos 200 famílias ficaram desabrigadas e 11 pessoas foram resgatadas do fogo por helicópteros da PM. A principal hipótese é de que o incêndio tenha sido criminoso.O fogo teria começado nas proximidades de um prédio ocupado pelos moradores da favela no centro da comunidade. Bombeiros de toda a cidade ajudaram no combate às chamas, que começaram pouco depois das 9 horas. A favela ocupa uma área de 30 mil m² - 6 mil m² (20%) queimaram.Não havia informações sobre o morto, encontrado dentro do prédio, carbonizado. A busca por corpos será retomada hoje. Os três civis feridos pularam do prédio em chamas. Duas pessoas tinham sinais de intoxicação e uma sofreu fratura. Ninguém corria risco de morte.Uma das feridas é a dona de casa Andrea Patrícia Pereira Moreira, de 41 anos. Ela morava no primeiro andar do prédio. O filho dela, Jefferson, de 25 anos, conta que havia saído de casa e viu o incêndio pela TV. Só encontrou a mãe após procurá-la em dois hospitais.O prédio era habitado por cerca de 600 pessoas - parte delas, segundo os moradores, oriunda de despejos de outras ocupações. A Prefeitura prometeu cadastrar os desabrigados em programas sociais e ofereceu abrigo ou auxílio-moradia.Durante os trabalhos de combate ao fogo, o soldado Ricardo da Conceição, de 38 anos, foi atingido na cabeça por uma televisão que foi arremessada por um dos moradores. O acidente aconteceu quando as famílias tentavam salvar eletrodomésticos de seus barracos. Conceição, que tem dez anos de serviço como bombeiro, foi levado para o Hospital das Clínicas, em Pinheiros, zona oeste, e permanecia até ontem em estado de observação. Linchamento. No fim do dia, a mulher acusada de ter colocado fogo no barraco, chamada apenas de Jussara, retornou à comunidade e escapou por pouco de ser linchada pelos moradores. Com a cabeça coberta por uma peruca de palhaço, foi perseguida pelo povo e levada pelos becos até um barraco. Chamaram então o líder comunitário Humberto Rocha, de 39 anos, para evitar que a mulher fosse linchada. Com a ajuda de alguns colegas, ele tirou a suposta incendiária da favela e a entregou à Guarda Civil Municipal. "Ela foi reconhecida pelas pessoas, que a ouviram gritar que tinha botado fogo no barraco. Foi a segunda vez. Mas, como representante da comunidade, não permitiria que ela fosse morta", diz Rocha.Perdas. O desespero tomou conta de quem perdeu o pouco que tinha. "Estou grávida, com quase nove meses, meu filho pode nascer a qualquer momento e não tenho mais nem como vesti-lo", afirmou Tainá da Silva Almeida, de 16 anos, que morava na área atingida pelo fogo.O grupo evangélico Cristolândia e o católico Aliança de Misericórdia, que desenvolvem trabalhos sociais na comunidade, foram os primeiros a ajudar os moradores. "O verdadeiro presépio é aqui, não na Avenida Paulista. Mais uma vez, Jesus nascerá no meio da pobreza. É um escândalo", disse o padre Julio Lancellotti, que foi prestar solidariedade.

Um incêndio destruiu quase metade dos 600 barracos da Favela do Moinho, em Campos Elísios, região central de São Paulo, na manhã de ontem. Uma pessoa morreu e outras quatro - incluindo um bombeiro - ficaram feridas. Pelo menos 200 famílias ficaram desabrigadas e 11 pessoas foram resgatadas do fogo por helicópteros da PM. A principal hipótese é de que o incêndio tenha sido criminoso.O fogo teria começado nas proximidades de um prédio ocupado pelos moradores da favela no centro da comunidade. Bombeiros de toda a cidade ajudaram no combate às chamas, que começaram pouco depois das 9 horas. A favela ocupa uma área de 30 mil m² - 6 mil m² (20%) queimaram.Não havia informações sobre o morto, encontrado dentro do prédio, carbonizado. A busca por corpos será retomada hoje. Os três civis feridos pularam do prédio em chamas. Duas pessoas tinham sinais de intoxicação e uma sofreu fratura. Ninguém corria risco de morte.Uma das feridas é a dona de casa Andrea Patrícia Pereira Moreira, de 41 anos. Ela morava no primeiro andar do prédio. O filho dela, Jefferson, de 25 anos, conta que havia saído de casa e viu o incêndio pela TV. Só encontrou a mãe após procurá-la em dois hospitais.O prédio era habitado por cerca de 600 pessoas - parte delas, segundo os moradores, oriunda de despejos de outras ocupações. A Prefeitura prometeu cadastrar os desabrigados em programas sociais e ofereceu abrigo ou auxílio-moradia.Durante os trabalhos de combate ao fogo, o soldado Ricardo da Conceição, de 38 anos, foi atingido na cabeça por uma televisão que foi arremessada por um dos moradores. O acidente aconteceu quando as famílias tentavam salvar eletrodomésticos de seus barracos. Conceição, que tem dez anos de serviço como bombeiro, foi levado para o Hospital das Clínicas, em Pinheiros, zona oeste, e permanecia até ontem em estado de observação. Linchamento. No fim do dia, a mulher acusada de ter colocado fogo no barraco, chamada apenas de Jussara, retornou à comunidade e escapou por pouco de ser linchada pelos moradores. Com a cabeça coberta por uma peruca de palhaço, foi perseguida pelo povo e levada pelos becos até um barraco. Chamaram então o líder comunitário Humberto Rocha, de 39 anos, para evitar que a mulher fosse linchada. Com a ajuda de alguns colegas, ele tirou a suposta incendiária da favela e a entregou à Guarda Civil Municipal. "Ela foi reconhecida pelas pessoas, que a ouviram gritar que tinha botado fogo no barraco. Foi a segunda vez. Mas, como representante da comunidade, não permitiria que ela fosse morta", diz Rocha.Perdas. O desespero tomou conta de quem perdeu o pouco que tinha. "Estou grávida, com quase nove meses, meu filho pode nascer a qualquer momento e não tenho mais nem como vesti-lo", afirmou Tainá da Silva Almeida, de 16 anos, que morava na área atingida pelo fogo.O grupo evangélico Cristolândia e o católico Aliança de Misericórdia, que desenvolvem trabalhos sociais na comunidade, foram os primeiros a ajudar os moradores. "O verdadeiro presépio é aqui, não na Avenida Paulista. Mais uma vez, Jesus nascerá no meio da pobreza. É um escândalo", disse o padre Julio Lancellotti, que foi prestar solidariedade.

Um incêndio destruiu quase metade dos 600 barracos da Favela do Moinho, em Campos Elísios, região central de São Paulo, na manhã de ontem. Uma pessoa morreu e outras quatro - incluindo um bombeiro - ficaram feridas. Pelo menos 200 famílias ficaram desabrigadas e 11 pessoas foram resgatadas do fogo por helicópteros da PM. A principal hipótese é de que o incêndio tenha sido criminoso.O fogo teria começado nas proximidades de um prédio ocupado pelos moradores da favela no centro da comunidade. Bombeiros de toda a cidade ajudaram no combate às chamas, que começaram pouco depois das 9 horas. A favela ocupa uma área de 30 mil m² - 6 mil m² (20%) queimaram.Não havia informações sobre o morto, encontrado dentro do prédio, carbonizado. A busca por corpos será retomada hoje. Os três civis feridos pularam do prédio em chamas. Duas pessoas tinham sinais de intoxicação e uma sofreu fratura. Ninguém corria risco de morte.Uma das feridas é a dona de casa Andrea Patrícia Pereira Moreira, de 41 anos. Ela morava no primeiro andar do prédio. O filho dela, Jefferson, de 25 anos, conta que havia saído de casa e viu o incêndio pela TV. Só encontrou a mãe após procurá-la em dois hospitais.O prédio era habitado por cerca de 600 pessoas - parte delas, segundo os moradores, oriunda de despejos de outras ocupações. A Prefeitura prometeu cadastrar os desabrigados em programas sociais e ofereceu abrigo ou auxílio-moradia.Durante os trabalhos de combate ao fogo, o soldado Ricardo da Conceição, de 38 anos, foi atingido na cabeça por uma televisão que foi arremessada por um dos moradores. O acidente aconteceu quando as famílias tentavam salvar eletrodomésticos de seus barracos. Conceição, que tem dez anos de serviço como bombeiro, foi levado para o Hospital das Clínicas, em Pinheiros, zona oeste, e permanecia até ontem em estado de observação. Linchamento. No fim do dia, a mulher acusada de ter colocado fogo no barraco, chamada apenas de Jussara, retornou à comunidade e escapou por pouco de ser linchada pelos moradores. Com a cabeça coberta por uma peruca de palhaço, foi perseguida pelo povo e levada pelos becos até um barraco. Chamaram então o líder comunitário Humberto Rocha, de 39 anos, para evitar que a mulher fosse linchada. Com a ajuda de alguns colegas, ele tirou a suposta incendiária da favela e a entregou à Guarda Civil Municipal. "Ela foi reconhecida pelas pessoas, que a ouviram gritar que tinha botado fogo no barraco. Foi a segunda vez. Mas, como representante da comunidade, não permitiria que ela fosse morta", diz Rocha.Perdas. O desespero tomou conta de quem perdeu o pouco que tinha. "Estou grávida, com quase nove meses, meu filho pode nascer a qualquer momento e não tenho mais nem como vesti-lo", afirmou Tainá da Silva Almeida, de 16 anos, que morava na área atingida pelo fogo.O grupo evangélico Cristolândia e o católico Aliança de Misericórdia, que desenvolvem trabalhos sociais na comunidade, foram os primeiros a ajudar os moradores. "O verdadeiro presépio é aqui, não na Avenida Paulista. Mais uma vez, Jesus nascerá no meio da pobreza. É um escândalo", disse o padre Julio Lancellotti, que foi prestar solidariedade.

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