Milícias cobram taxa para transação com imóveis, diz pesquisa


Estudo da Universidade do Estado do Rio afirma que criminosos agora são discretos, mas estão ainda mais violentos

Por Antonio Pita e RIO

As milícias do Rio passaram a cobrar taxas para transações imobiliárias de moradores e a fazer agiotagem para manter o poder econômico nas comunidades. A denúncia é do estudo A Evolução da Milícia no Rio de Janeiro, da Universidade do Estado do Rio (Uerj), que traça um perfil dos grupos entre 2008 e 2011. De acordo com a pesquisa, as organizações se enfraqueceram e passaram a atuar de forma mais discreta para evitar investigações, mas continuam a intimidar moradores, fiscalizar condutas e a impor violência e medo às comunidades. Os milicianos cobrariam taxas entre 5% e 10% de toda transação imobiliária e, em alguns casos, tomariam posse dos imóveis em retaliação ao comportamento dos moradores. "Milícia faz agiotagem, empresta dinheiro e cobra juros. E tudo eles ameaçam de morte", disse um morador de Ramos, na zona norte, aos pesquisadores. Para os responsáveis pelo estudo, a tática é decorrente de uma desestruturação dos serviços explorados pelos criminosos, como vans e fornecimento de gás, que foram legalizados pelo poder público em algumas comunidades. "Os milicianos adequaram a forma de arrecadar dinheiro sem chamar a atenção", afirma a pesquisadora Thais Duarte, que coordenou o estudo ao lado do sociólogo Ignácio Cano. Os grupos estariam perdendo força nas comunidades após ações de investigação e repressão da Polícia Civil e do Ministério Público, desencadeadas após uma CPI na Assembleia Legislativa. A investigação indiciou mais de 300 pessoas, incluindo deputados e vereadores. A discrição seria a principal característica do novo perfil dos grupos, que atuam principalmente nas zonas norte e oeste do Rio. Há três anos, os líderes eram vistos fortemente armados controlando o acesso às favelas. As casas que contribuíam com os milicianos eram marcadas com símbolos dos grupos. A presença ostensiva, no entanto, foi substituída pela terceirização das funções de base, de maior contato com a população, e os símbolos foram abandonados. Segundo os pesquisadores, a milícia está abandonando o modelo de controle territorial para se tornar uma organização oculta, acionada sob demanda. Um indicador da discrição das milícias seria, segundo o estudo, o aumento de casos de desaparecidos nas comunidades. A ocultação de cadáveres seria uma forma de mascarar a violência e os homicídios praticados contra moradores que desrespeitam as regras impostas. "Hoje, o grau de intimidação aos moradores é muito maior, apesar de mais velado", afirma Thaís.As milícias ainda cobram taxas dos comerciantes e moradores e controlam a venda de TV a cabo e internet. Além disso, fiscalizam a conduta dos moradores."A atuação desses grupos só vai acabar quando o Estado entrar nas comunidades e oferecer serviços específicos para essas populações, com tarifas sociais, por exemplo. Somente as ações de inteligência e criação de leis não vão resolver", afirma Thaís.

As milícias do Rio passaram a cobrar taxas para transações imobiliárias de moradores e a fazer agiotagem para manter o poder econômico nas comunidades. A denúncia é do estudo A Evolução da Milícia no Rio de Janeiro, da Universidade do Estado do Rio (Uerj), que traça um perfil dos grupos entre 2008 e 2011. De acordo com a pesquisa, as organizações se enfraqueceram e passaram a atuar de forma mais discreta para evitar investigações, mas continuam a intimidar moradores, fiscalizar condutas e a impor violência e medo às comunidades. Os milicianos cobrariam taxas entre 5% e 10% de toda transação imobiliária e, em alguns casos, tomariam posse dos imóveis em retaliação ao comportamento dos moradores. "Milícia faz agiotagem, empresta dinheiro e cobra juros. E tudo eles ameaçam de morte", disse um morador de Ramos, na zona norte, aos pesquisadores. Para os responsáveis pelo estudo, a tática é decorrente de uma desestruturação dos serviços explorados pelos criminosos, como vans e fornecimento de gás, que foram legalizados pelo poder público em algumas comunidades. "Os milicianos adequaram a forma de arrecadar dinheiro sem chamar a atenção", afirma a pesquisadora Thais Duarte, que coordenou o estudo ao lado do sociólogo Ignácio Cano. Os grupos estariam perdendo força nas comunidades após ações de investigação e repressão da Polícia Civil e do Ministério Público, desencadeadas após uma CPI na Assembleia Legislativa. A investigação indiciou mais de 300 pessoas, incluindo deputados e vereadores. A discrição seria a principal característica do novo perfil dos grupos, que atuam principalmente nas zonas norte e oeste do Rio. Há três anos, os líderes eram vistos fortemente armados controlando o acesso às favelas. As casas que contribuíam com os milicianos eram marcadas com símbolos dos grupos. A presença ostensiva, no entanto, foi substituída pela terceirização das funções de base, de maior contato com a população, e os símbolos foram abandonados. Segundo os pesquisadores, a milícia está abandonando o modelo de controle territorial para se tornar uma organização oculta, acionada sob demanda. Um indicador da discrição das milícias seria, segundo o estudo, o aumento de casos de desaparecidos nas comunidades. A ocultação de cadáveres seria uma forma de mascarar a violência e os homicídios praticados contra moradores que desrespeitam as regras impostas. "Hoje, o grau de intimidação aos moradores é muito maior, apesar de mais velado", afirma Thaís.As milícias ainda cobram taxas dos comerciantes e moradores e controlam a venda de TV a cabo e internet. Além disso, fiscalizam a conduta dos moradores."A atuação desses grupos só vai acabar quando o Estado entrar nas comunidades e oferecer serviços específicos para essas populações, com tarifas sociais, por exemplo. Somente as ações de inteligência e criação de leis não vão resolver", afirma Thaís.

As milícias do Rio passaram a cobrar taxas para transações imobiliárias de moradores e a fazer agiotagem para manter o poder econômico nas comunidades. A denúncia é do estudo A Evolução da Milícia no Rio de Janeiro, da Universidade do Estado do Rio (Uerj), que traça um perfil dos grupos entre 2008 e 2011. De acordo com a pesquisa, as organizações se enfraqueceram e passaram a atuar de forma mais discreta para evitar investigações, mas continuam a intimidar moradores, fiscalizar condutas e a impor violência e medo às comunidades. Os milicianos cobrariam taxas entre 5% e 10% de toda transação imobiliária e, em alguns casos, tomariam posse dos imóveis em retaliação ao comportamento dos moradores. "Milícia faz agiotagem, empresta dinheiro e cobra juros. E tudo eles ameaçam de morte", disse um morador de Ramos, na zona norte, aos pesquisadores. Para os responsáveis pelo estudo, a tática é decorrente de uma desestruturação dos serviços explorados pelos criminosos, como vans e fornecimento de gás, que foram legalizados pelo poder público em algumas comunidades. "Os milicianos adequaram a forma de arrecadar dinheiro sem chamar a atenção", afirma a pesquisadora Thais Duarte, que coordenou o estudo ao lado do sociólogo Ignácio Cano. Os grupos estariam perdendo força nas comunidades após ações de investigação e repressão da Polícia Civil e do Ministério Público, desencadeadas após uma CPI na Assembleia Legislativa. A investigação indiciou mais de 300 pessoas, incluindo deputados e vereadores. A discrição seria a principal característica do novo perfil dos grupos, que atuam principalmente nas zonas norte e oeste do Rio. Há três anos, os líderes eram vistos fortemente armados controlando o acesso às favelas. As casas que contribuíam com os milicianos eram marcadas com símbolos dos grupos. A presença ostensiva, no entanto, foi substituída pela terceirização das funções de base, de maior contato com a população, e os símbolos foram abandonados. Segundo os pesquisadores, a milícia está abandonando o modelo de controle territorial para se tornar uma organização oculta, acionada sob demanda. Um indicador da discrição das milícias seria, segundo o estudo, o aumento de casos de desaparecidos nas comunidades. A ocultação de cadáveres seria uma forma de mascarar a violência e os homicídios praticados contra moradores que desrespeitam as regras impostas. "Hoje, o grau de intimidação aos moradores é muito maior, apesar de mais velado", afirma Thaís.As milícias ainda cobram taxas dos comerciantes e moradores e controlam a venda de TV a cabo e internet. Além disso, fiscalizam a conduta dos moradores."A atuação desses grupos só vai acabar quando o Estado entrar nas comunidades e oferecer serviços específicos para essas populações, com tarifas sociais, por exemplo. Somente as ações de inteligência e criação de leis não vão resolver", afirma Thaís.

As milícias do Rio passaram a cobrar taxas para transações imobiliárias de moradores e a fazer agiotagem para manter o poder econômico nas comunidades. A denúncia é do estudo A Evolução da Milícia no Rio de Janeiro, da Universidade do Estado do Rio (Uerj), que traça um perfil dos grupos entre 2008 e 2011. De acordo com a pesquisa, as organizações se enfraqueceram e passaram a atuar de forma mais discreta para evitar investigações, mas continuam a intimidar moradores, fiscalizar condutas e a impor violência e medo às comunidades. Os milicianos cobrariam taxas entre 5% e 10% de toda transação imobiliária e, em alguns casos, tomariam posse dos imóveis em retaliação ao comportamento dos moradores. "Milícia faz agiotagem, empresta dinheiro e cobra juros. E tudo eles ameaçam de morte", disse um morador de Ramos, na zona norte, aos pesquisadores. Para os responsáveis pelo estudo, a tática é decorrente de uma desestruturação dos serviços explorados pelos criminosos, como vans e fornecimento de gás, que foram legalizados pelo poder público em algumas comunidades. "Os milicianos adequaram a forma de arrecadar dinheiro sem chamar a atenção", afirma a pesquisadora Thais Duarte, que coordenou o estudo ao lado do sociólogo Ignácio Cano. Os grupos estariam perdendo força nas comunidades após ações de investigação e repressão da Polícia Civil e do Ministério Público, desencadeadas após uma CPI na Assembleia Legislativa. A investigação indiciou mais de 300 pessoas, incluindo deputados e vereadores. A discrição seria a principal característica do novo perfil dos grupos, que atuam principalmente nas zonas norte e oeste do Rio. Há três anos, os líderes eram vistos fortemente armados controlando o acesso às favelas. As casas que contribuíam com os milicianos eram marcadas com símbolos dos grupos. A presença ostensiva, no entanto, foi substituída pela terceirização das funções de base, de maior contato com a população, e os símbolos foram abandonados. Segundo os pesquisadores, a milícia está abandonando o modelo de controle territorial para se tornar uma organização oculta, acionada sob demanda. Um indicador da discrição das milícias seria, segundo o estudo, o aumento de casos de desaparecidos nas comunidades. A ocultação de cadáveres seria uma forma de mascarar a violência e os homicídios praticados contra moradores que desrespeitam as regras impostas. "Hoje, o grau de intimidação aos moradores é muito maior, apesar de mais velado", afirma Thaís.As milícias ainda cobram taxas dos comerciantes e moradores e controlam a venda de TV a cabo e internet. Além disso, fiscalizam a conduta dos moradores."A atuação desses grupos só vai acabar quando o Estado entrar nas comunidades e oferecer serviços específicos para essas populações, com tarifas sociais, por exemplo. Somente as ações de inteligência e criação de leis não vão resolver", afirma Thaís.

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