A queda do jato executivo Learjet 35 foi testemunhada pelo analista de sistemas Vinícius Primon, de 29 anos. Morador da zona norte há 20 anos, ele conta que nunca teve medo de morar próximo ao Campo de Marte, mas que há pelo menos cinco anos o volume de pousos e decolagens aumentou no local. Vídeo do local do acidente Vídeo das casas atingidas pelo jato Vídeo do resgate no local do acidente Veja também: Jatinho cai na zona norte de SP e deixa 8 mortos Galeria de fotos Veja como foi o acidente com o Learjet 35 Piloto foi avisado que estava na direção errada Jato estava com manutenção em dia, diz Anac Após acidente, Jobim quer mais fiscalizaçãoEm uma semana, 4 acidentes aéreos em SP Jornalista testemunha queda de avião Neste domingo, ele estava vendo televisão com a noiva, no segundo andar de um prédio a cerca de 1 km do Campo de Marte. Observou o jato decolando e, em seguida, inclinando para a direita, perdendo altitude e caindo de bico sobre três casas. Saiu correndo de casa, já que a avó mora perto do local do acidente. Lá, testemunhou o resgate de algumas vítimas e o desespero de pessoas que tiveram suas casas atingidas. "Ouvi pessoas gritando, de dentro de banheiros, chamando pela ajuda dos bombeiros", conta Primon. O casal mora há dois meses no prédio, que tem quatro andares. Silvia Moraes, de 24 anos, nasceu no Ceará e morava com o noivo em Natal. "Na semana passada, vi os jatos da Esquadrilha da Fumaça dando rasante perto dos prédios, mas nunca pensei que poderia acontecer um acidente", conta Silvia. O casal se mudou para São Paulo e conta que não tinha medo de morar próximo ao Campo de Marte. "Já estava acostumado com o barulho de helicópteros e bimotores, não pensei que isso fosse acontecer, sempre acreditei que o Campo de Marte era seguro", conta Primon.
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