Morte de jovens ainda é 'quebra-cabeça de mil peças', diz delegada


A polícia ainda não sabe quantas pessoas participaram da execução dos rapazes, mas tem certeza de que o guarda-civil que armou a emboscada não agiu sozinho

Por Bruno Ribeiro
Corpos dos jovens foram achados em área rural de Mogi Foto: HÉLIO TORCHI/SIGMAPRESS

SÃO PAULO - Mesmo com a prisão, na noite de quinta-feira, 10, de um guarda-civil municipal de Santo André acusado de participação na morte de cinco jovens da zona leste em Mogi das Cruzes, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) avalia que o caso ainda está longe de ser esclarecido. A polícia ainda não sabe quantas pessoas participaram da execução dos jovens, mas tem certeza que o GCM Rodrigo Gonçalves Oliveira não agiu sozinho. 

"É um quebra cabeça de mil peças, que nos estamos começando a juntar", disse a delegada Elisabeth Sato, diretora do DHPP. A polícia informou que o local do encontro dos jovens havia sido adulterado antes da realização das perícias. 

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O que a Polícia Civil já sabe: Oliveira é instrutor de tiro da GCM de Santo André e tido como um dos líderes naturais da organização. Diante da morte de outro guarda, Rodrigo Sabino, em 24 de setembro, ele passou a investigar o caso. Sabino morreu em um latrocínio em Santo André. Seu carro foi roubado no crime. Oliveira localizou o veículo, queimado, na zona leste e, a partir dele, identificou dois dos jovens envolvidos no crime - eram dois dos rapazes mortos. 

Os jovens encontrados mortos em Mogi

1 | 2

Jonathan Moreira Ferreira, de 18 anos

Foto: Divulgação
2 | 2

Jonas Ferreira Januário, de 30 anos

Foto: Divulgação

Oliveira tem 17 anos de Guarda Civil Municipal e já esteve envolvido em dois casos de resistência seguida de morte. Tinha acesso a centros de treinamento de tiro da PM, da Polícia Civil e da fabricante CBC, fornecedora exclusiva de munição para o Estado.

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Com o nome dos suspeitos, o guarda usou um perfil falso no Facebook, que ele já tinha, para investigar os rapazes. Cesar Augusto Gomes da Silva, de 18 anos, e Caíque Henrique Machado Silva, de 19, aceitaram a solicitação de amizade. Oliveira se passava por uma jovem bonita, de nome Terezinha.

Com os rapazes "fisgados", Oliveira propôs um churrasco em um sítio em Ribeirão Pires e sugeriu que eles levassem amigos.Marcou ponto de encontro em uma frutaria da cidade. "Na versão dele, os rapazes não foram ao encontro e ele terminou a noite indo se encontrar com uma mulher", disse a delegada. "Essa versão nos parece inverossímil", pontuou.

À polícia, o GCM afirmou que iria prendê-los caso tivessem ido ao encontro.

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O que ainda falta saber: A principal dúvida é sobre o número de assassinos no caso. A polícia não tem dúvida que Oliveira teve ajuda. Outros dois guardas civis municipais de Santo André estão sendo ouvidos na tarde desta sexta-feira, 11.

O papel da PM no caso: Uma das linhas de investigação do DHPP estava relacionada ao encontro de cápsulas de balas calibre .40 encontradas pela PM. 

As cápsulas estavam no local do encontro dos corpos, em Mogi. Nesta sexta-feira, 11, em entrevista coletiva, o secretário da segurança, Mágino Alves, afirmou que esse local foi adulterado antes da chegada da polícia.

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O sitiante que localizou os corpos os achou, na verdade, no dia 29 - e não no dia 6, como vinha sendo divulgado. Ele chamou a polícia dois dias depois de encontrar os cadáveres, pois avisou primeiro seu patrão. Entretanto, quando a PM esteve no local, o sitiante já não estava lá para indicar exatamente o ponto e os policiais não fizeram a localização. Somente numa segunda tentativa, já no dia 6, é que os corpos foram achadas.

Ao DHPP, o sitiante informou que, entre a primeira e a segunda visita, o local mudou: foi colocado cal nas covas e as cápsulas da PM foram deixadas lá.

O tenente-coronel da PM Levi Felix, comandante da Corregedoria, informou que o lote das balas encontradas foi distribuído entre agentes da Academia da PM, de batalhões da zona leste e da Polícia Militar Rodoviária. "Entre janeiro de 2015 até aqui, houve 60 casos relatados de extravio de balas desse lote", disse o coronel.

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As 50 cidades mais violentas do mundo

1 | 46

49- Maracaibo - Venezuela

Foto: AP
2 | 46

45- Pereira - Colômbia

Foto: Reprodução/El País
3 | 46

42- Nelson Mandela Bay - África do Sul

Foto: AFP
4 | 46

41- Durban - África do Sul

Foto: EFE
5 | 46

40- Campina Grande (PB) - Brasil

Foto: Reprodução
6 | 46

37- Recife (PE) - Brasil

Foto: Guga Matos/JC Imagem
7 | 46

35- Tijuana - México

Foto: AP
8 | 46

33- Kingston - Jamaica

Foto: Rodrigo Abd/AP
9 | 46

32- New Orleans - Estados Unidos

Foto: Lee Calano/Reuters
10 | 46

31- Vitória (ES) - Brasil

Foto: Wilson Dias/Abr
11 | 46

30- Teresina (PI) - Brasil

Foto: Martha Santuza/Meio Norte
12 | 46

28- Detroit - Estados Unidos

Foto: Rebecca Cook/Reuters
13 | 46

24- Cumaná - Venezuela

Foto: Reprodução/El Clarín
14 | 46

23- Manaus (AM) - Brasil

Foto: Estadão
15 | 46

22- Cuiabá (MT) - Brasil

Foto: Reprodução
16 | 46

21- São Luís (MA) - Brasil

Foto: Reprodução
17 | 46

20- Barquisimeto - Venezuela

Foto: Reprodução/El Impulso
18 | 46

19- Baltimore - Estados Unidos

Foto: AP
19 | 46

18- Maceió (AL) - Brasil

Foto: Reprodução
20 | 46

17- Culiacán - México

Foto: Fidel Duran/Reuters
21 | 46

12- Fortaleza (CE) - Brasil

Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP
22 | 46

11- Ciudad Guayana - Venezuela

Foto: Ariana Cubillos/AP
23 | 46

8- Palmira - Colômbia

Foto: Jaime Saldarriaga/Reuters
24 | 46

7- Valencia - Venezuela

Foto: Reuters
25 | 46

6- Distrito Central - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
26 | 46

5- Maturín - Venezuela

Foto: Divulgação
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4- Acapulco - México

Foto: Reuters
28 | 46

3- San Salvador - El Salvador

Foto: Marvin Recinos/AFP
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2- San Pedro Sula - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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1- Caracas - Venezuela

Foto: Jorge Silva/Reuters
31 | 46

50- Obregón - México

Foto: Reuters
32 | 46

46- Victoria - México

Foto: Reprodução
33 | 46

39- Campos dos Goytacazes (RJ) - Brasil

Foto: Cleber Rodrigues/Divulgação
34 | 46

38- Aracaju (SE) - Brasil

Foto: Reprodução/Jornal O Dia
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36- Vitória da Conquista (BA) - Brasil

Foto: João Melo/Reprodução
36 | 46

29- Goiânia (GO) - Brasil

Foto: André Costa/Costa Press
37 | 46

27- Feira de Santana (BA) - Brasil

Foto: Gleidson Santos/Bapress
38 | 46

25- Guatemala - Guatamala

Foto: EFE
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16- João Pessoa (PB) - Brasil

Foto: Otávio Nogueira/Creative Commons
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15- St. Louis - Estados Unidos

Foto: Rick Wilking/Reuters
41 | 46

13- Natal (RN) - Brasil

Foto: Toru Hanai/Reuters
42 | 46

10- Cali - Colômbia

Foto: Luis Robayo/AFP
43 | 46

48- Macapá (AP) - Brasil

Foto: Divulgação
44 | 46

43- Porto Alegre (RS) - Brasil

Foto: André Avila/Estadão
45 | 46

14- Salvador (BA) - Brasil

Foto: Lunae Parracho/Reuters
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9- Cidade do Cabo - África do Sul

Foto: Reuters
Corpos dos jovens foram achados em área rural de Mogi Foto: HÉLIO TORCHI/SIGMAPRESS

SÃO PAULO - Mesmo com a prisão, na noite de quinta-feira, 10, de um guarda-civil municipal de Santo André acusado de participação na morte de cinco jovens da zona leste em Mogi das Cruzes, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) avalia que o caso ainda está longe de ser esclarecido. A polícia ainda não sabe quantas pessoas participaram da execução dos jovens, mas tem certeza que o GCM Rodrigo Gonçalves Oliveira não agiu sozinho. 

"É um quebra cabeça de mil peças, que nos estamos começando a juntar", disse a delegada Elisabeth Sato, diretora do DHPP. A polícia informou que o local do encontro dos jovens havia sido adulterado antes da realização das perícias. 

O que a Polícia Civil já sabe: Oliveira é instrutor de tiro da GCM de Santo André e tido como um dos líderes naturais da organização. Diante da morte de outro guarda, Rodrigo Sabino, em 24 de setembro, ele passou a investigar o caso. Sabino morreu em um latrocínio em Santo André. Seu carro foi roubado no crime. Oliveira localizou o veículo, queimado, na zona leste e, a partir dele, identificou dois dos jovens envolvidos no crime - eram dois dos rapazes mortos. 

Os jovens encontrados mortos em Mogi

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Jonathan Moreira Ferreira, de 18 anos

Foto: Divulgação
2 | 2

Jonas Ferreira Januário, de 30 anos

Foto: Divulgação

Oliveira tem 17 anos de Guarda Civil Municipal e já esteve envolvido em dois casos de resistência seguida de morte. Tinha acesso a centros de treinamento de tiro da PM, da Polícia Civil e da fabricante CBC, fornecedora exclusiva de munição para o Estado.

Com o nome dos suspeitos, o guarda usou um perfil falso no Facebook, que ele já tinha, para investigar os rapazes. Cesar Augusto Gomes da Silva, de 18 anos, e Caíque Henrique Machado Silva, de 19, aceitaram a solicitação de amizade. Oliveira se passava por uma jovem bonita, de nome Terezinha.

Com os rapazes "fisgados", Oliveira propôs um churrasco em um sítio em Ribeirão Pires e sugeriu que eles levassem amigos.Marcou ponto de encontro em uma frutaria da cidade. "Na versão dele, os rapazes não foram ao encontro e ele terminou a noite indo se encontrar com uma mulher", disse a delegada. "Essa versão nos parece inverossímil", pontuou.

À polícia, o GCM afirmou que iria prendê-los caso tivessem ido ao encontro.

O que ainda falta saber: A principal dúvida é sobre o número de assassinos no caso. A polícia não tem dúvida que Oliveira teve ajuda. Outros dois guardas civis municipais de Santo André estão sendo ouvidos na tarde desta sexta-feira, 11.

O papel da PM no caso: Uma das linhas de investigação do DHPP estava relacionada ao encontro de cápsulas de balas calibre .40 encontradas pela PM. 

As cápsulas estavam no local do encontro dos corpos, em Mogi. Nesta sexta-feira, 11, em entrevista coletiva, o secretário da segurança, Mágino Alves, afirmou que esse local foi adulterado antes da chegada da polícia.

O sitiante que localizou os corpos os achou, na verdade, no dia 29 - e não no dia 6, como vinha sendo divulgado. Ele chamou a polícia dois dias depois de encontrar os cadáveres, pois avisou primeiro seu patrão. Entretanto, quando a PM esteve no local, o sitiante já não estava lá para indicar exatamente o ponto e os policiais não fizeram a localização. Somente numa segunda tentativa, já no dia 6, é que os corpos foram achadas.

Ao DHPP, o sitiante informou que, entre a primeira e a segunda visita, o local mudou: foi colocado cal nas covas e as cápsulas da PM foram deixadas lá.

O tenente-coronel da PM Levi Felix, comandante da Corregedoria, informou que o lote das balas encontradas foi distribuído entre agentes da Academia da PM, de batalhões da zona leste e da Polícia Militar Rodoviária. "Entre janeiro de 2015 até aqui, houve 60 casos relatados de extravio de balas desse lote", disse o coronel.

As 50 cidades mais violentas do mundo

1 | 46

49- Maracaibo - Venezuela

Foto: AP
2 | 46

45- Pereira - Colômbia

Foto: Reprodução/El País
3 | 46

42- Nelson Mandela Bay - África do Sul

Foto: AFP
4 | 46

41- Durban - África do Sul

Foto: EFE
5 | 46

40- Campina Grande (PB) - Brasil

Foto: Reprodução
6 | 46

37- Recife (PE) - Brasil

Foto: Guga Matos/JC Imagem
7 | 46

35- Tijuana - México

Foto: AP
8 | 46

33- Kingston - Jamaica

Foto: Rodrigo Abd/AP
9 | 46

32- New Orleans - Estados Unidos

Foto: Lee Calano/Reuters
10 | 46

31- Vitória (ES) - Brasil

Foto: Wilson Dias/Abr
11 | 46

30- Teresina (PI) - Brasil

Foto: Martha Santuza/Meio Norte
12 | 46

28- Detroit - Estados Unidos

Foto: Rebecca Cook/Reuters
13 | 46

24- Cumaná - Venezuela

Foto: Reprodução/El Clarín
14 | 46

23- Manaus (AM) - Brasil

Foto: Estadão
15 | 46

22- Cuiabá (MT) - Brasil

Foto: Reprodução
16 | 46

21- São Luís (MA) - Brasil

Foto: Reprodução
17 | 46

20- Barquisimeto - Venezuela

Foto: Reprodução/El Impulso
18 | 46

19- Baltimore - Estados Unidos

Foto: AP
19 | 46

18- Maceió (AL) - Brasil

Foto: Reprodução
20 | 46

17- Culiacán - México

Foto: Fidel Duran/Reuters
21 | 46

12- Fortaleza (CE) - Brasil

Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP
22 | 46

11- Ciudad Guayana - Venezuela

Foto: Ariana Cubillos/AP
23 | 46

8- Palmira - Colômbia

Foto: Jaime Saldarriaga/Reuters
24 | 46

7- Valencia - Venezuela

Foto: Reuters
25 | 46

6- Distrito Central - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
26 | 46

5- Maturín - Venezuela

Foto: Divulgação
27 | 46

4- Acapulco - México

Foto: Reuters
28 | 46

3- San Salvador - El Salvador

Foto: Marvin Recinos/AFP
29 | 46

2- San Pedro Sula - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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1- Caracas - Venezuela

Foto: Jorge Silva/Reuters
31 | 46

50- Obregón - México

Foto: Reuters
32 | 46

46- Victoria - México

Foto: Reprodução
33 | 46

39- Campos dos Goytacazes (RJ) - Brasil

Foto: Cleber Rodrigues/Divulgação
34 | 46

38- Aracaju (SE) - Brasil

Foto: Reprodução/Jornal O Dia
35 | 46

36- Vitória da Conquista (BA) - Brasil

Foto: João Melo/Reprodução
36 | 46

29- Goiânia (GO) - Brasil

Foto: André Costa/Costa Press
37 | 46

27- Feira de Santana (BA) - Brasil

Foto: Gleidson Santos/Bapress
38 | 46

25- Guatemala - Guatamala

Foto: EFE
39 | 46

16- João Pessoa (PB) - Brasil

Foto: Otávio Nogueira/Creative Commons
40 | 46

15- St. Louis - Estados Unidos

Foto: Rick Wilking/Reuters
41 | 46

13- Natal (RN) - Brasil

Foto: Toru Hanai/Reuters
42 | 46

10- Cali - Colômbia

Foto: Luis Robayo/AFP
43 | 46

48- Macapá (AP) - Brasil

Foto: Divulgação
44 | 46

43- Porto Alegre (RS) - Brasil

Foto: André Avila/Estadão
45 | 46

14- Salvador (BA) - Brasil

Foto: Lunae Parracho/Reuters
46 | 46

9- Cidade do Cabo - África do Sul

Foto: Reuters
Corpos dos jovens foram achados em área rural de Mogi Foto: HÉLIO TORCHI/SIGMAPRESS

SÃO PAULO - Mesmo com a prisão, na noite de quinta-feira, 10, de um guarda-civil municipal de Santo André acusado de participação na morte de cinco jovens da zona leste em Mogi das Cruzes, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) avalia que o caso ainda está longe de ser esclarecido. A polícia ainda não sabe quantas pessoas participaram da execução dos jovens, mas tem certeza que o GCM Rodrigo Gonçalves Oliveira não agiu sozinho. 

"É um quebra cabeça de mil peças, que nos estamos começando a juntar", disse a delegada Elisabeth Sato, diretora do DHPP. A polícia informou que o local do encontro dos jovens havia sido adulterado antes da realização das perícias. 

O que a Polícia Civil já sabe: Oliveira é instrutor de tiro da GCM de Santo André e tido como um dos líderes naturais da organização. Diante da morte de outro guarda, Rodrigo Sabino, em 24 de setembro, ele passou a investigar o caso. Sabino morreu em um latrocínio em Santo André. Seu carro foi roubado no crime. Oliveira localizou o veículo, queimado, na zona leste e, a partir dele, identificou dois dos jovens envolvidos no crime - eram dois dos rapazes mortos. 

Os jovens encontrados mortos em Mogi

1 | 2

Jonathan Moreira Ferreira, de 18 anos

Foto: Divulgação
2 | 2

Jonas Ferreira Januário, de 30 anos

Foto: Divulgação

Oliveira tem 17 anos de Guarda Civil Municipal e já esteve envolvido em dois casos de resistência seguida de morte. Tinha acesso a centros de treinamento de tiro da PM, da Polícia Civil e da fabricante CBC, fornecedora exclusiva de munição para o Estado.

Com o nome dos suspeitos, o guarda usou um perfil falso no Facebook, que ele já tinha, para investigar os rapazes. Cesar Augusto Gomes da Silva, de 18 anos, e Caíque Henrique Machado Silva, de 19, aceitaram a solicitação de amizade. Oliveira se passava por uma jovem bonita, de nome Terezinha.

Com os rapazes "fisgados", Oliveira propôs um churrasco em um sítio em Ribeirão Pires e sugeriu que eles levassem amigos.Marcou ponto de encontro em uma frutaria da cidade. "Na versão dele, os rapazes não foram ao encontro e ele terminou a noite indo se encontrar com uma mulher", disse a delegada. "Essa versão nos parece inverossímil", pontuou.

À polícia, o GCM afirmou que iria prendê-los caso tivessem ido ao encontro.

O que ainda falta saber: A principal dúvida é sobre o número de assassinos no caso. A polícia não tem dúvida que Oliveira teve ajuda. Outros dois guardas civis municipais de Santo André estão sendo ouvidos na tarde desta sexta-feira, 11.

O papel da PM no caso: Uma das linhas de investigação do DHPP estava relacionada ao encontro de cápsulas de balas calibre .40 encontradas pela PM. 

As cápsulas estavam no local do encontro dos corpos, em Mogi. Nesta sexta-feira, 11, em entrevista coletiva, o secretário da segurança, Mágino Alves, afirmou que esse local foi adulterado antes da chegada da polícia.

O sitiante que localizou os corpos os achou, na verdade, no dia 29 - e não no dia 6, como vinha sendo divulgado. Ele chamou a polícia dois dias depois de encontrar os cadáveres, pois avisou primeiro seu patrão. Entretanto, quando a PM esteve no local, o sitiante já não estava lá para indicar exatamente o ponto e os policiais não fizeram a localização. Somente numa segunda tentativa, já no dia 6, é que os corpos foram achadas.

Ao DHPP, o sitiante informou que, entre a primeira e a segunda visita, o local mudou: foi colocado cal nas covas e as cápsulas da PM foram deixadas lá.

O tenente-coronel da PM Levi Felix, comandante da Corregedoria, informou que o lote das balas encontradas foi distribuído entre agentes da Academia da PM, de batalhões da zona leste e da Polícia Militar Rodoviária. "Entre janeiro de 2015 até aqui, houve 60 casos relatados de extravio de balas desse lote", disse o coronel.

As 50 cidades mais violentas do mundo

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49- Maracaibo - Venezuela

Foto: AP
2 | 46

45- Pereira - Colômbia

Foto: Reprodução/El País
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42- Nelson Mandela Bay - África do Sul

Foto: AFP
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41- Durban - África do Sul

Foto: EFE
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40- Campina Grande (PB) - Brasil

Foto: Reprodução
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37- Recife (PE) - Brasil

Foto: Guga Matos/JC Imagem
7 | 46

35- Tijuana - México

Foto: AP
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33- Kingston - Jamaica

Foto: Rodrigo Abd/AP
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32- New Orleans - Estados Unidos

Foto: Lee Calano/Reuters
10 | 46

31- Vitória (ES) - Brasil

Foto: Wilson Dias/Abr
11 | 46

30- Teresina (PI) - Brasil

Foto: Martha Santuza/Meio Norte
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28- Detroit - Estados Unidos

Foto: Rebecca Cook/Reuters
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24- Cumaná - Venezuela

Foto: Reprodução/El Clarín
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23- Manaus (AM) - Brasil

Foto: Estadão
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22- Cuiabá (MT) - Brasil

Foto: Reprodução
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21- São Luís (MA) - Brasil

Foto: Reprodução
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20- Barquisimeto - Venezuela

Foto: Reprodução/El Impulso
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19- Baltimore - Estados Unidos

Foto: AP
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18- Maceió (AL) - Brasil

Foto: Reprodução
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17- Culiacán - México

Foto: Fidel Duran/Reuters
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12- Fortaleza (CE) - Brasil

Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP
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11- Ciudad Guayana - Venezuela

Foto: Ariana Cubillos/AP
23 | 46

8- Palmira - Colômbia

Foto: Jaime Saldarriaga/Reuters
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7- Valencia - Venezuela

Foto: Reuters
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6- Distrito Central - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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5- Maturín - Venezuela

Foto: Divulgação
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4- Acapulco - México

Foto: Reuters
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3- San Salvador - El Salvador

Foto: Marvin Recinos/AFP
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2- San Pedro Sula - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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1- Caracas - Venezuela

Foto: Jorge Silva/Reuters
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50- Obregón - México

Foto: Reuters
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46- Victoria - México

Foto: Reprodução
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39- Campos dos Goytacazes (RJ) - Brasil

Foto: Cleber Rodrigues/Divulgação
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38- Aracaju (SE) - Brasil

Foto: Reprodução/Jornal O Dia
35 | 46

36- Vitória da Conquista (BA) - Brasil

Foto: João Melo/Reprodução
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29- Goiânia (GO) - Brasil

Foto: André Costa/Costa Press
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27- Feira de Santana (BA) - Brasil

Foto: Gleidson Santos/Bapress
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25- Guatemala - Guatamala

Foto: EFE
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16- João Pessoa (PB) - Brasil

Foto: Otávio Nogueira/Creative Commons
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15- St. Louis - Estados Unidos

Foto: Rick Wilking/Reuters
41 | 46

13- Natal (RN) - Brasil

Foto: Toru Hanai/Reuters
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10- Cali - Colômbia

Foto: Luis Robayo/AFP
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48- Macapá (AP) - Brasil

Foto: Divulgação
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43- Porto Alegre (RS) - Brasil

Foto: André Avila/Estadão
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14- Salvador (BA) - Brasil

Foto: Lunae Parracho/Reuters
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9- Cidade do Cabo - África do Sul

Foto: Reuters
Corpos dos jovens foram achados em área rural de Mogi Foto: HÉLIO TORCHI/SIGMAPRESS

SÃO PAULO - Mesmo com a prisão, na noite de quinta-feira, 10, de um guarda-civil municipal de Santo André acusado de participação na morte de cinco jovens da zona leste em Mogi das Cruzes, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) avalia que o caso ainda está longe de ser esclarecido. A polícia ainda não sabe quantas pessoas participaram da execução dos jovens, mas tem certeza que o GCM Rodrigo Gonçalves Oliveira não agiu sozinho. 

"É um quebra cabeça de mil peças, que nos estamos começando a juntar", disse a delegada Elisabeth Sato, diretora do DHPP. A polícia informou que o local do encontro dos jovens havia sido adulterado antes da realização das perícias. 

O que a Polícia Civil já sabe: Oliveira é instrutor de tiro da GCM de Santo André e tido como um dos líderes naturais da organização. Diante da morte de outro guarda, Rodrigo Sabino, em 24 de setembro, ele passou a investigar o caso. Sabino morreu em um latrocínio em Santo André. Seu carro foi roubado no crime. Oliveira localizou o veículo, queimado, na zona leste e, a partir dele, identificou dois dos jovens envolvidos no crime - eram dois dos rapazes mortos. 

Os jovens encontrados mortos em Mogi

1 | 2

Jonathan Moreira Ferreira, de 18 anos

Foto: Divulgação
2 | 2

Jonas Ferreira Januário, de 30 anos

Foto: Divulgação

Oliveira tem 17 anos de Guarda Civil Municipal e já esteve envolvido em dois casos de resistência seguida de morte. Tinha acesso a centros de treinamento de tiro da PM, da Polícia Civil e da fabricante CBC, fornecedora exclusiva de munição para o Estado.

Com o nome dos suspeitos, o guarda usou um perfil falso no Facebook, que ele já tinha, para investigar os rapazes. Cesar Augusto Gomes da Silva, de 18 anos, e Caíque Henrique Machado Silva, de 19, aceitaram a solicitação de amizade. Oliveira se passava por uma jovem bonita, de nome Terezinha.

Com os rapazes "fisgados", Oliveira propôs um churrasco em um sítio em Ribeirão Pires e sugeriu que eles levassem amigos.Marcou ponto de encontro em uma frutaria da cidade. "Na versão dele, os rapazes não foram ao encontro e ele terminou a noite indo se encontrar com uma mulher", disse a delegada. "Essa versão nos parece inverossímil", pontuou.

À polícia, o GCM afirmou que iria prendê-los caso tivessem ido ao encontro.

O que ainda falta saber: A principal dúvida é sobre o número de assassinos no caso. A polícia não tem dúvida que Oliveira teve ajuda. Outros dois guardas civis municipais de Santo André estão sendo ouvidos na tarde desta sexta-feira, 11.

O papel da PM no caso: Uma das linhas de investigação do DHPP estava relacionada ao encontro de cápsulas de balas calibre .40 encontradas pela PM. 

As cápsulas estavam no local do encontro dos corpos, em Mogi. Nesta sexta-feira, 11, em entrevista coletiva, o secretário da segurança, Mágino Alves, afirmou que esse local foi adulterado antes da chegada da polícia.

O sitiante que localizou os corpos os achou, na verdade, no dia 29 - e não no dia 6, como vinha sendo divulgado. Ele chamou a polícia dois dias depois de encontrar os cadáveres, pois avisou primeiro seu patrão. Entretanto, quando a PM esteve no local, o sitiante já não estava lá para indicar exatamente o ponto e os policiais não fizeram a localização. Somente numa segunda tentativa, já no dia 6, é que os corpos foram achadas.

Ao DHPP, o sitiante informou que, entre a primeira e a segunda visita, o local mudou: foi colocado cal nas covas e as cápsulas da PM foram deixadas lá.

O tenente-coronel da PM Levi Felix, comandante da Corregedoria, informou que o lote das balas encontradas foi distribuído entre agentes da Academia da PM, de batalhões da zona leste e da Polícia Militar Rodoviária. "Entre janeiro de 2015 até aqui, houve 60 casos relatados de extravio de balas desse lote", disse o coronel.

As 50 cidades mais violentas do mundo

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49- Maracaibo - Venezuela

Foto: AP
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45- Pereira - Colômbia

Foto: Reprodução/El País
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42- Nelson Mandela Bay - África do Sul

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41- Durban - África do Sul

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40- Campina Grande (PB) - Brasil

Foto: Reprodução
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37- Recife (PE) - Brasil

Foto: Guga Matos/JC Imagem
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35- Tijuana - México

Foto: AP
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33- Kingston - Jamaica

Foto: Rodrigo Abd/AP
9 | 46

32- New Orleans - Estados Unidos

Foto: Lee Calano/Reuters
10 | 46

31- Vitória (ES) - Brasil

Foto: Wilson Dias/Abr
11 | 46

30- Teresina (PI) - Brasil

Foto: Martha Santuza/Meio Norte
12 | 46

28- Detroit - Estados Unidos

Foto: Rebecca Cook/Reuters
13 | 46

24- Cumaná - Venezuela

Foto: Reprodução/El Clarín
14 | 46

23- Manaus (AM) - Brasil

Foto: Estadão
15 | 46

22- Cuiabá (MT) - Brasil

Foto: Reprodução
16 | 46

21- São Luís (MA) - Brasil

Foto: Reprodução
17 | 46

20- Barquisimeto - Venezuela

Foto: Reprodução/El Impulso
18 | 46

19- Baltimore - Estados Unidos

Foto: AP
19 | 46

18- Maceió (AL) - Brasil

Foto: Reprodução
20 | 46

17- Culiacán - México

Foto: Fidel Duran/Reuters
21 | 46

12- Fortaleza (CE) - Brasil

Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP
22 | 46

11- Ciudad Guayana - Venezuela

Foto: Ariana Cubillos/AP
23 | 46

8- Palmira - Colômbia

Foto: Jaime Saldarriaga/Reuters
24 | 46

7- Valencia - Venezuela

Foto: Reuters
25 | 46

6- Distrito Central - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
26 | 46

5- Maturín - Venezuela

Foto: Divulgação
27 | 46

4- Acapulco - México

Foto: Reuters
28 | 46

3- San Salvador - El Salvador

Foto: Marvin Recinos/AFP
29 | 46

2- San Pedro Sula - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
30 | 46

1- Caracas - Venezuela

Foto: Jorge Silva/Reuters
31 | 46

50- Obregón - México

Foto: Reuters
32 | 46

46- Victoria - México

Foto: Reprodução
33 | 46

39- Campos dos Goytacazes (RJ) - Brasil

Foto: Cleber Rodrigues/Divulgação
34 | 46

38- Aracaju (SE) - Brasil

Foto: Reprodução/Jornal O Dia
35 | 46

36- Vitória da Conquista (BA) - Brasil

Foto: João Melo/Reprodução
36 | 46

29- Goiânia (GO) - Brasil

Foto: André Costa/Costa Press
37 | 46

27- Feira de Santana (BA) - Brasil

Foto: Gleidson Santos/Bapress
38 | 46

25- Guatemala - Guatamala

Foto: EFE
39 | 46

16- João Pessoa (PB) - Brasil

Foto: Otávio Nogueira/Creative Commons
40 | 46

15- St. Louis - Estados Unidos

Foto: Rick Wilking/Reuters
41 | 46

13- Natal (RN) - Brasil

Foto: Toru Hanai/Reuters
42 | 46

10- Cali - Colômbia

Foto: Luis Robayo/AFP
43 | 46

48- Macapá (AP) - Brasil

Foto: Divulgação
44 | 46

43- Porto Alegre (RS) - Brasil

Foto: André Avila/Estadão
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14- Salvador (BA) - Brasil

Foto: Lunae Parracho/Reuters
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9- Cidade do Cabo - África do Sul

Foto: Reuters

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