Nas alças das marginais, 19 favelas de frente para caminhões


Algumas estão entre as de maior risco em escala de 0 a 10 feita pela Prefeitura

Por Redação

Um dos alvos das invasões em São Paulo que culminam em novas favelas são as pontes das marginais e seus terrenos ao lado das alças de acesso. Segundo o novo estudo - que apontou, entre outras coisas, que um em cada seis paulistanos vivem em favelas - há 19 ocupações ao longo das pontes do Tietê e do Pinheiros, várias das quais erradicadas e renascidas, como a da Ponte Julio de Mesquita Neto, na zona norte, retirada e reocupada duas vezes. "Não existem favelas iguais. Cada uma é um bairro, com cultura e história própria", afirma a arquiteta Elisabete França, superintendente de Habitação Popular de São Paulo e responsável pela pesquisa. Segundo ela, a maior vantagem do estudo foi a possibilidade de requalificar o conceito de área de risco e mudar a ordem de prioridades dos programas de urbanização das favelas da capital. Desde 2002, a Prefeitura segue um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público Estadual (MPE), que põe na frente da fila de ocupações a receberem obras aquelas que apresentarem maior risco de deslizamento de terra. Foi dessa forma que a Nova Jaguaré e o Morro do Sabão, na zona oeste, começaram a ser urbanizados há quatro anos. Os riscos dos moradores de favela, porém, vão muito além do deslizamento. No caso das marginais, há o de atropelamento ou mesmo de exposição a altos índices de poluição. De frente para os caminhões O aposentado Pedro Costa, de 71 anos, abre a porta de casa, sob a Ponte da Anhangüera, e dá de cara com os caminhões que cruzam a Marginal do Tietê. Ele conta que há quatro anos herdou o barraco de alvenaria do sogro, Joaquim Alves Pereira, que viveu durante 27 anos na moradia, até morrer atropelado na ponte que o protegia, aos 92 anos. "Eu morava em Medicilândia, no Pará, e vim para cá", conta o aposentado. Apesar do barulho que o deixa com "uma zoeira" na cabeça na hora de dormir, Pedro Costa afirma preferir os caminhões da marginal à pobreza do vilarejo onde morava. "Aqui é melhor. Olha só: tem remédio direto no posto. Os meninos (os três netos que cria, Hércules, de 9 anos, Vanderson, de 8, e Sandro, de 7) têm até escola", diz. A favela onde o aposentado mora, por exemplo, figura entre as de maior risco, porém não tem desempenho ruim no quesito infra-estrutura. Por isso, o estudo da Prefeitura estabeleceu um critério de pontuação das ocupações, que vai de zero a dez, sendo a nota mais baixa sinônimo de precariedade total e a máxima - não atingida por nenhuma - a que exprime a melhor situação. Há favelas que têm coleta de lixo, rede oficial de distribuição de energia elétrica e água concedida pela Sabesp e outras que sequer têm ligação clandestina de luz. "Paraisópolis ( zona sul) é exemplo de cidade sustentável. Todo mundo lá vai a pé para o trabalho", diz Elisabete França. Ranking A maior: Heliópolis, no Sacomã, zona sul de São Paulo, é a maior favela da cidade, com cerca de 20 mil domicílios; A menor: Favela Barzan, em Santana, zona norte, com 1 domicílio; A mais estruturada: Favela Mariliza, em Pirituba, zona oeste, que tem até coleta de lixo; A mais precária: Favela Haddad, na Lapa, zona oeste, que não tem água nem iluminação elétrica; A mais rica: Jardim Colombo, no Morumbi (sul). Tem chefe de família com renda mensal de R$ 1 mil.   Um em cada seis paulistanos vive em favela Universitária descobriu `há pouco´ que vive em favela Obras da Prefeitura estimulam crescimento de favelas em SP

Um dos alvos das invasões em São Paulo que culminam em novas favelas são as pontes das marginais e seus terrenos ao lado das alças de acesso. Segundo o novo estudo - que apontou, entre outras coisas, que um em cada seis paulistanos vivem em favelas - há 19 ocupações ao longo das pontes do Tietê e do Pinheiros, várias das quais erradicadas e renascidas, como a da Ponte Julio de Mesquita Neto, na zona norte, retirada e reocupada duas vezes. "Não existem favelas iguais. Cada uma é um bairro, com cultura e história própria", afirma a arquiteta Elisabete França, superintendente de Habitação Popular de São Paulo e responsável pela pesquisa. Segundo ela, a maior vantagem do estudo foi a possibilidade de requalificar o conceito de área de risco e mudar a ordem de prioridades dos programas de urbanização das favelas da capital. Desde 2002, a Prefeitura segue um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público Estadual (MPE), que põe na frente da fila de ocupações a receberem obras aquelas que apresentarem maior risco de deslizamento de terra. Foi dessa forma que a Nova Jaguaré e o Morro do Sabão, na zona oeste, começaram a ser urbanizados há quatro anos. Os riscos dos moradores de favela, porém, vão muito além do deslizamento. No caso das marginais, há o de atropelamento ou mesmo de exposição a altos índices de poluição. De frente para os caminhões O aposentado Pedro Costa, de 71 anos, abre a porta de casa, sob a Ponte da Anhangüera, e dá de cara com os caminhões que cruzam a Marginal do Tietê. Ele conta que há quatro anos herdou o barraco de alvenaria do sogro, Joaquim Alves Pereira, que viveu durante 27 anos na moradia, até morrer atropelado na ponte que o protegia, aos 92 anos. "Eu morava em Medicilândia, no Pará, e vim para cá", conta o aposentado. Apesar do barulho que o deixa com "uma zoeira" na cabeça na hora de dormir, Pedro Costa afirma preferir os caminhões da marginal à pobreza do vilarejo onde morava. "Aqui é melhor. Olha só: tem remédio direto no posto. Os meninos (os três netos que cria, Hércules, de 9 anos, Vanderson, de 8, e Sandro, de 7) têm até escola", diz. A favela onde o aposentado mora, por exemplo, figura entre as de maior risco, porém não tem desempenho ruim no quesito infra-estrutura. Por isso, o estudo da Prefeitura estabeleceu um critério de pontuação das ocupações, que vai de zero a dez, sendo a nota mais baixa sinônimo de precariedade total e a máxima - não atingida por nenhuma - a que exprime a melhor situação. Há favelas que têm coleta de lixo, rede oficial de distribuição de energia elétrica e água concedida pela Sabesp e outras que sequer têm ligação clandestina de luz. "Paraisópolis ( zona sul) é exemplo de cidade sustentável. Todo mundo lá vai a pé para o trabalho", diz Elisabete França. Ranking A maior: Heliópolis, no Sacomã, zona sul de São Paulo, é a maior favela da cidade, com cerca de 20 mil domicílios; A menor: Favela Barzan, em Santana, zona norte, com 1 domicílio; A mais estruturada: Favela Mariliza, em Pirituba, zona oeste, que tem até coleta de lixo; A mais precária: Favela Haddad, na Lapa, zona oeste, que não tem água nem iluminação elétrica; A mais rica: Jardim Colombo, no Morumbi (sul). Tem chefe de família com renda mensal de R$ 1 mil.   Um em cada seis paulistanos vive em favela Universitária descobriu `há pouco´ que vive em favela Obras da Prefeitura estimulam crescimento de favelas em SP

Um dos alvos das invasões em São Paulo que culminam em novas favelas são as pontes das marginais e seus terrenos ao lado das alças de acesso. Segundo o novo estudo - que apontou, entre outras coisas, que um em cada seis paulistanos vivem em favelas - há 19 ocupações ao longo das pontes do Tietê e do Pinheiros, várias das quais erradicadas e renascidas, como a da Ponte Julio de Mesquita Neto, na zona norte, retirada e reocupada duas vezes. "Não existem favelas iguais. Cada uma é um bairro, com cultura e história própria", afirma a arquiteta Elisabete França, superintendente de Habitação Popular de São Paulo e responsável pela pesquisa. Segundo ela, a maior vantagem do estudo foi a possibilidade de requalificar o conceito de área de risco e mudar a ordem de prioridades dos programas de urbanização das favelas da capital. Desde 2002, a Prefeitura segue um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público Estadual (MPE), que põe na frente da fila de ocupações a receberem obras aquelas que apresentarem maior risco de deslizamento de terra. Foi dessa forma que a Nova Jaguaré e o Morro do Sabão, na zona oeste, começaram a ser urbanizados há quatro anos. Os riscos dos moradores de favela, porém, vão muito além do deslizamento. No caso das marginais, há o de atropelamento ou mesmo de exposição a altos índices de poluição. De frente para os caminhões O aposentado Pedro Costa, de 71 anos, abre a porta de casa, sob a Ponte da Anhangüera, e dá de cara com os caminhões que cruzam a Marginal do Tietê. Ele conta que há quatro anos herdou o barraco de alvenaria do sogro, Joaquim Alves Pereira, que viveu durante 27 anos na moradia, até morrer atropelado na ponte que o protegia, aos 92 anos. "Eu morava em Medicilândia, no Pará, e vim para cá", conta o aposentado. Apesar do barulho que o deixa com "uma zoeira" na cabeça na hora de dormir, Pedro Costa afirma preferir os caminhões da marginal à pobreza do vilarejo onde morava. "Aqui é melhor. Olha só: tem remédio direto no posto. Os meninos (os três netos que cria, Hércules, de 9 anos, Vanderson, de 8, e Sandro, de 7) têm até escola", diz. A favela onde o aposentado mora, por exemplo, figura entre as de maior risco, porém não tem desempenho ruim no quesito infra-estrutura. Por isso, o estudo da Prefeitura estabeleceu um critério de pontuação das ocupações, que vai de zero a dez, sendo a nota mais baixa sinônimo de precariedade total e a máxima - não atingida por nenhuma - a que exprime a melhor situação. Há favelas que têm coleta de lixo, rede oficial de distribuição de energia elétrica e água concedida pela Sabesp e outras que sequer têm ligação clandestina de luz. "Paraisópolis ( zona sul) é exemplo de cidade sustentável. Todo mundo lá vai a pé para o trabalho", diz Elisabete França. Ranking A maior: Heliópolis, no Sacomã, zona sul de São Paulo, é a maior favela da cidade, com cerca de 20 mil domicílios; A menor: Favela Barzan, em Santana, zona norte, com 1 domicílio; A mais estruturada: Favela Mariliza, em Pirituba, zona oeste, que tem até coleta de lixo; A mais precária: Favela Haddad, na Lapa, zona oeste, que não tem água nem iluminação elétrica; A mais rica: Jardim Colombo, no Morumbi (sul). Tem chefe de família com renda mensal de R$ 1 mil.   Um em cada seis paulistanos vive em favela Universitária descobriu `há pouco´ que vive em favela Obras da Prefeitura estimulam crescimento de favelas em SP

Um dos alvos das invasões em São Paulo que culminam em novas favelas são as pontes das marginais e seus terrenos ao lado das alças de acesso. Segundo o novo estudo - que apontou, entre outras coisas, que um em cada seis paulistanos vivem em favelas - há 19 ocupações ao longo das pontes do Tietê e do Pinheiros, várias das quais erradicadas e renascidas, como a da Ponte Julio de Mesquita Neto, na zona norte, retirada e reocupada duas vezes. "Não existem favelas iguais. Cada uma é um bairro, com cultura e história própria", afirma a arquiteta Elisabete França, superintendente de Habitação Popular de São Paulo e responsável pela pesquisa. Segundo ela, a maior vantagem do estudo foi a possibilidade de requalificar o conceito de área de risco e mudar a ordem de prioridades dos programas de urbanização das favelas da capital. Desde 2002, a Prefeitura segue um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público Estadual (MPE), que põe na frente da fila de ocupações a receberem obras aquelas que apresentarem maior risco de deslizamento de terra. Foi dessa forma que a Nova Jaguaré e o Morro do Sabão, na zona oeste, começaram a ser urbanizados há quatro anos. Os riscos dos moradores de favela, porém, vão muito além do deslizamento. No caso das marginais, há o de atropelamento ou mesmo de exposição a altos índices de poluição. De frente para os caminhões O aposentado Pedro Costa, de 71 anos, abre a porta de casa, sob a Ponte da Anhangüera, e dá de cara com os caminhões que cruzam a Marginal do Tietê. Ele conta que há quatro anos herdou o barraco de alvenaria do sogro, Joaquim Alves Pereira, que viveu durante 27 anos na moradia, até morrer atropelado na ponte que o protegia, aos 92 anos. "Eu morava em Medicilândia, no Pará, e vim para cá", conta o aposentado. Apesar do barulho que o deixa com "uma zoeira" na cabeça na hora de dormir, Pedro Costa afirma preferir os caminhões da marginal à pobreza do vilarejo onde morava. "Aqui é melhor. Olha só: tem remédio direto no posto. Os meninos (os três netos que cria, Hércules, de 9 anos, Vanderson, de 8, e Sandro, de 7) têm até escola", diz. A favela onde o aposentado mora, por exemplo, figura entre as de maior risco, porém não tem desempenho ruim no quesito infra-estrutura. Por isso, o estudo da Prefeitura estabeleceu um critério de pontuação das ocupações, que vai de zero a dez, sendo a nota mais baixa sinônimo de precariedade total e a máxima - não atingida por nenhuma - a que exprime a melhor situação. Há favelas que têm coleta de lixo, rede oficial de distribuição de energia elétrica e água concedida pela Sabesp e outras que sequer têm ligação clandestina de luz. "Paraisópolis ( zona sul) é exemplo de cidade sustentável. Todo mundo lá vai a pé para o trabalho", diz Elisabete França. Ranking A maior: Heliópolis, no Sacomã, zona sul de São Paulo, é a maior favela da cidade, com cerca de 20 mil domicílios; A menor: Favela Barzan, em Santana, zona norte, com 1 domicílio; A mais estruturada: Favela Mariliza, em Pirituba, zona oeste, que tem até coleta de lixo; A mais precária: Favela Haddad, na Lapa, zona oeste, que não tem água nem iluminação elétrica; A mais rica: Jardim Colombo, no Morumbi (sul). Tem chefe de família com renda mensal de R$ 1 mil.   Um em cada seis paulistanos vive em favela Universitária descobriu `há pouco´ que vive em favela Obras da Prefeitura estimulam crescimento de favelas em SP

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