Ônibus bate em 12 carros e interdita a Paulista


Motorista perdeu o freio, arrastou veículos e só parou no canteiro; ninguém se feriu

Por Paula Felix

Atualizado às 20h50

SÃO PAULO - A Avenida Paulista, na região central de São Paulo, ficou ao menos cinco horas interditada, das quais três totalmente, após um ônibus desgovernado atingir 12 veículos e ficar parado em um canteiro da via. Segundo a polícia, o motorista informou que perdeu o freio e que não estava em alta velocidade. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

O acidente aconteceu às 12h30 desta terça-feira, 24, na altura da Rua Haddock Lobo, no sentido Paraíso. Segundo testemunhas, o coletivo da linha 874C-10 (Parque Continental-Metrô Trianon) saiu do túnel José Roberto Fanganiello Melhem, que liga as Avenidas Doutor Arnaldo e Paulista, e foi arrastando os carros.

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“Estava parado e senti o primeiro chacoalhão, depois o ônibus bateu na traseira do meu carro. Acho que o acelerador estava travado, ele passou voando”, disse o professor Antônio Mário Cunha, de 55 anos, que estava a caminho do trabalho. O seu veículo, um Volkswagen Jetta, teve parte da traseira arrancada.

Outro ônibus que passava pela avenida foi atingido por um táxi. “O ônibus veio empurrando todo mundo e um táxi bateu na lateral. Ele veio buzinando e conseguiu parar em cima do canteiro. Ele conseguiu evitar coisa pior”, disse o motorista José Luciano Rocha, de 51 anos, da linha 150P-10 (Metrô Santana-Metrô Ana Rosa). Rocha contou que havia cerca de 50 passageiros no veículo que conduzia e que eles se desesperaram no momento do acidente. “Foi uma gritaria só. O pessoal ficou apavorado, mas ninguém se machucou.”

O motorista Arley Ferreira Mendes, de 39 anos, já tinha encerrado seu expediente e voltava para casa quando seu veículo foi atingido. “Quando abriu o farol, segui por cinco metros e vi, pelo retrovisor, o ônibus arrastando vários carros. Ele arrastou meu carro por 20 metros.” Mendes sofreu um arranhão na mão esquerda. “Meu carro virou ao contrário, fiquei na contramão. Eu me desesperei e coloquei a mão na porta. Foi assim que me machuquei, mas foi pouco. Deus me salvou.”

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Acidente entre ônibus e carros na Avenida Paulista

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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Acidente na Paulista

Foto: Ana Paula Lima
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Rafael Santos/WhatsApp/Reprodução/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Acidente na Avenida Paulista

Foto: Ana Paula Lima
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Acidente na Paulista

Foto: Ana Paula Lima
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Acidente na Paulista

Foto: Ana Paula Lima

Os danos foram leves no veículo do consultor técnico comercial Fabiano Mascarenhas, de 39 anos. Ele disse que se deslocava para o Hospital Beneficência Portuguesa quando houve a colisão. “Eu estava vindo da Rebouças. Ainda joguei o carro (para desviar), mas o ônibus veio muito rápido.”
A estudante de Direito Paula Zarro, de 21 anos, afirmou que demorou a entender as proporções do acidente. “Pensei que era um carro batendo atrás de mim, mas vi que os carros começaram a bater. Bati a cabeça e o joelho. Foi um susto.” Paula pretende entrar na Justiça para tentar ressarcimento.
“O motorista disse que faltou freio e que ele começou a colidir com vários veículos. Ele afirmou que bateu no canteiro para parar e disse que não estava em alta velocidade. Se estivesse rápido, não teria conseguido parar aqui”, afirmou o cabo da Polícia Militar Roberto Nelo, que fez o registro da ocorrência.
Operação. Logo após o acidente, houve congestionamento na região e, para remoção dos carros, duas faixas da Avenida Paulista foram interditadas. Por volta das 14 horas, toda a via foi fechada no sentido Paraíso para a retirada do coletivo. A operação foi complexa e demorou pouco mais de três horas.
Inicialmente, um guincho tentou puxar o ônibus, mas a parte de trás permaneceu presa ao canteiro. Depois, foi necessário utilizar outro guincho para soltar o coletivo, que foi completamente removido por volta das 17h20, sob aplausos dos curiosos que estavam aglomerados na calçada.
“Eu vim depois de sair do trabalho. O pessoal que trabalha comigo comentou. Faz uma hora e meia que estou observando. É difícil ver um acidente assim perto do trabalho. Geralmente, a gente só vê isso pela televisão”, disse o contínuo Gustavo de Souza Araújo, de 24 anos. Araújo afirmou também que ficou com medo. “Preocupa ver um acidente assim. Eu costumo andar de ônibus.”
Em nota, a São Paulo Transporte (SPTrans) informou que vai acompanhar as investigações. Por meio do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), a Viação Gato Preto lamentou o acidente e afirmou que o coletivo estava “com a manutenção rigorosamente em dia”. Informou ainda que todos os operadores “passam por treinamentos de direção segura e defensiva”.

Atualizado às 20h50

SÃO PAULO - A Avenida Paulista, na região central de São Paulo, ficou ao menos cinco horas interditada, das quais três totalmente, após um ônibus desgovernado atingir 12 veículos e ficar parado em um canteiro da via. Segundo a polícia, o motorista informou que perdeu o freio e que não estava em alta velocidade. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

O acidente aconteceu às 12h30 desta terça-feira, 24, na altura da Rua Haddock Lobo, no sentido Paraíso. Segundo testemunhas, o coletivo da linha 874C-10 (Parque Continental-Metrô Trianon) saiu do túnel José Roberto Fanganiello Melhem, que liga as Avenidas Doutor Arnaldo e Paulista, e foi arrastando os carros.

“Estava parado e senti o primeiro chacoalhão, depois o ônibus bateu na traseira do meu carro. Acho que o acelerador estava travado, ele passou voando”, disse o professor Antônio Mário Cunha, de 55 anos, que estava a caminho do trabalho. O seu veículo, um Volkswagen Jetta, teve parte da traseira arrancada.

Outro ônibus que passava pela avenida foi atingido por um táxi. “O ônibus veio empurrando todo mundo e um táxi bateu na lateral. Ele veio buzinando e conseguiu parar em cima do canteiro. Ele conseguiu evitar coisa pior”, disse o motorista José Luciano Rocha, de 51 anos, da linha 150P-10 (Metrô Santana-Metrô Ana Rosa). Rocha contou que havia cerca de 50 passageiros no veículo que conduzia e que eles se desesperaram no momento do acidente. “Foi uma gritaria só. O pessoal ficou apavorado, mas ninguém se machucou.”

O motorista Arley Ferreira Mendes, de 39 anos, já tinha encerrado seu expediente e voltava para casa quando seu veículo foi atingido. “Quando abriu o farol, segui por cinco metros e vi, pelo retrovisor, o ônibus arrastando vários carros. Ele arrastou meu carro por 20 metros.” Mendes sofreu um arranhão na mão esquerda. “Meu carro virou ao contrário, fiquei na contramão. Eu me desesperei e coloquei a mão na porta. Foi assim que me machuquei, mas foi pouco. Deus me salvou.”

Acidente entre ônibus e carros na Avenida Paulista

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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Acidente na Paulista

Foto: Ana Paula Lima
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Rafael Santos/WhatsApp/Reprodução/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

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Acidente na Avenida Paulista

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Acidente na Paulista

Foto: Ana Paula Lima
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Acidente na Paulista

Foto: Ana Paula Lima

Os danos foram leves no veículo do consultor técnico comercial Fabiano Mascarenhas, de 39 anos. Ele disse que se deslocava para o Hospital Beneficência Portuguesa quando houve a colisão. “Eu estava vindo da Rebouças. Ainda joguei o carro (para desviar), mas o ônibus veio muito rápido.”
A estudante de Direito Paula Zarro, de 21 anos, afirmou que demorou a entender as proporções do acidente. “Pensei que era um carro batendo atrás de mim, mas vi que os carros começaram a bater. Bati a cabeça e o joelho. Foi um susto.” Paula pretende entrar na Justiça para tentar ressarcimento.
“O motorista disse que faltou freio e que ele começou a colidir com vários veículos. Ele afirmou que bateu no canteiro para parar e disse que não estava em alta velocidade. Se estivesse rápido, não teria conseguido parar aqui”, afirmou o cabo da Polícia Militar Roberto Nelo, que fez o registro da ocorrência.
Operação. Logo após o acidente, houve congestionamento na região e, para remoção dos carros, duas faixas da Avenida Paulista foram interditadas. Por volta das 14 horas, toda a via foi fechada no sentido Paraíso para a retirada do coletivo. A operação foi complexa e demorou pouco mais de três horas.
Inicialmente, um guincho tentou puxar o ônibus, mas a parte de trás permaneceu presa ao canteiro. Depois, foi necessário utilizar outro guincho para soltar o coletivo, que foi completamente removido por volta das 17h20, sob aplausos dos curiosos que estavam aglomerados na calçada.
“Eu vim depois de sair do trabalho. O pessoal que trabalha comigo comentou. Faz uma hora e meia que estou observando. É difícil ver um acidente assim perto do trabalho. Geralmente, a gente só vê isso pela televisão”, disse o contínuo Gustavo de Souza Araújo, de 24 anos. Araújo afirmou também que ficou com medo. “Preocupa ver um acidente assim. Eu costumo andar de ônibus.”
Em nota, a São Paulo Transporte (SPTrans) informou que vai acompanhar as investigações. Por meio do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), a Viação Gato Preto lamentou o acidente e afirmou que o coletivo estava “com a manutenção rigorosamente em dia”. Informou ainda que todos os operadores “passam por treinamentos de direção segura e defensiva”.

Atualizado às 20h50

SÃO PAULO - A Avenida Paulista, na região central de São Paulo, ficou ao menos cinco horas interditada, das quais três totalmente, após um ônibus desgovernado atingir 12 veículos e ficar parado em um canteiro da via. Segundo a polícia, o motorista informou que perdeu o freio e que não estava em alta velocidade. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

O acidente aconteceu às 12h30 desta terça-feira, 24, na altura da Rua Haddock Lobo, no sentido Paraíso. Segundo testemunhas, o coletivo da linha 874C-10 (Parque Continental-Metrô Trianon) saiu do túnel José Roberto Fanganiello Melhem, que liga as Avenidas Doutor Arnaldo e Paulista, e foi arrastando os carros.

“Estava parado e senti o primeiro chacoalhão, depois o ônibus bateu na traseira do meu carro. Acho que o acelerador estava travado, ele passou voando”, disse o professor Antônio Mário Cunha, de 55 anos, que estava a caminho do trabalho. O seu veículo, um Volkswagen Jetta, teve parte da traseira arrancada.

Outro ônibus que passava pela avenida foi atingido por um táxi. “O ônibus veio empurrando todo mundo e um táxi bateu na lateral. Ele veio buzinando e conseguiu parar em cima do canteiro. Ele conseguiu evitar coisa pior”, disse o motorista José Luciano Rocha, de 51 anos, da linha 150P-10 (Metrô Santana-Metrô Ana Rosa). Rocha contou que havia cerca de 50 passageiros no veículo que conduzia e que eles se desesperaram no momento do acidente. “Foi uma gritaria só. O pessoal ficou apavorado, mas ninguém se machucou.”

O motorista Arley Ferreira Mendes, de 39 anos, já tinha encerrado seu expediente e voltava para casa quando seu veículo foi atingido. “Quando abriu o farol, segui por cinco metros e vi, pelo retrovisor, o ônibus arrastando vários carros. Ele arrastou meu carro por 20 metros.” Mendes sofreu um arranhão na mão esquerda. “Meu carro virou ao contrário, fiquei na contramão. Eu me desesperei e coloquei a mão na porta. Foi assim que me machuquei, mas foi pouco. Deus me salvou.”

Acidente entre ônibus e carros na Avenida Paulista

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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

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Acidente na Avenida Paulista

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Acidente na Paulista

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Foto: Ana Paula Lima

Os danos foram leves no veículo do consultor técnico comercial Fabiano Mascarenhas, de 39 anos. Ele disse que se deslocava para o Hospital Beneficência Portuguesa quando houve a colisão. “Eu estava vindo da Rebouças. Ainda joguei o carro (para desviar), mas o ônibus veio muito rápido.”
A estudante de Direito Paula Zarro, de 21 anos, afirmou que demorou a entender as proporções do acidente. “Pensei que era um carro batendo atrás de mim, mas vi que os carros começaram a bater. Bati a cabeça e o joelho. Foi um susto.” Paula pretende entrar na Justiça para tentar ressarcimento.
“O motorista disse que faltou freio e que ele começou a colidir com vários veículos. Ele afirmou que bateu no canteiro para parar e disse que não estava em alta velocidade. Se estivesse rápido, não teria conseguido parar aqui”, afirmou o cabo da Polícia Militar Roberto Nelo, que fez o registro da ocorrência.
Operação. Logo após o acidente, houve congestionamento na região e, para remoção dos carros, duas faixas da Avenida Paulista foram interditadas. Por volta das 14 horas, toda a via foi fechada no sentido Paraíso para a retirada do coletivo. A operação foi complexa e demorou pouco mais de três horas.
Inicialmente, um guincho tentou puxar o ônibus, mas a parte de trás permaneceu presa ao canteiro. Depois, foi necessário utilizar outro guincho para soltar o coletivo, que foi completamente removido por volta das 17h20, sob aplausos dos curiosos que estavam aglomerados na calçada.
“Eu vim depois de sair do trabalho. O pessoal que trabalha comigo comentou. Faz uma hora e meia que estou observando. É difícil ver um acidente assim perto do trabalho. Geralmente, a gente só vê isso pela televisão”, disse o contínuo Gustavo de Souza Araújo, de 24 anos. Araújo afirmou também que ficou com medo. “Preocupa ver um acidente assim. Eu costumo andar de ônibus.”
Em nota, a São Paulo Transporte (SPTrans) informou que vai acompanhar as investigações. Por meio do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), a Viação Gato Preto lamentou o acidente e afirmou que o coletivo estava “com a manutenção rigorosamente em dia”. Informou ainda que todos os operadores “passam por treinamentos de direção segura e defensiva”.

Atualizado às 20h50

SÃO PAULO - A Avenida Paulista, na região central de São Paulo, ficou ao menos cinco horas interditada, das quais três totalmente, após um ônibus desgovernado atingir 12 veículos e ficar parado em um canteiro da via. Segundo a polícia, o motorista informou que perdeu o freio e que não estava em alta velocidade. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

O acidente aconteceu às 12h30 desta terça-feira, 24, na altura da Rua Haddock Lobo, no sentido Paraíso. Segundo testemunhas, o coletivo da linha 874C-10 (Parque Continental-Metrô Trianon) saiu do túnel José Roberto Fanganiello Melhem, que liga as Avenidas Doutor Arnaldo e Paulista, e foi arrastando os carros.

“Estava parado e senti o primeiro chacoalhão, depois o ônibus bateu na traseira do meu carro. Acho que o acelerador estava travado, ele passou voando”, disse o professor Antônio Mário Cunha, de 55 anos, que estava a caminho do trabalho. O seu veículo, um Volkswagen Jetta, teve parte da traseira arrancada.

Outro ônibus que passava pela avenida foi atingido por um táxi. “O ônibus veio empurrando todo mundo e um táxi bateu na lateral. Ele veio buzinando e conseguiu parar em cima do canteiro. Ele conseguiu evitar coisa pior”, disse o motorista José Luciano Rocha, de 51 anos, da linha 150P-10 (Metrô Santana-Metrô Ana Rosa). Rocha contou que havia cerca de 50 passageiros no veículo que conduzia e que eles se desesperaram no momento do acidente. “Foi uma gritaria só. O pessoal ficou apavorado, mas ninguém se machucou.”

O motorista Arley Ferreira Mendes, de 39 anos, já tinha encerrado seu expediente e voltava para casa quando seu veículo foi atingido. “Quando abriu o farol, segui por cinco metros e vi, pelo retrovisor, o ônibus arrastando vários carros. Ele arrastou meu carro por 20 metros.” Mendes sofreu um arranhão na mão esquerda. “Meu carro virou ao contrário, fiquei na contramão. Eu me desesperei e coloquei a mão na porta. Foi assim que me machuquei, mas foi pouco. Deus me salvou.”

Acidente entre ônibus e carros na Avenida Paulista

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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Segundo motorista de veículo atingido, coletivo deixou túnel em alta velocidade, sem controle

Foto: Sérgio Castro/Estadão
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Acidente na Avenida Paulista

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Os danos foram leves no veículo do consultor técnico comercial Fabiano Mascarenhas, de 39 anos. Ele disse que se deslocava para o Hospital Beneficência Portuguesa quando houve a colisão. “Eu estava vindo da Rebouças. Ainda joguei o carro (para desviar), mas o ônibus veio muito rápido.”
A estudante de Direito Paula Zarro, de 21 anos, afirmou que demorou a entender as proporções do acidente. “Pensei que era um carro batendo atrás de mim, mas vi que os carros começaram a bater. Bati a cabeça e o joelho. Foi um susto.” Paula pretende entrar na Justiça para tentar ressarcimento.
“O motorista disse que faltou freio e que ele começou a colidir com vários veículos. Ele afirmou que bateu no canteiro para parar e disse que não estava em alta velocidade. Se estivesse rápido, não teria conseguido parar aqui”, afirmou o cabo da Polícia Militar Roberto Nelo, que fez o registro da ocorrência.
Operação. Logo após o acidente, houve congestionamento na região e, para remoção dos carros, duas faixas da Avenida Paulista foram interditadas. Por volta das 14 horas, toda a via foi fechada no sentido Paraíso para a retirada do coletivo. A operação foi complexa e demorou pouco mais de três horas.
Inicialmente, um guincho tentou puxar o ônibus, mas a parte de trás permaneceu presa ao canteiro. Depois, foi necessário utilizar outro guincho para soltar o coletivo, que foi completamente removido por volta das 17h20, sob aplausos dos curiosos que estavam aglomerados na calçada.
“Eu vim depois de sair do trabalho. O pessoal que trabalha comigo comentou. Faz uma hora e meia que estou observando. É difícil ver um acidente assim perto do trabalho. Geralmente, a gente só vê isso pela televisão”, disse o contínuo Gustavo de Souza Araújo, de 24 anos. Araújo afirmou também que ficou com medo. “Preocupa ver um acidente assim. Eu costumo andar de ônibus.”
Em nota, a São Paulo Transporte (SPTrans) informou que vai acompanhar as investigações. Por meio do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), a Viação Gato Preto lamentou o acidente e afirmou que o coletivo estava “com a manutenção rigorosamente em dia”. Informou ainda que todos os operadores “passam por treinamentos de direção segura e defensiva”.

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