Notícias e Histórias das Cidades de São Paulo

Prefeitos querem discutir passivo de hidrelétrica no Rio Ribeira de Iguape


Por José Tomazela

Prefeitos de municípios que seriam atingidos pela hidrelétrica Tijuco Alto, no Vale do Alto Ribeira, entre o sul do Estado de São Paulo e o nordeste do Paraná, querem discutir com o Grupo Votorantim o passivo deixado pela desistência do projeto. De acordo com o prefeito da cidade paulista de Ribeira, Jonas Batista (PSDB), os 5,5 mil hectares de terras compradas pelo grupo para a formação do lago em três municípios estão abandonados. "A área se transformou num deserto verde, sem qualquer atividade produtiva, o que resultou em prejuízo econômico e num passivo social que precisa ser amenizado", disse. O projeto da hidrelétrica remonta ao final da década de 1980 e previa a construção de uma barragem no Rio Ribeira de Iguape, entre Ribeira e Adrianópolis, para gerar 144 megawatts de energia. A Votorantim entrou com o pedido de licenciamento, fez os estudos ambientais e, obtendo a aprovação inicial, adquiriu as terras que seriam alagadas na formação do lago. Combatido por ambientalistas, o projeto acabou emperrando na burocracia. Em outubro de 2017, atendendo a pedido da Votorantim Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu a concessão dada para a hidrelétrica. No início de fevereiro, a Justiça Federal declarou extinta a concessão, sepultando o projeto. As terras compradas pela Votorantim, equivalentes a seis mil campos de futebol, atingem também os municípios de Adrianópolis e Cerro Azul, no Paraná. Conforme Batista, em Ribeira as compras atingiram as áreas de várzeas mais produtivas do município. "Havia fazendas de gado, uma delas com mais de mil bois, e muitas terras cultivadas por meeiros que moravam nas propriedades. O grupo comprou, pagou e as famílias foram para grandes centros. Muitas não se adaptaram e voltaram, mas já tinham consumido o dinheiro recebido e agora dependem da assistência da prefeitura. Isso gerou um impacto social grande", disse. O secretário de Desenvolvimento de Adrianópolis, João Manoel Pampanini, disse que a área adquirida pela Votorantim corresponde a uma parcela significativa do município e está abandonada. "Na época do projeto, quando se fizeram as audiências públicas, havia expectativa da geração de empregos e de desenvolvimento. Aconteceu o contrário: perdemos uma grande área produtiva, que tinha gado e lavouras. Agora está tudo virando floresta." De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Cerro Azul, Arlei Costa Rosa, os gestores dos três municípios pretendem levar a discussão à empresa. "Como a mata tomou conta de parte das áreas, uma das propostas seria a transformação em parque, que a Votorantim pode usar como compensação ambiental para suas indústrias e ainda renderia ICMS ecológico para os municípios." A Votorantim Energia confirmou a desistência da hidrelétrica, mas informou que até agora não foi procurada pelos prefeitos para ouvir suas demandas.

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Prefeitos de municípios que seriam atingidos pela hidrelétrica Tijuco Alto, no Vale do Alto Ribeira, entre o sul do Estado de São Paulo e o nordeste do Paraná, querem discutir com o Grupo Votorantim o passivo deixado pela desistência do projeto. De acordo com o prefeito da cidade paulista de Ribeira, Jonas Batista (PSDB), os 5,5 mil hectares de terras compradas pelo grupo para a formação do lago em três municípios estão abandonados. "A área se transformou num deserto verde, sem qualquer atividade produtiva, o que resultou em prejuízo econômico e num passivo social que precisa ser amenizado", disse. O projeto da hidrelétrica remonta ao final da década de 1980 e previa a construção de uma barragem no Rio Ribeira de Iguape, entre Ribeira e Adrianópolis, para gerar 144 megawatts de energia. A Votorantim entrou com o pedido de licenciamento, fez os estudos ambientais e, obtendo a aprovação inicial, adquiriu as terras que seriam alagadas na formação do lago. Combatido por ambientalistas, o projeto acabou emperrando na burocracia. Em outubro de 2017, atendendo a pedido da Votorantim Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu a concessão dada para a hidrelétrica. No início de fevereiro, a Justiça Federal declarou extinta a concessão, sepultando o projeto. As terras compradas pela Votorantim, equivalentes a seis mil campos de futebol, atingem também os municípios de Adrianópolis e Cerro Azul, no Paraná. Conforme Batista, em Ribeira as compras atingiram as áreas de várzeas mais produtivas do município. "Havia fazendas de gado, uma delas com mais de mil bois, e muitas terras cultivadas por meeiros que moravam nas propriedades. O grupo comprou, pagou e as famílias foram para grandes centros. Muitas não se adaptaram e voltaram, mas já tinham consumido o dinheiro recebido e agora dependem da assistência da prefeitura. Isso gerou um impacto social grande", disse. O secretário de Desenvolvimento de Adrianópolis, João Manoel Pampanini, disse que a área adquirida pela Votorantim corresponde a uma parcela significativa do município e está abandonada. "Na época do projeto, quando se fizeram as audiências públicas, havia expectativa da geração de empregos e de desenvolvimento. Aconteceu o contrário: perdemos uma grande área produtiva, que tinha gado e lavouras. Agora está tudo virando floresta." De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Cerro Azul, Arlei Costa Rosa, os gestores dos três municípios pretendem levar a discussão à empresa. "Como a mata tomou conta de parte das áreas, uma das propostas seria a transformação em parque, que a Votorantim pode usar como compensação ambiental para suas indústrias e ainda renderia ICMS ecológico para os municípios." A Votorantim Energia confirmou a desistência da hidrelétrica, mas informou que até agora não foi procurada pelos prefeitos para ouvir suas demandas.

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Prefeitos de municípios que seriam atingidos pela hidrelétrica Tijuco Alto, no Vale do Alto Ribeira, entre o sul do Estado de São Paulo e o nordeste do Paraná, querem discutir com o Grupo Votorantim o passivo deixado pela desistência do projeto. De acordo com o prefeito da cidade paulista de Ribeira, Jonas Batista (PSDB), os 5,5 mil hectares de terras compradas pelo grupo para a formação do lago em três municípios estão abandonados. "A área se transformou num deserto verde, sem qualquer atividade produtiva, o que resultou em prejuízo econômico e num passivo social que precisa ser amenizado", disse. O projeto da hidrelétrica remonta ao final da década de 1980 e previa a construção de uma barragem no Rio Ribeira de Iguape, entre Ribeira e Adrianópolis, para gerar 144 megawatts de energia. A Votorantim entrou com o pedido de licenciamento, fez os estudos ambientais e, obtendo a aprovação inicial, adquiriu as terras que seriam alagadas na formação do lago. Combatido por ambientalistas, o projeto acabou emperrando na burocracia. Em outubro de 2017, atendendo a pedido da Votorantim Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu a concessão dada para a hidrelétrica. No início de fevereiro, a Justiça Federal declarou extinta a concessão, sepultando o projeto. As terras compradas pela Votorantim, equivalentes a seis mil campos de futebol, atingem também os municípios de Adrianópolis e Cerro Azul, no Paraná. Conforme Batista, em Ribeira as compras atingiram as áreas de várzeas mais produtivas do município. "Havia fazendas de gado, uma delas com mais de mil bois, e muitas terras cultivadas por meeiros que moravam nas propriedades. O grupo comprou, pagou e as famílias foram para grandes centros. Muitas não se adaptaram e voltaram, mas já tinham consumido o dinheiro recebido e agora dependem da assistência da prefeitura. Isso gerou um impacto social grande", disse. O secretário de Desenvolvimento de Adrianópolis, João Manoel Pampanini, disse que a área adquirida pela Votorantim corresponde a uma parcela significativa do município e está abandonada. "Na época do projeto, quando se fizeram as audiências públicas, havia expectativa da geração de empregos e de desenvolvimento. Aconteceu o contrário: perdemos uma grande área produtiva, que tinha gado e lavouras. Agora está tudo virando floresta." De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Cerro Azul, Arlei Costa Rosa, os gestores dos três municípios pretendem levar a discussão à empresa. "Como a mata tomou conta de parte das áreas, uma das propostas seria a transformação em parque, que a Votorantim pode usar como compensação ambiental para suas indústrias e ainda renderia ICMS ecológico para os municípios." A Votorantim Energia confirmou a desistência da hidrelétrica, mas informou que até agora não foi procurada pelos prefeitos para ouvir suas demandas.

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Prefeitos de municípios que seriam atingidos pela hidrelétrica Tijuco Alto, no Vale do Alto Ribeira, entre o sul do Estado de São Paulo e o nordeste do Paraná, querem discutir com o Grupo Votorantim o passivo deixado pela desistência do projeto. De acordo com o prefeito da cidade paulista de Ribeira, Jonas Batista (PSDB), os 5,5 mil hectares de terras compradas pelo grupo para a formação do lago em três municípios estão abandonados. "A área se transformou num deserto verde, sem qualquer atividade produtiva, o que resultou em prejuízo econômico e num passivo social que precisa ser amenizado", disse. O projeto da hidrelétrica remonta ao final da década de 1980 e previa a construção de uma barragem no Rio Ribeira de Iguape, entre Ribeira e Adrianópolis, para gerar 144 megawatts de energia. A Votorantim entrou com o pedido de licenciamento, fez os estudos ambientais e, obtendo a aprovação inicial, adquiriu as terras que seriam alagadas na formação do lago. Combatido por ambientalistas, o projeto acabou emperrando na burocracia. Em outubro de 2017, atendendo a pedido da Votorantim Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu a concessão dada para a hidrelétrica. No início de fevereiro, a Justiça Federal declarou extinta a concessão, sepultando o projeto. As terras compradas pela Votorantim, equivalentes a seis mil campos de futebol, atingem também os municípios de Adrianópolis e Cerro Azul, no Paraná. Conforme Batista, em Ribeira as compras atingiram as áreas de várzeas mais produtivas do município. "Havia fazendas de gado, uma delas com mais de mil bois, e muitas terras cultivadas por meeiros que moravam nas propriedades. O grupo comprou, pagou e as famílias foram para grandes centros. Muitas não se adaptaram e voltaram, mas já tinham consumido o dinheiro recebido e agora dependem da assistência da prefeitura. Isso gerou um impacto social grande", disse. O secretário de Desenvolvimento de Adrianópolis, João Manoel Pampanini, disse que a área adquirida pela Votorantim corresponde a uma parcela significativa do município e está abandonada. "Na época do projeto, quando se fizeram as audiências públicas, havia expectativa da geração de empregos e de desenvolvimento. Aconteceu o contrário: perdemos uma grande área produtiva, que tinha gado e lavouras. Agora está tudo virando floresta." De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Cerro Azul, Arlei Costa Rosa, os gestores dos três municípios pretendem levar a discussão à empresa. "Como a mata tomou conta de parte das áreas, uma das propostas seria a transformação em parque, que a Votorantim pode usar como compensação ambiental para suas indústrias e ainda renderia ICMS ecológico para os municípios." A Votorantim Energia confirmou a desistência da hidrelétrica, mas informou que até agora não foi procurada pelos prefeitos para ouvir suas demandas.

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