'Pichador não é artista. É agressor', diz Doria


Em entrevista ao 'Estado', prefeito de São Paulo afirma que está preocupado com 'tudo o que é importante para a cidade'

Por Bruno Ribeiro
'Não há nada que mude minha decisão de ser um grande zelador' Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

A Secretaria Estadual da Segurança Pública destacou o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), grupo da Polícia Civil especializado nas investigações contra o crime organizado, para identificar pichadores de rua que atuam na capital paulista. O crime, que é na verdade um delito ambiental, virou alvo de uma “cruzada” capitaneada pelo prefeito João Doria (PSDB). Em entrevista ao Estado, Doria defende ações da Prefeitura. 

Por que o senhor declarou guerra aos pichadores? Amo a arte. Sou totalmente a favor da arte urbana, com muralistas e o grafite. Só entendo que precisa ter disciplina. Não pode a cidade inteira estar grafitada. Até porque estabelece uma conexão com aqueles que julgam o que fazem como arte. E não é. Pichador não é artista. É agressor.

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Mas por que entrar nisso?  É como se um museu não pudesse estar dentro de um museu. Tivesse de ser a cidade inteira como museu. O fato de ter um museu implica em ter um ambiente adequado, seguro, para que as pessoas possam admirar a arte. A ideia é criar amplas áreas na cidade, para que eles possam expressar e revigorar sua arte, para que você possa ter um café, comprar uma camiseta, uma reprodução dessa obra, criar sustentabilidade para grafiteiros e muralistas. 

O senhor gosta de algum grafite na cidade?  Gosto muito do (Eduardo) Kobra. Acho brilhante, competente, justifica o fato de ele ter internacionalizado suas obras. E Osgêmeos, que estão a maior parte do tempo nos Estados Unidos. 

Há alguma pichação que o incomodou mais?  A ponte estaiada (Ponte Octavio Frias de Oliveira, na zona sul). Aquilo foi um absurdo. Um dos símbolos da cidade. Era uma questão de honra limpá-la. Não há pessoas de bem que possam aprovar essa destruição. Estamos pedindo que denunciem os pichadores.

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Não é um tema banal diante de outros problemas?  Estou preocupado com tudo o que é importante para a cidade. Minha obrigação é cuidar da cidade. Não há nada que mude minha decisão de ser um grande zelador. 

6 promessas de Doria para 'embelezar' e conservar a cidade

1 | 6

1. Cidade Linda

Foto: Estadão
2 | 6

2. Eixos centrais

Foto: Estadão
3 | 6

3. Avenidas Paulista e 23 de Maio

Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
4 | 6

4. Serviços de conservação

Foto: Felipe Rau/Estadão
5 | 6

5. Comando integrado

Foto: ALEX SILVA/ESTADAO
6 | 6

6. Custos

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
'Não há nada que mude minha decisão de ser um grande zelador' Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

A Secretaria Estadual da Segurança Pública destacou o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), grupo da Polícia Civil especializado nas investigações contra o crime organizado, para identificar pichadores de rua que atuam na capital paulista. O crime, que é na verdade um delito ambiental, virou alvo de uma “cruzada” capitaneada pelo prefeito João Doria (PSDB). Em entrevista ao Estado, Doria defende ações da Prefeitura. 

Por que o senhor declarou guerra aos pichadores? Amo a arte. Sou totalmente a favor da arte urbana, com muralistas e o grafite. Só entendo que precisa ter disciplina. Não pode a cidade inteira estar grafitada. Até porque estabelece uma conexão com aqueles que julgam o que fazem como arte. E não é. Pichador não é artista. É agressor.

Mas por que entrar nisso?  É como se um museu não pudesse estar dentro de um museu. Tivesse de ser a cidade inteira como museu. O fato de ter um museu implica em ter um ambiente adequado, seguro, para que as pessoas possam admirar a arte. A ideia é criar amplas áreas na cidade, para que eles possam expressar e revigorar sua arte, para que você possa ter um café, comprar uma camiseta, uma reprodução dessa obra, criar sustentabilidade para grafiteiros e muralistas. 

O senhor gosta de algum grafite na cidade?  Gosto muito do (Eduardo) Kobra. Acho brilhante, competente, justifica o fato de ele ter internacionalizado suas obras. E Osgêmeos, que estão a maior parte do tempo nos Estados Unidos. 

Há alguma pichação que o incomodou mais?  A ponte estaiada (Ponte Octavio Frias de Oliveira, na zona sul). Aquilo foi um absurdo. Um dos símbolos da cidade. Era uma questão de honra limpá-la. Não há pessoas de bem que possam aprovar essa destruição. Estamos pedindo que denunciem os pichadores.

Não é um tema banal diante de outros problemas?  Estou preocupado com tudo o que é importante para a cidade. Minha obrigação é cuidar da cidade. Não há nada que mude minha decisão de ser um grande zelador. 

6 promessas de Doria para 'embelezar' e conservar a cidade

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1. Cidade Linda

Foto: Estadão
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2. Eixos centrais

Foto: Estadão
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3. Avenidas Paulista e 23 de Maio

Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
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4. Serviços de conservação

Foto: Felipe Rau/Estadão
5 | 6

5. Comando integrado

Foto: ALEX SILVA/ESTADAO
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6. Custos

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
'Não há nada que mude minha decisão de ser um grande zelador' Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

A Secretaria Estadual da Segurança Pública destacou o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), grupo da Polícia Civil especializado nas investigações contra o crime organizado, para identificar pichadores de rua que atuam na capital paulista. O crime, que é na verdade um delito ambiental, virou alvo de uma “cruzada” capitaneada pelo prefeito João Doria (PSDB). Em entrevista ao Estado, Doria defende ações da Prefeitura. 

Por que o senhor declarou guerra aos pichadores? Amo a arte. Sou totalmente a favor da arte urbana, com muralistas e o grafite. Só entendo que precisa ter disciplina. Não pode a cidade inteira estar grafitada. Até porque estabelece uma conexão com aqueles que julgam o que fazem como arte. E não é. Pichador não é artista. É agressor.

Mas por que entrar nisso?  É como se um museu não pudesse estar dentro de um museu. Tivesse de ser a cidade inteira como museu. O fato de ter um museu implica em ter um ambiente adequado, seguro, para que as pessoas possam admirar a arte. A ideia é criar amplas áreas na cidade, para que eles possam expressar e revigorar sua arte, para que você possa ter um café, comprar uma camiseta, uma reprodução dessa obra, criar sustentabilidade para grafiteiros e muralistas. 

O senhor gosta de algum grafite na cidade?  Gosto muito do (Eduardo) Kobra. Acho brilhante, competente, justifica o fato de ele ter internacionalizado suas obras. E Osgêmeos, que estão a maior parte do tempo nos Estados Unidos. 

Há alguma pichação que o incomodou mais?  A ponte estaiada (Ponte Octavio Frias de Oliveira, na zona sul). Aquilo foi um absurdo. Um dos símbolos da cidade. Era uma questão de honra limpá-la. Não há pessoas de bem que possam aprovar essa destruição. Estamos pedindo que denunciem os pichadores.

Não é um tema banal diante de outros problemas?  Estou preocupado com tudo o que é importante para a cidade. Minha obrigação é cuidar da cidade. Não há nada que mude minha decisão de ser um grande zelador. 

6 promessas de Doria para 'embelezar' e conservar a cidade

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1. Cidade Linda

Foto: Estadão
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2. Eixos centrais

Foto: Estadão
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3. Avenidas Paulista e 23 de Maio

Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
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4. Serviços de conservação

Foto: Felipe Rau/Estadão
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5. Comando integrado

Foto: ALEX SILVA/ESTADAO
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6. Custos

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
'Não há nada que mude minha decisão de ser um grande zelador' Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

A Secretaria Estadual da Segurança Pública destacou o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), grupo da Polícia Civil especializado nas investigações contra o crime organizado, para identificar pichadores de rua que atuam na capital paulista. O crime, que é na verdade um delito ambiental, virou alvo de uma “cruzada” capitaneada pelo prefeito João Doria (PSDB). Em entrevista ao Estado, Doria defende ações da Prefeitura. 

Por que o senhor declarou guerra aos pichadores? Amo a arte. Sou totalmente a favor da arte urbana, com muralistas e o grafite. Só entendo que precisa ter disciplina. Não pode a cidade inteira estar grafitada. Até porque estabelece uma conexão com aqueles que julgam o que fazem como arte. E não é. Pichador não é artista. É agressor.

Mas por que entrar nisso?  É como se um museu não pudesse estar dentro de um museu. Tivesse de ser a cidade inteira como museu. O fato de ter um museu implica em ter um ambiente adequado, seguro, para que as pessoas possam admirar a arte. A ideia é criar amplas áreas na cidade, para que eles possam expressar e revigorar sua arte, para que você possa ter um café, comprar uma camiseta, uma reprodução dessa obra, criar sustentabilidade para grafiteiros e muralistas. 

O senhor gosta de algum grafite na cidade?  Gosto muito do (Eduardo) Kobra. Acho brilhante, competente, justifica o fato de ele ter internacionalizado suas obras. E Osgêmeos, que estão a maior parte do tempo nos Estados Unidos. 

Há alguma pichação que o incomodou mais?  A ponte estaiada (Ponte Octavio Frias de Oliveira, na zona sul). Aquilo foi um absurdo. Um dos símbolos da cidade. Era uma questão de honra limpá-la. Não há pessoas de bem que possam aprovar essa destruição. Estamos pedindo que denunciem os pichadores.

Não é um tema banal diante de outros problemas?  Estou preocupado com tudo o que é importante para a cidade. Minha obrigação é cuidar da cidade. Não há nada que mude minha decisão de ser um grande zelador. 

6 promessas de Doria para 'embelezar' e conservar a cidade

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1. Cidade Linda

Foto: Estadão
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2. Eixos centrais

Foto: Estadão
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3. Avenidas Paulista e 23 de Maio

Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
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4. Serviços de conservação

Foto: Felipe Rau/Estadão
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5. Comando integrado

Foto: ALEX SILVA/ESTADAO
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6. Custos

Foto: Nilton Fukuda/Estadão

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