Policiais convivem com falta de viaturas e lixo


Algumas companhias não têm nem lâmpadas para iluminar a entrada e homens são obrigados em dias de folga a fazer serviços de manutenção

Por Bruno Ribeiro
São Mateus. PMs aprendem a conviver com poeira de obra Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

Abrigadas em prédios inacabados, companhias da PM sofrem com falta de viaturas e de material de limpeza, além do acúmulo de lixo na frente de quartéis. Algumas não têm nem sequer lâmpadas para iluminar a entrada e seus homens são obrigados em dias de folga a fazer serviços como o reparo de viaturas quebradas para trabalhar.

Essa é a situação constatada pelo Estado, que visitou dez quartéis de companhias e de batalhões dos oito Comandos de Policiamento de Área (CPAs) da cidade, ao longo de três semanas. Há locais com obras de reforma paradas, prédios com tijolos à vista, sem reboque. Neles, os PMs se habituaram a conviver com a poeira fina característica de obras domésticas. Em cinco dos endereços, viaturas fora de operação, inabilitadas por causa de acidentes, entulhavam estacionamentos. Em outras duas, o estacionamento estava sendo usado como depósito de material de construção.

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Os policiais aceitaram dar entrevista sob a condição de não verem divulgados nem nome nem companhia onde trabalham. A partir daí, houve relatos até de soldados que traziam material de limpeza para as unidades. “Muita coisa que a gente usa aqui é doação. Vem de comerciante. Até mesmo material de construção a gente já recebeu”, contou um soldado da zona norte, na casinha em reforma que fazia as vezes de guarita de segurança da entrada do quartel.

Um oficial, comandante em uma da companhias visitadas, afirmou que, dada a vasta área de atuação e o número reduzido de PMs, optava por realizar com mais frequência blitze nas ruas de maior movimento, uma vez que não havia pessoal para patrulhar todos os pontos que gostaria. “A gente vai montando bloqueios nas avenidas e usa as viaturas para distribuir o pessoal que patrulha os bairros a pé”, contou.

Estrutura da Polícia Militar em São Paulo

1 | 14

Companhia do 38º Batalhão da PM

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
2 | 14

Comando de Policiamento de Área

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
3 | 14

Comando de Policiamento de Área

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
4 | 14

38.o Batalhão da Polícia Militar

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
5 | 14

3ª Companhia do 51º Batalhão da Polícia Militar

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
6 | 14

Campo Limpo

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
7 | 14

Delegacia

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
8 | 14

22º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
9 | 14

12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
10 | 14

12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
11 | 14

2ª Companhia do 12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
12 | 14

12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
13 | 14

7º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
14 | 14

47º Batalhão da Polícia Militar

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
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Remendos. Os policiais também relataram “canibalização” de viaturas paradas, feitas pelos próprios PMs. De sirenes a pneus, carros e motos parados são “depenados” para manter o restante dos veículos rodando. “Pode olhar. A viatura encostada está com os pneus carecas, que a gente trocou”, disse um soldado da zona sul. 

Também é na base da doação que algumas salas do interior dos quartéis são mobiliadas. Em apenas três unidades os soldados deixaram a reportagem circular pelo interior dos edifícios. Os prédios eram organizados, com paredes cheias de recados, mas que revelavam improvisos: mesas de jantar usadas, doadas para a sala de reunião na sala do oficial; estante de TV de sala de estar apoiando radiocomunicador; janelas sem vidros. 

Um dos locais em que a reportagem entrou não tinha luzes no corredor. Em outro, a falta de lâmpada era observável na sala de espera, destinada a atender a população, que tinha ainda uma das paredes tomada pelo bolor.

São Mateus. PMs aprendem a conviver com poeira de obra Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

Abrigadas em prédios inacabados, companhias da PM sofrem com falta de viaturas e de material de limpeza, além do acúmulo de lixo na frente de quartéis. Algumas não têm nem sequer lâmpadas para iluminar a entrada e seus homens são obrigados em dias de folga a fazer serviços como o reparo de viaturas quebradas para trabalhar.

Essa é a situação constatada pelo Estado, que visitou dez quartéis de companhias e de batalhões dos oito Comandos de Policiamento de Área (CPAs) da cidade, ao longo de três semanas. Há locais com obras de reforma paradas, prédios com tijolos à vista, sem reboque. Neles, os PMs se habituaram a conviver com a poeira fina característica de obras domésticas. Em cinco dos endereços, viaturas fora de operação, inabilitadas por causa de acidentes, entulhavam estacionamentos. Em outras duas, o estacionamento estava sendo usado como depósito de material de construção.

Os policiais aceitaram dar entrevista sob a condição de não verem divulgados nem nome nem companhia onde trabalham. A partir daí, houve relatos até de soldados que traziam material de limpeza para as unidades. “Muita coisa que a gente usa aqui é doação. Vem de comerciante. Até mesmo material de construção a gente já recebeu”, contou um soldado da zona norte, na casinha em reforma que fazia as vezes de guarita de segurança da entrada do quartel.

Um oficial, comandante em uma da companhias visitadas, afirmou que, dada a vasta área de atuação e o número reduzido de PMs, optava por realizar com mais frequência blitze nas ruas de maior movimento, uma vez que não havia pessoal para patrulhar todos os pontos que gostaria. “A gente vai montando bloqueios nas avenidas e usa as viaturas para distribuir o pessoal que patrulha os bairros a pé”, contou.

Estrutura da Polícia Militar em São Paulo

1 | 14

Companhia do 38º Batalhão da PM

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
2 | 14

Comando de Policiamento de Área

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
3 | 14

Comando de Policiamento de Área

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
4 | 14

38.o Batalhão da Polícia Militar

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5 | 14

3ª Companhia do 51º Batalhão da Polícia Militar

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
6 | 14

Campo Limpo

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
7 | 14

Delegacia

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
8 | 14

22º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
9 | 14

12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
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12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
11 | 14

2ª Companhia do 12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
12 | 14

12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
13 | 14

7º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
14 | 14

47º Batalhão da Polícia Militar

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO

Remendos. Os policiais também relataram “canibalização” de viaturas paradas, feitas pelos próprios PMs. De sirenes a pneus, carros e motos parados são “depenados” para manter o restante dos veículos rodando. “Pode olhar. A viatura encostada está com os pneus carecas, que a gente trocou”, disse um soldado da zona sul. 

Também é na base da doação que algumas salas do interior dos quartéis são mobiliadas. Em apenas três unidades os soldados deixaram a reportagem circular pelo interior dos edifícios. Os prédios eram organizados, com paredes cheias de recados, mas que revelavam improvisos: mesas de jantar usadas, doadas para a sala de reunião na sala do oficial; estante de TV de sala de estar apoiando radiocomunicador; janelas sem vidros. 

Um dos locais em que a reportagem entrou não tinha luzes no corredor. Em outro, a falta de lâmpada era observável na sala de espera, destinada a atender a população, que tinha ainda uma das paredes tomada pelo bolor.

São Mateus. PMs aprendem a conviver com poeira de obra Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

Abrigadas em prédios inacabados, companhias da PM sofrem com falta de viaturas e de material de limpeza, além do acúmulo de lixo na frente de quartéis. Algumas não têm nem sequer lâmpadas para iluminar a entrada e seus homens são obrigados em dias de folga a fazer serviços como o reparo de viaturas quebradas para trabalhar.

Essa é a situação constatada pelo Estado, que visitou dez quartéis de companhias e de batalhões dos oito Comandos de Policiamento de Área (CPAs) da cidade, ao longo de três semanas. Há locais com obras de reforma paradas, prédios com tijolos à vista, sem reboque. Neles, os PMs se habituaram a conviver com a poeira fina característica de obras domésticas. Em cinco dos endereços, viaturas fora de operação, inabilitadas por causa de acidentes, entulhavam estacionamentos. Em outras duas, o estacionamento estava sendo usado como depósito de material de construção.

Os policiais aceitaram dar entrevista sob a condição de não verem divulgados nem nome nem companhia onde trabalham. A partir daí, houve relatos até de soldados que traziam material de limpeza para as unidades. “Muita coisa que a gente usa aqui é doação. Vem de comerciante. Até mesmo material de construção a gente já recebeu”, contou um soldado da zona norte, na casinha em reforma que fazia as vezes de guarita de segurança da entrada do quartel.

Um oficial, comandante em uma da companhias visitadas, afirmou que, dada a vasta área de atuação e o número reduzido de PMs, optava por realizar com mais frequência blitze nas ruas de maior movimento, uma vez que não havia pessoal para patrulhar todos os pontos que gostaria. “A gente vai montando bloqueios nas avenidas e usa as viaturas para distribuir o pessoal que patrulha os bairros a pé”, contou.

Estrutura da Polícia Militar em São Paulo

1 | 14

Companhia do 38º Batalhão da PM

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
2 | 14

Comando de Policiamento de Área

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
3 | 14

Comando de Policiamento de Área

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
4 | 14

38.o Batalhão da Polícia Militar

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
5 | 14

3ª Companhia do 51º Batalhão da Polícia Militar

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
6 | 14

Campo Limpo

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
7 | 14

Delegacia

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
8 | 14

22º Batalhão

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9 | 14

12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
10 | 14

12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
11 | 14

2ª Companhia do 12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
12 | 14

12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
13 | 14

7º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
14 | 14

47º Batalhão da Polícia Militar

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO

Remendos. Os policiais também relataram “canibalização” de viaturas paradas, feitas pelos próprios PMs. De sirenes a pneus, carros e motos parados são “depenados” para manter o restante dos veículos rodando. “Pode olhar. A viatura encostada está com os pneus carecas, que a gente trocou”, disse um soldado da zona sul. 

Também é na base da doação que algumas salas do interior dos quartéis são mobiliadas. Em apenas três unidades os soldados deixaram a reportagem circular pelo interior dos edifícios. Os prédios eram organizados, com paredes cheias de recados, mas que revelavam improvisos: mesas de jantar usadas, doadas para a sala de reunião na sala do oficial; estante de TV de sala de estar apoiando radiocomunicador; janelas sem vidros. 

Um dos locais em que a reportagem entrou não tinha luzes no corredor. Em outro, a falta de lâmpada era observável na sala de espera, destinada a atender a população, que tinha ainda uma das paredes tomada pelo bolor.

São Mateus. PMs aprendem a conviver com poeira de obra Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

Abrigadas em prédios inacabados, companhias da PM sofrem com falta de viaturas e de material de limpeza, além do acúmulo de lixo na frente de quartéis. Algumas não têm nem sequer lâmpadas para iluminar a entrada e seus homens são obrigados em dias de folga a fazer serviços como o reparo de viaturas quebradas para trabalhar.

Essa é a situação constatada pelo Estado, que visitou dez quartéis de companhias e de batalhões dos oito Comandos de Policiamento de Área (CPAs) da cidade, ao longo de três semanas. Há locais com obras de reforma paradas, prédios com tijolos à vista, sem reboque. Neles, os PMs se habituaram a conviver com a poeira fina característica de obras domésticas. Em cinco dos endereços, viaturas fora de operação, inabilitadas por causa de acidentes, entulhavam estacionamentos. Em outras duas, o estacionamento estava sendo usado como depósito de material de construção.

Os policiais aceitaram dar entrevista sob a condição de não verem divulgados nem nome nem companhia onde trabalham. A partir daí, houve relatos até de soldados que traziam material de limpeza para as unidades. “Muita coisa que a gente usa aqui é doação. Vem de comerciante. Até mesmo material de construção a gente já recebeu”, contou um soldado da zona norte, na casinha em reforma que fazia as vezes de guarita de segurança da entrada do quartel.

Um oficial, comandante em uma da companhias visitadas, afirmou que, dada a vasta área de atuação e o número reduzido de PMs, optava por realizar com mais frequência blitze nas ruas de maior movimento, uma vez que não havia pessoal para patrulhar todos os pontos que gostaria. “A gente vai montando bloqueios nas avenidas e usa as viaturas para distribuir o pessoal que patrulha os bairros a pé”, contou.

Estrutura da Polícia Militar em São Paulo

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Companhia do 38º Batalhão da PM

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
2 | 14

Comando de Policiamento de Área

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
3 | 14

Comando de Policiamento de Área

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
4 | 14

38.o Batalhão da Polícia Militar

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5 | 14

3ª Companhia do 51º Batalhão da Polícia Militar

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
6 | 14

Campo Limpo

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
7 | 14

Delegacia

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
8 | 14

22º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
9 | 14

12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
10 | 14

12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
11 | 14

2ª Companhia do 12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
12 | 14

12º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
13 | 14

7º Batalhão

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO
14 | 14

47º Batalhão da Polícia Militar

Foto: BRUNO RIBEIRO/ESTADÃO

Remendos. Os policiais também relataram “canibalização” de viaturas paradas, feitas pelos próprios PMs. De sirenes a pneus, carros e motos parados são “depenados” para manter o restante dos veículos rodando. “Pode olhar. A viatura encostada está com os pneus carecas, que a gente trocou”, disse um soldado da zona sul. 

Também é na base da doação que algumas salas do interior dos quartéis são mobiliadas. Em apenas três unidades os soldados deixaram a reportagem circular pelo interior dos edifícios. Os prédios eram organizados, com paredes cheias de recados, mas que revelavam improvisos: mesas de jantar usadas, doadas para a sala de reunião na sala do oficial; estante de TV de sala de estar apoiando radiocomunicador; janelas sem vidros. 

Um dos locais em que a reportagem entrou não tinha luzes no corredor. Em outro, a falta de lâmpada era observável na sala de espera, destinada a atender a população, que tinha ainda uma das paredes tomada pelo bolor.

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