Presidente da comissão de violência da Fmusp deixa cargo


Paulo Saldiva tomou a decisão após ouvir os relatos de estudantes sobre estupro, homofobia e machismo em festas da instituição

Por Redação

Após ouvir as denúncias das alunas, Paulo Saldiva, presidente da comissão de violência da Faculdade de Medicina deixou o cargo e disse que a universidade está "doente" Foto: Hélvio Romero/Estadão

SÃO PAULO - O professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp) Paulo Saldiva deixou o cargo na instituição nesta semana. Presidente da comissão que investigava denúncias de violência na universidade, Saldiva tomou a decisão após ouvir os relatos de alunos sobre  estupro, homofobia e machismo em festas da instituição, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta terça-feira, 11. 

continua após a publicidade

"A falta de uma ação construtiva e pró-ativa da parte de todos nós, professores, fez com que os alunos da Fmusp fossem submetidos a situações inaceitáveis", afirmou pelo Facebook o professor, que era titular do departamento de patologia há quase 20 anos. Nesta semana, duas alunas relataram terem sido estupradas em festas de alunos da Fmusp. Outros estudantes também afirmaram terem sido vítimas de homofobia e até racismo. O Ministério Público Estadual (MPE) investiga o caso há dois meses. No inquérito, são mencionados oito casos de estupro. 

Violência na USP

1 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Divulgação
2 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Hélvio Romero/Estadão
3 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
4 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
5 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Hélvio Romero/Estadão
6 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Hélvio Romero/Estadão
continua após a publicidade

Em entrevista à Rádio Estadão, Saldiva disse que a saída foi resultado de "um processo de longa reflexão de alguns anos" e que saíu da Fmusp com licença prêmio para desenvolver alguns projetos. "Fiquei surpreso. Os fatos que apareceram são absolutamente desconhecidos. Eu conhecia um lado (da Fmusp) que era muito mais prazeroso. Alunos brilhantes, atividade de cursinho para gente carente, atividades especiais na periferia com vários alunos", afirmou o professor.

Segundo o docente, os trabalhos da comissão de violência estão finalizados. Na quarta-feira, 12, a Fmusp anunciou a criação de um centro de defesa dos direitos humanos. "Temos de reforçar os conteúdos de respeito à dignidade humana. Vamos ter que nos transformar em um centro de referência para as outras unidades da USP". Para o professor, a Fmusp está "doente". "Assim como a gente adquire novos hábitos quando adoece, a faculdade está doente. Está precisando de ajuda. E os professores têm que atribuir a eles mesmos esta tarefa. É uma cultura institucional que precisa ser modificada".

continua após a publicidade

Ouça a entrevista de Saldiva à Rádio Estadão:

continua após a publicidade

Após ouvir as denúncias das alunas, Paulo Saldiva, presidente da comissão de violência da Faculdade de Medicina deixou o cargo e disse que a universidade está "doente" Foto: Hélvio Romero/Estadão

SÃO PAULO - O professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp) Paulo Saldiva deixou o cargo na instituição nesta semana. Presidente da comissão que investigava denúncias de violência na universidade, Saldiva tomou a decisão após ouvir os relatos de alunos sobre  estupro, homofobia e machismo em festas da instituição, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta terça-feira, 11. 

"A falta de uma ação construtiva e pró-ativa da parte de todos nós, professores, fez com que os alunos da Fmusp fossem submetidos a situações inaceitáveis", afirmou pelo Facebook o professor, que era titular do departamento de patologia há quase 20 anos. Nesta semana, duas alunas relataram terem sido estupradas em festas de alunos da Fmusp. Outros estudantes também afirmaram terem sido vítimas de homofobia e até racismo. O Ministério Público Estadual (MPE) investiga o caso há dois meses. No inquérito, são mencionados oito casos de estupro. 

Violência na USP

1 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Divulgação
2 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Hélvio Romero/Estadão
3 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
4 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
5 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Hélvio Romero/Estadão
6 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Hélvio Romero/Estadão

Em entrevista à Rádio Estadão, Saldiva disse que a saída foi resultado de "um processo de longa reflexão de alguns anos" e que saíu da Fmusp com licença prêmio para desenvolver alguns projetos. "Fiquei surpreso. Os fatos que apareceram são absolutamente desconhecidos. Eu conhecia um lado (da Fmusp) que era muito mais prazeroso. Alunos brilhantes, atividade de cursinho para gente carente, atividades especiais na periferia com vários alunos", afirmou o professor.

Segundo o docente, os trabalhos da comissão de violência estão finalizados. Na quarta-feira, 12, a Fmusp anunciou a criação de um centro de defesa dos direitos humanos. "Temos de reforçar os conteúdos de respeito à dignidade humana. Vamos ter que nos transformar em um centro de referência para as outras unidades da USP". Para o professor, a Fmusp está "doente". "Assim como a gente adquire novos hábitos quando adoece, a faculdade está doente. Está precisando de ajuda. E os professores têm que atribuir a eles mesmos esta tarefa. É uma cultura institucional que precisa ser modificada".

Ouça a entrevista de Saldiva à Rádio Estadão:

Após ouvir as denúncias das alunas, Paulo Saldiva, presidente da comissão de violência da Faculdade de Medicina deixou o cargo e disse que a universidade está "doente" Foto: Hélvio Romero/Estadão

SÃO PAULO - O professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp) Paulo Saldiva deixou o cargo na instituição nesta semana. Presidente da comissão que investigava denúncias de violência na universidade, Saldiva tomou a decisão após ouvir os relatos de alunos sobre  estupro, homofobia e machismo em festas da instituição, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta terça-feira, 11. 

"A falta de uma ação construtiva e pró-ativa da parte de todos nós, professores, fez com que os alunos da Fmusp fossem submetidos a situações inaceitáveis", afirmou pelo Facebook o professor, que era titular do departamento de patologia há quase 20 anos. Nesta semana, duas alunas relataram terem sido estupradas em festas de alunos da Fmusp. Outros estudantes também afirmaram terem sido vítimas de homofobia e até racismo. O Ministério Público Estadual (MPE) investiga o caso há dois meses. No inquérito, são mencionados oito casos de estupro. 

Violência na USP

1 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Divulgação
2 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Hélvio Romero/Estadão
3 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
4 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
5 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Hélvio Romero/Estadão
6 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Hélvio Romero/Estadão

Em entrevista à Rádio Estadão, Saldiva disse que a saída foi resultado de "um processo de longa reflexão de alguns anos" e que saíu da Fmusp com licença prêmio para desenvolver alguns projetos. "Fiquei surpreso. Os fatos que apareceram são absolutamente desconhecidos. Eu conhecia um lado (da Fmusp) que era muito mais prazeroso. Alunos brilhantes, atividade de cursinho para gente carente, atividades especiais na periferia com vários alunos", afirmou o professor.

Segundo o docente, os trabalhos da comissão de violência estão finalizados. Na quarta-feira, 12, a Fmusp anunciou a criação de um centro de defesa dos direitos humanos. "Temos de reforçar os conteúdos de respeito à dignidade humana. Vamos ter que nos transformar em um centro de referência para as outras unidades da USP". Para o professor, a Fmusp está "doente". "Assim como a gente adquire novos hábitos quando adoece, a faculdade está doente. Está precisando de ajuda. E os professores têm que atribuir a eles mesmos esta tarefa. É uma cultura institucional que precisa ser modificada".

Ouça a entrevista de Saldiva à Rádio Estadão:

Após ouvir as denúncias das alunas, Paulo Saldiva, presidente da comissão de violência da Faculdade de Medicina deixou o cargo e disse que a universidade está "doente" Foto: Hélvio Romero/Estadão

SÃO PAULO - O professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp) Paulo Saldiva deixou o cargo na instituição nesta semana. Presidente da comissão que investigava denúncias de violência na universidade, Saldiva tomou a decisão após ouvir os relatos de alunos sobre  estupro, homofobia e machismo em festas da instituição, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta terça-feira, 11. 

"A falta de uma ação construtiva e pró-ativa da parte de todos nós, professores, fez com que os alunos da Fmusp fossem submetidos a situações inaceitáveis", afirmou pelo Facebook o professor, que era titular do departamento de patologia há quase 20 anos. Nesta semana, duas alunas relataram terem sido estupradas em festas de alunos da Fmusp. Outros estudantes também afirmaram terem sido vítimas de homofobia e até racismo. O Ministério Público Estadual (MPE) investiga o caso há dois meses. No inquérito, são mencionados oito casos de estupro. 

Violência na USP

1 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Divulgação
2 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Hélvio Romero/Estadão
3 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
4 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
5 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Hélvio Romero/Estadão
6 | 6

Morte e relatos de estupro, homofobia e machismo em festas organizadas por estudantes

Foto: Hélvio Romero/Estadão

Em entrevista à Rádio Estadão, Saldiva disse que a saída foi resultado de "um processo de longa reflexão de alguns anos" e que saíu da Fmusp com licença prêmio para desenvolver alguns projetos. "Fiquei surpreso. Os fatos que apareceram são absolutamente desconhecidos. Eu conhecia um lado (da Fmusp) que era muito mais prazeroso. Alunos brilhantes, atividade de cursinho para gente carente, atividades especiais na periferia com vários alunos", afirmou o professor.

Segundo o docente, os trabalhos da comissão de violência estão finalizados. Na quarta-feira, 12, a Fmusp anunciou a criação de um centro de defesa dos direitos humanos. "Temos de reforçar os conteúdos de respeito à dignidade humana. Vamos ter que nos transformar em um centro de referência para as outras unidades da USP". Para o professor, a Fmusp está "doente". "Assim como a gente adquire novos hábitos quando adoece, a faculdade está doente. Está precisando de ajuda. E os professores têm que atribuir a eles mesmos esta tarefa. É uma cultura institucional que precisa ser modificada".

Ouça a entrevista de Saldiva à Rádio Estadão:

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.