Projeto de concessão prevê shows no Pacaembu


Texto modificado deve ser votado nesta 4ª na Câmara Municipal; Prefeitura diz que decisão judicial permite eventos de entretenimento no estádio desde que sejam respeitadas as normas de ruído da ABNT, ou seja, de porte pequeno

Por Fabio Leite
Gestão Doria afirma que estádio é obsoleto e subutilizado Foto: Márcio Fernandes/Estadão

SÃO PAULO - A gestão do prefeito João Doria (PSDB) quer permitir a realização de eventos culturais e de entretenimento, como shows musicais de pequeno porte, no estádio do Pacaembu. A medida foi incluída na versão final do projeto de concessão do complexo esportivo da capital, que deve ser votado em definitivo nesta quarta-feira, 30, na Câmara Municipal de São Paulo.

O novo texto, que foi feito por vereadores do bloco conhecido como G-17 e encampado pela gestão Doria, contradiz o discurso público do prefeito sobre a concessão do Pacaembu. Em junho, após a aprovação do projeto original em primeira votação, Doria afirmou que o complexo "continuará a ser utilizado exclusivamente para práticas esportivas".

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A versão inicial do projeto não detalhava quais seriam os usos possíveis do Pacaembu, mas a Secretaria Municipal de Desestatização, responsável pelos projetos de privatização e concessão da Prefeitura, já havia informado aos interessados nos estudos envolvendo o estádio sobre a possibilidade de realizar shows "dentro dos padrões de segurança, sossego e saúde legalmente previstos".

Vista como essencial para atrair empresas interessadas em assumir a gestão do Pacaembu por até 35 anos, a realização de eventos não esportivos no estádio está baseada em um acórdão do Tribunal de Justiça publicado em junho de 2014, em uma ação judicial movida contra a Prefeitura pela associação de moradores Viva Pacaembu, que é contra a realização de shows por causa dos transtornos provocados no bairro.

A decisão da 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente definiu que "após o julgamento final da ação principal, é possível que os eventos possam ser realizados devendo ser fiscalizados" e "se os ruídos estiverem dentro do estabelecido nas normas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)". O limite máximo de ruído permitido em uma residência é de 45 decibéis dentro do dormitório.

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Em julho deste ano, a pedido do secretário municipal de Desestatização, Wilson Poit, um procurador-geral da Município, Ricardo Ferrari Nogueira, emitiu um parecer técnico sobre as restrições impostas ao Pacaembu dizendo que a decisão judicial "possibilita a realização de eventos desde que o ruído esteja condizente com os níveis definidos pelas normas da ABNT".

"A determinação do prefeito é que (a concessão do Pacaembu) atenda o acordo judicial e com a vizinhança. O Pacaembu não será aberto para shows (de grande porte). Pelas restrições impostas na decisão judicial, por causa do ruído e do horário, nenhum show se encaixa ali. Agora, eventos culturais e de entretenimento já podem acontecer mesmo hoje", disse Wilson Poit.

Em nota, a assessoria de Doria afirmou que o projeto de concessão "prevê que o estádio continuará tendo as mesmas regras de uso existentes hoje, em obediência ao termo de ajustamento de conduta celebrado com o Ministério Público e ao acórdão do Tribunal de Justiça". Segundo a nota, "não há contradição com as declarações do prefeito João Doria, uma vez que este era o espírito do que ele disse (em junho)".

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Cinco propostas já foram apresentadas pelo iniciativa privada para a concessão do estádio e estão sob análise dos órgãos de proteção ao patrimônio municipal, Conpresp, e estadual, Condephat, uma vez que o Pacaembu é tombado. A maioria dos projetos prevê o uso do estádio e ou de prédios que serão construídos dentro do complexto para a realização de eventos culturais e entretenimento.

Para a Viva Pacaembu, porém, como a ação principal ainda está em julgamento, agora no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ainda vale uma liminar obtida numa medida cautelar que proíbe a realização de shows musicais no estádio e na praça Charles Miller. "Entendemos que o Tribunal de Justiça de São Paulo compartilha do entendimento de que continua em vigor a proibição da realização de shows musicais no estádio e na praça até o julgamento final da ação principal", afirma Iênidis Benfati, presidente do conselho deliberativo da Viva Pacaembu.

Gestão Doria afirma que estádio é obsoleto e subutilizado Foto: Márcio Fernandes/Estadão

SÃO PAULO - A gestão do prefeito João Doria (PSDB) quer permitir a realização de eventos culturais e de entretenimento, como shows musicais de pequeno porte, no estádio do Pacaembu. A medida foi incluída na versão final do projeto de concessão do complexo esportivo da capital, que deve ser votado em definitivo nesta quarta-feira, 30, na Câmara Municipal de São Paulo.

O novo texto, que foi feito por vereadores do bloco conhecido como G-17 e encampado pela gestão Doria, contradiz o discurso público do prefeito sobre a concessão do Pacaembu. Em junho, após a aprovação do projeto original em primeira votação, Doria afirmou que o complexo "continuará a ser utilizado exclusivamente para práticas esportivas".

A versão inicial do projeto não detalhava quais seriam os usos possíveis do Pacaembu, mas a Secretaria Municipal de Desestatização, responsável pelos projetos de privatização e concessão da Prefeitura, já havia informado aos interessados nos estudos envolvendo o estádio sobre a possibilidade de realizar shows "dentro dos padrões de segurança, sossego e saúde legalmente previstos".

Vista como essencial para atrair empresas interessadas em assumir a gestão do Pacaembu por até 35 anos, a realização de eventos não esportivos no estádio está baseada em um acórdão do Tribunal de Justiça publicado em junho de 2014, em uma ação judicial movida contra a Prefeitura pela associação de moradores Viva Pacaembu, que é contra a realização de shows por causa dos transtornos provocados no bairro.

A decisão da 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente definiu que "após o julgamento final da ação principal, é possível que os eventos possam ser realizados devendo ser fiscalizados" e "se os ruídos estiverem dentro do estabelecido nas normas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)". O limite máximo de ruído permitido em uma residência é de 45 decibéis dentro do dormitório.

Em julho deste ano, a pedido do secretário municipal de Desestatização, Wilson Poit, um procurador-geral da Município, Ricardo Ferrari Nogueira, emitiu um parecer técnico sobre as restrições impostas ao Pacaembu dizendo que a decisão judicial "possibilita a realização de eventos desde que o ruído esteja condizente com os níveis definidos pelas normas da ABNT".

"A determinação do prefeito é que (a concessão do Pacaembu) atenda o acordo judicial e com a vizinhança. O Pacaembu não será aberto para shows (de grande porte). Pelas restrições impostas na decisão judicial, por causa do ruído e do horário, nenhum show se encaixa ali. Agora, eventos culturais e de entretenimento já podem acontecer mesmo hoje", disse Wilson Poit.

Em nota, a assessoria de Doria afirmou que o projeto de concessão "prevê que o estádio continuará tendo as mesmas regras de uso existentes hoje, em obediência ao termo de ajustamento de conduta celebrado com o Ministério Público e ao acórdão do Tribunal de Justiça". Segundo a nota, "não há contradição com as declarações do prefeito João Doria, uma vez que este era o espírito do que ele disse (em junho)".

Cinco propostas já foram apresentadas pelo iniciativa privada para a concessão do estádio e estão sob análise dos órgãos de proteção ao patrimônio municipal, Conpresp, e estadual, Condephat, uma vez que o Pacaembu é tombado. A maioria dos projetos prevê o uso do estádio e ou de prédios que serão construídos dentro do complexto para a realização de eventos culturais e entretenimento.

Para a Viva Pacaembu, porém, como a ação principal ainda está em julgamento, agora no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ainda vale uma liminar obtida numa medida cautelar que proíbe a realização de shows musicais no estádio e na praça Charles Miller. "Entendemos que o Tribunal de Justiça de São Paulo compartilha do entendimento de que continua em vigor a proibição da realização de shows musicais no estádio e na praça até o julgamento final da ação principal", afirma Iênidis Benfati, presidente do conselho deliberativo da Viva Pacaembu.

Gestão Doria afirma que estádio é obsoleto e subutilizado Foto: Márcio Fernandes/Estadão

SÃO PAULO - A gestão do prefeito João Doria (PSDB) quer permitir a realização de eventos culturais e de entretenimento, como shows musicais de pequeno porte, no estádio do Pacaembu. A medida foi incluída na versão final do projeto de concessão do complexo esportivo da capital, que deve ser votado em definitivo nesta quarta-feira, 30, na Câmara Municipal de São Paulo.

O novo texto, que foi feito por vereadores do bloco conhecido como G-17 e encampado pela gestão Doria, contradiz o discurso público do prefeito sobre a concessão do Pacaembu. Em junho, após a aprovação do projeto original em primeira votação, Doria afirmou que o complexo "continuará a ser utilizado exclusivamente para práticas esportivas".

A versão inicial do projeto não detalhava quais seriam os usos possíveis do Pacaembu, mas a Secretaria Municipal de Desestatização, responsável pelos projetos de privatização e concessão da Prefeitura, já havia informado aos interessados nos estudos envolvendo o estádio sobre a possibilidade de realizar shows "dentro dos padrões de segurança, sossego e saúde legalmente previstos".

Vista como essencial para atrair empresas interessadas em assumir a gestão do Pacaembu por até 35 anos, a realização de eventos não esportivos no estádio está baseada em um acórdão do Tribunal de Justiça publicado em junho de 2014, em uma ação judicial movida contra a Prefeitura pela associação de moradores Viva Pacaembu, que é contra a realização de shows por causa dos transtornos provocados no bairro.

A decisão da 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente definiu que "após o julgamento final da ação principal, é possível que os eventos possam ser realizados devendo ser fiscalizados" e "se os ruídos estiverem dentro do estabelecido nas normas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)". O limite máximo de ruído permitido em uma residência é de 45 decibéis dentro do dormitório.

Em julho deste ano, a pedido do secretário municipal de Desestatização, Wilson Poit, um procurador-geral da Município, Ricardo Ferrari Nogueira, emitiu um parecer técnico sobre as restrições impostas ao Pacaembu dizendo que a decisão judicial "possibilita a realização de eventos desde que o ruído esteja condizente com os níveis definidos pelas normas da ABNT".

"A determinação do prefeito é que (a concessão do Pacaembu) atenda o acordo judicial e com a vizinhança. O Pacaembu não será aberto para shows (de grande porte). Pelas restrições impostas na decisão judicial, por causa do ruído e do horário, nenhum show se encaixa ali. Agora, eventos culturais e de entretenimento já podem acontecer mesmo hoje", disse Wilson Poit.

Em nota, a assessoria de Doria afirmou que o projeto de concessão "prevê que o estádio continuará tendo as mesmas regras de uso existentes hoje, em obediência ao termo de ajustamento de conduta celebrado com o Ministério Público e ao acórdão do Tribunal de Justiça". Segundo a nota, "não há contradição com as declarações do prefeito João Doria, uma vez que este era o espírito do que ele disse (em junho)".

Cinco propostas já foram apresentadas pelo iniciativa privada para a concessão do estádio e estão sob análise dos órgãos de proteção ao patrimônio municipal, Conpresp, e estadual, Condephat, uma vez que o Pacaembu é tombado. A maioria dos projetos prevê o uso do estádio e ou de prédios que serão construídos dentro do complexto para a realização de eventos culturais e entretenimento.

Para a Viva Pacaembu, porém, como a ação principal ainda está em julgamento, agora no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ainda vale uma liminar obtida numa medida cautelar que proíbe a realização de shows musicais no estádio e na praça Charles Miller. "Entendemos que o Tribunal de Justiça de São Paulo compartilha do entendimento de que continua em vigor a proibição da realização de shows musicais no estádio e na praça até o julgamento final da ação principal", afirma Iênidis Benfati, presidente do conselho deliberativo da Viva Pacaembu.

Gestão Doria afirma que estádio é obsoleto e subutilizado Foto: Márcio Fernandes/Estadão

SÃO PAULO - A gestão do prefeito João Doria (PSDB) quer permitir a realização de eventos culturais e de entretenimento, como shows musicais de pequeno porte, no estádio do Pacaembu. A medida foi incluída na versão final do projeto de concessão do complexo esportivo da capital, que deve ser votado em definitivo nesta quarta-feira, 30, na Câmara Municipal de São Paulo.

O novo texto, que foi feito por vereadores do bloco conhecido como G-17 e encampado pela gestão Doria, contradiz o discurso público do prefeito sobre a concessão do Pacaembu. Em junho, após a aprovação do projeto original em primeira votação, Doria afirmou que o complexo "continuará a ser utilizado exclusivamente para práticas esportivas".

A versão inicial do projeto não detalhava quais seriam os usos possíveis do Pacaembu, mas a Secretaria Municipal de Desestatização, responsável pelos projetos de privatização e concessão da Prefeitura, já havia informado aos interessados nos estudos envolvendo o estádio sobre a possibilidade de realizar shows "dentro dos padrões de segurança, sossego e saúde legalmente previstos".

Vista como essencial para atrair empresas interessadas em assumir a gestão do Pacaembu por até 35 anos, a realização de eventos não esportivos no estádio está baseada em um acórdão do Tribunal de Justiça publicado em junho de 2014, em uma ação judicial movida contra a Prefeitura pela associação de moradores Viva Pacaembu, que é contra a realização de shows por causa dos transtornos provocados no bairro.

A decisão da 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente definiu que "após o julgamento final da ação principal, é possível que os eventos possam ser realizados devendo ser fiscalizados" e "se os ruídos estiverem dentro do estabelecido nas normas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)". O limite máximo de ruído permitido em uma residência é de 45 decibéis dentro do dormitório.

Em julho deste ano, a pedido do secretário municipal de Desestatização, Wilson Poit, um procurador-geral da Município, Ricardo Ferrari Nogueira, emitiu um parecer técnico sobre as restrições impostas ao Pacaembu dizendo que a decisão judicial "possibilita a realização de eventos desde que o ruído esteja condizente com os níveis definidos pelas normas da ABNT".

"A determinação do prefeito é que (a concessão do Pacaembu) atenda o acordo judicial e com a vizinhança. O Pacaembu não será aberto para shows (de grande porte). Pelas restrições impostas na decisão judicial, por causa do ruído e do horário, nenhum show se encaixa ali. Agora, eventos culturais e de entretenimento já podem acontecer mesmo hoje", disse Wilson Poit.

Em nota, a assessoria de Doria afirmou que o projeto de concessão "prevê que o estádio continuará tendo as mesmas regras de uso existentes hoje, em obediência ao termo de ajustamento de conduta celebrado com o Ministério Público e ao acórdão do Tribunal de Justiça". Segundo a nota, "não há contradição com as declarações do prefeito João Doria, uma vez que este era o espírito do que ele disse (em junho)".

Cinco propostas já foram apresentadas pelo iniciativa privada para a concessão do estádio e estão sob análise dos órgãos de proteção ao patrimônio municipal, Conpresp, e estadual, Condephat, uma vez que o Pacaembu é tombado. A maioria dos projetos prevê o uso do estádio e ou de prédios que serão construídos dentro do complexto para a realização de eventos culturais e entretenimento.

Para a Viva Pacaembu, porém, como a ação principal ainda está em julgamento, agora no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ainda vale uma liminar obtida numa medida cautelar que proíbe a realização de shows musicais no estádio e na praça Charles Miller. "Entendemos que o Tribunal de Justiça de São Paulo compartilha do entendimento de que continua em vigor a proibição da realização de shows musicais no estádio e na praça até o julgamento final da ação principal", afirma Iênidis Benfati, presidente do conselho deliberativo da Viva Pacaembu.

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