São José: a primeira escola da Vila Matilde


Na história do colégio se cruzam também a trajetória do bairro e de parte de seus moradores

Por Luiz Felipe Barbiéri
Fachada da EscolaSão José na década de 70; torre do colégio servia de referência aos moradores do bairro Foto: Reprodução

A Vila Matilde ainda era criança e as ruas de barro recortavam diversas chácaras da região quando foi inaugurada a Escola São José, em 1931. É a mais antiga do bairro. Durante sete anos a instituição ocupou o prédio em que hoje funciona o Hospital São Carlos, na rua Joaquim Marra. Mudou-se para o número 108 da rua Dona Escolástica Melchert da Fonseca em 1938. 

O terreno havia sido doado por Matilde Macedo Soares, filha de Escolástica, cujas terras, aliás, deram origem à Vila no comecinho da década de 1920. "A construção foi muito difícil e teve de ser feita em três etapas", conta a Irmã Isabel Haerbe, atual diretora financeira, que chegou à escola há 61 anos. "As freiras vieram da Itália em 1927 e tiveram de sobreviver e erguer o prédio com recursos que elas ganhavam aqui no Brasil. Algumas chegaram a passar fome."

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As histórias de vida de muitos alunos acompanham a trajetória do colégio. É comum estudantes se tornarem professores e funcionários. 

"Vim em 1954 como aluna de um curso preparatório. Fui professora por 25 anos e diretora em outros sete", diz a Irmã Isabel. A bibliotecária Ivanilda Souza é outro exemplo. Estudou desde os sete anos no São José e há 38 cuida de seu acervo de livros. "Ela foi minha professora de matemática", lembra, apontando na direção da freira.

As linhas que contornam a trajetória da escola se confundem com as das Vila Matilde. Um dos pontos históricos do bairro é a torre da capela do colégio. Construída nos anos 60, ela ajudava os moradores a se localizar. "A torre podia ser vista de vários pontos do bairro. Era uma referência para as pessoas", lembra Ivanilda.

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Ainda é possível encontrar no colégio pontos de preservação da memória que remontam à fundação. A capela, o auditório e os azulejos de algumas alas são originais. Também foram conservados a imagem do criador do Instituto das Filhas de São José, Padre Luís Carbulotto, e os ladrilhos que formam uma reprodução de São José no espaço agora ocupado pela moderna quadra poliesportiva. 

Tudo começou com uma primeira turma de 11 crianças, há mais de oitenta anos. Sabendo preservar suas raízes, a escola cresceu e tem, atualmente, 1500 alunos, laboratórios de robótica e informática e salas multimídia. 

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As Filhas de São José do Carbulotto.O Instituto surgiu em Veneza, em 1850, por iniciativa do Padre Luís Carbulotto, que decidiu ajudar crianças italianas que eram vítimas de miséria moral e material. O país, até então dividido em diferentes estados, estava em processo de unificação, devido ao desenvolvimento industrial e ao fortalecimento da burguesia, que via na unificação política o melhor caminho para o crescimento econômico. 

A partir daí, as Irmãs Filhas de São José do Carbulotto exportaram as escolas do Instituto para diferentes países, como Quênia e Filipinas. Em 1927, seis delas chegaram ao Brasil e se instalaram em Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo, onde fundaram o primeiro colégio. A Escola São José de Vila Matilde nasceu quatro anos depois.

Em maio deste ano, em cerimônia realizada na Catedral de San Marco, em Veneza, o Padre Luís Carbulotto foi beatificado. A honraria concedida pela Igreja Católica é uma forma de reconhecer que uma pessoa viveu de forma heroica as virtudes da fé cristã: fé, esperança e caridade.

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Fachada da EscolaSão José na década de 70; torre do colégio servia de referência aos moradores do bairro Foto: Reprodução

A Vila Matilde ainda era criança e as ruas de barro recortavam diversas chácaras da região quando foi inaugurada a Escola São José, em 1931. É a mais antiga do bairro. Durante sete anos a instituição ocupou o prédio em que hoje funciona o Hospital São Carlos, na rua Joaquim Marra. Mudou-se para o número 108 da rua Dona Escolástica Melchert da Fonseca em 1938. 

O terreno havia sido doado por Matilde Macedo Soares, filha de Escolástica, cujas terras, aliás, deram origem à Vila no comecinho da década de 1920. "A construção foi muito difícil e teve de ser feita em três etapas", conta a Irmã Isabel Haerbe, atual diretora financeira, que chegou à escola há 61 anos. "As freiras vieram da Itália em 1927 e tiveram de sobreviver e erguer o prédio com recursos que elas ganhavam aqui no Brasil. Algumas chegaram a passar fome."

As histórias de vida de muitos alunos acompanham a trajetória do colégio. É comum estudantes se tornarem professores e funcionários. 

"Vim em 1954 como aluna de um curso preparatório. Fui professora por 25 anos e diretora em outros sete", diz a Irmã Isabel. A bibliotecária Ivanilda Souza é outro exemplo. Estudou desde os sete anos no São José e há 38 cuida de seu acervo de livros. "Ela foi minha professora de matemática", lembra, apontando na direção da freira.

As linhas que contornam a trajetória da escola se confundem com as das Vila Matilde. Um dos pontos históricos do bairro é a torre da capela do colégio. Construída nos anos 60, ela ajudava os moradores a se localizar. "A torre podia ser vista de vários pontos do bairro. Era uma referência para as pessoas", lembra Ivanilda.

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Ainda é possível encontrar no colégio pontos de preservação da memória que remontam à fundação. A capela, o auditório e os azulejos de algumas alas são originais. Também foram conservados a imagem do criador do Instituto das Filhas de São José, Padre Luís Carbulotto, e os ladrilhos que formam uma reprodução de São José no espaço agora ocupado pela moderna quadra poliesportiva. 

Tudo começou com uma primeira turma de 11 crianças, há mais de oitenta anos. Sabendo preservar suas raízes, a escola cresceu e tem, atualmente, 1500 alunos, laboratórios de robótica e informática e salas multimídia. 

As Filhas de São José do Carbulotto.O Instituto surgiu em Veneza, em 1850, por iniciativa do Padre Luís Carbulotto, que decidiu ajudar crianças italianas que eram vítimas de miséria moral e material. O país, até então dividido em diferentes estados, estava em processo de unificação, devido ao desenvolvimento industrial e ao fortalecimento da burguesia, que via na unificação política o melhor caminho para o crescimento econômico. 

A partir daí, as Irmãs Filhas de São José do Carbulotto exportaram as escolas do Instituto para diferentes países, como Quênia e Filipinas. Em 1927, seis delas chegaram ao Brasil e se instalaram em Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo, onde fundaram o primeiro colégio. A Escola São José de Vila Matilde nasceu quatro anos depois.

Em maio deste ano, em cerimônia realizada na Catedral de San Marco, em Veneza, o Padre Luís Carbulotto foi beatificado. A honraria concedida pela Igreja Católica é uma forma de reconhecer que uma pessoa viveu de forma heroica as virtudes da fé cristã: fé, esperança e caridade.

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A Vila Matilde ainda era criança e as ruas de barro recortavam diversas chácaras da região quando foi inaugurada a Escola São José, em 1931. É a mais antiga do bairro. Durante sete anos a instituição ocupou o prédio em que hoje funciona o Hospital São Carlos, na rua Joaquim Marra. Mudou-se para o número 108 da rua Dona Escolástica Melchert da Fonseca em 1938. 

O terreno havia sido doado por Matilde Macedo Soares, filha de Escolástica, cujas terras, aliás, deram origem à Vila no comecinho da década de 1920. "A construção foi muito difícil e teve de ser feita em três etapas", conta a Irmã Isabel Haerbe, atual diretora financeira, que chegou à escola há 61 anos. "As freiras vieram da Itália em 1927 e tiveram de sobreviver e erguer o prédio com recursos que elas ganhavam aqui no Brasil. Algumas chegaram a passar fome."

As histórias de vida de muitos alunos acompanham a trajetória do colégio. É comum estudantes se tornarem professores e funcionários. 

"Vim em 1954 como aluna de um curso preparatório. Fui professora por 25 anos e diretora em outros sete", diz a Irmã Isabel. A bibliotecária Ivanilda Souza é outro exemplo. Estudou desde os sete anos no São José e há 38 cuida de seu acervo de livros. "Ela foi minha professora de matemática", lembra, apontando na direção da freira.

As linhas que contornam a trajetória da escola se confundem com as das Vila Matilde. Um dos pontos históricos do bairro é a torre da capela do colégio. Construída nos anos 60, ela ajudava os moradores a se localizar. "A torre podia ser vista de vários pontos do bairro. Era uma referência para as pessoas", lembra Ivanilda.

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Tudo começou com uma primeira turma de 11 crianças, há mais de oitenta anos. Sabendo preservar suas raízes, a escola cresceu e tem, atualmente, 1500 alunos, laboratórios de robótica e informática e salas multimídia. 

As Filhas de São José do Carbulotto.O Instituto surgiu em Veneza, em 1850, por iniciativa do Padre Luís Carbulotto, que decidiu ajudar crianças italianas que eram vítimas de miséria moral e material. O país, até então dividido em diferentes estados, estava em processo de unificação, devido ao desenvolvimento industrial e ao fortalecimento da burguesia, que via na unificação política o melhor caminho para o crescimento econômico. 

A partir daí, as Irmãs Filhas de São José do Carbulotto exportaram as escolas do Instituto para diferentes países, como Quênia e Filipinas. Em 1927, seis delas chegaram ao Brasil e se instalaram em Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo, onde fundaram o primeiro colégio. A Escola São José de Vila Matilde nasceu quatro anos depois.

Em maio deste ano, em cerimônia realizada na Catedral de San Marco, em Veneza, o Padre Luís Carbulotto foi beatificado. A honraria concedida pela Igreja Católica é uma forma de reconhecer que uma pessoa viveu de forma heroica as virtudes da fé cristã: fé, esperança e caridade.

Fachada da EscolaSão José na década de 70; torre do colégio servia de referência aos moradores do bairro Foto: Reprodução

A Vila Matilde ainda era criança e as ruas de barro recortavam diversas chácaras da região quando foi inaugurada a Escola São José, em 1931. É a mais antiga do bairro. Durante sete anos a instituição ocupou o prédio em que hoje funciona o Hospital São Carlos, na rua Joaquim Marra. Mudou-se para o número 108 da rua Dona Escolástica Melchert da Fonseca em 1938. 

O terreno havia sido doado por Matilde Macedo Soares, filha de Escolástica, cujas terras, aliás, deram origem à Vila no comecinho da década de 1920. "A construção foi muito difícil e teve de ser feita em três etapas", conta a Irmã Isabel Haerbe, atual diretora financeira, que chegou à escola há 61 anos. "As freiras vieram da Itália em 1927 e tiveram de sobreviver e erguer o prédio com recursos que elas ganhavam aqui no Brasil. Algumas chegaram a passar fome."

As histórias de vida de muitos alunos acompanham a trajetória do colégio. É comum estudantes se tornarem professores e funcionários. 

"Vim em 1954 como aluna de um curso preparatório. Fui professora por 25 anos e diretora em outros sete", diz a Irmã Isabel. A bibliotecária Ivanilda Souza é outro exemplo. Estudou desde os sete anos no São José e há 38 cuida de seu acervo de livros. "Ela foi minha professora de matemática", lembra, apontando na direção da freira.

As linhas que contornam a trajetória da escola se confundem com as das Vila Matilde. Um dos pontos históricos do bairro é a torre da capela do colégio. Construída nos anos 60, ela ajudava os moradores a se localizar. "A torre podia ser vista de vários pontos do bairro. Era uma referência para as pessoas", lembra Ivanilda.

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Ainda é possível encontrar no colégio pontos de preservação da memória que remontam à fundação. A capela, o auditório e os azulejos de algumas alas são originais. Também foram conservados a imagem do criador do Instituto das Filhas de São José, Padre Luís Carbulotto, e os ladrilhos que formam uma reprodução de São José no espaço agora ocupado pela moderna quadra poliesportiva. 

Tudo começou com uma primeira turma de 11 crianças, há mais de oitenta anos. Sabendo preservar suas raízes, a escola cresceu e tem, atualmente, 1500 alunos, laboratórios de robótica e informática e salas multimídia. 

As Filhas de São José do Carbulotto.O Instituto surgiu em Veneza, em 1850, por iniciativa do Padre Luís Carbulotto, que decidiu ajudar crianças italianas que eram vítimas de miséria moral e material. O país, até então dividido em diferentes estados, estava em processo de unificação, devido ao desenvolvimento industrial e ao fortalecimento da burguesia, que via na unificação política o melhor caminho para o crescimento econômico. 

A partir daí, as Irmãs Filhas de São José do Carbulotto exportaram as escolas do Instituto para diferentes países, como Quênia e Filipinas. Em 1927, seis delas chegaram ao Brasil e se instalaram em Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo, onde fundaram o primeiro colégio. A Escola São José de Vila Matilde nasceu quatro anos depois.

Em maio deste ano, em cerimônia realizada na Catedral de San Marco, em Veneza, o Padre Luís Carbulotto foi beatificado. A honraria concedida pela Igreja Católica é uma forma de reconhecer que uma pessoa viveu de forma heroica as virtudes da fé cristã: fé, esperança e caridade.

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