A vida sobre duas rodas na maior metrópole do Brasil

"Em um dos momentos mais difíceis a bicicleta foi meu melhor remédio"


Pedalar como gesto de empoderamento

Por Alex Gomes

"Sou Letícia Correa, 27 anos. Quando procurei por minha primeira bicicleta, não sabia nada sobre bikes. Saí pesquisando a que achava mais bonita. Encontrei a de um rapaz que seria dada de presente à namorada. Porém ela terminou a relação e, para minha sorte, consegui um bom preço.

Foi minha primeira bicicleta: um lindo modelo urbano que chamei Frida. Nem sabia que começava ali uma transformação em minha vida e o quanto teria de lutar para ser uma ciclista em são Paulo.

Na época, trabalhava com o meu companheiro e morava em um prédio da Paulista. Lá, fui proibida de usar o bicicletário, apesar de existirem vagas. Eu morava no 19º andar e, apesar disso, também não permitiram que utilizasse o elevador de serviço. Não deixei por menos: procurei outros ciclistas do prédio, organizei petições e comprei uma briga com a direção do condomínio. O esfoço valeu a pena: foi construído um novo bicicletário e as condições para os ciclistas melhoraram. Mas não pude aproveitar essas conquistas: após uma agressão em meu relacionamento eu deixei o lugar.

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 Foto: Estadão

Tinha 26 anos e recomecei do zero. Desempregada, voltei à casa dos meus pais. Tinha apenas uma mochila e a Frida. Entrei em depressão. Meus pais, como o de muitos em situações assim, queriam que eu tomasse antidepressivos. Recusei. Em vez disso, transformei a bicicleta no meu remédio. Virou minha melhor companheira. Passei a pedalar para pensar o que fazer da vida e para não ficar em casa esperando a tristeza chegar. Girava muito, a ponto de, no fim do dia, cair de sono de tão cansada. Eu, que antes só pedalava na ciclovia da Paulista e me achava uma atleta, agora fazia em média uns 30 quilômetros por dia.

Foi aí que descobri os bike courriers, entregadores que percorrem a cidade inteira de bicicleta, e as coisas começaram a melhorar. Comecei a fazer entregas de flores, conheci pessoas e aos poucos consegui me reeguer e voltar a trabalhar com a gastronomia. Enquanto juntava dinheiro para recomeçar a vida me aprofundei no universo da bicicleta, conhecendo gente, pedalando, viajando e entendendo mil coisas novas. Novos projetos surgiram e minha amada Frida já não conseguia mais me atender. Montei uma outra bicicleta, escolhendo cuidadosamente peça por peça. Daí surgiu a Girassol, minha nova companheira de aventuras.

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É muito legal ver tudo o que se fala sobre bicicleta na cidade. É emocionante quando as pessoas me pedem ajuda, dicas e conselhos sobre bikes. Em um mês, cheguei a levar quatro pessoas a uma bicicletaria. A bike, para mim, virou muito mais do que artigo esportivo ou de lazer. É filosofia de vida, instrumento de superação e empoderamento feminino.

Recentemente, fiz minha primeira cicloviagem: fui de São Paulo a Minas. No percurso, muitas montanhas e muito medo de não conseguir. Porém, nessas horas difícieis, sempre aparecia um amigo para me motivar. Também olhava histórias de ciclistas acostumados a percorrer o país. Começo agora em setembro uma nova experiência: irei pedalando até a Colômbia com um amigo que chegou de lá após pedalar pela América Latina.

Olhando para a situação de São Paulo, sei que aumentou o número de mulheres pedalando, mas ainda quero ver mais. Me sinto muito feliz e empoderada em cima da Girassol. Estou parecendo uma religiosa dando testemunho de vida, mas estou sendo sincera: a bike mudou a minha vida. Se isso não for empoderamento feminino meu bem, desculpe, não sei então o que é. #mulheresquepedalam #mulheresqueviajamdebike #mulhernopedal #mulheresempoderadas "

"Sou Letícia Correa, 27 anos. Quando procurei por minha primeira bicicleta, não sabia nada sobre bikes. Saí pesquisando a que achava mais bonita. Encontrei a de um rapaz que seria dada de presente à namorada. Porém ela terminou a relação e, para minha sorte, consegui um bom preço.

Foi minha primeira bicicleta: um lindo modelo urbano que chamei Frida. Nem sabia que começava ali uma transformação em minha vida e o quanto teria de lutar para ser uma ciclista em são Paulo.

Na época, trabalhava com o meu companheiro e morava em um prédio da Paulista. Lá, fui proibida de usar o bicicletário, apesar de existirem vagas. Eu morava no 19º andar e, apesar disso, também não permitiram que utilizasse o elevador de serviço. Não deixei por menos: procurei outros ciclistas do prédio, organizei petições e comprei uma briga com a direção do condomínio. O esfoço valeu a pena: foi construído um novo bicicletário e as condições para os ciclistas melhoraram. Mas não pude aproveitar essas conquistas: após uma agressão em meu relacionamento eu deixei o lugar.

 Foto: Estadão

Tinha 26 anos e recomecei do zero. Desempregada, voltei à casa dos meus pais. Tinha apenas uma mochila e a Frida. Entrei em depressão. Meus pais, como o de muitos em situações assim, queriam que eu tomasse antidepressivos. Recusei. Em vez disso, transformei a bicicleta no meu remédio. Virou minha melhor companheira. Passei a pedalar para pensar o que fazer da vida e para não ficar em casa esperando a tristeza chegar. Girava muito, a ponto de, no fim do dia, cair de sono de tão cansada. Eu, que antes só pedalava na ciclovia da Paulista e me achava uma atleta, agora fazia em média uns 30 quilômetros por dia.

Foi aí que descobri os bike courriers, entregadores que percorrem a cidade inteira de bicicleta, e as coisas começaram a melhorar. Comecei a fazer entregas de flores, conheci pessoas e aos poucos consegui me reeguer e voltar a trabalhar com a gastronomia. Enquanto juntava dinheiro para recomeçar a vida me aprofundei no universo da bicicleta, conhecendo gente, pedalando, viajando e entendendo mil coisas novas. Novos projetos surgiram e minha amada Frida já não conseguia mais me atender. Montei uma outra bicicleta, escolhendo cuidadosamente peça por peça. Daí surgiu a Girassol, minha nova companheira de aventuras.

É muito legal ver tudo o que se fala sobre bicicleta na cidade. É emocionante quando as pessoas me pedem ajuda, dicas e conselhos sobre bikes. Em um mês, cheguei a levar quatro pessoas a uma bicicletaria. A bike, para mim, virou muito mais do que artigo esportivo ou de lazer. É filosofia de vida, instrumento de superação e empoderamento feminino.

Recentemente, fiz minha primeira cicloviagem: fui de São Paulo a Minas. No percurso, muitas montanhas e muito medo de não conseguir. Porém, nessas horas difícieis, sempre aparecia um amigo para me motivar. Também olhava histórias de ciclistas acostumados a percorrer o país. Começo agora em setembro uma nova experiência: irei pedalando até a Colômbia com um amigo que chegou de lá após pedalar pela América Latina.

Olhando para a situação de São Paulo, sei que aumentou o número de mulheres pedalando, mas ainda quero ver mais. Me sinto muito feliz e empoderada em cima da Girassol. Estou parecendo uma religiosa dando testemunho de vida, mas estou sendo sincera: a bike mudou a minha vida. Se isso não for empoderamento feminino meu bem, desculpe, não sei então o que é. #mulheresquepedalam #mulheresqueviajamdebike #mulhernopedal #mulheresempoderadas "

"Sou Letícia Correa, 27 anos. Quando procurei por minha primeira bicicleta, não sabia nada sobre bikes. Saí pesquisando a que achava mais bonita. Encontrei a de um rapaz que seria dada de presente à namorada. Porém ela terminou a relação e, para minha sorte, consegui um bom preço.

Foi minha primeira bicicleta: um lindo modelo urbano que chamei Frida. Nem sabia que começava ali uma transformação em minha vida e o quanto teria de lutar para ser uma ciclista em são Paulo.

Na época, trabalhava com o meu companheiro e morava em um prédio da Paulista. Lá, fui proibida de usar o bicicletário, apesar de existirem vagas. Eu morava no 19º andar e, apesar disso, também não permitiram que utilizasse o elevador de serviço. Não deixei por menos: procurei outros ciclistas do prédio, organizei petições e comprei uma briga com a direção do condomínio. O esfoço valeu a pena: foi construído um novo bicicletário e as condições para os ciclistas melhoraram. Mas não pude aproveitar essas conquistas: após uma agressão em meu relacionamento eu deixei o lugar.

 Foto: Estadão

Tinha 26 anos e recomecei do zero. Desempregada, voltei à casa dos meus pais. Tinha apenas uma mochila e a Frida. Entrei em depressão. Meus pais, como o de muitos em situações assim, queriam que eu tomasse antidepressivos. Recusei. Em vez disso, transformei a bicicleta no meu remédio. Virou minha melhor companheira. Passei a pedalar para pensar o que fazer da vida e para não ficar em casa esperando a tristeza chegar. Girava muito, a ponto de, no fim do dia, cair de sono de tão cansada. Eu, que antes só pedalava na ciclovia da Paulista e me achava uma atleta, agora fazia em média uns 30 quilômetros por dia.

Foi aí que descobri os bike courriers, entregadores que percorrem a cidade inteira de bicicleta, e as coisas começaram a melhorar. Comecei a fazer entregas de flores, conheci pessoas e aos poucos consegui me reeguer e voltar a trabalhar com a gastronomia. Enquanto juntava dinheiro para recomeçar a vida me aprofundei no universo da bicicleta, conhecendo gente, pedalando, viajando e entendendo mil coisas novas. Novos projetos surgiram e minha amada Frida já não conseguia mais me atender. Montei uma outra bicicleta, escolhendo cuidadosamente peça por peça. Daí surgiu a Girassol, minha nova companheira de aventuras.

É muito legal ver tudo o que se fala sobre bicicleta na cidade. É emocionante quando as pessoas me pedem ajuda, dicas e conselhos sobre bikes. Em um mês, cheguei a levar quatro pessoas a uma bicicletaria. A bike, para mim, virou muito mais do que artigo esportivo ou de lazer. É filosofia de vida, instrumento de superação e empoderamento feminino.

Recentemente, fiz minha primeira cicloviagem: fui de São Paulo a Minas. No percurso, muitas montanhas e muito medo de não conseguir. Porém, nessas horas difícieis, sempre aparecia um amigo para me motivar. Também olhava histórias de ciclistas acostumados a percorrer o país. Começo agora em setembro uma nova experiência: irei pedalando até a Colômbia com um amigo que chegou de lá após pedalar pela América Latina.

Olhando para a situação de São Paulo, sei que aumentou o número de mulheres pedalando, mas ainda quero ver mais. Me sinto muito feliz e empoderada em cima da Girassol. Estou parecendo uma religiosa dando testemunho de vida, mas estou sendo sincera: a bike mudou a minha vida. Se isso não for empoderamento feminino meu bem, desculpe, não sei então o que é. #mulheresquepedalam #mulheresqueviajamdebike #mulhernopedal #mulheresempoderadas "

"Sou Letícia Correa, 27 anos. Quando procurei por minha primeira bicicleta, não sabia nada sobre bikes. Saí pesquisando a que achava mais bonita. Encontrei a de um rapaz que seria dada de presente à namorada. Porém ela terminou a relação e, para minha sorte, consegui um bom preço.

Foi minha primeira bicicleta: um lindo modelo urbano que chamei Frida. Nem sabia que começava ali uma transformação em minha vida e o quanto teria de lutar para ser uma ciclista em são Paulo.

Na época, trabalhava com o meu companheiro e morava em um prédio da Paulista. Lá, fui proibida de usar o bicicletário, apesar de existirem vagas. Eu morava no 19º andar e, apesar disso, também não permitiram que utilizasse o elevador de serviço. Não deixei por menos: procurei outros ciclistas do prédio, organizei petições e comprei uma briga com a direção do condomínio. O esfoço valeu a pena: foi construído um novo bicicletário e as condições para os ciclistas melhoraram. Mas não pude aproveitar essas conquistas: após uma agressão em meu relacionamento eu deixei o lugar.

 Foto: Estadão

Tinha 26 anos e recomecei do zero. Desempregada, voltei à casa dos meus pais. Tinha apenas uma mochila e a Frida. Entrei em depressão. Meus pais, como o de muitos em situações assim, queriam que eu tomasse antidepressivos. Recusei. Em vez disso, transformei a bicicleta no meu remédio. Virou minha melhor companheira. Passei a pedalar para pensar o que fazer da vida e para não ficar em casa esperando a tristeza chegar. Girava muito, a ponto de, no fim do dia, cair de sono de tão cansada. Eu, que antes só pedalava na ciclovia da Paulista e me achava uma atleta, agora fazia em média uns 30 quilômetros por dia.

Foi aí que descobri os bike courriers, entregadores que percorrem a cidade inteira de bicicleta, e as coisas começaram a melhorar. Comecei a fazer entregas de flores, conheci pessoas e aos poucos consegui me reeguer e voltar a trabalhar com a gastronomia. Enquanto juntava dinheiro para recomeçar a vida me aprofundei no universo da bicicleta, conhecendo gente, pedalando, viajando e entendendo mil coisas novas. Novos projetos surgiram e minha amada Frida já não conseguia mais me atender. Montei uma outra bicicleta, escolhendo cuidadosamente peça por peça. Daí surgiu a Girassol, minha nova companheira de aventuras.

É muito legal ver tudo o que se fala sobre bicicleta na cidade. É emocionante quando as pessoas me pedem ajuda, dicas e conselhos sobre bikes. Em um mês, cheguei a levar quatro pessoas a uma bicicletaria. A bike, para mim, virou muito mais do que artigo esportivo ou de lazer. É filosofia de vida, instrumento de superação e empoderamento feminino.

Recentemente, fiz minha primeira cicloviagem: fui de São Paulo a Minas. No percurso, muitas montanhas e muito medo de não conseguir. Porém, nessas horas difícieis, sempre aparecia um amigo para me motivar. Também olhava histórias de ciclistas acostumados a percorrer o país. Começo agora em setembro uma nova experiência: irei pedalando até a Colômbia com um amigo que chegou de lá após pedalar pela América Latina.

Olhando para a situação de São Paulo, sei que aumentou o número de mulheres pedalando, mas ainda quero ver mais. Me sinto muito feliz e empoderada em cima da Girassol. Estou parecendo uma religiosa dando testemunho de vida, mas estou sendo sincera: a bike mudou a minha vida. Se isso não for empoderamento feminino meu bem, desculpe, não sei então o que é. #mulheresquepedalam #mulheresqueviajamdebike #mulhernopedal #mulheresempoderadas "

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