São Paulo teve número recorde de multas em 2014: 20 por minuto


Houve 500 mil autuações a mais que em 2013; infração que mais aumentou (69,5%) foi desrespeito a faixas e corredores de ônibus

Por Caio do Valle

SÃO PAULO - O número de multas de trânsito aplicadas na cidade de São Paulo cresceu 4,5% no ano passado, na comparação com 2013. Ao todo, foram registradas 10,6 milhões de autuações, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), um recorde - 500 mil a mais do que dois anos atrás. A infração que mais aumentou, 69,5%, é a que trata do desrespeito dos motoristas e motociclistas às faixas e corredores exclusivos de ônibus.

Hoje, a cidade tem 462 quilômetros de faixas exclusivas, a maior parte construída depois dos protestos de junho de 2013. “Para termos corredores e faixas funcionando a contento, temos de coibir a invasão de outros veículos nos trechos segregados para o transporte coletivo”, justificou a companhia em nota oficial.

Na comparação entre os dois anos, houve queda nas autuações envolvendo desrespeito ao rodízio Foto: JF DIORIO / ESTADÃO
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Para o engenheiro Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), a fiscalização intensificada nas vias exclusivas para ônibus é correta e deveria ser ampliada. “Isso porque muitos trechos de faixas exclusivas ainda operam no vermelho, ou seja, neles a velocidade dos ônibus fica abaixo de 15 km/h. A fiscalização ainda não é suficiente.” Ele defende que o horário de todas as faixas exclusivas à direita seja ampliado e não funcione só no pico.

Na comparação entre os dois anos, houve queda nas autuações envolvendo desrespeito ao rodízio (-8,6%), excesso de velocidade (-0,4%), trânsito irregular de caminhões (-26%) e inspeção veicular (-90,3%) - lembrando que o serviço deixou de ser cobrado pela Prefeitura, após o rompimento do contrato com a Controlar. Em três meses do ano, o número de autuações mensal passou de 1 milhão - o maior número em 24 meses foi registrado em julho de 2014: 1.189.825 multas.

reference
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Cautela. O analista de faturamento Rafael Challo da Silva, de 28 anos, levou duas multas em 2014 justamente por parar o carro em lugar proibido. Não recorreu. “É uma burocracia tão grande. Você tem de reunir um monte de documentos, fazer uma carta pedindo pelo amor de Deus para os caras e, mesmo assim, tem de pagar a multa antes”, justificou.

Ele, que também foi multado por não usar o cinto de segurança (o que rendeu 198.811 autuações em 2014), promete ficar mais atento às regras de trânsito neste ano. “Já passei dos 20 pontos na CNH (carteira nacional de habilitação).”

SÃO PAULO - O número de multas de trânsito aplicadas na cidade de São Paulo cresceu 4,5% no ano passado, na comparação com 2013. Ao todo, foram registradas 10,6 milhões de autuações, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), um recorde - 500 mil a mais do que dois anos atrás. A infração que mais aumentou, 69,5%, é a que trata do desrespeito dos motoristas e motociclistas às faixas e corredores exclusivos de ônibus.

Hoje, a cidade tem 462 quilômetros de faixas exclusivas, a maior parte construída depois dos protestos de junho de 2013. “Para termos corredores e faixas funcionando a contento, temos de coibir a invasão de outros veículos nos trechos segregados para o transporte coletivo”, justificou a companhia em nota oficial.

Na comparação entre os dois anos, houve queda nas autuações envolvendo desrespeito ao rodízio Foto: JF DIORIO / ESTADÃO

Para o engenheiro Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), a fiscalização intensificada nas vias exclusivas para ônibus é correta e deveria ser ampliada. “Isso porque muitos trechos de faixas exclusivas ainda operam no vermelho, ou seja, neles a velocidade dos ônibus fica abaixo de 15 km/h. A fiscalização ainda não é suficiente.” Ele defende que o horário de todas as faixas exclusivas à direita seja ampliado e não funcione só no pico.

Na comparação entre os dois anos, houve queda nas autuações envolvendo desrespeito ao rodízio (-8,6%), excesso de velocidade (-0,4%), trânsito irregular de caminhões (-26%) e inspeção veicular (-90,3%) - lembrando que o serviço deixou de ser cobrado pela Prefeitura, após o rompimento do contrato com a Controlar. Em três meses do ano, o número de autuações mensal passou de 1 milhão - o maior número em 24 meses foi registrado em julho de 2014: 1.189.825 multas.

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Cautela. O analista de faturamento Rafael Challo da Silva, de 28 anos, levou duas multas em 2014 justamente por parar o carro em lugar proibido. Não recorreu. “É uma burocracia tão grande. Você tem de reunir um monte de documentos, fazer uma carta pedindo pelo amor de Deus para os caras e, mesmo assim, tem de pagar a multa antes”, justificou.

Ele, que também foi multado por não usar o cinto de segurança (o que rendeu 198.811 autuações em 2014), promete ficar mais atento às regras de trânsito neste ano. “Já passei dos 20 pontos na CNH (carteira nacional de habilitação).”

SÃO PAULO - O número de multas de trânsito aplicadas na cidade de São Paulo cresceu 4,5% no ano passado, na comparação com 2013. Ao todo, foram registradas 10,6 milhões de autuações, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), um recorde - 500 mil a mais do que dois anos atrás. A infração que mais aumentou, 69,5%, é a que trata do desrespeito dos motoristas e motociclistas às faixas e corredores exclusivos de ônibus.

Hoje, a cidade tem 462 quilômetros de faixas exclusivas, a maior parte construída depois dos protestos de junho de 2013. “Para termos corredores e faixas funcionando a contento, temos de coibir a invasão de outros veículos nos trechos segregados para o transporte coletivo”, justificou a companhia em nota oficial.

Na comparação entre os dois anos, houve queda nas autuações envolvendo desrespeito ao rodízio Foto: JF DIORIO / ESTADÃO

Para o engenheiro Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), a fiscalização intensificada nas vias exclusivas para ônibus é correta e deveria ser ampliada. “Isso porque muitos trechos de faixas exclusivas ainda operam no vermelho, ou seja, neles a velocidade dos ônibus fica abaixo de 15 km/h. A fiscalização ainda não é suficiente.” Ele defende que o horário de todas as faixas exclusivas à direita seja ampliado e não funcione só no pico.

Na comparação entre os dois anos, houve queda nas autuações envolvendo desrespeito ao rodízio (-8,6%), excesso de velocidade (-0,4%), trânsito irregular de caminhões (-26%) e inspeção veicular (-90,3%) - lembrando que o serviço deixou de ser cobrado pela Prefeitura, após o rompimento do contrato com a Controlar. Em três meses do ano, o número de autuações mensal passou de 1 milhão - o maior número em 24 meses foi registrado em julho de 2014: 1.189.825 multas.

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Cautela. O analista de faturamento Rafael Challo da Silva, de 28 anos, levou duas multas em 2014 justamente por parar o carro em lugar proibido. Não recorreu. “É uma burocracia tão grande. Você tem de reunir um monte de documentos, fazer uma carta pedindo pelo amor de Deus para os caras e, mesmo assim, tem de pagar a multa antes”, justificou.

Ele, que também foi multado por não usar o cinto de segurança (o que rendeu 198.811 autuações em 2014), promete ficar mais atento às regras de trânsito neste ano. “Já passei dos 20 pontos na CNH (carteira nacional de habilitação).”

SÃO PAULO - O número de multas de trânsito aplicadas na cidade de São Paulo cresceu 4,5% no ano passado, na comparação com 2013. Ao todo, foram registradas 10,6 milhões de autuações, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), um recorde - 500 mil a mais do que dois anos atrás. A infração que mais aumentou, 69,5%, é a que trata do desrespeito dos motoristas e motociclistas às faixas e corredores exclusivos de ônibus.

Hoje, a cidade tem 462 quilômetros de faixas exclusivas, a maior parte construída depois dos protestos de junho de 2013. “Para termos corredores e faixas funcionando a contento, temos de coibir a invasão de outros veículos nos trechos segregados para o transporte coletivo”, justificou a companhia em nota oficial.

Na comparação entre os dois anos, houve queda nas autuações envolvendo desrespeito ao rodízio Foto: JF DIORIO / ESTADÃO

Para o engenheiro Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), a fiscalização intensificada nas vias exclusivas para ônibus é correta e deveria ser ampliada. “Isso porque muitos trechos de faixas exclusivas ainda operam no vermelho, ou seja, neles a velocidade dos ônibus fica abaixo de 15 km/h. A fiscalização ainda não é suficiente.” Ele defende que o horário de todas as faixas exclusivas à direita seja ampliado e não funcione só no pico.

Na comparação entre os dois anos, houve queda nas autuações envolvendo desrespeito ao rodízio (-8,6%), excesso de velocidade (-0,4%), trânsito irregular de caminhões (-26%) e inspeção veicular (-90,3%) - lembrando que o serviço deixou de ser cobrado pela Prefeitura, após o rompimento do contrato com a Controlar. Em três meses do ano, o número de autuações mensal passou de 1 milhão - o maior número em 24 meses foi registrado em julho de 2014: 1.189.825 multas.

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Cautela. O analista de faturamento Rafael Challo da Silva, de 28 anos, levou duas multas em 2014 justamente por parar o carro em lugar proibido. Não recorreu. “É uma burocracia tão grande. Você tem de reunir um monte de documentos, fazer uma carta pedindo pelo amor de Deus para os caras e, mesmo assim, tem de pagar a multa antes”, justificou.

Ele, que também foi multado por não usar o cinto de segurança (o que rendeu 198.811 autuações em 2014), promete ficar mais atento às regras de trânsito neste ano. “Já passei dos 20 pontos na CNH (carteira nacional de habilitação).”

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