Seca faz Jaguari encolher 90%; agricultores sofrem com estiagem


O mais importante rio da Bacia do Piracicaba, que tem profundidade de3,2 metros, está com24 cm perto da foz

Por Diego Zanchetta

BRAGANÇA PAULISTA - Abaixo das barragens dos reservatórios do Sistema Cantareira, o Rio Jaguari, manancial que fornece água para 12 milhões de paulistas, está com sua capacidade hídrica 90% menor, em pleno período de chuvas. No terceiro ano da maior estiagem já registrada no interior paulista desde 1890, o mais importante rio da Bacia do Piracicaba, que tem profundidade média no verão de 3,2 metros, está agora em 24 centímetros perto de sua foz, em Cosmópolis. No interior, o Jaguari virou um grande brejo. O mato alto cresce em bancos de areia que surgiram no meio do rio com a seca. O fio de água escorre quase invisível em seu trajeto por cidades como Vargem, Bragança Paulista, Campinas, Pedreira e Jaguariúna. As margens do Jaguari, que ficavam alagadas, viraram pastagem para gado. No domingo passado, o Estado mostrou as condições do Jaguari entre suas nascentes em Camanducaia, no sul de Minas Gerais, e os reservatórios do Cantareira, em Joanópolis. Na quarta-feira, a reportagem percorreu a região de seu encontro com o Rio Atibaia em Americana, a 126 quilômetros da capital - a confluência do Atibaia e do Jaguari forma o Rio Piracicaba. As chuvas que caíram na Serra da Mantiqueira e fizeram renascer as nascentes do Jaguari em Minas não chegaram ao interior paulista. Nos 17 primeiros dias de janeiro, choveu 64 milímetros na região de Campinas, 24% do previsto para o mês. "Estamos no final de um ciclo solar de alta intensidade. E, no final, ocorre o pico de seca e calor. Mas, no ano que vem, já teremos chuvas melhores", afirma Hilton Silveira, coordenador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp. "Mas os rios vão demorar pelo menos cinco anos para se recompor." "A safra de cana no interior já foi reduzida em 50%. A de soja, em 30%. A laranja também está queimando com o calor", aponta Silveira. Os Rios Atibaia, Camanducaia e Jacareí estão com profundidade inferior a 80 cm. Pequenos proprietários rurais paulistas que dependem do Jaguari e do Atibaia estão indo buscar água em Extrema, Minas Gerais, para tentar salvar suas lavouras. João Pereira da Silva, de 54 anos, é um deles. "Já perdi todo o milho no ano passado. Cresci vendo meu pai e meu avô colhendo na roça. Então, quando você planta e não vê brotar, é a coisa mais triste que existe."Dinamite. Moradores da zona rural de Bragança Paulista estão usando até dinamites para tentar encontrar água para beber e tomar banho. Em bairros como Menin e Recanto das Montanhas, poços com mais de 30 metros de profundidade secaram no início do ano. "O jeito agora é explodir lá embaixo, para ver se a gente encontra mais água", afirma Júnior Aparecido Rufino, de 31 anos. Os serviços para dinamitar poços custam de R$ 200 a R$ 500. "Ninguém mais tem água. Só furando mais o poço. Estou esperando o pessoal vir estourar o meu", diz Virginia Aparecida Carvalho, de 63 anos, moradora do Bairro Menin.

BRAGANÇA PAULISTA - Abaixo das barragens dos reservatórios do Sistema Cantareira, o Rio Jaguari, manancial que fornece água para 12 milhões de paulistas, está com sua capacidade hídrica 90% menor, em pleno período de chuvas. No terceiro ano da maior estiagem já registrada no interior paulista desde 1890, o mais importante rio da Bacia do Piracicaba, que tem profundidade média no verão de 3,2 metros, está agora em 24 centímetros perto de sua foz, em Cosmópolis. No interior, o Jaguari virou um grande brejo. O mato alto cresce em bancos de areia que surgiram no meio do rio com a seca. O fio de água escorre quase invisível em seu trajeto por cidades como Vargem, Bragança Paulista, Campinas, Pedreira e Jaguariúna. As margens do Jaguari, que ficavam alagadas, viraram pastagem para gado. No domingo passado, o Estado mostrou as condições do Jaguari entre suas nascentes em Camanducaia, no sul de Minas Gerais, e os reservatórios do Cantareira, em Joanópolis. Na quarta-feira, a reportagem percorreu a região de seu encontro com o Rio Atibaia em Americana, a 126 quilômetros da capital - a confluência do Atibaia e do Jaguari forma o Rio Piracicaba. As chuvas que caíram na Serra da Mantiqueira e fizeram renascer as nascentes do Jaguari em Minas não chegaram ao interior paulista. Nos 17 primeiros dias de janeiro, choveu 64 milímetros na região de Campinas, 24% do previsto para o mês. "Estamos no final de um ciclo solar de alta intensidade. E, no final, ocorre o pico de seca e calor. Mas, no ano que vem, já teremos chuvas melhores", afirma Hilton Silveira, coordenador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp. "Mas os rios vão demorar pelo menos cinco anos para se recompor." "A safra de cana no interior já foi reduzida em 50%. A de soja, em 30%. A laranja também está queimando com o calor", aponta Silveira. Os Rios Atibaia, Camanducaia e Jacareí estão com profundidade inferior a 80 cm. Pequenos proprietários rurais paulistas que dependem do Jaguari e do Atibaia estão indo buscar água em Extrema, Minas Gerais, para tentar salvar suas lavouras. João Pereira da Silva, de 54 anos, é um deles. "Já perdi todo o milho no ano passado. Cresci vendo meu pai e meu avô colhendo na roça. Então, quando você planta e não vê brotar, é a coisa mais triste que existe."Dinamite. Moradores da zona rural de Bragança Paulista estão usando até dinamites para tentar encontrar água para beber e tomar banho. Em bairros como Menin e Recanto das Montanhas, poços com mais de 30 metros de profundidade secaram no início do ano. "O jeito agora é explodir lá embaixo, para ver se a gente encontra mais água", afirma Júnior Aparecido Rufino, de 31 anos. Os serviços para dinamitar poços custam de R$ 200 a R$ 500. "Ninguém mais tem água. Só furando mais o poço. Estou esperando o pessoal vir estourar o meu", diz Virginia Aparecida Carvalho, de 63 anos, moradora do Bairro Menin.

BRAGANÇA PAULISTA - Abaixo das barragens dos reservatórios do Sistema Cantareira, o Rio Jaguari, manancial que fornece água para 12 milhões de paulistas, está com sua capacidade hídrica 90% menor, em pleno período de chuvas. No terceiro ano da maior estiagem já registrada no interior paulista desde 1890, o mais importante rio da Bacia do Piracicaba, que tem profundidade média no verão de 3,2 metros, está agora em 24 centímetros perto de sua foz, em Cosmópolis. No interior, o Jaguari virou um grande brejo. O mato alto cresce em bancos de areia que surgiram no meio do rio com a seca. O fio de água escorre quase invisível em seu trajeto por cidades como Vargem, Bragança Paulista, Campinas, Pedreira e Jaguariúna. As margens do Jaguari, que ficavam alagadas, viraram pastagem para gado. No domingo passado, o Estado mostrou as condições do Jaguari entre suas nascentes em Camanducaia, no sul de Minas Gerais, e os reservatórios do Cantareira, em Joanópolis. Na quarta-feira, a reportagem percorreu a região de seu encontro com o Rio Atibaia em Americana, a 126 quilômetros da capital - a confluência do Atibaia e do Jaguari forma o Rio Piracicaba. As chuvas que caíram na Serra da Mantiqueira e fizeram renascer as nascentes do Jaguari em Minas não chegaram ao interior paulista. Nos 17 primeiros dias de janeiro, choveu 64 milímetros na região de Campinas, 24% do previsto para o mês. "Estamos no final de um ciclo solar de alta intensidade. E, no final, ocorre o pico de seca e calor. Mas, no ano que vem, já teremos chuvas melhores", afirma Hilton Silveira, coordenador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp. "Mas os rios vão demorar pelo menos cinco anos para se recompor." "A safra de cana no interior já foi reduzida em 50%. A de soja, em 30%. A laranja também está queimando com o calor", aponta Silveira. Os Rios Atibaia, Camanducaia e Jacareí estão com profundidade inferior a 80 cm. Pequenos proprietários rurais paulistas que dependem do Jaguari e do Atibaia estão indo buscar água em Extrema, Minas Gerais, para tentar salvar suas lavouras. João Pereira da Silva, de 54 anos, é um deles. "Já perdi todo o milho no ano passado. Cresci vendo meu pai e meu avô colhendo na roça. Então, quando você planta e não vê brotar, é a coisa mais triste que existe."Dinamite. Moradores da zona rural de Bragança Paulista estão usando até dinamites para tentar encontrar água para beber e tomar banho. Em bairros como Menin e Recanto das Montanhas, poços com mais de 30 metros de profundidade secaram no início do ano. "O jeito agora é explodir lá embaixo, para ver se a gente encontra mais água", afirma Júnior Aparecido Rufino, de 31 anos. Os serviços para dinamitar poços custam de R$ 200 a R$ 500. "Ninguém mais tem água. Só furando mais o poço. Estou esperando o pessoal vir estourar o meu", diz Virginia Aparecida Carvalho, de 63 anos, moradora do Bairro Menin.

BRAGANÇA PAULISTA - Abaixo das barragens dos reservatórios do Sistema Cantareira, o Rio Jaguari, manancial que fornece água para 12 milhões de paulistas, está com sua capacidade hídrica 90% menor, em pleno período de chuvas. No terceiro ano da maior estiagem já registrada no interior paulista desde 1890, o mais importante rio da Bacia do Piracicaba, que tem profundidade média no verão de 3,2 metros, está agora em 24 centímetros perto de sua foz, em Cosmópolis. No interior, o Jaguari virou um grande brejo. O mato alto cresce em bancos de areia que surgiram no meio do rio com a seca. O fio de água escorre quase invisível em seu trajeto por cidades como Vargem, Bragança Paulista, Campinas, Pedreira e Jaguariúna. As margens do Jaguari, que ficavam alagadas, viraram pastagem para gado. No domingo passado, o Estado mostrou as condições do Jaguari entre suas nascentes em Camanducaia, no sul de Minas Gerais, e os reservatórios do Cantareira, em Joanópolis. Na quarta-feira, a reportagem percorreu a região de seu encontro com o Rio Atibaia em Americana, a 126 quilômetros da capital - a confluência do Atibaia e do Jaguari forma o Rio Piracicaba. As chuvas que caíram na Serra da Mantiqueira e fizeram renascer as nascentes do Jaguari em Minas não chegaram ao interior paulista. Nos 17 primeiros dias de janeiro, choveu 64 milímetros na região de Campinas, 24% do previsto para o mês. "Estamos no final de um ciclo solar de alta intensidade. E, no final, ocorre o pico de seca e calor. Mas, no ano que vem, já teremos chuvas melhores", afirma Hilton Silveira, coordenador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp. "Mas os rios vão demorar pelo menos cinco anos para se recompor." "A safra de cana no interior já foi reduzida em 50%. A de soja, em 30%. A laranja também está queimando com o calor", aponta Silveira. Os Rios Atibaia, Camanducaia e Jacareí estão com profundidade inferior a 80 cm. Pequenos proprietários rurais paulistas que dependem do Jaguari e do Atibaia estão indo buscar água em Extrema, Minas Gerais, para tentar salvar suas lavouras. João Pereira da Silva, de 54 anos, é um deles. "Já perdi todo o milho no ano passado. Cresci vendo meu pai e meu avô colhendo na roça. Então, quando você planta e não vê brotar, é a coisa mais triste que existe."Dinamite. Moradores da zona rural de Bragança Paulista estão usando até dinamites para tentar encontrar água para beber e tomar banho. Em bairros como Menin e Recanto das Montanhas, poços com mais de 30 metros de profundidade secaram no início do ano. "O jeito agora é explodir lá embaixo, para ver se a gente encontra mais água", afirma Júnior Aparecido Rufino, de 31 anos. Os serviços para dinamitar poços custam de R$ 200 a R$ 500. "Ninguém mais tem água. Só furando mais o poço. Estou esperando o pessoal vir estourar o meu", diz Virginia Aparecida Carvalho, de 63 anos, moradora do Bairro Menin.

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