Taxistas pressionam e vereadores adiam votação da 'Lei Uber'


Processo de decisão não tem data para ser retomado; com o impasse, a Uber continua funcionando na cidade sem regulação

Por Adriana Ferraz
Motoristas fecharam as duas pistas do Viaduto Jacareí, em frente à Câmara Municipal Foto: MARCIO FERNANDES/ESTADAO

SÃO PAULO - A definição sobre a liberação ou não dos aplicativos de transporte individual e particular de passageiros em São Paulo foi adiada mais uma vez. Pressionados por cerca de 5 mil taxistas, que ocuparam nesta quarta-feira, 27, a frente da Câmara Municipal para protestar contra a chamada “Lei Uber”, os vereadores derrubaram o processo de votação, que não tem data para ser retomado. 

Parte dos parlamentares defende que o tema só retorne ao plenário em outubro, após as eleições. Com o impasse, a Uber continua funcionando na capital sem regulação. A pendência impõe uma derrota ao prefeito Fernando Haddad (PT), que se viu obrigado a pedir o aval da Câmara para implementar um sistema de cobrança pelo uso do viário urbano, por meio da venda de créditos por quilômetro rodado. O petista chegou a anunciar no ano passado que o modelo seria estabelecido por decreto, mas recuou depois que a Câmara ameaçou derrubar a medida.

continua após a publicidade

Acuado, Haddad fez um acordo com o vereador José Police Neto (PSD), que defende a liberação da Uber e tem projeto já aprovado em primeira votação sobre o compartilhamento de veículos na cidade. Mas a base do petista não seguiu o combinado nesta quarta. O texto final apresentado pelo Executivo nem sequer passou pelo congresso de comissões - faltou quórum.

Uber começa a operar em Salvador; veja a situação da empresa nas cidades brasileiras

1 | 10

Salvador

Foto: REUTERS
2 | 10

Belo Horizonte

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
3 | 10

Goiânia

Foto: Divulgação
4 | 10

Recife

Foto: Prefeitura do Recife
5 | 10

Curitiba

Foto: Creative Commons
6 | 10

Campinas

Foto: Prefeitura de Campinas
7 | 10

São Paulo

Foto: REUTERS
8 | 10

Porto Alegre

Foto: Alfonso Abraaham/Divulgação
9 | 10

Brasília

Foto: DIVULGAÇÃO/PORTAL DA COPA
10 | 10

Rio de Janeiro

Foto: REUTERS

Para Adilson Amadeu (PTB), representante dos taxistas e principal opositor ao projeto, não há clima para retomar o tema neste ano. O vereador quer assegurar apenas aos taxistas o direito de realizar o transporte individual de passageiros. 

continua após a publicidade

Pela proposta em discussão, além da compra de créditos, as empresas que conectam passageiros e motoristas via aplicativos passam a ser obrigadas a obter cadastro para operar na cidade, pagando, por isso, taxas anuais ou mensais. O modelo proporcionará um melhor controle do viário urbano, segundo a Prefeitura, uma vez que o valor dos créditos vai variar de acordo com o horário e o percurso da viagem, além da quantidade de passageiros no carro. 

Para Police Neto, o debate deve focar no benefício que o projeto trará à capital do ponto de vista da mobilidade e quer votá-lo logo. “Se deixarmos para depois das eleições, é possível que nós cheguemos em outubro sem taxista”, disse, referindo-se ao fato de que até lá a Uber seguirá operando sem regras municipais. 

Porta-voz da empresa, Fabio Sabba afirmou nesta quarta que a Uber é favorável ao projeto, mas contrária às tentativas de “engessar a tarifa praticada”.

continua após a publicidade

De última hora. Antes do adiamento da votação, o prefeito Fernando Haddad enviou à Câmara duas novas versões do projeto, com mudanças importantes. Na primeira, o governo reduziu em 95% o valor da multa prevista para o condutor da Uber que não seguir as regras e também a margem de lucro da empresa. A chamada “taxa de intermediação” cobrada pela gigante americana não poderá representar mais de 15% do valor da viagem - hoje chega a 25%.

Já a punição prevista para condutores que desrespeitem a futura lei caiu de R$ 50 mil para R$ 2,5 mil. Os aplicativos que não seguirem as regras também serão punidos, e mais severamente: terão de repassar 1% do faturamento registrado nos últimos 12 meses à Prefeitura. 

O segundo substitutivo exige que as empresas licenciem carros na capital, para que o imposto fique com a Prefeitura, e veta uso das frotas de locadoras.

continua após a publicidade

Seu navegador não suporta esse video.

Taxistas, os maiores opositores do aplicativo, alegam que eleé ilegal e não está sujeito às taxas e regras do licenciamento

Motoristas fecharam as duas pistas do Viaduto Jacareí, em frente à Câmara Municipal Foto: MARCIO FERNANDES/ESTADAO

SÃO PAULO - A definição sobre a liberação ou não dos aplicativos de transporte individual e particular de passageiros em São Paulo foi adiada mais uma vez. Pressionados por cerca de 5 mil taxistas, que ocuparam nesta quarta-feira, 27, a frente da Câmara Municipal para protestar contra a chamada “Lei Uber”, os vereadores derrubaram o processo de votação, que não tem data para ser retomado. 

Parte dos parlamentares defende que o tema só retorne ao plenário em outubro, após as eleições. Com o impasse, a Uber continua funcionando na capital sem regulação. A pendência impõe uma derrota ao prefeito Fernando Haddad (PT), que se viu obrigado a pedir o aval da Câmara para implementar um sistema de cobrança pelo uso do viário urbano, por meio da venda de créditos por quilômetro rodado. O petista chegou a anunciar no ano passado que o modelo seria estabelecido por decreto, mas recuou depois que a Câmara ameaçou derrubar a medida.

Acuado, Haddad fez um acordo com o vereador José Police Neto (PSD), que defende a liberação da Uber e tem projeto já aprovado em primeira votação sobre o compartilhamento de veículos na cidade. Mas a base do petista não seguiu o combinado nesta quarta. O texto final apresentado pelo Executivo nem sequer passou pelo congresso de comissões - faltou quórum.

Uber começa a operar em Salvador; veja a situação da empresa nas cidades brasileiras

1 | 10

Salvador

Foto: REUTERS
2 | 10

Belo Horizonte

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
3 | 10

Goiânia

Foto: Divulgação
4 | 10

Recife

Foto: Prefeitura do Recife
5 | 10

Curitiba

Foto: Creative Commons
6 | 10

Campinas

Foto: Prefeitura de Campinas
7 | 10

São Paulo

Foto: REUTERS
8 | 10

Porto Alegre

Foto: Alfonso Abraaham/Divulgação
9 | 10

Brasília

Foto: DIVULGAÇÃO/PORTAL DA COPA
10 | 10

Rio de Janeiro

Foto: REUTERS

Para Adilson Amadeu (PTB), representante dos taxistas e principal opositor ao projeto, não há clima para retomar o tema neste ano. O vereador quer assegurar apenas aos taxistas o direito de realizar o transporte individual de passageiros. 

Pela proposta em discussão, além da compra de créditos, as empresas que conectam passageiros e motoristas via aplicativos passam a ser obrigadas a obter cadastro para operar na cidade, pagando, por isso, taxas anuais ou mensais. O modelo proporcionará um melhor controle do viário urbano, segundo a Prefeitura, uma vez que o valor dos créditos vai variar de acordo com o horário e o percurso da viagem, além da quantidade de passageiros no carro. 

Para Police Neto, o debate deve focar no benefício que o projeto trará à capital do ponto de vista da mobilidade e quer votá-lo logo. “Se deixarmos para depois das eleições, é possível que nós cheguemos em outubro sem taxista”, disse, referindo-se ao fato de que até lá a Uber seguirá operando sem regras municipais. 

Porta-voz da empresa, Fabio Sabba afirmou nesta quarta que a Uber é favorável ao projeto, mas contrária às tentativas de “engessar a tarifa praticada”.

De última hora. Antes do adiamento da votação, o prefeito Fernando Haddad enviou à Câmara duas novas versões do projeto, com mudanças importantes. Na primeira, o governo reduziu em 95% o valor da multa prevista para o condutor da Uber que não seguir as regras e também a margem de lucro da empresa. A chamada “taxa de intermediação” cobrada pela gigante americana não poderá representar mais de 15% do valor da viagem - hoje chega a 25%.

Já a punição prevista para condutores que desrespeitem a futura lei caiu de R$ 50 mil para R$ 2,5 mil. Os aplicativos que não seguirem as regras também serão punidos, e mais severamente: terão de repassar 1% do faturamento registrado nos últimos 12 meses à Prefeitura. 

O segundo substitutivo exige que as empresas licenciem carros na capital, para que o imposto fique com a Prefeitura, e veta uso das frotas de locadoras.

Seu navegador não suporta esse video.

Taxistas, os maiores opositores do aplicativo, alegam que eleé ilegal e não está sujeito às taxas e regras do licenciamento

Motoristas fecharam as duas pistas do Viaduto Jacareí, em frente à Câmara Municipal Foto: MARCIO FERNANDES/ESTADAO

SÃO PAULO - A definição sobre a liberação ou não dos aplicativos de transporte individual e particular de passageiros em São Paulo foi adiada mais uma vez. Pressionados por cerca de 5 mil taxistas, que ocuparam nesta quarta-feira, 27, a frente da Câmara Municipal para protestar contra a chamada “Lei Uber”, os vereadores derrubaram o processo de votação, que não tem data para ser retomado. 

Parte dos parlamentares defende que o tema só retorne ao plenário em outubro, após as eleições. Com o impasse, a Uber continua funcionando na capital sem regulação. A pendência impõe uma derrota ao prefeito Fernando Haddad (PT), que se viu obrigado a pedir o aval da Câmara para implementar um sistema de cobrança pelo uso do viário urbano, por meio da venda de créditos por quilômetro rodado. O petista chegou a anunciar no ano passado que o modelo seria estabelecido por decreto, mas recuou depois que a Câmara ameaçou derrubar a medida.

Acuado, Haddad fez um acordo com o vereador José Police Neto (PSD), que defende a liberação da Uber e tem projeto já aprovado em primeira votação sobre o compartilhamento de veículos na cidade. Mas a base do petista não seguiu o combinado nesta quarta. O texto final apresentado pelo Executivo nem sequer passou pelo congresso de comissões - faltou quórum.

Uber começa a operar em Salvador; veja a situação da empresa nas cidades brasileiras

1 | 10

Salvador

Foto: REUTERS
2 | 10

Belo Horizonte

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
3 | 10

Goiânia

Foto: Divulgação
4 | 10

Recife

Foto: Prefeitura do Recife
5 | 10

Curitiba

Foto: Creative Commons
6 | 10

Campinas

Foto: Prefeitura de Campinas
7 | 10

São Paulo

Foto: REUTERS
8 | 10

Porto Alegre

Foto: Alfonso Abraaham/Divulgação
9 | 10

Brasília

Foto: DIVULGAÇÃO/PORTAL DA COPA
10 | 10

Rio de Janeiro

Foto: REUTERS

Para Adilson Amadeu (PTB), representante dos taxistas e principal opositor ao projeto, não há clima para retomar o tema neste ano. O vereador quer assegurar apenas aos taxistas o direito de realizar o transporte individual de passageiros. 

Pela proposta em discussão, além da compra de créditos, as empresas que conectam passageiros e motoristas via aplicativos passam a ser obrigadas a obter cadastro para operar na cidade, pagando, por isso, taxas anuais ou mensais. O modelo proporcionará um melhor controle do viário urbano, segundo a Prefeitura, uma vez que o valor dos créditos vai variar de acordo com o horário e o percurso da viagem, além da quantidade de passageiros no carro. 

Para Police Neto, o debate deve focar no benefício que o projeto trará à capital do ponto de vista da mobilidade e quer votá-lo logo. “Se deixarmos para depois das eleições, é possível que nós cheguemos em outubro sem taxista”, disse, referindo-se ao fato de que até lá a Uber seguirá operando sem regras municipais. 

Porta-voz da empresa, Fabio Sabba afirmou nesta quarta que a Uber é favorável ao projeto, mas contrária às tentativas de “engessar a tarifa praticada”.

De última hora. Antes do adiamento da votação, o prefeito Fernando Haddad enviou à Câmara duas novas versões do projeto, com mudanças importantes. Na primeira, o governo reduziu em 95% o valor da multa prevista para o condutor da Uber que não seguir as regras e também a margem de lucro da empresa. A chamada “taxa de intermediação” cobrada pela gigante americana não poderá representar mais de 15% do valor da viagem - hoje chega a 25%.

Já a punição prevista para condutores que desrespeitem a futura lei caiu de R$ 50 mil para R$ 2,5 mil. Os aplicativos que não seguirem as regras também serão punidos, e mais severamente: terão de repassar 1% do faturamento registrado nos últimos 12 meses à Prefeitura. 

O segundo substitutivo exige que as empresas licenciem carros na capital, para que o imposto fique com a Prefeitura, e veta uso das frotas de locadoras.

Seu navegador não suporta esse video.

Taxistas, os maiores opositores do aplicativo, alegam que eleé ilegal e não está sujeito às taxas e regras do licenciamento

Motoristas fecharam as duas pistas do Viaduto Jacareí, em frente à Câmara Municipal Foto: MARCIO FERNANDES/ESTADAO

SÃO PAULO - A definição sobre a liberação ou não dos aplicativos de transporte individual e particular de passageiros em São Paulo foi adiada mais uma vez. Pressionados por cerca de 5 mil taxistas, que ocuparam nesta quarta-feira, 27, a frente da Câmara Municipal para protestar contra a chamada “Lei Uber”, os vereadores derrubaram o processo de votação, que não tem data para ser retomado. 

Parte dos parlamentares defende que o tema só retorne ao plenário em outubro, após as eleições. Com o impasse, a Uber continua funcionando na capital sem regulação. A pendência impõe uma derrota ao prefeito Fernando Haddad (PT), que se viu obrigado a pedir o aval da Câmara para implementar um sistema de cobrança pelo uso do viário urbano, por meio da venda de créditos por quilômetro rodado. O petista chegou a anunciar no ano passado que o modelo seria estabelecido por decreto, mas recuou depois que a Câmara ameaçou derrubar a medida.

Acuado, Haddad fez um acordo com o vereador José Police Neto (PSD), que defende a liberação da Uber e tem projeto já aprovado em primeira votação sobre o compartilhamento de veículos na cidade. Mas a base do petista não seguiu o combinado nesta quarta. O texto final apresentado pelo Executivo nem sequer passou pelo congresso de comissões - faltou quórum.

Uber começa a operar em Salvador; veja a situação da empresa nas cidades brasileiras

1 | 10

Salvador

Foto: REUTERS
2 | 10

Belo Horizonte

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
3 | 10

Goiânia

Foto: Divulgação
4 | 10

Recife

Foto: Prefeitura do Recife
5 | 10

Curitiba

Foto: Creative Commons
6 | 10

Campinas

Foto: Prefeitura de Campinas
7 | 10

São Paulo

Foto: REUTERS
8 | 10

Porto Alegre

Foto: Alfonso Abraaham/Divulgação
9 | 10

Brasília

Foto: DIVULGAÇÃO/PORTAL DA COPA
10 | 10

Rio de Janeiro

Foto: REUTERS

Para Adilson Amadeu (PTB), representante dos taxistas e principal opositor ao projeto, não há clima para retomar o tema neste ano. O vereador quer assegurar apenas aos taxistas o direito de realizar o transporte individual de passageiros. 

Pela proposta em discussão, além da compra de créditos, as empresas que conectam passageiros e motoristas via aplicativos passam a ser obrigadas a obter cadastro para operar na cidade, pagando, por isso, taxas anuais ou mensais. O modelo proporcionará um melhor controle do viário urbano, segundo a Prefeitura, uma vez que o valor dos créditos vai variar de acordo com o horário e o percurso da viagem, além da quantidade de passageiros no carro. 

Para Police Neto, o debate deve focar no benefício que o projeto trará à capital do ponto de vista da mobilidade e quer votá-lo logo. “Se deixarmos para depois das eleições, é possível que nós cheguemos em outubro sem taxista”, disse, referindo-se ao fato de que até lá a Uber seguirá operando sem regras municipais. 

Porta-voz da empresa, Fabio Sabba afirmou nesta quarta que a Uber é favorável ao projeto, mas contrária às tentativas de “engessar a tarifa praticada”.

De última hora. Antes do adiamento da votação, o prefeito Fernando Haddad enviou à Câmara duas novas versões do projeto, com mudanças importantes. Na primeira, o governo reduziu em 95% o valor da multa prevista para o condutor da Uber que não seguir as regras e também a margem de lucro da empresa. A chamada “taxa de intermediação” cobrada pela gigante americana não poderá representar mais de 15% do valor da viagem - hoje chega a 25%.

Já a punição prevista para condutores que desrespeitem a futura lei caiu de R$ 50 mil para R$ 2,5 mil. Os aplicativos que não seguirem as regras também serão punidos, e mais severamente: terão de repassar 1% do faturamento registrado nos últimos 12 meses à Prefeitura. 

O segundo substitutivo exige que as empresas licenciem carros na capital, para que o imposto fique com a Prefeitura, e veta uso das frotas de locadoras.

Seu navegador não suporta esse video.

Taxistas, os maiores opositores do aplicativo, alegam que eleé ilegal e não está sujeito às taxas e regras do licenciamento

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.