Tragédia em Congonhas: 'Ninguém imagina que pudesse acontecer. Aconteceu'


Jornalista do 'Estado', Marcelo Godoy relembra a cobertura em 2007 e como o episódio reavivou todos os receios sobre o aeroporto

Por Marcelo Godoy

Fechamento de uma edição diária é sempre um momento em que jornalista não atende telefone nem conversa com o colega que lhe diz boa noite. Televisores ligados em telejornais e um olho no relógio e outro nas linhas que faltam para concluir o texto. Era um começo de noite assim quando a televisão mostrou imagens de Congonhas. Um prédio estava em chamas. Fazia menos de um ano que a notícia do desaparecimento do voo 1907 da Gol havia chegado à redação do Estado em meio a outro fechamento de edição. Vivia-se em pleno caos aéreo - os atrasos de aeronaves eram constantes e por motivos que iam da desorganização da administração da aviação civil às pressões dos controladores de voo. Mas ninguém imagina que outro acidente, ainda maior em vítimas, pudesse acontecer. Muito menos ainda em Congonhas, o aeroporto encravado na zona sul de São Paulo, que testemunhara em 1996 a queda de outro avião de carreira da mesma TAM, um Fokker 100 que fazia a ponte aérea Rio-São Paulo.

Veja como foi a cobertura do maior acidente aéreo do Brasil

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Aconteceu. Só chegam ao aeroporto os repórteres que foram de moto a Congonhas. Um deles - Bruno Tavares - acompanhou durante horas a chegada das famílias dentro da área reservada às autoridades. Passara incógnito e testemunhara o drama de pais desesperados, de parentes diante da confirmação de que não havia sobreviventes. Os corpos eram tantos que nem mesmo o Instituto Médico-Legal dispunha de estrutura para abrigar tantos mortos. Foi preciso contratar um contêiner.

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O novo acidente - desta vez com o Airbus A-320 - reavivou todos os receios sobre Congonhas - a pista no meio da cidade reaberta sem que todas as obras estivessem concluídas, a inexistência de uma área de escape efetiva, a falta de uma torre moderna de controle de tráfego aéreo, enfim, dezenas de dúvidas sobre o que teria causado o acidente. Dúvidas que prosseguiram até que a investigação da Aeronáutica mostrou que um erro dos pilotos - que posicionaram de forma errada um dos manetes que controlavam a potência do motor - e a lógica de projeto do avião haviam sido os principais fatores que contribuíram para o acidente.

OEstadotrouxe em sua edição impressa de 18 de julho de 2007 uma cobertura especial da tragédia da TAM em Congonhas no caderno 'Cidades', atual 'Metrópole' Foto: Acervo Estadão

Das 33 recomendações feitas pela Aeronáutica à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea, 31 foram acatadas pelo órgão. Outras tantas o foram pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e pela Airbus. A lógica de todo acidente aéreo prevaleceu - o aprendizado para evitar novos acidentes semelhantes até que um novo mobilize as redações e revele novos problemas e novas soluções para passageiros, peritos, engenheiros e pilotos.

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* MARCELO GODOY É JORNALISTA DO 'ESTADO'

Fechamento de uma edição diária é sempre um momento em que jornalista não atende telefone nem conversa com o colega que lhe diz boa noite. Televisores ligados em telejornais e um olho no relógio e outro nas linhas que faltam para concluir o texto. Era um começo de noite assim quando a televisão mostrou imagens de Congonhas. Um prédio estava em chamas. Fazia menos de um ano que a notícia do desaparecimento do voo 1907 da Gol havia chegado à redação do Estado em meio a outro fechamento de edição. Vivia-se em pleno caos aéreo - os atrasos de aeronaves eram constantes e por motivos que iam da desorganização da administração da aviação civil às pressões dos controladores de voo. Mas ninguém imagina que outro acidente, ainda maior em vítimas, pudesse acontecer. Muito menos ainda em Congonhas, o aeroporto encravado na zona sul de São Paulo, que testemunhara em 1996 a queda de outro avião de carreira da mesma TAM, um Fokker 100 que fazia a ponte aérea Rio-São Paulo.

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O novo acidente - desta vez com o Airbus A-320 - reavivou todos os receios sobre Congonhas - a pista no meio da cidade reaberta sem que todas as obras estivessem concluídas, a inexistência de uma área de escape efetiva, a falta de uma torre moderna de controle de tráfego aéreo, enfim, dezenas de dúvidas sobre o que teria causado o acidente. Dúvidas que prosseguiram até que a investigação da Aeronáutica mostrou que um erro dos pilotos - que posicionaram de forma errada um dos manetes que controlavam a potência do motor - e a lógica de projeto do avião haviam sido os principais fatores que contribuíram para o acidente.

OEstadotrouxe em sua edição impressa de 18 de julho de 2007 uma cobertura especial da tragédia da TAM em Congonhas no caderno 'Cidades', atual 'Metrópole' Foto: Acervo Estadão

Das 33 recomendações feitas pela Aeronáutica à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea, 31 foram acatadas pelo órgão. Outras tantas o foram pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e pela Airbus. A lógica de todo acidente aéreo prevaleceu - o aprendizado para evitar novos acidentes semelhantes até que um novo mobilize as redações e revele novos problemas e novas soluções para passageiros, peritos, engenheiros e pilotos.

* MARCELO GODOY É JORNALISTA DO 'ESTADO'

Fechamento de uma edição diária é sempre um momento em que jornalista não atende telefone nem conversa com o colega que lhe diz boa noite. Televisores ligados em telejornais e um olho no relógio e outro nas linhas que faltam para concluir o texto. Era um começo de noite assim quando a televisão mostrou imagens de Congonhas. Um prédio estava em chamas. Fazia menos de um ano que a notícia do desaparecimento do voo 1907 da Gol havia chegado à redação do Estado em meio a outro fechamento de edição. Vivia-se em pleno caos aéreo - os atrasos de aeronaves eram constantes e por motivos que iam da desorganização da administração da aviação civil às pressões dos controladores de voo. Mas ninguém imagina que outro acidente, ainda maior em vítimas, pudesse acontecer. Muito menos ainda em Congonhas, o aeroporto encravado na zona sul de São Paulo, que testemunhara em 1996 a queda de outro avião de carreira da mesma TAM, um Fokker 100 que fazia a ponte aérea Rio-São Paulo.

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O novo acidente - desta vez com o Airbus A-320 - reavivou todos os receios sobre Congonhas - a pista no meio da cidade reaberta sem que todas as obras estivessem concluídas, a inexistência de uma área de escape efetiva, a falta de uma torre moderna de controle de tráfego aéreo, enfim, dezenas de dúvidas sobre o que teria causado o acidente. Dúvidas que prosseguiram até que a investigação da Aeronáutica mostrou que um erro dos pilotos - que posicionaram de forma errada um dos manetes que controlavam a potência do motor - e a lógica de projeto do avião haviam sido os principais fatores que contribuíram para o acidente.

OEstadotrouxe em sua edição impressa de 18 de julho de 2007 uma cobertura especial da tragédia da TAM em Congonhas no caderno 'Cidades', atual 'Metrópole' Foto: Acervo Estadão

Das 33 recomendações feitas pela Aeronáutica à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea, 31 foram acatadas pelo órgão. Outras tantas o foram pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e pela Airbus. A lógica de todo acidente aéreo prevaleceu - o aprendizado para evitar novos acidentes semelhantes até que um novo mobilize as redações e revele novos problemas e novas soluções para passageiros, peritos, engenheiros e pilotos.

* MARCELO GODOY É JORNALISTA DO 'ESTADO'

Fechamento de uma edição diária é sempre um momento em que jornalista não atende telefone nem conversa com o colega que lhe diz boa noite. Televisores ligados em telejornais e um olho no relógio e outro nas linhas que faltam para concluir o texto. Era um começo de noite assim quando a televisão mostrou imagens de Congonhas. Um prédio estava em chamas. Fazia menos de um ano que a notícia do desaparecimento do voo 1907 da Gol havia chegado à redação do Estado em meio a outro fechamento de edição. Vivia-se em pleno caos aéreo - os atrasos de aeronaves eram constantes e por motivos que iam da desorganização da administração da aviação civil às pressões dos controladores de voo. Mas ninguém imagina que outro acidente, ainda maior em vítimas, pudesse acontecer. Muito menos ainda em Congonhas, o aeroporto encravado na zona sul de São Paulo, que testemunhara em 1996 a queda de outro avião de carreira da mesma TAM, um Fokker 100 que fazia a ponte aérea Rio-São Paulo.

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O novo acidente - desta vez com o Airbus A-320 - reavivou todos os receios sobre Congonhas - a pista no meio da cidade reaberta sem que todas as obras estivessem concluídas, a inexistência de uma área de escape efetiva, a falta de uma torre moderna de controle de tráfego aéreo, enfim, dezenas de dúvidas sobre o que teria causado o acidente. Dúvidas que prosseguiram até que a investigação da Aeronáutica mostrou que um erro dos pilotos - que posicionaram de forma errada um dos manetes que controlavam a potência do motor - e a lógica de projeto do avião haviam sido os principais fatores que contribuíram para o acidente.

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