Violência dos taxistas na capital paulista afasta clientes


Casos de hostilidade e situações desagradáveis fizeram muitos migrarem para serviços como Uber, até como forma de protesto

Por Isabela Palhares e Rafael Italiani

SÃO PAULO - Sem saber dirigir e por se recusar a arcar com todos os gastos de ter um veículo, a programadora Maila Manzer Attil, de 28 anos, sempre andou muito de táxi e coleciona situações desagradáveis com o serviço: já foi assediada, perseguida e até deixada na rua por um motorista que se recusou a seguir o caminho que ela pediu. Por isso, quando o Uber chegou a São Paulo, ela não pensou duas vezes para experimentar o aplicativo.

“Ganhei um voucher para usar em uma feira de startups, no início de 2014 e na primeira viagem fui tratada com muito respeito, de uma forma que não era tratada pelos taxistas. Porque muitos nos tratam como se estivessem fazendo um favor e não como clientes pagando por um serviço”, disse. Depois disso, passou a evitar as viagens nos carros brancos.

PM diz que contagem de manifestantes não é precisa, já que no mesmo momento do protesto a Avenida Paulista estava fechada para carros, com muitos pedestres circulando Foto: Divulgação
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O cineasta Vinicius Lima Costa, de 27 anos, também usa o Uber. Desde que foi hostilizado por taxistas, a opção também é um forma de protesto. “Eu estava chegando a Congonhas com a minha mãe em um Uber e um grupo de taxistas começou a ameaçar o motorista e a questionar por que estávamos andando com ele.”

Por reprovar a atitude violenta e repressiva, ele também tem evitado andar de táxi. “Eles nunca tiveram concorrência e com isso perderam a noção de como tratar o cliente”, disse Costa.

Confira os estabelecimentos que participam da ação da Uber

1 | 7

Pirajá

Foto: Divulgação
2 | 7

Astor

Foto: Divulgação
3 | 7

Bráz Pizzaria

Foto: Divulgação
4 | 7

Bráz Trattoria

Foto: Divulgação
5 | 7

Lanchonete da Cidade

Foto: Divulgação
6 | 7

ICI Brasserie

Foto: Divulgação
7 | 7

Original

Foto: Divulgação
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Violência. Desde o ano passado, foram registrados diversos episódios de ataques de taxistas contra motoristas do Uber. No dia 5 de janeiro, cinco homens armados com barras de ferro depredaram o carro de um ex-taxista que adotou o serviço.

As declarações de líderes do sindicato contra os concorrentes, que motivaram até abertura de inquéritos por apologia à violência, e as ações radicais de alguns grupos têm criado uma divergência mesmo dentro da categoria. Sérgio, que trabalha em uma cooperativa e pediu para não ter o sobrenome divulgado, disse que a ação de um pequeno grupo não pode manchar toda a profissão. “Os taxistas que estão tomando essas ações mais violentas são aqueles que se sentiram mais prejudicados com o Uber. Por exemplo, quem trabalhava na porta de hotel ou em eventos”, disse.

Desde o ano passado, a Prefeitura estuda a regulamentação do serviço. Já o Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu a administração municipal de fazer a apreensão de veículos da Uber.

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Uber: veja a situação do aplicativo em outros 11 países

1 | 12

Táxis x Uber

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
2 | 12

Itália

Foto: Reprodução/Facebook
3 | 12

Reino Unido

Foto: Luke MacGregor/Reuters
4 | 12

Espanha

Foto: Andrea Comas/Reuters
5 | 12

Índia

Foto: Kuni Takahashi/NYT
6 | 12

Austrália

Foto: Melisa Meehan/EFE
7 | 12

Portugal

Foto: Hugo Correia/Reuters
8 | 12

França

Foto: Jean-Paul Pelissier/Reuters
9 | 12

Holanda

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
10 | 12

China

Foto: Reuters
11 | 12

Canadá

Foto: Chris Helgren/Reuters
12 | 12

Alemanha

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

SÃO PAULO - Sem saber dirigir e por se recusar a arcar com todos os gastos de ter um veículo, a programadora Maila Manzer Attil, de 28 anos, sempre andou muito de táxi e coleciona situações desagradáveis com o serviço: já foi assediada, perseguida e até deixada na rua por um motorista que se recusou a seguir o caminho que ela pediu. Por isso, quando o Uber chegou a São Paulo, ela não pensou duas vezes para experimentar o aplicativo.

“Ganhei um voucher para usar em uma feira de startups, no início de 2014 e na primeira viagem fui tratada com muito respeito, de uma forma que não era tratada pelos taxistas. Porque muitos nos tratam como se estivessem fazendo um favor e não como clientes pagando por um serviço”, disse. Depois disso, passou a evitar as viagens nos carros brancos.

PM diz que contagem de manifestantes não é precisa, já que no mesmo momento do protesto a Avenida Paulista estava fechada para carros, com muitos pedestres circulando Foto: Divulgação

O cineasta Vinicius Lima Costa, de 27 anos, também usa o Uber. Desde que foi hostilizado por taxistas, a opção também é um forma de protesto. “Eu estava chegando a Congonhas com a minha mãe em um Uber e um grupo de taxistas começou a ameaçar o motorista e a questionar por que estávamos andando com ele.”

Por reprovar a atitude violenta e repressiva, ele também tem evitado andar de táxi. “Eles nunca tiveram concorrência e com isso perderam a noção de como tratar o cliente”, disse Costa.

Confira os estabelecimentos que participam da ação da Uber

1 | 7

Pirajá

Foto: Divulgação
2 | 7

Astor

Foto: Divulgação
3 | 7

Bráz Pizzaria

Foto: Divulgação
4 | 7

Bráz Trattoria

Foto: Divulgação
5 | 7

Lanchonete da Cidade

Foto: Divulgação
6 | 7

ICI Brasserie

Foto: Divulgação
7 | 7

Original

Foto: Divulgação

Violência. Desde o ano passado, foram registrados diversos episódios de ataques de taxistas contra motoristas do Uber. No dia 5 de janeiro, cinco homens armados com barras de ferro depredaram o carro de um ex-taxista que adotou o serviço.

As declarações de líderes do sindicato contra os concorrentes, que motivaram até abertura de inquéritos por apologia à violência, e as ações radicais de alguns grupos têm criado uma divergência mesmo dentro da categoria. Sérgio, que trabalha em uma cooperativa e pediu para não ter o sobrenome divulgado, disse que a ação de um pequeno grupo não pode manchar toda a profissão. “Os taxistas que estão tomando essas ações mais violentas são aqueles que se sentiram mais prejudicados com o Uber. Por exemplo, quem trabalhava na porta de hotel ou em eventos”, disse.

Desde o ano passado, a Prefeitura estuda a regulamentação do serviço. Já o Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu a administração municipal de fazer a apreensão de veículos da Uber.

Uber: veja a situação do aplicativo em outros 11 países

1 | 12

Táxis x Uber

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Itália

Foto: Reprodução/Facebook
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Reino Unido

Foto: Luke MacGregor/Reuters
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Espanha

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Índia

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França

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Holanda

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
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China

Foto: Reuters
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Canadá

Foto: Chris Helgren/Reuters
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Alemanha

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

SÃO PAULO - Sem saber dirigir e por se recusar a arcar com todos os gastos de ter um veículo, a programadora Maila Manzer Attil, de 28 anos, sempre andou muito de táxi e coleciona situações desagradáveis com o serviço: já foi assediada, perseguida e até deixada na rua por um motorista que se recusou a seguir o caminho que ela pediu. Por isso, quando o Uber chegou a São Paulo, ela não pensou duas vezes para experimentar o aplicativo.

“Ganhei um voucher para usar em uma feira de startups, no início de 2014 e na primeira viagem fui tratada com muito respeito, de uma forma que não era tratada pelos taxistas. Porque muitos nos tratam como se estivessem fazendo um favor e não como clientes pagando por um serviço”, disse. Depois disso, passou a evitar as viagens nos carros brancos.

PM diz que contagem de manifestantes não é precisa, já que no mesmo momento do protesto a Avenida Paulista estava fechada para carros, com muitos pedestres circulando Foto: Divulgação

O cineasta Vinicius Lima Costa, de 27 anos, também usa o Uber. Desde que foi hostilizado por taxistas, a opção também é um forma de protesto. “Eu estava chegando a Congonhas com a minha mãe em um Uber e um grupo de taxistas começou a ameaçar o motorista e a questionar por que estávamos andando com ele.”

Por reprovar a atitude violenta e repressiva, ele também tem evitado andar de táxi. “Eles nunca tiveram concorrência e com isso perderam a noção de como tratar o cliente”, disse Costa.

Confira os estabelecimentos que participam da ação da Uber

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Pirajá

Foto: Divulgação
2 | 7

Astor

Foto: Divulgação
3 | 7

Bráz Pizzaria

Foto: Divulgação
4 | 7

Bráz Trattoria

Foto: Divulgação
5 | 7

Lanchonete da Cidade

Foto: Divulgação
6 | 7

ICI Brasserie

Foto: Divulgação
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Original

Foto: Divulgação

Violência. Desde o ano passado, foram registrados diversos episódios de ataques de taxistas contra motoristas do Uber. No dia 5 de janeiro, cinco homens armados com barras de ferro depredaram o carro de um ex-taxista que adotou o serviço.

As declarações de líderes do sindicato contra os concorrentes, que motivaram até abertura de inquéritos por apologia à violência, e as ações radicais de alguns grupos têm criado uma divergência mesmo dentro da categoria. Sérgio, que trabalha em uma cooperativa e pediu para não ter o sobrenome divulgado, disse que a ação de um pequeno grupo não pode manchar toda a profissão. “Os taxistas que estão tomando essas ações mais violentas são aqueles que se sentiram mais prejudicados com o Uber. Por exemplo, quem trabalhava na porta de hotel ou em eventos”, disse.

Desde o ano passado, a Prefeitura estuda a regulamentação do serviço. Já o Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu a administração municipal de fazer a apreensão de veículos da Uber.

Uber: veja a situação do aplicativo em outros 11 países

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Táxis x Uber

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Itália

Foto: Reprodução/Facebook
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Reino Unido

Foto: Luke MacGregor/Reuters
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Índia

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França

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China

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Alemanha

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SÃO PAULO - Sem saber dirigir e por se recusar a arcar com todos os gastos de ter um veículo, a programadora Maila Manzer Attil, de 28 anos, sempre andou muito de táxi e coleciona situações desagradáveis com o serviço: já foi assediada, perseguida e até deixada na rua por um motorista que se recusou a seguir o caminho que ela pediu. Por isso, quando o Uber chegou a São Paulo, ela não pensou duas vezes para experimentar o aplicativo.

“Ganhei um voucher para usar em uma feira de startups, no início de 2014 e na primeira viagem fui tratada com muito respeito, de uma forma que não era tratada pelos taxistas. Porque muitos nos tratam como se estivessem fazendo um favor e não como clientes pagando por um serviço”, disse. Depois disso, passou a evitar as viagens nos carros brancos.

PM diz que contagem de manifestantes não é precisa, já que no mesmo momento do protesto a Avenida Paulista estava fechada para carros, com muitos pedestres circulando Foto: Divulgação

O cineasta Vinicius Lima Costa, de 27 anos, também usa o Uber. Desde que foi hostilizado por taxistas, a opção também é um forma de protesto. “Eu estava chegando a Congonhas com a minha mãe em um Uber e um grupo de taxistas começou a ameaçar o motorista e a questionar por que estávamos andando com ele.”

Por reprovar a atitude violenta e repressiva, ele também tem evitado andar de táxi. “Eles nunca tiveram concorrência e com isso perderam a noção de como tratar o cliente”, disse Costa.

Confira os estabelecimentos que participam da ação da Uber

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Pirajá

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Astor

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Bráz Pizzaria

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Bráz Trattoria

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Lanchonete da Cidade

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ICI Brasserie

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Original

Foto: Divulgação

Violência. Desde o ano passado, foram registrados diversos episódios de ataques de taxistas contra motoristas do Uber. No dia 5 de janeiro, cinco homens armados com barras de ferro depredaram o carro de um ex-taxista que adotou o serviço.

As declarações de líderes do sindicato contra os concorrentes, que motivaram até abertura de inquéritos por apologia à violência, e as ações radicais de alguns grupos têm criado uma divergência mesmo dentro da categoria. Sérgio, que trabalha em uma cooperativa e pediu para não ter o sobrenome divulgado, disse que a ação de um pequeno grupo não pode manchar toda a profissão. “Os taxistas que estão tomando essas ações mais violentas são aqueles que se sentiram mais prejudicados com o Uber. Por exemplo, quem trabalhava na porta de hotel ou em eventos”, disse.

Desde o ano passado, a Prefeitura estuda a regulamentação do serviço. Já o Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu a administração municipal de fazer a apreensão de veículos da Uber.

Uber: veja a situação do aplicativo em outros 11 países

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Táxis x Uber

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Itália

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Reino Unido

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Espanha

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6 | 12

Austrália

Foto: Melisa Meehan/EFE
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Portugal

Foto: Hugo Correia/Reuters
8 | 12

França

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9 | 12

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Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
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Foto: Reuters
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