Associação de restaurantes critica proposta de proibir refil de refrigerantes


Para presidente do órgão, medida anunciada pelo ministro da Saúde representa uma afronta às escolhas individuais

Por Ligia Formenti
Segundo o Ministério da Saúde, o refil aumenta em até 30% o consumo de refrigerantes nos estabelecimentos Foto: Timothy A. Clary/Getty Images

BRASÍLIA - O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, criticou a proposta de proibir refil de refrigerantes em redes de fast food, anunciada nesta terça-feira, 13, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. Para o presidente da associação, além de inócua, a medida representa uma afronta às escolhas individuais e ao direito comercial. Pela mesma razão, Solmucci disse ser contrário à ideia de se proibir o uso de saleiros nas mesas de restaurantes, também apresentada pelo ministro.

“Queremos ajudar o governo. Mas a proibição do saleiro ou do refil seria uma forma de se tutelar a vida do cidadão. Será que ele vai também proibir o torresmo em Minas? O self-service?”, questionou.

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Nesta terça, Ricardo Barros informou ter iniciado uma negociação com o setor para o fim da oferta do refil, uma prática que estaria aumentando de forma perigosa no Brasil. O ministro disse existir no País cerca de mil estabelecimentos que adotam a estratégia de oferecer aos clientes a possibilidade de consumo ilimitado de refrigerante, por um preço fixo. De acordo com Barros, essa estratégia aumenta em 30% o consumo médio da bebida. O fim do saleiro nas mesas de restaurantes, por sua vez, ajudaria a reduzir o consumo excessivo de sal pelo brasileiro.

Caso o acordo com o setor não seja alcançado, o ministro afirmou que deverá propor no Congresso um projeto de lei com as medidas. Solmucci disse não ter participado de nenhuma reunião para a discussão desse tema. Contrário ao acordo, o presidente da associação já avisou que, se a proposta for para o Congresso, vai trabalhar pela não-aprovação.

Solmucci lembrou de uma lei do Espírito Santo, de 2015, que também proibia o uso do saleiro nos restaurantes, mais tarde considerada pela Justiça como inconstitucional. “Não seria melhor fazer uma campanha para a população consumir menos, ou para cozinheiros usarem menos na cozinha?”, disse. O presidente da associação observou também ser muito pequeno o número de restaurantes que oferecem refil de refrigerantes para os clientes. “Diante do 1 milhão de estabelecimentos, é uma parcela mínima que usa essa estratégia.” 

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Para Solmucci, a divulgação das propostas revelam que o ministro está “aflito” com a situação atual. “É uma demonstração de impotência diante de um problema que é grande, que é o consumo em excesso de sal.”

O anúncio de Barros foi feito no mesmo dia em que foi divulgado um balanço do acordo de redução de sal, feito entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentação. Cálculos feitos pelo Ministério da Saúde com base em dados fornecidos pela indústria indicam que foram retirados do mercado até o momento 17 mil toneladas de sódio dos alimentos. Essa quantia está longe da meta firmada com o setor, que é, até 2020, retirar o equivalente a 28.562 toneladas do nutriente.

A Abrasel tem mais de 6 mil associados e representa um setor que conta com 1 milhão de negócios.

Segundo o Ministério da Saúde, o refil aumenta em até 30% o consumo de refrigerantes nos estabelecimentos Foto: Timothy A. Clary/Getty Images

BRASÍLIA - O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, criticou a proposta de proibir refil de refrigerantes em redes de fast food, anunciada nesta terça-feira, 13, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. Para o presidente da associação, além de inócua, a medida representa uma afronta às escolhas individuais e ao direito comercial. Pela mesma razão, Solmucci disse ser contrário à ideia de se proibir o uso de saleiros nas mesas de restaurantes, também apresentada pelo ministro.

“Queremos ajudar o governo. Mas a proibição do saleiro ou do refil seria uma forma de se tutelar a vida do cidadão. Será que ele vai também proibir o torresmo em Minas? O self-service?”, questionou.

Nesta terça, Ricardo Barros informou ter iniciado uma negociação com o setor para o fim da oferta do refil, uma prática que estaria aumentando de forma perigosa no Brasil. O ministro disse existir no País cerca de mil estabelecimentos que adotam a estratégia de oferecer aos clientes a possibilidade de consumo ilimitado de refrigerante, por um preço fixo. De acordo com Barros, essa estratégia aumenta em 30% o consumo médio da bebida. O fim do saleiro nas mesas de restaurantes, por sua vez, ajudaria a reduzir o consumo excessivo de sal pelo brasileiro.

Caso o acordo com o setor não seja alcançado, o ministro afirmou que deverá propor no Congresso um projeto de lei com as medidas. Solmucci disse não ter participado de nenhuma reunião para a discussão desse tema. Contrário ao acordo, o presidente da associação já avisou que, se a proposta for para o Congresso, vai trabalhar pela não-aprovação.

Solmucci lembrou de uma lei do Espírito Santo, de 2015, que também proibia o uso do saleiro nos restaurantes, mais tarde considerada pela Justiça como inconstitucional. “Não seria melhor fazer uma campanha para a população consumir menos, ou para cozinheiros usarem menos na cozinha?”, disse. O presidente da associação observou também ser muito pequeno o número de restaurantes que oferecem refil de refrigerantes para os clientes. “Diante do 1 milhão de estabelecimentos, é uma parcela mínima que usa essa estratégia.” 

Para Solmucci, a divulgação das propostas revelam que o ministro está “aflito” com a situação atual. “É uma demonstração de impotência diante de um problema que é grande, que é o consumo em excesso de sal.”

O anúncio de Barros foi feito no mesmo dia em que foi divulgado um balanço do acordo de redução de sal, feito entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentação. Cálculos feitos pelo Ministério da Saúde com base em dados fornecidos pela indústria indicam que foram retirados do mercado até o momento 17 mil toneladas de sódio dos alimentos. Essa quantia está longe da meta firmada com o setor, que é, até 2020, retirar o equivalente a 28.562 toneladas do nutriente.

A Abrasel tem mais de 6 mil associados e representa um setor que conta com 1 milhão de negócios.

Segundo o Ministério da Saúde, o refil aumenta em até 30% o consumo de refrigerantes nos estabelecimentos Foto: Timothy A. Clary/Getty Images

BRASÍLIA - O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, criticou a proposta de proibir refil de refrigerantes em redes de fast food, anunciada nesta terça-feira, 13, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. Para o presidente da associação, além de inócua, a medida representa uma afronta às escolhas individuais e ao direito comercial. Pela mesma razão, Solmucci disse ser contrário à ideia de se proibir o uso de saleiros nas mesas de restaurantes, também apresentada pelo ministro.

“Queremos ajudar o governo. Mas a proibição do saleiro ou do refil seria uma forma de se tutelar a vida do cidadão. Será que ele vai também proibir o torresmo em Minas? O self-service?”, questionou.

Nesta terça, Ricardo Barros informou ter iniciado uma negociação com o setor para o fim da oferta do refil, uma prática que estaria aumentando de forma perigosa no Brasil. O ministro disse existir no País cerca de mil estabelecimentos que adotam a estratégia de oferecer aos clientes a possibilidade de consumo ilimitado de refrigerante, por um preço fixo. De acordo com Barros, essa estratégia aumenta em 30% o consumo médio da bebida. O fim do saleiro nas mesas de restaurantes, por sua vez, ajudaria a reduzir o consumo excessivo de sal pelo brasileiro.

Caso o acordo com o setor não seja alcançado, o ministro afirmou que deverá propor no Congresso um projeto de lei com as medidas. Solmucci disse não ter participado de nenhuma reunião para a discussão desse tema. Contrário ao acordo, o presidente da associação já avisou que, se a proposta for para o Congresso, vai trabalhar pela não-aprovação.

Solmucci lembrou de uma lei do Espírito Santo, de 2015, que também proibia o uso do saleiro nos restaurantes, mais tarde considerada pela Justiça como inconstitucional. “Não seria melhor fazer uma campanha para a população consumir menos, ou para cozinheiros usarem menos na cozinha?”, disse. O presidente da associação observou também ser muito pequeno o número de restaurantes que oferecem refil de refrigerantes para os clientes. “Diante do 1 milhão de estabelecimentos, é uma parcela mínima que usa essa estratégia.” 

Para Solmucci, a divulgação das propostas revelam que o ministro está “aflito” com a situação atual. “É uma demonstração de impotência diante de um problema que é grande, que é o consumo em excesso de sal.”

O anúncio de Barros foi feito no mesmo dia em que foi divulgado um balanço do acordo de redução de sal, feito entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentação. Cálculos feitos pelo Ministério da Saúde com base em dados fornecidos pela indústria indicam que foram retirados do mercado até o momento 17 mil toneladas de sódio dos alimentos. Essa quantia está longe da meta firmada com o setor, que é, até 2020, retirar o equivalente a 28.562 toneladas do nutriente.

A Abrasel tem mais de 6 mil associados e representa um setor que conta com 1 milhão de negócios.

Segundo o Ministério da Saúde, o refil aumenta em até 30% o consumo de refrigerantes nos estabelecimentos Foto: Timothy A. Clary/Getty Images

BRASÍLIA - O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, criticou a proposta de proibir refil de refrigerantes em redes de fast food, anunciada nesta terça-feira, 13, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. Para o presidente da associação, além de inócua, a medida representa uma afronta às escolhas individuais e ao direito comercial. Pela mesma razão, Solmucci disse ser contrário à ideia de se proibir o uso de saleiros nas mesas de restaurantes, também apresentada pelo ministro.

“Queremos ajudar o governo. Mas a proibição do saleiro ou do refil seria uma forma de se tutelar a vida do cidadão. Será que ele vai também proibir o torresmo em Minas? O self-service?”, questionou.

Nesta terça, Ricardo Barros informou ter iniciado uma negociação com o setor para o fim da oferta do refil, uma prática que estaria aumentando de forma perigosa no Brasil. O ministro disse existir no País cerca de mil estabelecimentos que adotam a estratégia de oferecer aos clientes a possibilidade de consumo ilimitado de refrigerante, por um preço fixo. De acordo com Barros, essa estratégia aumenta em 30% o consumo médio da bebida. O fim do saleiro nas mesas de restaurantes, por sua vez, ajudaria a reduzir o consumo excessivo de sal pelo brasileiro.

Caso o acordo com o setor não seja alcançado, o ministro afirmou que deverá propor no Congresso um projeto de lei com as medidas. Solmucci disse não ter participado de nenhuma reunião para a discussão desse tema. Contrário ao acordo, o presidente da associação já avisou que, se a proposta for para o Congresso, vai trabalhar pela não-aprovação.

Solmucci lembrou de uma lei do Espírito Santo, de 2015, que também proibia o uso do saleiro nos restaurantes, mais tarde considerada pela Justiça como inconstitucional. “Não seria melhor fazer uma campanha para a população consumir menos, ou para cozinheiros usarem menos na cozinha?”, disse. O presidente da associação observou também ser muito pequeno o número de restaurantes que oferecem refil de refrigerantes para os clientes. “Diante do 1 milhão de estabelecimentos, é uma parcela mínima que usa essa estratégia.” 

Para Solmucci, a divulgação das propostas revelam que o ministro está “aflito” com a situação atual. “É uma demonstração de impotência diante de um problema que é grande, que é o consumo em excesso de sal.”

O anúncio de Barros foi feito no mesmo dia em que foi divulgado um balanço do acordo de redução de sal, feito entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentação. Cálculos feitos pelo Ministério da Saúde com base em dados fornecidos pela indústria indicam que foram retirados do mercado até o momento 17 mil toneladas de sódio dos alimentos. Essa quantia está longe da meta firmada com o setor, que é, até 2020, retirar o equivalente a 28.562 toneladas do nutriente.

A Abrasel tem mais de 6 mil associados e representa um setor que conta com 1 milhão de negócios.

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