Butantã usa 54 milhões de ovos para produzir imunizante contra gripe


Amostras do vírus H1N1 e das outras duas cepas são injetadas no líquido que envolve o embrião; 500 funcionários trabalham 24h

Por Fabiana Cambricoli
Processo de fabricação da vacina contra a gripe pelo Instituto Butantan Foto: DIVULGACAO

SÃO PAULO - Para produzir as vacinas contra a gripe, os cientistas do Instituto Butantã, contrariando ditado popular, precisaram contar com o ovo dentro da galinha. O processo de fabricação das doses que começarão a ser distribuídas nesta terça-feira, 12, na rede pública exigiu não só o trabalho 24 horas de 500 funcionários, mas também a fecundação de 54 milhões de ovos, necessários para o cultivo dos vírus usados no imunizante.

É no interior de ovos fecundados, contendo embriões com exatos 11 dias, que são injetadas amostras do vírus H1N1 e das outras duas cepas da gripe incluídas na vacina: H3N2 e B. Durante pelo menos 72 horas, os ovos ficam em período de incubação, quando o vírus injetado se multiplica no líquido que envolve o pintinho. “Cada ovo rende o equivalente a três doses de apenas um dos vírus, e como a vacina protege contra três tipos, precisamos repetir esse processo com cada cepa, o que exige 54 milhões de ovos para produzir as 54 milhões de doses da vacina trivalente que fornecemos para o Ministério da Saúde”, explica Marcelo de Franco, diretor substituto do Butantã.

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11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1

1 | 12

3 - Como é feito o tratamento?

Foto: REUTERS
2 | 12

5- Se o paciente não iniciar o tratamento rapidamente, ele corre mais riscos?

Foto: REUTERS
3 | 12

6 - Qual principal tese para o surto precoce de H1N1 em 2016?

Foto: REUTERS
4 | 12

9 - A vacina é mesmo eficiente?

Foto: REUTERS/GlaxoSmithKline
5 | 12

11 - Como se prevenir?

Foto: REUTERS
6 | 12

11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1

Foto: REUTERS
7 | 12

1 - Qual é a diferença entre os sintomas da gripe H1N1 em relação à gripe comum?

Foto: PAUL BRADBURY VIA GETTY IMAGES
8 | 12

2 - Quando devo procurar o médico?

Foto: REUTERS
9 | 12

4 - Onde encontrar os remédios?

Foto: REUTERS
10 | 12

7 - Quem deve tomar a vacina?

Foto: REUTERS/Brian Snyder
11 | 12

8 - Quais são os grupos de risco?

Foto: REUTERS/Eric Gaillard
12 | 12

10 - Como acontece a transmissão?

Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

Após as 72 horas de incubação, o líquido é retirado do ovo e purificado, para que apenas as amostras de vírus sejam extraídas. “Em seguida, a gente inicia um processo para matar o vírus, para que ele seja fragmentado e fique sem atividade.”

Para conseguir entregar todas as doses encomendadas pelo ministério, o instituto começou o trabalho cedo, muito antes de os paulistas serem pegos de surpresa por um surto antecipado de gripe H1N1 no Estado. A produção das vacinas é iniciada em setembro, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) definir quais tipos de vírus estão mais circulantes e, portanto, devem constar na vacina.

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Os sintomas da influenza são parecidos com o resfriado e a gripe comum, mas o mal-estar causado pelo vírus H1N1 é mais forte e dura mais tempo. Veja quais são as principais diferenças

Antecipação. Com toda a complexidade do processo de produção, o Butantã encarou um desafio ao ter de antecipar a entrega de alguns lotes da vacina por causa do surto fora de época em São Paulo, que já matou 70 pessoas. Como não era possível pular etapas, o instituto resolveu adotar um turno extra de trabalho, de madrugada, no setor de envasamento das doses, conforme mostrou o Estado no dia 2.

Com isso, conseguiu adiantar em quase duas semanas a entrega de 16 milhões de doses, parte delas voltadas para a antecipação da vacinação em São Paulo, que começou na última segunda para os profissionais de saúde e será iniciada nesta segunda-feira, 11, para idosos, gestantes e crianças de 6 meses a 5 anos.

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Tome cuidados, mas não exagere! Veja 5 dicas para pais e mães evitarem a gripe H1N1 entre as crianças

1 | 5

1. Quais medidas devem ser tomadas em relação às crianças?

Foto: AFP
2 | 5

2. Há restrição para ambientes coletivos?

Foto: REUTERS
3 | 5

3. Há exagero das pessoas em relação à gripe H1N1?

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
4 | 5

4. Fazer gargarejo não previne a doença?

Foto: Reprodução
5 | 5

5. O que faço se está faltando vacina nos postos e a campanha nacional só começa no dia 30?

Foto: REUTERS

Tecnologia. O conhecimento sobre o processo de produção da vacina contra a influenza foi transferido da francesa Sanofi Pasteur para o Butantã por meio de um acordo iniciado em 1999 e concluído em 2012. Naquele ano, o instituto inaugurou em São Paulo uma fábrica específica para a produção da vacina da gripe, a maior da América Latina exclusiva para a doença. Desde então, o número de doses produzidas nacionalmente vem aumentando, passando de 7 milhões no primeiro ano para o número atual.

“Essa fábrica foi pensada para produzir 20 milhões de doses por ano, mas fizemos investimentos, aumentamos turnos de trabalho e descobrimos formas mais eficazes de produzir o vírus, por isso hoje produzimos mais do que o dobro”, diz Jorge Kalil, diretor do instituto.

Processo de fabricação da vacina contra a gripe pelo Instituto Butantan Foto: DIVULGACAO

SÃO PAULO - Para produzir as vacinas contra a gripe, os cientistas do Instituto Butantã, contrariando ditado popular, precisaram contar com o ovo dentro da galinha. O processo de fabricação das doses que começarão a ser distribuídas nesta terça-feira, 12, na rede pública exigiu não só o trabalho 24 horas de 500 funcionários, mas também a fecundação de 54 milhões de ovos, necessários para o cultivo dos vírus usados no imunizante.

É no interior de ovos fecundados, contendo embriões com exatos 11 dias, que são injetadas amostras do vírus H1N1 e das outras duas cepas da gripe incluídas na vacina: H3N2 e B. Durante pelo menos 72 horas, os ovos ficam em período de incubação, quando o vírus injetado se multiplica no líquido que envolve o pintinho. “Cada ovo rende o equivalente a três doses de apenas um dos vírus, e como a vacina protege contra três tipos, precisamos repetir esse processo com cada cepa, o que exige 54 milhões de ovos para produzir as 54 milhões de doses da vacina trivalente que fornecemos para o Ministério da Saúde”, explica Marcelo de Franco, diretor substituto do Butantã.

11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1

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3 - Como é feito o tratamento?

Foto: REUTERS
2 | 12

5- Se o paciente não iniciar o tratamento rapidamente, ele corre mais riscos?

Foto: REUTERS
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6 - Qual principal tese para o surto precoce de H1N1 em 2016?

Foto: REUTERS
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9 - A vacina é mesmo eficiente?

Foto: REUTERS/GlaxoSmithKline
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11 - Como se prevenir?

Foto: REUTERS
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11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1

Foto: REUTERS
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1 - Qual é a diferença entre os sintomas da gripe H1N1 em relação à gripe comum?

Foto: PAUL BRADBURY VIA GETTY IMAGES
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2 - Quando devo procurar o médico?

Foto: REUTERS
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4 - Onde encontrar os remédios?

Foto: REUTERS
10 | 12

7 - Quem deve tomar a vacina?

Foto: REUTERS/Brian Snyder
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8 - Quais são os grupos de risco?

Foto: REUTERS/Eric Gaillard
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10 - Como acontece a transmissão?

Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

Após as 72 horas de incubação, o líquido é retirado do ovo e purificado, para que apenas as amostras de vírus sejam extraídas. “Em seguida, a gente inicia um processo para matar o vírus, para que ele seja fragmentado e fique sem atividade.”

Para conseguir entregar todas as doses encomendadas pelo ministério, o instituto começou o trabalho cedo, muito antes de os paulistas serem pegos de surpresa por um surto antecipado de gripe H1N1 no Estado. A produção das vacinas é iniciada em setembro, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) definir quais tipos de vírus estão mais circulantes e, portanto, devem constar na vacina.

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Os sintomas da influenza são parecidos com o resfriado e a gripe comum, mas o mal-estar causado pelo vírus H1N1 é mais forte e dura mais tempo. Veja quais são as principais diferenças

Antecipação. Com toda a complexidade do processo de produção, o Butantã encarou um desafio ao ter de antecipar a entrega de alguns lotes da vacina por causa do surto fora de época em São Paulo, que já matou 70 pessoas. Como não era possível pular etapas, o instituto resolveu adotar um turno extra de trabalho, de madrugada, no setor de envasamento das doses, conforme mostrou o Estado no dia 2.

Com isso, conseguiu adiantar em quase duas semanas a entrega de 16 milhões de doses, parte delas voltadas para a antecipação da vacinação em São Paulo, que começou na última segunda para os profissionais de saúde e será iniciada nesta segunda-feira, 11, para idosos, gestantes e crianças de 6 meses a 5 anos.

Tome cuidados, mas não exagere! Veja 5 dicas para pais e mães evitarem a gripe H1N1 entre as crianças

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1. Quais medidas devem ser tomadas em relação às crianças?

Foto: AFP
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2. Há restrição para ambientes coletivos?

Foto: REUTERS
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3. Há exagero das pessoas em relação à gripe H1N1?

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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4. Fazer gargarejo não previne a doença?

Foto: Reprodução
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5. O que faço se está faltando vacina nos postos e a campanha nacional só começa no dia 30?

Foto: REUTERS

Tecnologia. O conhecimento sobre o processo de produção da vacina contra a influenza foi transferido da francesa Sanofi Pasteur para o Butantã por meio de um acordo iniciado em 1999 e concluído em 2012. Naquele ano, o instituto inaugurou em São Paulo uma fábrica específica para a produção da vacina da gripe, a maior da América Latina exclusiva para a doença. Desde então, o número de doses produzidas nacionalmente vem aumentando, passando de 7 milhões no primeiro ano para o número atual.

“Essa fábrica foi pensada para produzir 20 milhões de doses por ano, mas fizemos investimentos, aumentamos turnos de trabalho e descobrimos formas mais eficazes de produzir o vírus, por isso hoje produzimos mais do que o dobro”, diz Jorge Kalil, diretor do instituto.

Processo de fabricação da vacina contra a gripe pelo Instituto Butantan Foto: DIVULGACAO

SÃO PAULO - Para produzir as vacinas contra a gripe, os cientistas do Instituto Butantã, contrariando ditado popular, precisaram contar com o ovo dentro da galinha. O processo de fabricação das doses que começarão a ser distribuídas nesta terça-feira, 12, na rede pública exigiu não só o trabalho 24 horas de 500 funcionários, mas também a fecundação de 54 milhões de ovos, necessários para o cultivo dos vírus usados no imunizante.

É no interior de ovos fecundados, contendo embriões com exatos 11 dias, que são injetadas amostras do vírus H1N1 e das outras duas cepas da gripe incluídas na vacina: H3N2 e B. Durante pelo menos 72 horas, os ovos ficam em período de incubação, quando o vírus injetado se multiplica no líquido que envolve o pintinho. “Cada ovo rende o equivalente a três doses de apenas um dos vírus, e como a vacina protege contra três tipos, precisamos repetir esse processo com cada cepa, o que exige 54 milhões de ovos para produzir as 54 milhões de doses da vacina trivalente que fornecemos para o Ministério da Saúde”, explica Marcelo de Franco, diretor substituto do Butantã.

11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1

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3 - Como é feito o tratamento?

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5- Se o paciente não iniciar o tratamento rapidamente, ele corre mais riscos?

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6 - Qual principal tese para o surto precoce de H1N1 em 2016?

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9 - A vacina é mesmo eficiente?

Foto: REUTERS/GlaxoSmithKline
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11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1

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1 - Qual é a diferença entre os sintomas da gripe H1N1 em relação à gripe comum?

Foto: PAUL BRADBURY VIA GETTY IMAGES
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2 - Quando devo procurar o médico?

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4 - Onde encontrar os remédios?

Foto: REUTERS
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Foto: REUTERS/Brian Snyder
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8 - Quais são os grupos de risco?

Foto: REUTERS/Eric Gaillard
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10 - Como acontece a transmissão?

Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

Após as 72 horas de incubação, o líquido é retirado do ovo e purificado, para que apenas as amostras de vírus sejam extraídas. “Em seguida, a gente inicia um processo para matar o vírus, para que ele seja fragmentado e fique sem atividade.”

Para conseguir entregar todas as doses encomendadas pelo ministério, o instituto começou o trabalho cedo, muito antes de os paulistas serem pegos de surpresa por um surto antecipado de gripe H1N1 no Estado. A produção das vacinas é iniciada em setembro, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) definir quais tipos de vírus estão mais circulantes e, portanto, devem constar na vacina.

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Os sintomas da influenza são parecidos com o resfriado e a gripe comum, mas o mal-estar causado pelo vírus H1N1 é mais forte e dura mais tempo. Veja quais são as principais diferenças

Antecipação. Com toda a complexidade do processo de produção, o Butantã encarou um desafio ao ter de antecipar a entrega de alguns lotes da vacina por causa do surto fora de época em São Paulo, que já matou 70 pessoas. Como não era possível pular etapas, o instituto resolveu adotar um turno extra de trabalho, de madrugada, no setor de envasamento das doses, conforme mostrou o Estado no dia 2.

Com isso, conseguiu adiantar em quase duas semanas a entrega de 16 milhões de doses, parte delas voltadas para a antecipação da vacinação em São Paulo, que começou na última segunda para os profissionais de saúde e será iniciada nesta segunda-feira, 11, para idosos, gestantes e crianças de 6 meses a 5 anos.

Tome cuidados, mas não exagere! Veja 5 dicas para pais e mães evitarem a gripe H1N1 entre as crianças

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1. Quais medidas devem ser tomadas em relação às crianças?

Foto: AFP
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2. Há restrição para ambientes coletivos?

Foto: REUTERS
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3. Há exagero das pessoas em relação à gripe H1N1?

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4. Fazer gargarejo não previne a doença?

Foto: Reprodução
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5. O que faço se está faltando vacina nos postos e a campanha nacional só começa no dia 30?

Foto: REUTERS

Tecnologia. O conhecimento sobre o processo de produção da vacina contra a influenza foi transferido da francesa Sanofi Pasteur para o Butantã por meio de um acordo iniciado em 1999 e concluído em 2012. Naquele ano, o instituto inaugurou em São Paulo uma fábrica específica para a produção da vacina da gripe, a maior da América Latina exclusiva para a doença. Desde então, o número de doses produzidas nacionalmente vem aumentando, passando de 7 milhões no primeiro ano para o número atual.

“Essa fábrica foi pensada para produzir 20 milhões de doses por ano, mas fizemos investimentos, aumentamos turnos de trabalho e descobrimos formas mais eficazes de produzir o vírus, por isso hoje produzimos mais do que o dobro”, diz Jorge Kalil, diretor do instituto.

Processo de fabricação da vacina contra a gripe pelo Instituto Butantan Foto: DIVULGACAO

SÃO PAULO - Para produzir as vacinas contra a gripe, os cientistas do Instituto Butantã, contrariando ditado popular, precisaram contar com o ovo dentro da galinha. O processo de fabricação das doses que começarão a ser distribuídas nesta terça-feira, 12, na rede pública exigiu não só o trabalho 24 horas de 500 funcionários, mas também a fecundação de 54 milhões de ovos, necessários para o cultivo dos vírus usados no imunizante.

É no interior de ovos fecundados, contendo embriões com exatos 11 dias, que são injetadas amostras do vírus H1N1 e das outras duas cepas da gripe incluídas na vacina: H3N2 e B. Durante pelo menos 72 horas, os ovos ficam em período de incubação, quando o vírus injetado se multiplica no líquido que envolve o pintinho. “Cada ovo rende o equivalente a três doses de apenas um dos vírus, e como a vacina protege contra três tipos, precisamos repetir esse processo com cada cepa, o que exige 54 milhões de ovos para produzir as 54 milhões de doses da vacina trivalente que fornecemos para o Ministério da Saúde”, explica Marcelo de Franco, diretor substituto do Butantã.

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Foto: REUTERS
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Foto: REUTERS/GlaxoSmithKline
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11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1

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Foto: PAUL BRADBURY VIA GETTY IMAGES
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7 - Quem deve tomar a vacina?

Foto: REUTERS/Brian Snyder
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Foto: REUTERS/Eric Gaillard
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10 - Como acontece a transmissão?

Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

Após as 72 horas de incubação, o líquido é retirado do ovo e purificado, para que apenas as amostras de vírus sejam extraídas. “Em seguida, a gente inicia um processo para matar o vírus, para que ele seja fragmentado e fique sem atividade.”

Para conseguir entregar todas as doses encomendadas pelo ministério, o instituto começou o trabalho cedo, muito antes de os paulistas serem pegos de surpresa por um surto antecipado de gripe H1N1 no Estado. A produção das vacinas é iniciada em setembro, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) definir quais tipos de vírus estão mais circulantes e, portanto, devem constar na vacina.

Seu navegador não suporta esse video.

Os sintomas da influenza são parecidos com o resfriado e a gripe comum, mas o mal-estar causado pelo vírus H1N1 é mais forte e dura mais tempo. Veja quais são as principais diferenças

Antecipação. Com toda a complexidade do processo de produção, o Butantã encarou um desafio ao ter de antecipar a entrega de alguns lotes da vacina por causa do surto fora de época em São Paulo, que já matou 70 pessoas. Como não era possível pular etapas, o instituto resolveu adotar um turno extra de trabalho, de madrugada, no setor de envasamento das doses, conforme mostrou o Estado no dia 2.

Com isso, conseguiu adiantar em quase duas semanas a entrega de 16 milhões de doses, parte delas voltadas para a antecipação da vacinação em São Paulo, que começou na última segunda para os profissionais de saúde e será iniciada nesta segunda-feira, 11, para idosos, gestantes e crianças de 6 meses a 5 anos.

Tome cuidados, mas não exagere! Veja 5 dicas para pais e mães evitarem a gripe H1N1 entre as crianças

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1. Quais medidas devem ser tomadas em relação às crianças?

Foto: AFP
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2. Há restrição para ambientes coletivos?

Foto: REUTERS
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3. Há exagero das pessoas em relação à gripe H1N1?

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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4. Fazer gargarejo não previne a doença?

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5. O que faço se está faltando vacina nos postos e a campanha nacional só começa no dia 30?

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Tecnologia. O conhecimento sobre o processo de produção da vacina contra a influenza foi transferido da francesa Sanofi Pasteur para o Butantã por meio de um acordo iniciado em 1999 e concluído em 2012. Naquele ano, o instituto inaugurou em São Paulo uma fábrica específica para a produção da vacina da gripe, a maior da América Latina exclusiva para a doença. Desde então, o número de doses produzidas nacionalmente vem aumentando, passando de 7 milhões no primeiro ano para o número atual.

“Essa fábrica foi pensada para produzir 20 milhões de doses por ano, mas fizemos investimentos, aumentamos turnos de trabalho e descobrimos formas mais eficazes de produzir o vírus, por isso hoje produzimos mais do que o dobro”, diz Jorge Kalil, diretor do instituto.

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