Comitê do Sírio-Libanês emite parecer contrário à compra privada de vacinas


Intenção de aquisição privada de imunizantes vai contra princípios do SUS e compromete a lógica de saúde pública da campanha de vacinação, ao privilegiar pessoas por critérios econômicos em vez de critérios epidemiológicos, aponta relatório

Por Marco Antônio Carvalho

O Comitê de Bioética do Hospital Sírio-Libanês emitiu nesta sexta-feira, 29, um parecer sobre a ética da compra privada de vacinas contra a covid-19. Para os especialistas, isso representaria um comprometimento da lógica de uma campanha de vacinação, que é o de proteger a população de maior risco para evitar o colapso do sistema de saúde. A compra privada poderia significar, reforçam, o privilégio do individualismo, uma escolha “que não atinge seu maior benefício de saúde pública”. 

O documento de seis páginas lembra que a compra privada de vacinas está sendo ventilada no Brasil nas últimas semanas. Recentemente, veio a público a iniciativa de um grupo de empresários que objetivava adquirir doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, empreitada que acabou não se concretizando. A AstraZeneca disse que não venderia a vacina para grupos privados, mas o próprio presidente Jair Bolsonaro vê o caminho como válido

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Forças Armadas participaram do esquema para a distribuição das vacinas no Brasil Foto: Felipe Rau/Estadão

O comitê do Sírio-Libanês então se debruçou sobre o assunto com o objetivo de oferecer uma resposta à pergunta: é ético realizar a compra e distribuição privada de vacinas durante situação de pandemia e escassez de vacinas? A resposta enfática foi de que a alternativa não é condizente com os valores bioéticos. Essa interpretação é sustentada diante dos valores do Sistema Único de Saúde (SUS), dos benefícios para a saúde pública e do cenário socioeconômico brasileiro.

“A compra e distribuição de doses de vacina pela iniciativa privada, gerando a vacinação de indivíduos fora dos grupos prioritários que mais se beneficiam, fere os princípios fundamentais da equidade, da integralidade, da universalidade e da justiça distributiva, ferindo não só os próprios fundamentos do SUS, mas também a própria lógica que gera o benefício de uma campanha de vacinação”, escreveu o comitê em seu relatório.

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Leia a íntegra do documento do comitê do Hospital Sírio-Libanês

O Comitê de Bioética do Hospital Sírio-Libanês emitiu nesta sexta-feira, 29, um parecer sobre a ética da compra privada de vacinas contra a covid-19. Para os especialistas, isso representaria um comprometimento da lógica de uma campanha de vacinação, que é o de proteger a população de maior risco para evitar o colapso do sistema de saúde. A compra privada poderia significar, reforçam, o privilégio do individualismo, uma escolha “que não atinge seu maior benefício de saúde pública”. 

O documento de seis páginas lembra que a compra privada de vacinas está sendo ventilada no Brasil nas últimas semanas. Recentemente, veio a público a iniciativa de um grupo de empresários que objetivava adquirir doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, empreitada que acabou não se concretizando. A AstraZeneca disse que não venderia a vacina para grupos privados, mas o próprio presidente Jair Bolsonaro vê o caminho como válido

Forças Armadas participaram do esquema para a distribuição das vacinas no Brasil Foto: Felipe Rau/Estadão

O comitê do Sírio-Libanês então se debruçou sobre o assunto com o objetivo de oferecer uma resposta à pergunta: é ético realizar a compra e distribuição privada de vacinas durante situação de pandemia e escassez de vacinas? A resposta enfática foi de que a alternativa não é condizente com os valores bioéticos. Essa interpretação é sustentada diante dos valores do Sistema Único de Saúde (SUS), dos benefícios para a saúde pública e do cenário socioeconômico brasileiro.

“A compra e distribuição de doses de vacina pela iniciativa privada, gerando a vacinação de indivíduos fora dos grupos prioritários que mais se beneficiam, fere os princípios fundamentais da equidade, da integralidade, da universalidade e da justiça distributiva, ferindo não só os próprios fundamentos do SUS, mas também a própria lógica que gera o benefício de uma campanha de vacinação”, escreveu o comitê em seu relatório.

Leia a íntegra do documento do comitê do Hospital Sírio-Libanês

O Comitê de Bioética do Hospital Sírio-Libanês emitiu nesta sexta-feira, 29, um parecer sobre a ética da compra privada de vacinas contra a covid-19. Para os especialistas, isso representaria um comprometimento da lógica de uma campanha de vacinação, que é o de proteger a população de maior risco para evitar o colapso do sistema de saúde. A compra privada poderia significar, reforçam, o privilégio do individualismo, uma escolha “que não atinge seu maior benefício de saúde pública”. 

O documento de seis páginas lembra que a compra privada de vacinas está sendo ventilada no Brasil nas últimas semanas. Recentemente, veio a público a iniciativa de um grupo de empresários que objetivava adquirir doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, empreitada que acabou não se concretizando. A AstraZeneca disse que não venderia a vacina para grupos privados, mas o próprio presidente Jair Bolsonaro vê o caminho como válido

Forças Armadas participaram do esquema para a distribuição das vacinas no Brasil Foto: Felipe Rau/Estadão

O comitê do Sírio-Libanês então se debruçou sobre o assunto com o objetivo de oferecer uma resposta à pergunta: é ético realizar a compra e distribuição privada de vacinas durante situação de pandemia e escassez de vacinas? A resposta enfática foi de que a alternativa não é condizente com os valores bioéticos. Essa interpretação é sustentada diante dos valores do Sistema Único de Saúde (SUS), dos benefícios para a saúde pública e do cenário socioeconômico brasileiro.

“A compra e distribuição de doses de vacina pela iniciativa privada, gerando a vacinação de indivíduos fora dos grupos prioritários que mais se beneficiam, fere os princípios fundamentais da equidade, da integralidade, da universalidade e da justiça distributiva, ferindo não só os próprios fundamentos do SUS, mas também a própria lógica que gera o benefício de uma campanha de vacinação”, escreveu o comitê em seu relatório.

Leia a íntegra do documento do comitê do Hospital Sírio-Libanês

O Comitê de Bioética do Hospital Sírio-Libanês emitiu nesta sexta-feira, 29, um parecer sobre a ética da compra privada de vacinas contra a covid-19. Para os especialistas, isso representaria um comprometimento da lógica de uma campanha de vacinação, que é o de proteger a população de maior risco para evitar o colapso do sistema de saúde. A compra privada poderia significar, reforçam, o privilégio do individualismo, uma escolha “que não atinge seu maior benefício de saúde pública”. 

O documento de seis páginas lembra que a compra privada de vacinas está sendo ventilada no Brasil nas últimas semanas. Recentemente, veio a público a iniciativa de um grupo de empresários que objetivava adquirir doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, empreitada que acabou não se concretizando. A AstraZeneca disse que não venderia a vacina para grupos privados, mas o próprio presidente Jair Bolsonaro vê o caminho como válido

Forças Armadas participaram do esquema para a distribuição das vacinas no Brasil Foto: Felipe Rau/Estadão

O comitê do Sírio-Libanês então se debruçou sobre o assunto com o objetivo de oferecer uma resposta à pergunta: é ético realizar a compra e distribuição privada de vacinas durante situação de pandemia e escassez de vacinas? A resposta enfática foi de que a alternativa não é condizente com os valores bioéticos. Essa interpretação é sustentada diante dos valores do Sistema Único de Saúde (SUS), dos benefícios para a saúde pública e do cenário socioeconômico brasileiro.

“A compra e distribuição de doses de vacina pela iniciativa privada, gerando a vacinação de indivíduos fora dos grupos prioritários que mais se beneficiam, fere os princípios fundamentais da equidade, da integralidade, da universalidade e da justiça distributiva, ferindo não só os próprios fundamentos do SUS, mas também a própria lógica que gera o benefício de uma campanha de vacinação”, escreveu o comitê em seu relatório.

Leia a íntegra do documento do comitê do Hospital Sírio-Libanês

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