Infecções bacterianas podem causar problemas para o feto, advertem os especialistas, e portanto a recomendação não é evitar totalmente os antibióticos, mas discutir as opções com o médico.
O novo estudo é a primeira análise em larga escala do uso de antibióticos na gravidez. Ele descobriu que era mais provável que as mães de crianças com problemas congênitos tivessem tomado antibióticos de um de dois tipos - sulfa e nitrofurantoínas - que as mães de crianças saudáveis.
Esta é a primeira vez que se detecta uma associação entre tratamentos de problemas do trato urinário e defeitos de nascimento, disse a principal autora do estudo, a geneticista Krista Crider, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças do governo americano. "Mais estudos serão necessários para confirmar esta descoberta", adverte ela.
Usados há décadas, esses antibióticos são anteriores à criação ad FDA, o órgão do governo americano encarregado de exigir rigorosos testes de segurança e eficiência antes da chegada de novos medicamentos ao mercado.
Drogas à base de sulfa são os antibióticos mais antigos conhecidos, e alguns testes em animais já haviam revelado problemas para a gravidez. Já as nitrofurantoínas eram tidas pelos médicos como seguras para o tratamento de infecções urinárias em gestantes.
O estudo, que será publicado na revista especializada Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine, poderá levar os médicos a mudar o tipo de antibiótico receitado para gestantes. Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira, 2.