Gelo no equador poderá ajudar exploração de Marte


Sinais de radar sugerem depósito abundante de gelo na região equatorial do planeta vermelho

Por Carlos Orsi

Depósitos de gelo comparáveis, em volume, aos existentes nos pólos de Marte podem existir a poucos metros de profundidade na região equatorial do planeta, sugerem leituras de radar feitas pela sonda européia Mars Express e descritas na edição online da revista Science, a Science Express.  "As terras baixas de Marte são mais acessíveis ao pouso de naves, porque têm elevação menor", diz Thomas Watters, principal autor do artigo que discute a descoberta. "Uma fonte de água nas terras baixas equatoriais seria muito valiosa para uma futura exploração por seres humanos", afirma. A Nasa tem planos de enviar astronautas à Lua até 2020, e estabelecer um posto lunar que sirva de base para a preparação de missões futuras rumo a Marte, provavelmente não antes de 2030. Um planeta de superfície extremamente seca - relatos de sinais de fluxo de água na superfície, feitos em 2006, acabaram não tendo confirmação - Marte acumula gelo nos pólos. Mas, segundo o artigo de Watters, a quantia de gelo no equador poderia ser equivalente à da calota polar sul. "O gelo na MFF (Formação Medusae Fossae, área da região equatorial onde o sinal de água foi detectado) pode ter vindo dos pólos", diz Watters."Durante períodos em que o eixo de rotação de Marte se inclina muito, os pólos são mais quentes e as regiões equatoriais, mais frias". Cientistas acreditam que o eixo de Marte é mais instável que o da Terra, podendo variar em inclinação de 0º a 60º ao longo da história geológica do planeta. A inclinação atual é de 25º, muito semelhante à da Terra. Em períodos de inclinação maior, o gelo poderia evaporar dos pólos e condensar-se no equador. No processo de condensação, o gelo teria se misturado ao pó e areia na atmosfera, juntando-se às camadas de sedimento no solo. Medusae Fossae é um terreno sedimentar, composto por depósitos de cinza vulcânica. O gelo mais próximo da superfície teria sido sublimado - convertido diretamente em vapor, sem derreter - deixando uma camada de alguns metros de poeira seca que funcionaria como "rolha" para impedir a fuga do gelo mais abaixo. O artigo na Science Express levanta a possibilidade de os sinais captados pelo radar da sonda européia terem outra explicação que não água. A equipe de Watters usou as características do eco das ondas de rádio refletidas pelo solo marciano para deduzir a composição provável de Medusae Fossae, e chegou a duas hipóteses: depósitos de gelo misturados ao pó de rocha ou um material de porosidade anormalmente alta, a até 2,5 km de profundidade. Se o material for gelo, a proporção de poeira misturada aos cristais de água é de 15% ou mais. Além de fazer de Medusae Fossae um bom candidato a acampamento-base para os astronautas do futuro, a presença de água no equador, se confirmada, também poderá representar boas notícias para a busca de vida no planeta vermelho. "Se os depósitos forem mesmo ricos em água, não é impossível que abriguem alguma forma de vida", diz Watters.

Depósitos de gelo comparáveis, em volume, aos existentes nos pólos de Marte podem existir a poucos metros de profundidade na região equatorial do planeta, sugerem leituras de radar feitas pela sonda européia Mars Express e descritas na edição online da revista Science, a Science Express.  "As terras baixas de Marte são mais acessíveis ao pouso de naves, porque têm elevação menor", diz Thomas Watters, principal autor do artigo que discute a descoberta. "Uma fonte de água nas terras baixas equatoriais seria muito valiosa para uma futura exploração por seres humanos", afirma. A Nasa tem planos de enviar astronautas à Lua até 2020, e estabelecer um posto lunar que sirva de base para a preparação de missões futuras rumo a Marte, provavelmente não antes de 2030. Um planeta de superfície extremamente seca - relatos de sinais de fluxo de água na superfície, feitos em 2006, acabaram não tendo confirmação - Marte acumula gelo nos pólos. Mas, segundo o artigo de Watters, a quantia de gelo no equador poderia ser equivalente à da calota polar sul. "O gelo na MFF (Formação Medusae Fossae, área da região equatorial onde o sinal de água foi detectado) pode ter vindo dos pólos", diz Watters."Durante períodos em que o eixo de rotação de Marte se inclina muito, os pólos são mais quentes e as regiões equatoriais, mais frias". Cientistas acreditam que o eixo de Marte é mais instável que o da Terra, podendo variar em inclinação de 0º a 60º ao longo da história geológica do planeta. A inclinação atual é de 25º, muito semelhante à da Terra. Em períodos de inclinação maior, o gelo poderia evaporar dos pólos e condensar-se no equador. No processo de condensação, o gelo teria se misturado ao pó e areia na atmosfera, juntando-se às camadas de sedimento no solo. Medusae Fossae é um terreno sedimentar, composto por depósitos de cinza vulcânica. O gelo mais próximo da superfície teria sido sublimado - convertido diretamente em vapor, sem derreter - deixando uma camada de alguns metros de poeira seca que funcionaria como "rolha" para impedir a fuga do gelo mais abaixo. O artigo na Science Express levanta a possibilidade de os sinais captados pelo radar da sonda européia terem outra explicação que não água. A equipe de Watters usou as características do eco das ondas de rádio refletidas pelo solo marciano para deduzir a composição provável de Medusae Fossae, e chegou a duas hipóteses: depósitos de gelo misturados ao pó de rocha ou um material de porosidade anormalmente alta, a até 2,5 km de profundidade. Se o material for gelo, a proporção de poeira misturada aos cristais de água é de 15% ou mais. Além de fazer de Medusae Fossae um bom candidato a acampamento-base para os astronautas do futuro, a presença de água no equador, se confirmada, também poderá representar boas notícias para a busca de vida no planeta vermelho. "Se os depósitos forem mesmo ricos em água, não é impossível que abriguem alguma forma de vida", diz Watters.

Depósitos de gelo comparáveis, em volume, aos existentes nos pólos de Marte podem existir a poucos metros de profundidade na região equatorial do planeta, sugerem leituras de radar feitas pela sonda européia Mars Express e descritas na edição online da revista Science, a Science Express.  "As terras baixas de Marte são mais acessíveis ao pouso de naves, porque têm elevação menor", diz Thomas Watters, principal autor do artigo que discute a descoberta. "Uma fonte de água nas terras baixas equatoriais seria muito valiosa para uma futura exploração por seres humanos", afirma. A Nasa tem planos de enviar astronautas à Lua até 2020, e estabelecer um posto lunar que sirva de base para a preparação de missões futuras rumo a Marte, provavelmente não antes de 2030. Um planeta de superfície extremamente seca - relatos de sinais de fluxo de água na superfície, feitos em 2006, acabaram não tendo confirmação - Marte acumula gelo nos pólos. Mas, segundo o artigo de Watters, a quantia de gelo no equador poderia ser equivalente à da calota polar sul. "O gelo na MFF (Formação Medusae Fossae, área da região equatorial onde o sinal de água foi detectado) pode ter vindo dos pólos", diz Watters."Durante períodos em que o eixo de rotação de Marte se inclina muito, os pólos são mais quentes e as regiões equatoriais, mais frias". Cientistas acreditam que o eixo de Marte é mais instável que o da Terra, podendo variar em inclinação de 0º a 60º ao longo da história geológica do planeta. A inclinação atual é de 25º, muito semelhante à da Terra. Em períodos de inclinação maior, o gelo poderia evaporar dos pólos e condensar-se no equador. No processo de condensação, o gelo teria se misturado ao pó e areia na atmosfera, juntando-se às camadas de sedimento no solo. Medusae Fossae é um terreno sedimentar, composto por depósitos de cinza vulcânica. O gelo mais próximo da superfície teria sido sublimado - convertido diretamente em vapor, sem derreter - deixando uma camada de alguns metros de poeira seca que funcionaria como "rolha" para impedir a fuga do gelo mais abaixo. O artigo na Science Express levanta a possibilidade de os sinais captados pelo radar da sonda européia terem outra explicação que não água. A equipe de Watters usou as características do eco das ondas de rádio refletidas pelo solo marciano para deduzir a composição provável de Medusae Fossae, e chegou a duas hipóteses: depósitos de gelo misturados ao pó de rocha ou um material de porosidade anormalmente alta, a até 2,5 km de profundidade. Se o material for gelo, a proporção de poeira misturada aos cristais de água é de 15% ou mais. Além de fazer de Medusae Fossae um bom candidato a acampamento-base para os astronautas do futuro, a presença de água no equador, se confirmada, também poderá representar boas notícias para a busca de vida no planeta vermelho. "Se os depósitos forem mesmo ricos em água, não é impossível que abriguem alguma forma de vida", diz Watters.

Depósitos de gelo comparáveis, em volume, aos existentes nos pólos de Marte podem existir a poucos metros de profundidade na região equatorial do planeta, sugerem leituras de radar feitas pela sonda européia Mars Express e descritas na edição online da revista Science, a Science Express.  "As terras baixas de Marte são mais acessíveis ao pouso de naves, porque têm elevação menor", diz Thomas Watters, principal autor do artigo que discute a descoberta. "Uma fonte de água nas terras baixas equatoriais seria muito valiosa para uma futura exploração por seres humanos", afirma. A Nasa tem planos de enviar astronautas à Lua até 2020, e estabelecer um posto lunar que sirva de base para a preparação de missões futuras rumo a Marte, provavelmente não antes de 2030. Um planeta de superfície extremamente seca - relatos de sinais de fluxo de água na superfície, feitos em 2006, acabaram não tendo confirmação - Marte acumula gelo nos pólos. Mas, segundo o artigo de Watters, a quantia de gelo no equador poderia ser equivalente à da calota polar sul. "O gelo na MFF (Formação Medusae Fossae, área da região equatorial onde o sinal de água foi detectado) pode ter vindo dos pólos", diz Watters."Durante períodos em que o eixo de rotação de Marte se inclina muito, os pólos são mais quentes e as regiões equatoriais, mais frias". Cientistas acreditam que o eixo de Marte é mais instável que o da Terra, podendo variar em inclinação de 0º a 60º ao longo da história geológica do planeta. A inclinação atual é de 25º, muito semelhante à da Terra. Em períodos de inclinação maior, o gelo poderia evaporar dos pólos e condensar-se no equador. No processo de condensação, o gelo teria se misturado ao pó e areia na atmosfera, juntando-se às camadas de sedimento no solo. Medusae Fossae é um terreno sedimentar, composto por depósitos de cinza vulcânica. O gelo mais próximo da superfície teria sido sublimado - convertido diretamente em vapor, sem derreter - deixando uma camada de alguns metros de poeira seca que funcionaria como "rolha" para impedir a fuga do gelo mais abaixo. O artigo na Science Express levanta a possibilidade de os sinais captados pelo radar da sonda européia terem outra explicação que não água. A equipe de Watters usou as características do eco das ondas de rádio refletidas pelo solo marciano para deduzir a composição provável de Medusae Fossae, e chegou a duas hipóteses: depósitos de gelo misturados ao pó de rocha ou um material de porosidade anormalmente alta, a até 2,5 km de profundidade. Se o material for gelo, a proporção de poeira misturada aos cristais de água é de 15% ou mais. Além de fazer de Medusae Fossae um bom candidato a acampamento-base para os astronautas do futuro, a presença de água no equador, se confirmada, também poderá representar boas notícias para a busca de vida no planeta vermelho. "Se os depósitos forem mesmo ricos em água, não é impossível que abriguem alguma forma de vida", diz Watters.

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