As mães adolescentes e no começo da vida adulta têm mais possibilidades de sofrer de depressão durante a gravidez do que as gestantes mais velhas, segundo um estudo apresentado nesta quinta-feira, 13, no congresso da Sociedade Britânica de Psicologia. Veja também: Brasil tem maior taxa de mães jovens da América do Sul O trabalho, fruto de 11 anos de acompanhamento de 176 famílias do sul de Londres, constatou também que os filhos nascidos de mães com entre 16 e 22 anos têm mais problemas emocionais e um coeficiente intelectual abaixo da média. Cerith Waters, pesquisador da Universidade de Cardiff, apresentou o estudo no congresso realizado em um hospital infantil de Liverpool e, à luz dos resultados, ressaltou a necessidade de atender desde as instituições às mães jovens. "Precisam de muito mais apoio, não só após dar à luz, mas também antes", afirmou Waters à BBC. Para fazer a investigação, as famílias-alvo do estudo foram divididas em três grupos: 31 mulheres que foram mães entre os 16 e os 19 anos, 56 que foram entre os 20 e os 22, e 89 que foram entre os 23 e os 38. Elas foram periodicamente submetidas a testes psiquiátricos e de capacidade intelectual e comprovou-se que 41,9% das adolescentes sofreram depressão pré-parto, contra 35,7% das mães na casa dos 20 e a 18% das mães de entre 23 e 38 anos. O estudo também revelou que 19,4% dos filhos de mães adolescentes sofriam problemas emocionais ao completar 11 anos, percentual que se situou em 23,2% no caso dos filhos das mães nos 20 e no 9% no caso das mães maiores.
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