Negligência sobre os coronavírus anteriores também atrasa pesquisa


Investigação da Sars ajudou em trabalhos atuais, mas muito parou quando aquela doença foi contida mundialmente

Por Giovana Girardi

Pesquisadores brasileiros que procuram atualmente um imunizante para o novo coronavírus comentam que, se pesquisas anteriores com outros coronavírus (como Sars e Mers) tivessem avançado, talvez hoje a busca por uma vacina ou um tratamento para a covid-19 estivesse mais avançada.

A vacina de Oxford é um exo que eles demonstraram em 2002 e 2012. Se tivéssemos entendido esses vírus melhor, talvez estivéssemos mais adiantados emplo disso que deu certo, mas muitas outras acabaram sendo paralisadas. “Foram vírus negligenciados, apesar do potencial pandêmicagora”, afirma o virologista Thiago Moreno, da Fiocruz, que investiga o reposicionamento de drogas que têm outros usos para a covid-19.

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Teste em Bangcoc. Empresas e governos já discutem formas de produzir bilhões de doses Foto: Rungroj Yongrit/EFE

Como essas doenças acabaram contidas antes de se espalharem pelo planeta, as pesquisas foram interrompidas, o que se mostrou um erro. Já há algum tempo a ciência esperava o surgimento de um vírus que tomaria uma proporção pandêmica. E aconteceu. “Mas deixou-se de investir na ciência básica que poderia ter nos deixado mais bem preparados”, diz.

Mesmo com o avanço da covi-19, a ciência mais exploratória vem sendo prejudicada. Chamou a atenção no fim de abril o fim de um financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) para investigar novos coronavírus em morcegos – provável origem do Sars-Cov-2. O trabalho, que era conduzido em Wuhan (China), foi terminado por suspeitas infundadas de que o vírus teria escapado do laboratório.

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“Hoje sabemos que é o spike (aquelas pontinhas na coroa) que tem de ser neutralizado no Sars-CoV-2 por causa dos estudos com Sars, mas poderíamos saber mais”, afirma Ricardo Gazzinelli, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vacinas e pesquisador da Fiocruz e da UFMG. Ele coordena um dos dois projetos de vacina contra o coronavírus no Brasil. 

 

Como se faz uma vacina

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Pesquisadores brasileiros que procuram atualmente um imunizante para o novo coronavírus comentam que, se pesquisas anteriores com outros coronavírus (como Sars e Mers) tivessem avançado, talvez hoje a busca por uma vacina ou um tratamento para a covid-19 estivesse mais avançada.

A vacina de Oxford é um exo que eles demonstraram em 2002 e 2012. Se tivéssemos entendido esses vírus melhor, talvez estivéssemos mais adiantados emplo disso que deu certo, mas muitas outras acabaram sendo paralisadas. “Foram vírus negligenciados, apesar do potencial pandêmicagora”, afirma o virologista Thiago Moreno, da Fiocruz, que investiga o reposicionamento de drogas que têm outros usos para a covid-19.

Teste em Bangcoc. Empresas e governos já discutem formas de produzir bilhões de doses Foto: Rungroj Yongrit/EFE

Como essas doenças acabaram contidas antes de se espalharem pelo planeta, as pesquisas foram interrompidas, o que se mostrou um erro. Já há algum tempo a ciência esperava o surgimento de um vírus que tomaria uma proporção pandêmica. E aconteceu. “Mas deixou-se de investir na ciência básica que poderia ter nos deixado mais bem preparados”, diz.

Mesmo com o avanço da covi-19, a ciência mais exploratória vem sendo prejudicada. Chamou a atenção no fim de abril o fim de um financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) para investigar novos coronavírus em morcegos – provável origem do Sars-Cov-2. O trabalho, que era conduzido em Wuhan (China), foi terminado por suspeitas infundadas de que o vírus teria escapado do laboratório.

“Hoje sabemos que é o spike (aquelas pontinhas na coroa) que tem de ser neutralizado no Sars-CoV-2 por causa dos estudos com Sars, mas poderíamos saber mais”, afirma Ricardo Gazzinelli, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vacinas e pesquisador da Fiocruz e da UFMG. Ele coordena um dos dois projetos de vacina contra o coronavírus no Brasil. 

 

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A vacina de Oxford é um exo que eles demonstraram em 2002 e 2012. Se tivéssemos entendido esses vírus melhor, talvez estivéssemos mais adiantados emplo disso que deu certo, mas muitas outras acabaram sendo paralisadas. “Foram vírus negligenciados, apesar do potencial pandêmicagora”, afirma o virologista Thiago Moreno, da Fiocruz, que investiga o reposicionamento de drogas que têm outros usos para a covid-19.

Teste em Bangcoc. Empresas e governos já discutem formas de produzir bilhões de doses Foto: Rungroj Yongrit/EFE

Como essas doenças acabaram contidas antes de se espalharem pelo planeta, as pesquisas foram interrompidas, o que se mostrou um erro. Já há algum tempo a ciência esperava o surgimento de um vírus que tomaria uma proporção pandêmica. E aconteceu. “Mas deixou-se de investir na ciência básica que poderia ter nos deixado mais bem preparados”, diz.

Mesmo com o avanço da covi-19, a ciência mais exploratória vem sendo prejudicada. Chamou a atenção no fim de abril o fim de um financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) para investigar novos coronavírus em morcegos – provável origem do Sars-Cov-2. O trabalho, que era conduzido em Wuhan (China), foi terminado por suspeitas infundadas de que o vírus teria escapado do laboratório.

“Hoje sabemos que é o spike (aquelas pontinhas na coroa) que tem de ser neutralizado no Sars-CoV-2 por causa dos estudos com Sars, mas poderíamos saber mais”, afirma Ricardo Gazzinelli, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vacinas e pesquisador da Fiocruz e da UFMG. Ele coordena um dos dois projetos de vacina contra o coronavírus no Brasil. 

 

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A vacina de Oxford é um exo que eles demonstraram em 2002 e 2012. Se tivéssemos entendido esses vírus melhor, talvez estivéssemos mais adiantados emplo disso que deu certo, mas muitas outras acabaram sendo paralisadas. “Foram vírus negligenciados, apesar do potencial pandêmicagora”, afirma o virologista Thiago Moreno, da Fiocruz, que investiga o reposicionamento de drogas que têm outros usos para a covid-19.

Teste em Bangcoc. Empresas e governos já discutem formas de produzir bilhões de doses Foto: Rungroj Yongrit/EFE

Como essas doenças acabaram contidas antes de se espalharem pelo planeta, as pesquisas foram interrompidas, o que se mostrou um erro. Já há algum tempo a ciência esperava o surgimento de um vírus que tomaria uma proporção pandêmica. E aconteceu. “Mas deixou-se de investir na ciência básica que poderia ter nos deixado mais bem preparados”, diz.

Mesmo com o avanço da covi-19, a ciência mais exploratória vem sendo prejudicada. Chamou a atenção no fim de abril o fim de um financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) para investigar novos coronavírus em morcegos – provável origem do Sars-Cov-2. O trabalho, que era conduzido em Wuhan (China), foi terminado por suspeitas infundadas de que o vírus teria escapado do laboratório.

“Hoje sabemos que é o spike (aquelas pontinhas na coroa) que tem de ser neutralizado no Sars-CoV-2 por causa dos estudos com Sars, mas poderíamos saber mais”, afirma Ricardo Gazzinelli, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vacinas e pesquisador da Fiocruz e da UFMG. Ele coordena um dos dois projetos de vacina contra o coronavírus no Brasil. 

 

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