Em SP, nenhuma vítima de H1N1 fez tratamento nas 48 horas iniciais


Do total de oito mortes registradas na cidade até o dia 22 de março, último dado da secretaria municipal disponível, seis eram homens

Por Fabiana Cambricoli

SÃO PAULO - A maioria dos mortos pela gripe H1N1 na cidade de São Paulo era do sexo masculino e nenhuma das vítimas iniciou o tratamento com Tamiflu dentro do período recomendado de 48 horas após os primeiros sintomas, apontam dados da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo obtidos pelo Estado.

Do total de oito mortes registradas na cidade até o dia 22 de março, último dado disponível, seis eram homens. Sete das vítimas tinham mais de 45 anos, dos quais três eram idosos. A única vítima com idade inferior a 45 anos era uma gestante.

11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1

1 | 12

3 - Como é feito o tratamento?

Foto: REUTERS
2 | 12

5- Se o paciente não iniciar o tratamento rapidamente, ele corre mais riscos?

Foto: REUTERS
3 | 12

6 - Qual principal tese para o surto precoce de H1N1 em 2016?

Foto: REUTERS
4 | 12

9 - A vacina é mesmo eficiente?

Foto: REUTERS/GlaxoSmithKline
5 | 12

11 - Como se prevenir?

Foto: REUTERS
6 | 12

11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1

Foto: REUTERS
7 | 12

1 - Qual é a diferença entre os sintomas da gripe H1N1 em relação à gripe comum?

Foto: PAUL BRADBURY VIA GETTY IMAGES
8 | 12

2 - Quando devo procurar o médico?

Foto: REUTERS
9 | 12

4 - Onde encontrar os remédios?

Foto: REUTERS
10 | 12

7 - Quem deve tomar a vacina?

Foto: REUTERS/Brian Snyder
11 | 12

8 - Quais são os grupos de risco?

Foto: REUTERS/Eric Gaillard
12 | 12

10 - Como acontece a transmissão?

Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
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Sete dos oito mortos apresentavam alguma doença crônica, como diabete ou obesidade, condições que aumentam o risco de complicação em caso de infecção de gripe. Esse grupo, assim como idosos, crianças e gestantes, podem vacinar-se gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde todos os anos.

Apesar disso, de acordo com a secretaria, pelo menos três dos sete mortos, embora tivessem a indicação de imunização, não eram vacinados. Os demais casos estão em investigação.

Todos os mortos fizeram uso do medicamento oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu, que reduz o risco de agravamento do quadro, mas o início do tratamento variou de 4 a 11 dias após os primeiros sintomas, quando o recomendado é que ele seja oferecido ao doente em até dois dias depois do começo da manifestação da doença.

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A vacina contém três tipos de influenza, A (H1N1), A (H3N2) e B. Anualmente, a vacina é renovada, considerando as recomendações da Organização Mundial da Saúde, a partir de informações sobre modificações do vírus. Em estudo realizado pela médica Ana Ribeiro foi comprovada a redução de 74% nas internações na unidade de terapia intensiva associadas à gripe em crianças, durante o período de maior transmissão. Em adultos, a redução foi de 71%. Foto: REUTERS/GlaxoSmithKline

Para Francisco Mazon, pneumologista da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e do Hospital das Clínicas, o tratamento tardio pode ser uma consequência da demora dos pacientes em buscar auxílio médico. “Quando começam os sintomas, algumas pessoas acham que vão melhorar logo e acabam procurando ajuda somente quando desenvolvem um quadro mais grave”, diz o especialista. Ele afirma que isso pode acontecer de forma mais frequente entre os homens, que costumam ser mais resistentes em procurar ajuda médica. “Não dá para dizer que essa é a causa de mais homens terem morrido na cidade de São Paulo, porque o número absoluto de casos é pequeno para ser feita uma comparação, mas existe uma tendência”, afirma ele.

Regiões. Os dados da Secretaria da Saúde mostram ainda que o distrito com o maior número de óbitos foi o Jardim Paulista, na zona oeste, com duas vítimas. Em seguida, com uma vítima cada, aparecem os bairros de Sacomã, Ipiranga e Capão Redondo, na zona sul, Limão, na zona norte, e Ponte Rasa e São Miguel, na zona leste. 

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Os sintomas da influenza são parecidos com o resfriado e a gripe comum, mas o mal-estar causado pelo vírus H1N1 é mais forte e dura mais tempo. Veja quais são as principais diferenças

SÃO PAULO - A maioria dos mortos pela gripe H1N1 na cidade de São Paulo era do sexo masculino e nenhuma das vítimas iniciou o tratamento com Tamiflu dentro do período recomendado de 48 horas após os primeiros sintomas, apontam dados da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo obtidos pelo Estado.

Do total de oito mortes registradas na cidade até o dia 22 de março, último dado disponível, seis eram homens. Sete das vítimas tinham mais de 45 anos, dos quais três eram idosos. A única vítima com idade inferior a 45 anos era uma gestante.

11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1

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3 - Como é feito o tratamento?

Foto: REUTERS
2 | 12

5- Se o paciente não iniciar o tratamento rapidamente, ele corre mais riscos?

Foto: REUTERS
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6 - Qual principal tese para o surto precoce de H1N1 em 2016?

Foto: REUTERS
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9 - A vacina é mesmo eficiente?

Foto: REUTERS/GlaxoSmithKline
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11 - Como se prevenir?

Foto: REUTERS
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1 - Qual é a diferença entre os sintomas da gripe H1N1 em relação à gripe comum?

Foto: PAUL BRADBURY VIA GETTY IMAGES
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2 - Quando devo procurar o médico?

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4 - Onde encontrar os remédios?

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7 - Quem deve tomar a vacina?

Foto: REUTERS/Brian Snyder
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8 - Quais são os grupos de risco?

Foto: REUTERS/Eric Gaillard
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10 - Como acontece a transmissão?

Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

Sete dos oito mortos apresentavam alguma doença crônica, como diabete ou obesidade, condições que aumentam o risco de complicação em caso de infecção de gripe. Esse grupo, assim como idosos, crianças e gestantes, podem vacinar-se gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde todos os anos.

Apesar disso, de acordo com a secretaria, pelo menos três dos sete mortos, embora tivessem a indicação de imunização, não eram vacinados. Os demais casos estão em investigação.

Todos os mortos fizeram uso do medicamento oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu, que reduz o risco de agravamento do quadro, mas o início do tratamento variou de 4 a 11 dias após os primeiros sintomas, quando o recomendado é que ele seja oferecido ao doente em até dois dias depois do começo da manifestação da doença.

A vacina contém três tipos de influenza, A (H1N1), A (H3N2) e B. Anualmente, a vacina é renovada, considerando as recomendações da Organização Mundial da Saúde, a partir de informações sobre modificações do vírus. Em estudo realizado pela médica Ana Ribeiro foi comprovada a redução de 74% nas internações na unidade de terapia intensiva associadas à gripe em crianças, durante o período de maior transmissão. Em adultos, a redução foi de 71%. Foto: REUTERS/GlaxoSmithKline

Para Francisco Mazon, pneumologista da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e do Hospital das Clínicas, o tratamento tardio pode ser uma consequência da demora dos pacientes em buscar auxílio médico. “Quando começam os sintomas, algumas pessoas acham que vão melhorar logo e acabam procurando ajuda somente quando desenvolvem um quadro mais grave”, diz o especialista. Ele afirma que isso pode acontecer de forma mais frequente entre os homens, que costumam ser mais resistentes em procurar ajuda médica. “Não dá para dizer que essa é a causa de mais homens terem morrido na cidade de São Paulo, porque o número absoluto de casos é pequeno para ser feita uma comparação, mas existe uma tendência”, afirma ele.

Regiões. Os dados da Secretaria da Saúde mostram ainda que o distrito com o maior número de óbitos foi o Jardim Paulista, na zona oeste, com duas vítimas. Em seguida, com uma vítima cada, aparecem os bairros de Sacomã, Ipiranga e Capão Redondo, na zona sul, Limão, na zona norte, e Ponte Rasa e São Miguel, na zona leste. 

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Os sintomas da influenza são parecidos com o resfriado e a gripe comum, mas o mal-estar causado pelo vírus H1N1 é mais forte e dura mais tempo. Veja quais são as principais diferenças

SÃO PAULO - A maioria dos mortos pela gripe H1N1 na cidade de São Paulo era do sexo masculino e nenhuma das vítimas iniciou o tratamento com Tamiflu dentro do período recomendado de 48 horas após os primeiros sintomas, apontam dados da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo obtidos pelo Estado.

Do total de oito mortes registradas na cidade até o dia 22 de março, último dado disponível, seis eram homens. Sete das vítimas tinham mais de 45 anos, dos quais três eram idosos. A única vítima com idade inferior a 45 anos era uma gestante.

11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1

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Foto: REUTERS
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5- Se o paciente não iniciar o tratamento rapidamente, ele corre mais riscos?

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6 - Qual principal tese para o surto precoce de H1N1 em 2016?

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9 - A vacina é mesmo eficiente?

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11 - Como se prevenir?

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11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1

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1 - Qual é a diferença entre os sintomas da gripe H1N1 em relação à gripe comum?

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2 - Quando devo procurar o médico?

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4 - Onde encontrar os remédios?

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7 - Quem deve tomar a vacina?

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8 - Quais são os grupos de risco?

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10 - Como acontece a transmissão?

Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

Sete dos oito mortos apresentavam alguma doença crônica, como diabete ou obesidade, condições que aumentam o risco de complicação em caso de infecção de gripe. Esse grupo, assim como idosos, crianças e gestantes, podem vacinar-se gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde todos os anos.

Apesar disso, de acordo com a secretaria, pelo menos três dos sete mortos, embora tivessem a indicação de imunização, não eram vacinados. Os demais casos estão em investigação.

Todos os mortos fizeram uso do medicamento oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu, que reduz o risco de agravamento do quadro, mas o início do tratamento variou de 4 a 11 dias após os primeiros sintomas, quando o recomendado é que ele seja oferecido ao doente em até dois dias depois do começo da manifestação da doença.

A vacina contém três tipos de influenza, A (H1N1), A (H3N2) e B. Anualmente, a vacina é renovada, considerando as recomendações da Organização Mundial da Saúde, a partir de informações sobre modificações do vírus. Em estudo realizado pela médica Ana Ribeiro foi comprovada a redução de 74% nas internações na unidade de terapia intensiva associadas à gripe em crianças, durante o período de maior transmissão. Em adultos, a redução foi de 71%. Foto: REUTERS/GlaxoSmithKline

Para Francisco Mazon, pneumologista da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e do Hospital das Clínicas, o tratamento tardio pode ser uma consequência da demora dos pacientes em buscar auxílio médico. “Quando começam os sintomas, algumas pessoas acham que vão melhorar logo e acabam procurando ajuda somente quando desenvolvem um quadro mais grave”, diz o especialista. Ele afirma que isso pode acontecer de forma mais frequente entre os homens, que costumam ser mais resistentes em procurar ajuda médica. “Não dá para dizer que essa é a causa de mais homens terem morrido na cidade de São Paulo, porque o número absoluto de casos é pequeno para ser feita uma comparação, mas existe uma tendência”, afirma ele.

Regiões. Os dados da Secretaria da Saúde mostram ainda que o distrito com o maior número de óbitos foi o Jardim Paulista, na zona oeste, com duas vítimas. Em seguida, com uma vítima cada, aparecem os bairros de Sacomã, Ipiranga e Capão Redondo, na zona sul, Limão, na zona norte, e Ponte Rasa e São Miguel, na zona leste. 

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Os sintomas da influenza são parecidos com o resfriado e a gripe comum, mas o mal-estar causado pelo vírus H1N1 é mais forte e dura mais tempo. Veja quais são as principais diferenças

SÃO PAULO - A maioria dos mortos pela gripe H1N1 na cidade de São Paulo era do sexo masculino e nenhuma das vítimas iniciou o tratamento com Tamiflu dentro do período recomendado de 48 horas após os primeiros sintomas, apontam dados da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo obtidos pelo Estado.

Do total de oito mortes registradas na cidade até o dia 22 de março, último dado disponível, seis eram homens. Sete das vítimas tinham mais de 45 anos, dos quais três eram idosos. A única vítima com idade inferior a 45 anos era uma gestante.

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1 - Qual é a diferença entre os sintomas da gripe H1N1 em relação à gripe comum?

Foto: PAUL BRADBURY VIA GETTY IMAGES
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Foto: REUTERS
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4 - Onde encontrar os remédios?

Foto: REUTERS
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7 - Quem deve tomar a vacina?

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8 - Quais são os grupos de risco?

Foto: REUTERS/Eric Gaillard
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10 - Como acontece a transmissão?

Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

Sete dos oito mortos apresentavam alguma doença crônica, como diabete ou obesidade, condições que aumentam o risco de complicação em caso de infecção de gripe. Esse grupo, assim como idosos, crianças e gestantes, podem vacinar-se gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde todos os anos.

Apesar disso, de acordo com a secretaria, pelo menos três dos sete mortos, embora tivessem a indicação de imunização, não eram vacinados. Os demais casos estão em investigação.

Todos os mortos fizeram uso do medicamento oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu, que reduz o risco de agravamento do quadro, mas o início do tratamento variou de 4 a 11 dias após os primeiros sintomas, quando o recomendado é que ele seja oferecido ao doente em até dois dias depois do começo da manifestação da doença.

A vacina contém três tipos de influenza, A (H1N1), A (H3N2) e B. Anualmente, a vacina é renovada, considerando as recomendações da Organização Mundial da Saúde, a partir de informações sobre modificações do vírus. Em estudo realizado pela médica Ana Ribeiro foi comprovada a redução de 74% nas internações na unidade de terapia intensiva associadas à gripe em crianças, durante o período de maior transmissão. Em adultos, a redução foi de 71%. Foto: REUTERS/GlaxoSmithKline

Para Francisco Mazon, pneumologista da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e do Hospital das Clínicas, o tratamento tardio pode ser uma consequência da demora dos pacientes em buscar auxílio médico. “Quando começam os sintomas, algumas pessoas acham que vão melhorar logo e acabam procurando ajuda somente quando desenvolvem um quadro mais grave”, diz o especialista. Ele afirma que isso pode acontecer de forma mais frequente entre os homens, que costumam ser mais resistentes em procurar ajuda médica. “Não dá para dizer que essa é a causa de mais homens terem morrido na cidade de São Paulo, porque o número absoluto de casos é pequeno para ser feita uma comparação, mas existe uma tendência”, afirma ele.

Regiões. Os dados da Secretaria da Saúde mostram ainda que o distrito com o maior número de óbitos foi o Jardim Paulista, na zona oeste, com duas vítimas. Em seguida, com uma vítima cada, aparecem os bairros de Sacomã, Ipiranga e Capão Redondo, na zona sul, Limão, na zona norte, e Ponte Rasa e São Miguel, na zona leste. 

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