O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta sexta-feira, 21, que espera que a epidemia mundial de covid-19 dure menos de 2 anos, tempo que levou para a pandemia de 1918 de gripe espanhola - a maior do século 20 - terminar.
Ele comparou as principais diferenças entre os dois momentos e apontou que, embora o vírus se espalhe rápido porque o mundo está mais conectado, a ciência avançou. “Nós temos a desvantagem da globalização, da proximidade, de estarmos mais conectados, mas a vantagem de melhor tecnologia", disse durante coletiva de imprensa.
Tedros declarou que a chave para a epidemia atual durar menos é unidade nacional nos países junto à uma cooperação global, com uso das ferramentas disponíveis - como distanciamento físico e rastreamento de contatos.
O diretor também apontou que uma vacina contra o novo coronavírus é essencial para o fim da pandemia, mas que somente o uso do imunizante não é suficiente para isso e que não ainda existem garantias de que uma imunização efetiva e segura existirá. Atualmente, a OMS aponta que são 167 vacinas em desenvolvimento, sendo 29 em fase de testes com humanos e, destas, seis na última etapa antes da conclusão.
O líder da entidade alertou que o progresso que países tem feito no combate à covid-19 não significa uma vitória definitiva. Segundo a entidade, a maioria das pessoas permanece vulnerável à doença e os países que já suprimiram a transmissão comunitária devem estabelecer sistemas de rastreamento de contatos e identificação de surtos localizados para evitar que o vírus volte a se espalhar.
O novo coronavírus já infectou quase 23 milhões de pessoas globalmente e causou quase 800 mil mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
Na coletiva desta sexta-feira, o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, falou especificamente sobre a situação do Brasil. Ele afirmou que embora o País esteja em tendência de queda no geral, é necessário um esforço focado para que esse padrão se mantenha pelas próximas semanas.