Por coronavírus, estudante carioca cria rede de apoio a moradores de rua


Campanha lançada por aluna de Direito já arrecadou R$ 11 mil para doação de quentinhas e kits de higiene pessoal

Por Redação
Atualização:

RIO - Enquanto os médicos, as autoridades e a imprensa repetem a ordem para que todos permaneçam em casa, quem mora na rua sofre tanto pela exposição à covid-19 e a demais doenças quanto pela falta de comida, já que conseguiam alimentos e alguns trocados das pessoas que não circulam mais pelas ruas. Mas, de dentro de casa, começam a surgir movimentos de solidariedade para auxiliar os moradores de rua.

É o exemplo da estudante Ana Gabriela Graça Couto, que mora em Ipanema (zona sul do Rio) e cursa Direito na PUC-Rio. Na última quarta-feira (18) ela leu reportagem do Estado sobre os moradores de rua em Milão, na Itália, e decidiu criar uma rede de ajuda para quem mora nas ruas do Rio de Janeiro

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“A primeira reação das pessoas é reclamar das mudanças na própria rotina, sem refletir que sempre tem gente em situação muito pior do que nós. Eu mesma não havia pensado nisso, até ler a reportagem que retratou a triste condição dos moradores de rua na Itália. Aquilo me acendeu uma luz, foi o ‘start’ para perceber que poderia fazer algo por quem não tem onde se proteger do coronavírus no Rio mesmo”, conta.

Com maioria da população em casa, moradores de rua têm ainda mais dificuldade para se alimentar. Foto: EFE/Antonio Lacerda

Antes mesmo de organizar alguma campanha, ela consultou amigos pelas redes sociais e se animou com o resultado: “Muita gente disse que ajudaria, gente que eu nem conhecia, porque eram amigos de amigos meus que ficaram sabendo da consulta”, narra. “Aí comecei a pesquisar como faria e a primeira sugestão foi uma vaquinha virtual, mas o site que organiza isso tem prazo mínimo de 14 dias para liberar o dinheiro. Quem está faminto não pode esperar”.

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A estudante de Direito conheceu duas entidades que atendem moradores de rua (o Instituto LAR, sigla que significa Levante, Ande e Recomece, e a ONG De Volta ao Lar), firmou parceria com ambas e resolveu, num primeiro momento, arrecadar o dinheiro por meio da própria conta corrente, conjunta com sua mãe. “É uma responsabilidade imensa, porque a gente passa a administrar dinheiro de outras pessoas, mas era a forma mais rápida de arrecadar”, explicou.

Ana Gabriela lançou a campanha no domingo (22), sugerindo que cada pessoa doasse R$ 10, e em pouco mais de 24 horas, até a noite desta segunda-feira (23), já havia arrecadado R$ 11 mil. “Isso garante a doação de 500 quentinhas e 115 kits de higiene pessoal por semana, durante três semanas”, comemorou a universitária.

Agora ela faz planos maiores: “Criei nesta segunda-feira um perfil no Instagram, o @quemtemfometempressa, e lancei uma vaquinha virtual, dessas que demoram 14 dias. Como já temos o dinheiro reservado para as primeiras três semanas, podemos esperar esse prazo para receber as próximas doações”, disse. “E, fazendo pelo site, o dinheiro não precisa passar pela conta minha e da minha mãe, então o procedimento fica mais fácil de conferir por quem doa”.

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A engenheira Mariana Machado, de 28 anos, é uma das fundadoras e atual presidente do Instituto LAR, criado informalmente em 2016 e oficializado em 2017. “O espírito da entidade não é assistencialista, mas sim construtivista. Nosso objetivo é ensinar as pessoas a se reerguer, a conseguir trabalho e reconstruir a vida”, afirma. “Então, normalmente oferecemos palestras, orientações, aulas, sempre com profissionais que voluntariamente vão à entidade. Mas, com a pandemia, ninguém mais sai de casa e esse tipo de atendimento perdeu o sentido, então passamos a oferecer comida e banho”, contou. “Por isso nossas despesas aumentaram, e felizmente existem pessoas como a Ana Gabriela, que entenderam as dificuldades atuais e decidiram ajudar”, comemora.

RIO - Enquanto os médicos, as autoridades e a imprensa repetem a ordem para que todos permaneçam em casa, quem mora na rua sofre tanto pela exposição à covid-19 e a demais doenças quanto pela falta de comida, já que conseguiam alimentos e alguns trocados das pessoas que não circulam mais pelas ruas. Mas, de dentro de casa, começam a surgir movimentos de solidariedade para auxiliar os moradores de rua.

É o exemplo da estudante Ana Gabriela Graça Couto, que mora em Ipanema (zona sul do Rio) e cursa Direito na PUC-Rio. Na última quarta-feira (18) ela leu reportagem do Estado sobre os moradores de rua em Milão, na Itália, e decidiu criar uma rede de ajuda para quem mora nas ruas do Rio de Janeiro

“A primeira reação das pessoas é reclamar das mudanças na própria rotina, sem refletir que sempre tem gente em situação muito pior do que nós. Eu mesma não havia pensado nisso, até ler a reportagem que retratou a triste condição dos moradores de rua na Itália. Aquilo me acendeu uma luz, foi o ‘start’ para perceber que poderia fazer algo por quem não tem onde se proteger do coronavírus no Rio mesmo”, conta.

Com maioria da população em casa, moradores de rua têm ainda mais dificuldade para se alimentar. Foto: EFE/Antonio Lacerda

Antes mesmo de organizar alguma campanha, ela consultou amigos pelas redes sociais e se animou com o resultado: “Muita gente disse que ajudaria, gente que eu nem conhecia, porque eram amigos de amigos meus que ficaram sabendo da consulta”, narra. “Aí comecei a pesquisar como faria e a primeira sugestão foi uma vaquinha virtual, mas o site que organiza isso tem prazo mínimo de 14 dias para liberar o dinheiro. Quem está faminto não pode esperar”.

A estudante de Direito conheceu duas entidades que atendem moradores de rua (o Instituto LAR, sigla que significa Levante, Ande e Recomece, e a ONG De Volta ao Lar), firmou parceria com ambas e resolveu, num primeiro momento, arrecadar o dinheiro por meio da própria conta corrente, conjunta com sua mãe. “É uma responsabilidade imensa, porque a gente passa a administrar dinheiro de outras pessoas, mas era a forma mais rápida de arrecadar”, explicou.

Ana Gabriela lançou a campanha no domingo (22), sugerindo que cada pessoa doasse R$ 10, e em pouco mais de 24 horas, até a noite desta segunda-feira (23), já havia arrecadado R$ 11 mil. “Isso garante a doação de 500 quentinhas e 115 kits de higiene pessoal por semana, durante três semanas”, comemorou a universitária.

Agora ela faz planos maiores: “Criei nesta segunda-feira um perfil no Instagram, o @quemtemfometempressa, e lancei uma vaquinha virtual, dessas que demoram 14 dias. Como já temos o dinheiro reservado para as primeiras três semanas, podemos esperar esse prazo para receber as próximas doações”, disse. “E, fazendo pelo site, o dinheiro não precisa passar pela conta minha e da minha mãe, então o procedimento fica mais fácil de conferir por quem doa”.

A engenheira Mariana Machado, de 28 anos, é uma das fundadoras e atual presidente do Instituto LAR, criado informalmente em 2016 e oficializado em 2017. “O espírito da entidade não é assistencialista, mas sim construtivista. Nosso objetivo é ensinar as pessoas a se reerguer, a conseguir trabalho e reconstruir a vida”, afirma. “Então, normalmente oferecemos palestras, orientações, aulas, sempre com profissionais que voluntariamente vão à entidade. Mas, com a pandemia, ninguém mais sai de casa e esse tipo de atendimento perdeu o sentido, então passamos a oferecer comida e banho”, contou. “Por isso nossas despesas aumentaram, e felizmente existem pessoas como a Ana Gabriela, que entenderam as dificuldades atuais e decidiram ajudar”, comemora.

RIO - Enquanto os médicos, as autoridades e a imprensa repetem a ordem para que todos permaneçam em casa, quem mora na rua sofre tanto pela exposição à covid-19 e a demais doenças quanto pela falta de comida, já que conseguiam alimentos e alguns trocados das pessoas que não circulam mais pelas ruas. Mas, de dentro de casa, começam a surgir movimentos de solidariedade para auxiliar os moradores de rua.

É o exemplo da estudante Ana Gabriela Graça Couto, que mora em Ipanema (zona sul do Rio) e cursa Direito na PUC-Rio. Na última quarta-feira (18) ela leu reportagem do Estado sobre os moradores de rua em Milão, na Itália, e decidiu criar uma rede de ajuda para quem mora nas ruas do Rio de Janeiro

“A primeira reação das pessoas é reclamar das mudanças na própria rotina, sem refletir que sempre tem gente em situação muito pior do que nós. Eu mesma não havia pensado nisso, até ler a reportagem que retratou a triste condição dos moradores de rua na Itália. Aquilo me acendeu uma luz, foi o ‘start’ para perceber que poderia fazer algo por quem não tem onde se proteger do coronavírus no Rio mesmo”, conta.

Com maioria da população em casa, moradores de rua têm ainda mais dificuldade para se alimentar. Foto: EFE/Antonio Lacerda

Antes mesmo de organizar alguma campanha, ela consultou amigos pelas redes sociais e se animou com o resultado: “Muita gente disse que ajudaria, gente que eu nem conhecia, porque eram amigos de amigos meus que ficaram sabendo da consulta”, narra. “Aí comecei a pesquisar como faria e a primeira sugestão foi uma vaquinha virtual, mas o site que organiza isso tem prazo mínimo de 14 dias para liberar o dinheiro. Quem está faminto não pode esperar”.

A estudante de Direito conheceu duas entidades que atendem moradores de rua (o Instituto LAR, sigla que significa Levante, Ande e Recomece, e a ONG De Volta ao Lar), firmou parceria com ambas e resolveu, num primeiro momento, arrecadar o dinheiro por meio da própria conta corrente, conjunta com sua mãe. “É uma responsabilidade imensa, porque a gente passa a administrar dinheiro de outras pessoas, mas era a forma mais rápida de arrecadar”, explicou.

Ana Gabriela lançou a campanha no domingo (22), sugerindo que cada pessoa doasse R$ 10, e em pouco mais de 24 horas, até a noite desta segunda-feira (23), já havia arrecadado R$ 11 mil. “Isso garante a doação de 500 quentinhas e 115 kits de higiene pessoal por semana, durante três semanas”, comemorou a universitária.

Agora ela faz planos maiores: “Criei nesta segunda-feira um perfil no Instagram, o @quemtemfometempressa, e lancei uma vaquinha virtual, dessas que demoram 14 dias. Como já temos o dinheiro reservado para as primeiras três semanas, podemos esperar esse prazo para receber as próximas doações”, disse. “E, fazendo pelo site, o dinheiro não precisa passar pela conta minha e da minha mãe, então o procedimento fica mais fácil de conferir por quem doa”.

A engenheira Mariana Machado, de 28 anos, é uma das fundadoras e atual presidente do Instituto LAR, criado informalmente em 2016 e oficializado em 2017. “O espírito da entidade não é assistencialista, mas sim construtivista. Nosso objetivo é ensinar as pessoas a se reerguer, a conseguir trabalho e reconstruir a vida”, afirma. “Então, normalmente oferecemos palestras, orientações, aulas, sempre com profissionais que voluntariamente vão à entidade. Mas, com a pandemia, ninguém mais sai de casa e esse tipo de atendimento perdeu o sentido, então passamos a oferecer comida e banho”, contou. “Por isso nossas despesas aumentaram, e felizmente existem pessoas como a Ana Gabriela, que entenderam as dificuldades atuais e decidiram ajudar”, comemora.

RIO - Enquanto os médicos, as autoridades e a imprensa repetem a ordem para que todos permaneçam em casa, quem mora na rua sofre tanto pela exposição à covid-19 e a demais doenças quanto pela falta de comida, já que conseguiam alimentos e alguns trocados das pessoas que não circulam mais pelas ruas. Mas, de dentro de casa, começam a surgir movimentos de solidariedade para auxiliar os moradores de rua.

É o exemplo da estudante Ana Gabriela Graça Couto, que mora em Ipanema (zona sul do Rio) e cursa Direito na PUC-Rio. Na última quarta-feira (18) ela leu reportagem do Estado sobre os moradores de rua em Milão, na Itália, e decidiu criar uma rede de ajuda para quem mora nas ruas do Rio de Janeiro

“A primeira reação das pessoas é reclamar das mudanças na própria rotina, sem refletir que sempre tem gente em situação muito pior do que nós. Eu mesma não havia pensado nisso, até ler a reportagem que retratou a triste condição dos moradores de rua na Itália. Aquilo me acendeu uma luz, foi o ‘start’ para perceber que poderia fazer algo por quem não tem onde se proteger do coronavírus no Rio mesmo”, conta.

Com maioria da população em casa, moradores de rua têm ainda mais dificuldade para se alimentar. Foto: EFE/Antonio Lacerda

Antes mesmo de organizar alguma campanha, ela consultou amigos pelas redes sociais e se animou com o resultado: “Muita gente disse que ajudaria, gente que eu nem conhecia, porque eram amigos de amigos meus que ficaram sabendo da consulta”, narra. “Aí comecei a pesquisar como faria e a primeira sugestão foi uma vaquinha virtual, mas o site que organiza isso tem prazo mínimo de 14 dias para liberar o dinheiro. Quem está faminto não pode esperar”.

A estudante de Direito conheceu duas entidades que atendem moradores de rua (o Instituto LAR, sigla que significa Levante, Ande e Recomece, e a ONG De Volta ao Lar), firmou parceria com ambas e resolveu, num primeiro momento, arrecadar o dinheiro por meio da própria conta corrente, conjunta com sua mãe. “É uma responsabilidade imensa, porque a gente passa a administrar dinheiro de outras pessoas, mas era a forma mais rápida de arrecadar”, explicou.

Ana Gabriela lançou a campanha no domingo (22), sugerindo que cada pessoa doasse R$ 10, e em pouco mais de 24 horas, até a noite desta segunda-feira (23), já havia arrecadado R$ 11 mil. “Isso garante a doação de 500 quentinhas e 115 kits de higiene pessoal por semana, durante três semanas”, comemorou a universitária.

Agora ela faz planos maiores: “Criei nesta segunda-feira um perfil no Instagram, o @quemtemfometempressa, e lancei uma vaquinha virtual, dessas que demoram 14 dias. Como já temos o dinheiro reservado para as primeiras três semanas, podemos esperar esse prazo para receber as próximas doações”, disse. “E, fazendo pelo site, o dinheiro não precisa passar pela conta minha e da minha mãe, então o procedimento fica mais fácil de conferir por quem doa”.

A engenheira Mariana Machado, de 28 anos, é uma das fundadoras e atual presidente do Instituto LAR, criado informalmente em 2016 e oficializado em 2017. “O espírito da entidade não é assistencialista, mas sim construtivista. Nosso objetivo é ensinar as pessoas a se reerguer, a conseguir trabalho e reconstruir a vida”, afirma. “Então, normalmente oferecemos palestras, orientações, aulas, sempre com profissionais que voluntariamente vão à entidade. Mas, com a pandemia, ninguém mais sai de casa e esse tipo de atendimento perdeu o sentido, então passamos a oferecer comida e banho”, contou. “Por isso nossas despesas aumentaram, e felizmente existem pessoas como a Ana Gabriela, que entenderam as dificuldades atuais e decidiram ajudar”, comemora.

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