O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse nesta segunda-feira, 9, que a morte de Eluana Englaro deve ser para todos "um motivo de reflexão e de busca responsável pelas melhores vias para acompanhar com o devido respeito o direito à vida, ao amor e ao cuidado dos mais fracos". Veja também: Morre Eluana Englaro, depois de 17 anos em estado vegetativo Você concorda com a decisão de deixar Eluana morrer? Perguntas e respostas: entenda o caso Veja tudo que foi publicado sobre o caso de Eluana Englaro O jesuíta Lombardi acrescentou que a morte de Eluana deixa em todos "uma sombra de tristeza" pelas circunstâncias em que aconteceu. A morte de Eluana, em coma vegetativo havia 17 anos, também foi comentada pelo "ministro da Saúde" do Vaticano, o cardeal mexicano Javier Lozano Barragán, que pediu a Deus que a receba "e que perdoe os que a levaram a esse ponto (de morrer)". Lozano Barragán pediu perdão a Deus "por tudo que fizeram a ela", e disse que este não era o momento de gerar polêmicas, mas era necessário espírito de perdão e de reconciliação. Após ressaltar a necessidade de promover o respeito absoluto à vida, o cardeal assinalou que é preciso investigar as causas que levaram a italiana à morte e se houve "responsáveis". O "ministro da Saúde" do Vaticano reiterou sua tese de que a morte de Eluana foi "um crime", se tiver acontecido graças à "intervenção humana". O cardeal havia dito recentemente que o desligamento da sonda alimentícia que mantinha Eluana com vida era um "abominável assassinato". O Vaticano e a Igreja italiana tinham recebido com satisfação a decisão do Governo de Silvio Berlusconi de apresentar um projeto de lei para impedir a morte de Eluana. O projeto de lei estava sendo debatido hoje no Senado, que prestou homenagem a Eluana, que tinha 38 anos, depois de saber de sua morte.
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