Um professor britânico de Medicina Alternativa, Edzard Ernst, acusou o príncipe Charles de promover "o mais puro curandeirismo" ao colocar à venda, através de sua marca oficial, a Duchy Originals, um "duvidoso" produto desintoxicante. Ernst, o acadêmico especializado em tratamentos alternativos mais proeminente do Reino Unido, que trabalha na Península Medical School (sudoeste inglês), afirmou também que o herdeiro ao trono britânico tenta se aproveitar do público em uma época de crise. O professor explicou à BBC que não há provas científicas de que os desintoxicadores funcionem, e o frasco de 50 mililitros vendido por Charles a 10 libras (US$ 13,7), com a pretensão de ajudar a eliminar toxinas e a facilitar a digestão, não é uma exceção. A sugestão de que um produto pode eliminar toxinas do corpo é "inverossímil, sem fundamento e perigosa", sustenta o professor. Para ele, com seu composto de alcachofra e dente-de-leão - que, segundo a descrição, "ajuda de forma natural a fazer a digestão e apoia o processo de eliminação do corpo"-, o príncipe e seus assessores parecem querer ignorar deliberadamente a ciência e preferem "se basear em crenças e superstições". "O príncipe Charles está, portanto, explorando economicamente um público crédulo em tempos de dificuldades financeiras", disse. O diretor da Duchy Originals, Andrew Baker, afirmou, por sua vez, que a Duchy Herbals' Detox Tincture "não é, nem nunca foi descrita, como uma medicina, remédio ou cura para qualquer doença".
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