Professor vê indício suficiente para associar microcefalia à zika


Kleber Luz, da UFRN, aponta que nascimentos de crianças com microcefalia aumentaram nos Estados que apresentaram epidemia

Por Ligia Formenti
O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor da zika, da dengue e da chikungunya Foto: USDA/Divulgação

BRASÍLIA - O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Kleber Luz, avalia já haver indícios suficientes para associar a epidemia de microcefalia existente no País à infecção das gestantes por zika vírus. Ele cita como exemplo características em comum apresentadas por quatro bebês com microcefalia do seu Estado, que morreram logo depois do nascimento. Todos apresentam comprometimento do sistema nervoso central e das articulações. "Já se sabe que o zika atinge essas duas áreas", disse.

Outro ponto apontado por Luz é a coincidência temporal: nascimentos de crianças com microcefalia aumentaram justamente nos Estados que apresentaram epidemia por zika no início do ano. "Nos locais onde a epidemia foi mais tardia, esse fenômeno ainda não foi registrado." Na Bahia e Ceará, por exemplo, Estados que tiveram comprovada a circulação do vírus, ainda não foi registrado um aumento significativo do número de casos. O número subiu de 7 para 8 na Bahia e de 7 para 9 no Ceará, entre 2014 e 2015. 

continua após a publicidade

São Paulo, que também teve a comprovação da circulação do vírus zika, teve este ano 34 casos relatados. Um número considerado baixo, diante do número de habitantes. "Ali é esperado o aumento de casos a partir de janeiro", disse.

O professor da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Brito, tem avaliação semelhante. "São várias as evidências existentes: o aumento súbito nas regiões onde houve epidemia de zika, a dispersão dos casos em várias cidades do Nordeste. Para mim, medidas de prevenção já deveriam ser desencadeadas levando essa premissa como certa", disse o pesquisador. 

Ambos afirmam que os resultados obtidos na análise do líquido amniótico de dois fetos na Paraíba, que identificaram a presença do zika, comprova a infecção da mãe para o feto. "Nos dois casos, está certo que a microcefalia foi causada pela infecção do vírus", disse Brito.

continua após a publicidade

O Ministério da Saúde e a própria Organização Mundial da Saúde, no entanto, acham necessária a produção de novos dados científicos antes de fazer uma afirmação categórica sobre a relação entre a infecção pelo vírus e a microcefalia.

O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor da zika, da dengue e da chikungunya Foto: USDA/Divulgação

BRASÍLIA - O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Kleber Luz, avalia já haver indícios suficientes para associar a epidemia de microcefalia existente no País à infecção das gestantes por zika vírus. Ele cita como exemplo características em comum apresentadas por quatro bebês com microcefalia do seu Estado, que morreram logo depois do nascimento. Todos apresentam comprometimento do sistema nervoso central e das articulações. "Já se sabe que o zika atinge essas duas áreas", disse.

Outro ponto apontado por Luz é a coincidência temporal: nascimentos de crianças com microcefalia aumentaram justamente nos Estados que apresentaram epidemia por zika no início do ano. "Nos locais onde a epidemia foi mais tardia, esse fenômeno ainda não foi registrado." Na Bahia e Ceará, por exemplo, Estados que tiveram comprovada a circulação do vírus, ainda não foi registrado um aumento significativo do número de casos. O número subiu de 7 para 8 na Bahia e de 7 para 9 no Ceará, entre 2014 e 2015. 

São Paulo, que também teve a comprovação da circulação do vírus zika, teve este ano 34 casos relatados. Um número considerado baixo, diante do número de habitantes. "Ali é esperado o aumento de casos a partir de janeiro", disse.

O professor da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Brito, tem avaliação semelhante. "São várias as evidências existentes: o aumento súbito nas regiões onde houve epidemia de zika, a dispersão dos casos em várias cidades do Nordeste. Para mim, medidas de prevenção já deveriam ser desencadeadas levando essa premissa como certa", disse o pesquisador. 

Ambos afirmam que os resultados obtidos na análise do líquido amniótico de dois fetos na Paraíba, que identificaram a presença do zika, comprova a infecção da mãe para o feto. "Nos dois casos, está certo que a microcefalia foi causada pela infecção do vírus", disse Brito.

O Ministério da Saúde e a própria Organização Mundial da Saúde, no entanto, acham necessária a produção de novos dados científicos antes de fazer uma afirmação categórica sobre a relação entre a infecção pelo vírus e a microcefalia.

O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor da zika, da dengue e da chikungunya Foto: USDA/Divulgação

BRASÍLIA - O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Kleber Luz, avalia já haver indícios suficientes para associar a epidemia de microcefalia existente no País à infecção das gestantes por zika vírus. Ele cita como exemplo características em comum apresentadas por quatro bebês com microcefalia do seu Estado, que morreram logo depois do nascimento. Todos apresentam comprometimento do sistema nervoso central e das articulações. "Já se sabe que o zika atinge essas duas áreas", disse.

Outro ponto apontado por Luz é a coincidência temporal: nascimentos de crianças com microcefalia aumentaram justamente nos Estados que apresentaram epidemia por zika no início do ano. "Nos locais onde a epidemia foi mais tardia, esse fenômeno ainda não foi registrado." Na Bahia e Ceará, por exemplo, Estados que tiveram comprovada a circulação do vírus, ainda não foi registrado um aumento significativo do número de casos. O número subiu de 7 para 8 na Bahia e de 7 para 9 no Ceará, entre 2014 e 2015. 

São Paulo, que também teve a comprovação da circulação do vírus zika, teve este ano 34 casos relatados. Um número considerado baixo, diante do número de habitantes. "Ali é esperado o aumento de casos a partir de janeiro", disse.

O professor da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Brito, tem avaliação semelhante. "São várias as evidências existentes: o aumento súbito nas regiões onde houve epidemia de zika, a dispersão dos casos em várias cidades do Nordeste. Para mim, medidas de prevenção já deveriam ser desencadeadas levando essa premissa como certa", disse o pesquisador. 

Ambos afirmam que os resultados obtidos na análise do líquido amniótico de dois fetos na Paraíba, que identificaram a presença do zika, comprova a infecção da mãe para o feto. "Nos dois casos, está certo que a microcefalia foi causada pela infecção do vírus", disse Brito.

O Ministério da Saúde e a própria Organização Mundial da Saúde, no entanto, acham necessária a produção de novos dados científicos antes de fazer uma afirmação categórica sobre a relação entre a infecção pelo vírus e a microcefalia.

O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor da zika, da dengue e da chikungunya Foto: USDA/Divulgação

BRASÍLIA - O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Kleber Luz, avalia já haver indícios suficientes para associar a epidemia de microcefalia existente no País à infecção das gestantes por zika vírus. Ele cita como exemplo características em comum apresentadas por quatro bebês com microcefalia do seu Estado, que morreram logo depois do nascimento. Todos apresentam comprometimento do sistema nervoso central e das articulações. "Já se sabe que o zika atinge essas duas áreas", disse.

Outro ponto apontado por Luz é a coincidência temporal: nascimentos de crianças com microcefalia aumentaram justamente nos Estados que apresentaram epidemia por zika no início do ano. "Nos locais onde a epidemia foi mais tardia, esse fenômeno ainda não foi registrado." Na Bahia e Ceará, por exemplo, Estados que tiveram comprovada a circulação do vírus, ainda não foi registrado um aumento significativo do número de casos. O número subiu de 7 para 8 na Bahia e de 7 para 9 no Ceará, entre 2014 e 2015. 

São Paulo, que também teve a comprovação da circulação do vírus zika, teve este ano 34 casos relatados. Um número considerado baixo, diante do número de habitantes. "Ali é esperado o aumento de casos a partir de janeiro", disse.

O professor da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Brito, tem avaliação semelhante. "São várias as evidências existentes: o aumento súbito nas regiões onde houve epidemia de zika, a dispersão dos casos em várias cidades do Nordeste. Para mim, medidas de prevenção já deveriam ser desencadeadas levando essa premissa como certa", disse o pesquisador. 

Ambos afirmam que os resultados obtidos na análise do líquido amniótico de dois fetos na Paraíba, que identificaram a presença do zika, comprova a infecção da mãe para o feto. "Nos dois casos, está certo que a microcefalia foi causada pela infecção do vírus", disse Brito.

O Ministério da Saúde e a própria Organização Mundial da Saúde, no entanto, acham necessária a produção de novos dados científicos antes de fazer uma afirmação categórica sobre a relação entre a infecção pelo vírus e a microcefalia.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.