Ritmo de proliferação do Ebola cai, mas OMS ainda alerta para riscos


Situação é mais preocupante em Serra Leoa, onde metas não foram atingidas; organização quer zerar transmissões até meados de 2015

Por Jamil Chade

GENEBRA - O ritmo da proliferação do vírus do Ebola sofreu uma desaceleração e a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que sua estratégia começa a dar resultado. Mas a entidade alerta que não existe espaço para otimismo e que a crise ainda ameaça os países africanos e mesmo um contágio internacional. A meta agora é de que, em meados de 2015, as transmissões sejam zeradas. 

Há dois meses, a OMS estabeleceu metas para começar a lidar com a epidemia. Entre medidas, a entidade estabeleceu o objetivo de conseguir que pelo menos 70% dos pacientes fossem tratados em zonas isoladas em hospitais preparados para lidar com a doença.

continua após a publicidade

Outro objetivo era o de conseguir que pelo menos 70% da população morta fosse enterrada de forma adequada e que os corpos não contaminassem novas pessoas. As medidas foram escolhidas como forma de interromper a proliferação da doença. 

Apesar da desaceleração do crescimento de novos casos, o vice-diretor da OMS, Bruce Aylward, evita a euforia. "Não vamos vencer a guerra enquanto existir um só." Foto: Denis Balibouse/Reuters
continua após a publicidade

Desaceleração das contaminações. Nos países mais atingidos - Libéria, Serra Leoa e Guiné - essas metas foram "em grande parte" superadas depois de uma injeção de quase US$ 1 bilhão pela comunidade internacional. 

A exceção está em Serra Leoa, onde as metas não foram atingidas em diversas regiões do país. Hoje, 20% dos novos casos de Ebola continuam aparecendo entre pessoas que tiveram contato com os corpos de mortos em enterros, seguindo rituais tradicionais dessa região da África. 

continua após a publicidade

Mesmo assim, o resultado tem sido positivo. Há dois meses, cerca de mil casos novos eram registrados por semana. Hoje, são cerca de 1,1 mil por semana. O número ainda cresce, mas a explosão de casos não ocorreu. 

continua após a publicidade

"Houve uma desaceleração real de novos casos e não vemos mais o crescimentoexponencial", indicou o vice-diretor da OMS, Bruce Aylward. Ele chegou a alertar em setembro que, por semana, os números poderiam ser de 5 mil a 10 mil em dezembro.

Em alguns países o número de leitos foi multiplicado por quatro e as equipes que auxiliam nos enterros para evitar que os corpos continuem a contaminar dobraram e chegaram a 200. 

continua após a publicidade

Apesar dos resultados, ninguém na OMS está autorizado a comemorar. "Não vamos vencer a guerra enquanto existir um só caso", declarou, lembrando que Serra Leoa vive uma situação difícil em diferentes regiões. 

Ebola em Serra Leoa

1 | 1

Em Serra Leoa, segundo a OMS, 6.599 pessoas foram infectados pelo Ebola, das quais 1.699 morreram

Foto: Daniel Berehulak/The New York Times
continua após a publicidade

Próximo passo. A próxima meta é a de conseguir que 100% dos enterros sejam seguros em janeiro e que 100% dos novos casos identificados possam encontrar um local adequado para o tratamento. Mas, em locais como Serra Leoa, os leitos existentes ainda não são suficientes. 

"Podemos alcançar o Ebola. Mas não quer dizer que vamos conseguir chegar a zero casos por semana ainda", indicou. "Para que isso ocorra, precisaremos de medidas adicionais. Os nossos resultados hoje não são suficientes para parar o Ebola", insistiu Aylward. 

Por sua conta, 20 mil funcionários serão necessários para ajudar a detectar cada cadeia de transmissão nos próximos seis meses. Até meados de 2015, a esperança da OMS é de que o número de novos casos seja interrompido. 

"Estamos em um momento importante na redução de casos. Mas isso não vai levar a zero. Precisamos ter 100% de pessoas contaminadas nos centros de tratamento e complementar isso tudo com estratégias", explicou o representante da OMS.

Ele admite que existe um hiato no financiamento e teme que a atenção internacional desabe em 2015 com as primeiras regiões controladas. "Precisamos continuar vigilantes. Os riscos são enormes ainda e não há como falar em otimismo", completou. 

Até agora, 16 mil pessoas foram contaminadas pelo Ebola, das quais 6,9 mil morreram.

GENEBRA - O ritmo da proliferação do vírus do Ebola sofreu uma desaceleração e a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que sua estratégia começa a dar resultado. Mas a entidade alerta que não existe espaço para otimismo e que a crise ainda ameaça os países africanos e mesmo um contágio internacional. A meta agora é de que, em meados de 2015, as transmissões sejam zeradas. 

Há dois meses, a OMS estabeleceu metas para começar a lidar com a epidemia. Entre medidas, a entidade estabeleceu o objetivo de conseguir que pelo menos 70% dos pacientes fossem tratados em zonas isoladas em hospitais preparados para lidar com a doença.

Outro objetivo era o de conseguir que pelo menos 70% da população morta fosse enterrada de forma adequada e que os corpos não contaminassem novas pessoas. As medidas foram escolhidas como forma de interromper a proliferação da doença. 

Apesar da desaceleração do crescimento de novos casos, o vice-diretor da OMS, Bruce Aylward, evita a euforia. "Não vamos vencer a guerra enquanto existir um só." Foto: Denis Balibouse/Reuters

Desaceleração das contaminações. Nos países mais atingidos - Libéria, Serra Leoa e Guiné - essas metas foram "em grande parte" superadas depois de uma injeção de quase US$ 1 bilhão pela comunidade internacional. 

A exceção está em Serra Leoa, onde as metas não foram atingidas em diversas regiões do país. Hoje, 20% dos novos casos de Ebola continuam aparecendo entre pessoas que tiveram contato com os corpos de mortos em enterros, seguindo rituais tradicionais dessa região da África. 

Mesmo assim, o resultado tem sido positivo. Há dois meses, cerca de mil casos novos eram registrados por semana. Hoje, são cerca de 1,1 mil por semana. O número ainda cresce, mas a explosão de casos não ocorreu. 

"Houve uma desaceleração real de novos casos e não vemos mais o crescimentoexponencial", indicou o vice-diretor da OMS, Bruce Aylward. Ele chegou a alertar em setembro que, por semana, os números poderiam ser de 5 mil a 10 mil em dezembro.

Em alguns países o número de leitos foi multiplicado por quatro e as equipes que auxiliam nos enterros para evitar que os corpos continuem a contaminar dobraram e chegaram a 200. 

Apesar dos resultados, ninguém na OMS está autorizado a comemorar. "Não vamos vencer a guerra enquanto existir um só caso", declarou, lembrando que Serra Leoa vive uma situação difícil em diferentes regiões. 

Ebola em Serra Leoa

1 | 1

Em Serra Leoa, segundo a OMS, 6.599 pessoas foram infectados pelo Ebola, das quais 1.699 morreram

Foto: Daniel Berehulak/The New York Times

Próximo passo. A próxima meta é a de conseguir que 100% dos enterros sejam seguros em janeiro e que 100% dos novos casos identificados possam encontrar um local adequado para o tratamento. Mas, em locais como Serra Leoa, os leitos existentes ainda não são suficientes. 

"Podemos alcançar o Ebola. Mas não quer dizer que vamos conseguir chegar a zero casos por semana ainda", indicou. "Para que isso ocorra, precisaremos de medidas adicionais. Os nossos resultados hoje não são suficientes para parar o Ebola", insistiu Aylward. 

Por sua conta, 20 mil funcionários serão necessários para ajudar a detectar cada cadeia de transmissão nos próximos seis meses. Até meados de 2015, a esperança da OMS é de que o número de novos casos seja interrompido. 

"Estamos em um momento importante na redução de casos. Mas isso não vai levar a zero. Precisamos ter 100% de pessoas contaminadas nos centros de tratamento e complementar isso tudo com estratégias", explicou o representante da OMS.

Ele admite que existe um hiato no financiamento e teme que a atenção internacional desabe em 2015 com as primeiras regiões controladas. "Precisamos continuar vigilantes. Os riscos são enormes ainda e não há como falar em otimismo", completou. 

Até agora, 16 mil pessoas foram contaminadas pelo Ebola, das quais 6,9 mil morreram.

GENEBRA - O ritmo da proliferação do vírus do Ebola sofreu uma desaceleração e a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que sua estratégia começa a dar resultado. Mas a entidade alerta que não existe espaço para otimismo e que a crise ainda ameaça os países africanos e mesmo um contágio internacional. A meta agora é de que, em meados de 2015, as transmissões sejam zeradas. 

Há dois meses, a OMS estabeleceu metas para começar a lidar com a epidemia. Entre medidas, a entidade estabeleceu o objetivo de conseguir que pelo menos 70% dos pacientes fossem tratados em zonas isoladas em hospitais preparados para lidar com a doença.

Outro objetivo era o de conseguir que pelo menos 70% da população morta fosse enterrada de forma adequada e que os corpos não contaminassem novas pessoas. As medidas foram escolhidas como forma de interromper a proliferação da doença. 

Apesar da desaceleração do crescimento de novos casos, o vice-diretor da OMS, Bruce Aylward, evita a euforia. "Não vamos vencer a guerra enquanto existir um só." Foto: Denis Balibouse/Reuters

Desaceleração das contaminações. Nos países mais atingidos - Libéria, Serra Leoa e Guiné - essas metas foram "em grande parte" superadas depois de uma injeção de quase US$ 1 bilhão pela comunidade internacional. 

A exceção está em Serra Leoa, onde as metas não foram atingidas em diversas regiões do país. Hoje, 20% dos novos casos de Ebola continuam aparecendo entre pessoas que tiveram contato com os corpos de mortos em enterros, seguindo rituais tradicionais dessa região da África. 

Mesmo assim, o resultado tem sido positivo. Há dois meses, cerca de mil casos novos eram registrados por semana. Hoje, são cerca de 1,1 mil por semana. O número ainda cresce, mas a explosão de casos não ocorreu. 

"Houve uma desaceleração real de novos casos e não vemos mais o crescimentoexponencial", indicou o vice-diretor da OMS, Bruce Aylward. Ele chegou a alertar em setembro que, por semana, os números poderiam ser de 5 mil a 10 mil em dezembro.

Em alguns países o número de leitos foi multiplicado por quatro e as equipes que auxiliam nos enterros para evitar que os corpos continuem a contaminar dobraram e chegaram a 200. 

Apesar dos resultados, ninguém na OMS está autorizado a comemorar. "Não vamos vencer a guerra enquanto existir um só caso", declarou, lembrando que Serra Leoa vive uma situação difícil em diferentes regiões. 

Ebola em Serra Leoa

1 | 1

Em Serra Leoa, segundo a OMS, 6.599 pessoas foram infectados pelo Ebola, das quais 1.699 morreram

Foto: Daniel Berehulak/The New York Times

Próximo passo. A próxima meta é a de conseguir que 100% dos enterros sejam seguros em janeiro e que 100% dos novos casos identificados possam encontrar um local adequado para o tratamento. Mas, em locais como Serra Leoa, os leitos existentes ainda não são suficientes. 

"Podemos alcançar o Ebola. Mas não quer dizer que vamos conseguir chegar a zero casos por semana ainda", indicou. "Para que isso ocorra, precisaremos de medidas adicionais. Os nossos resultados hoje não são suficientes para parar o Ebola", insistiu Aylward. 

Por sua conta, 20 mil funcionários serão necessários para ajudar a detectar cada cadeia de transmissão nos próximos seis meses. Até meados de 2015, a esperança da OMS é de que o número de novos casos seja interrompido. 

"Estamos em um momento importante na redução de casos. Mas isso não vai levar a zero. Precisamos ter 100% de pessoas contaminadas nos centros de tratamento e complementar isso tudo com estratégias", explicou o representante da OMS.

Ele admite que existe um hiato no financiamento e teme que a atenção internacional desabe em 2015 com as primeiras regiões controladas. "Precisamos continuar vigilantes. Os riscos são enormes ainda e não há como falar em otimismo", completou. 

Até agora, 16 mil pessoas foram contaminadas pelo Ebola, das quais 6,9 mil morreram.

GENEBRA - O ritmo da proliferação do vírus do Ebola sofreu uma desaceleração e a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que sua estratégia começa a dar resultado. Mas a entidade alerta que não existe espaço para otimismo e que a crise ainda ameaça os países africanos e mesmo um contágio internacional. A meta agora é de que, em meados de 2015, as transmissões sejam zeradas. 

Há dois meses, a OMS estabeleceu metas para começar a lidar com a epidemia. Entre medidas, a entidade estabeleceu o objetivo de conseguir que pelo menos 70% dos pacientes fossem tratados em zonas isoladas em hospitais preparados para lidar com a doença.

Outro objetivo era o de conseguir que pelo menos 70% da população morta fosse enterrada de forma adequada e que os corpos não contaminassem novas pessoas. As medidas foram escolhidas como forma de interromper a proliferação da doença. 

Apesar da desaceleração do crescimento de novos casos, o vice-diretor da OMS, Bruce Aylward, evita a euforia. "Não vamos vencer a guerra enquanto existir um só." Foto: Denis Balibouse/Reuters

Desaceleração das contaminações. Nos países mais atingidos - Libéria, Serra Leoa e Guiné - essas metas foram "em grande parte" superadas depois de uma injeção de quase US$ 1 bilhão pela comunidade internacional. 

A exceção está em Serra Leoa, onde as metas não foram atingidas em diversas regiões do país. Hoje, 20% dos novos casos de Ebola continuam aparecendo entre pessoas que tiveram contato com os corpos de mortos em enterros, seguindo rituais tradicionais dessa região da África. 

Mesmo assim, o resultado tem sido positivo. Há dois meses, cerca de mil casos novos eram registrados por semana. Hoje, são cerca de 1,1 mil por semana. O número ainda cresce, mas a explosão de casos não ocorreu. 

"Houve uma desaceleração real de novos casos e não vemos mais o crescimentoexponencial", indicou o vice-diretor da OMS, Bruce Aylward. Ele chegou a alertar em setembro que, por semana, os números poderiam ser de 5 mil a 10 mil em dezembro.

Em alguns países o número de leitos foi multiplicado por quatro e as equipes que auxiliam nos enterros para evitar que os corpos continuem a contaminar dobraram e chegaram a 200. 

Apesar dos resultados, ninguém na OMS está autorizado a comemorar. "Não vamos vencer a guerra enquanto existir um só caso", declarou, lembrando que Serra Leoa vive uma situação difícil em diferentes regiões. 

Ebola em Serra Leoa

1 | 1

Em Serra Leoa, segundo a OMS, 6.599 pessoas foram infectados pelo Ebola, das quais 1.699 morreram

Foto: Daniel Berehulak/The New York Times

Próximo passo. A próxima meta é a de conseguir que 100% dos enterros sejam seguros em janeiro e que 100% dos novos casos identificados possam encontrar um local adequado para o tratamento. Mas, em locais como Serra Leoa, os leitos existentes ainda não são suficientes. 

"Podemos alcançar o Ebola. Mas não quer dizer que vamos conseguir chegar a zero casos por semana ainda", indicou. "Para que isso ocorra, precisaremos de medidas adicionais. Os nossos resultados hoje não são suficientes para parar o Ebola", insistiu Aylward. 

Por sua conta, 20 mil funcionários serão necessários para ajudar a detectar cada cadeia de transmissão nos próximos seis meses. Até meados de 2015, a esperança da OMS é de que o número de novos casos seja interrompido. 

"Estamos em um momento importante na redução de casos. Mas isso não vai levar a zero. Precisamos ter 100% de pessoas contaminadas nos centros de tratamento e complementar isso tudo com estratégias", explicou o representante da OMS.

Ele admite que existe um hiato no financiamento e teme que a atenção internacional desabe em 2015 com as primeiras regiões controladas. "Precisamos continuar vigilantes. Os riscos são enormes ainda e não há como falar em otimismo", completou. 

Até agora, 16 mil pessoas foram contaminadas pelo Ebola, das quais 6,9 mil morreram.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.