Debate sobre lixo discute prós e contras da Política Nacional de Resíduos Sólidos


'Jogamos uma Bolívia no lixo por ano', diz coordenador do Instituto Akatu

Por Gustavo Bonfiglioli

O Brasil gera 183 mil toneladas de lixo por dia, segundo o IBGE. Destas, 73 mil toneladas são de resíduos recicláveis e não aproveitados, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Em valores monetários, isso equivale à perda de R$ 8 bilhões em um ano, o que corresponde ao PIB da Bolívia. Nós jogamos no lixo uma Bolívia por ano”, diz Estanislau Maria, coordenador de comunicação do Instituto Akatu. Esses e outros dados sobre a geração de resíduos no Brasil e, em especial, sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos foram tema de debate nesta quinta-feira, no Cine Livraria Cultura, em São Paulo.

O debate foi seguido da exibição do documentário O Fazedor de Montanhas, de Juan Figueroa, que dá à discussão do lixo uma perspectiva filosófica e sociológica. Estiveram presentes no evento a arquiteta e integrante do movimento Nossa São Paulo Nina Orlow e a síndica do Conjunto Nacional, Vilma Peramezza, que pratica coleta seletiva no prédio tradicional da Avenida Paulista desde 1990.

Para Estanislau, do Akatu, a lei do lixo é fundamental e divide a responsabilidade entre todos os agentes das cadeias produtivas: consumidor final, indústria, empresas e governo. “Porém, há algumas obscuridades: ao mesmo tempo em que a política incentiva a coleta seletiva, não define o papel dos catadores e pode transformar a reciclagem em um mercado muito lucrativo para a iniciativa privada."

Vilma Peramezza, do Conjunto Nacional, acha que a responsabilidade compartilhada deve valorizar o trabalho do catador, promovendo sua inclusão nos novos mercados de lixo. “Mas é injusto que a reponsabilidade de limpar o mundo seja atribuída a este cidadão, sozinho.” Ela defende que a melhor gestão do lixo implica sua separação logo na origem.

Para Nina Orlow, da Rede Nossa São Paulo, que reúne mais de 600 organizações da sociedade civil, a política pública também deve se estender à educação ambiental. “Ela tem que estar arraigada na noção de cidadania.”

 

Nina mediou o debate, em que foram discutidas outras questões como a criação de critérios de consumo sustentável (como selos de pegada de carbono e de água para os produtos), o incremento da distribuição de renda adaptado a uma nova realidade de consumo e de geração de resíduos, a logística reversa. Também foi criticado o conceito de obsolescência programada, segundo o qual os produtos são fabricados de acordo com estruturas cada vez mais descartáveis.

 

“O sistema industrial cria produtos mais leves e com vida útil menor, para que a demanda por um novo consumo seja mais frequente”, defende Estanislau.

 

O Brasil gera 183 mil toneladas de lixo por dia, segundo o IBGE. Destas, 73 mil toneladas são de resíduos recicláveis e não aproveitados, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Em valores monetários, isso equivale à perda de R$ 8 bilhões em um ano, o que corresponde ao PIB da Bolívia. Nós jogamos no lixo uma Bolívia por ano”, diz Estanislau Maria, coordenador de comunicação do Instituto Akatu. Esses e outros dados sobre a geração de resíduos no Brasil e, em especial, sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos foram tema de debate nesta quinta-feira, no Cine Livraria Cultura, em São Paulo.

O debate foi seguido da exibição do documentário O Fazedor de Montanhas, de Juan Figueroa, que dá à discussão do lixo uma perspectiva filosófica e sociológica. Estiveram presentes no evento a arquiteta e integrante do movimento Nossa São Paulo Nina Orlow e a síndica do Conjunto Nacional, Vilma Peramezza, que pratica coleta seletiva no prédio tradicional da Avenida Paulista desde 1990.

Para Estanislau, do Akatu, a lei do lixo é fundamental e divide a responsabilidade entre todos os agentes das cadeias produtivas: consumidor final, indústria, empresas e governo. “Porém, há algumas obscuridades: ao mesmo tempo em que a política incentiva a coleta seletiva, não define o papel dos catadores e pode transformar a reciclagem em um mercado muito lucrativo para a iniciativa privada."

Vilma Peramezza, do Conjunto Nacional, acha que a responsabilidade compartilhada deve valorizar o trabalho do catador, promovendo sua inclusão nos novos mercados de lixo. “Mas é injusto que a reponsabilidade de limpar o mundo seja atribuída a este cidadão, sozinho.” Ela defende que a melhor gestão do lixo implica sua separação logo na origem.

Para Nina Orlow, da Rede Nossa São Paulo, que reúne mais de 600 organizações da sociedade civil, a política pública também deve se estender à educação ambiental. “Ela tem que estar arraigada na noção de cidadania.”

 

Nina mediou o debate, em que foram discutidas outras questões como a criação de critérios de consumo sustentável (como selos de pegada de carbono e de água para os produtos), o incremento da distribuição de renda adaptado a uma nova realidade de consumo e de geração de resíduos, a logística reversa. Também foi criticado o conceito de obsolescência programada, segundo o qual os produtos são fabricados de acordo com estruturas cada vez mais descartáveis.

 

“O sistema industrial cria produtos mais leves e com vida útil menor, para que a demanda por um novo consumo seja mais frequente”, defende Estanislau.

 

O Brasil gera 183 mil toneladas de lixo por dia, segundo o IBGE. Destas, 73 mil toneladas são de resíduos recicláveis e não aproveitados, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Em valores monetários, isso equivale à perda de R$ 8 bilhões em um ano, o que corresponde ao PIB da Bolívia. Nós jogamos no lixo uma Bolívia por ano”, diz Estanislau Maria, coordenador de comunicação do Instituto Akatu. Esses e outros dados sobre a geração de resíduos no Brasil e, em especial, sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos foram tema de debate nesta quinta-feira, no Cine Livraria Cultura, em São Paulo.

O debate foi seguido da exibição do documentário O Fazedor de Montanhas, de Juan Figueroa, que dá à discussão do lixo uma perspectiva filosófica e sociológica. Estiveram presentes no evento a arquiteta e integrante do movimento Nossa São Paulo Nina Orlow e a síndica do Conjunto Nacional, Vilma Peramezza, que pratica coleta seletiva no prédio tradicional da Avenida Paulista desde 1990.

Para Estanislau, do Akatu, a lei do lixo é fundamental e divide a responsabilidade entre todos os agentes das cadeias produtivas: consumidor final, indústria, empresas e governo. “Porém, há algumas obscuridades: ao mesmo tempo em que a política incentiva a coleta seletiva, não define o papel dos catadores e pode transformar a reciclagem em um mercado muito lucrativo para a iniciativa privada."

Vilma Peramezza, do Conjunto Nacional, acha que a responsabilidade compartilhada deve valorizar o trabalho do catador, promovendo sua inclusão nos novos mercados de lixo. “Mas é injusto que a reponsabilidade de limpar o mundo seja atribuída a este cidadão, sozinho.” Ela defende que a melhor gestão do lixo implica sua separação logo na origem.

Para Nina Orlow, da Rede Nossa São Paulo, que reúne mais de 600 organizações da sociedade civil, a política pública também deve se estender à educação ambiental. “Ela tem que estar arraigada na noção de cidadania.”

 

Nina mediou o debate, em que foram discutidas outras questões como a criação de critérios de consumo sustentável (como selos de pegada de carbono e de água para os produtos), o incremento da distribuição de renda adaptado a uma nova realidade de consumo e de geração de resíduos, a logística reversa. Também foi criticado o conceito de obsolescência programada, segundo o qual os produtos são fabricados de acordo com estruturas cada vez mais descartáveis.

 

“O sistema industrial cria produtos mais leves e com vida útil menor, para que a demanda por um novo consumo seja mais frequente”, defende Estanislau.

 

O Brasil gera 183 mil toneladas de lixo por dia, segundo o IBGE. Destas, 73 mil toneladas são de resíduos recicláveis e não aproveitados, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Em valores monetários, isso equivale à perda de R$ 8 bilhões em um ano, o que corresponde ao PIB da Bolívia. Nós jogamos no lixo uma Bolívia por ano”, diz Estanislau Maria, coordenador de comunicação do Instituto Akatu. Esses e outros dados sobre a geração de resíduos no Brasil e, em especial, sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos foram tema de debate nesta quinta-feira, no Cine Livraria Cultura, em São Paulo.

O debate foi seguido da exibição do documentário O Fazedor de Montanhas, de Juan Figueroa, que dá à discussão do lixo uma perspectiva filosófica e sociológica. Estiveram presentes no evento a arquiteta e integrante do movimento Nossa São Paulo Nina Orlow e a síndica do Conjunto Nacional, Vilma Peramezza, que pratica coleta seletiva no prédio tradicional da Avenida Paulista desde 1990.

Para Estanislau, do Akatu, a lei do lixo é fundamental e divide a responsabilidade entre todos os agentes das cadeias produtivas: consumidor final, indústria, empresas e governo. “Porém, há algumas obscuridades: ao mesmo tempo em que a política incentiva a coleta seletiva, não define o papel dos catadores e pode transformar a reciclagem em um mercado muito lucrativo para a iniciativa privada."

Vilma Peramezza, do Conjunto Nacional, acha que a responsabilidade compartilhada deve valorizar o trabalho do catador, promovendo sua inclusão nos novos mercados de lixo. “Mas é injusto que a reponsabilidade de limpar o mundo seja atribuída a este cidadão, sozinho.” Ela defende que a melhor gestão do lixo implica sua separação logo na origem.

Para Nina Orlow, da Rede Nossa São Paulo, que reúne mais de 600 organizações da sociedade civil, a política pública também deve se estender à educação ambiental. “Ela tem que estar arraigada na noção de cidadania.”

 

Nina mediou o debate, em que foram discutidas outras questões como a criação de critérios de consumo sustentável (como selos de pegada de carbono e de água para os produtos), o incremento da distribuição de renda adaptado a uma nova realidade de consumo e de geração de resíduos, a logística reversa. Também foi criticado o conceito de obsolescência programada, segundo o qual os produtos são fabricados de acordo com estruturas cada vez mais descartáveis.

 

“O sistema industrial cria produtos mais leves e com vida útil menor, para que a demanda por um novo consumo seja mais frequente”, defende Estanislau.

 

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