Uma juíza federal americana ordenou que o governo dos EUA decida, em 16 dias, se ursos polares devem ser listados como espécie ameaçada de extinção pelo aquecimento global. A juíza Claudia Wilken concordou com o que disseram grupos conservacionistas: que o Departamento do Interior perdeu a data limite para uma decisão, 9 de janeiro. Ela rejeitou o pedido do governo para um prazo maior e ordenou que a decisão fosse tomada até dia 15 de maio. "Os réus têm violado a lei que exigia que publicassem a determinação por quase 120 dias", a juíza escreveu numa decisão divulgada no fim da segunda-feira, 28, dizendo que não havia justificação para o atraso. A decisão é uma vitória para os grupos conservacionistas que dizem que a administração Bush atrasou a decisão relacionada aos ursos polares para evitar falar sobre o aquecimento global e evitar obstáculos ao desenvolvimento econômico, como a concessão das autorizações para exploração de petróleo no mar de Chukchi, na costa noroeste do Alasca, para empresas petrolíferas. "Esperamos que essa decisão marque o fim dos atrasos e das negações na administração Bush e que a ação imediata seja tomada para proteger os ursos polares da extinção", disse numa declaração a representante do Greenpeace, Melanie Duchin. A decisão de listar os ursos polares na lista do aquecimento global poderia ser o estopim para um plano de recuperação com conseqüências além do Alasca. Oponentes temem que a inclusão submeta novas usinas e outros projetos de desenvolvimento a um processo prévio de aprovação federal.
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