BUDAPESTE - Com a morte nesta quarta-feira, 13, de um dos feridos, sobe para nove o número de mortos por causa da enchente tóxica que no último dia 4 de outubro arrasou 40 quilômetros quadrados no sudoeste da Hungria, após o rompimento de uma represa de acumulação de lama.
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Segundo informou hoje a Defesa Civil, o falecido era um adulto morador da cidade de Kolontár, a localidade onde a onda tóxica atingiu com maior força.
A morte ocorreu nesta manhã no hospital da localidade de Ajka, onde estava internado com graves ferimentos.
No incidente 150 pessoas ficaram feridas, 50 ainda estão hospitalizadas, principalmente com queimaduras e traumatismos.
A maioria dos mortos morava em Kolontár. Em alguns casos, os corpos foram arrastados por cinco quilômetros pela avalanche do lodo contaminante.
Poeira Tóxica
A quantidade de poeira tóxica na localidade de Kolontár é muito alta e, por isso, as autoridades recomendam aos operários que trabalham nas tarefas de proteção e reconstrução que renovem suas máscaras a cada duas horas.
Foi o que comunicou nesta quarte-feira à Agência Efe György Töttös, porta-voz da equipe de Defesa Civil que coordena os trabalhos de limpeza das áreas afetadas pelo vazamento tóxico e também de construção de estruturas que limitem os efeitos de novos vazamentos.
As boas condições meteorológicas contribuem para que não se danifique ainda mais a represa de onde começou o vazamento de substâncias tóxicas de cor avermelhada. No entanto, essas mesmas condições do tempo fazem também com que o lodo tóxico se transforme em pó e se transfira ao ar.
"Há vários dias não aumentaram as fendas detectadas no muro norte do dique da represa acidentada", acrescentou Tüttös.
Hoje as autoridades reforçam o dique de contenção que se espera que seja capaz de defender as vilas de Kolontár e Devecser, as mais afetados pela catástrofe da semana passada, caso haja um novo vazamento.