O ministro da Justiça, Tarso Genro, admitiu nesta segunda-feira, 25, que havia "de certa forma um vácuo da presença do Estado", ao comentar a chegada de 146 homens da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal no Pará, a pedido da governadora Ana Júlia Carepa. Segundo ele, a PF irá permanecer na área e a intenção é criar de "10 a 12" postos permanentes para "estrangular" o transporte ilegal de madeira. Veja também: Força federal chega a Tailândia para combater desmatamento Com PMs nas ruas, madeira começa a sair do PA sem resistência Protesto leva Força Nacional ao Pará "Lastimavelmente é uma atividade econômica que se comunica com a subsistência", declarou o ministro. Tarso esteve nesta segunda-feira, 25, no Rio para um seminário que reuniu secretários de Segurança do País. O secretário do Pará, Geraldo Araújo, disse que até a ocasião menos de 10% das 140 serrarias de Tailândia, a 240 quilômetros de Belém, haviam sido fiscalizadas. Segundo ele, além dos reforço policial também chegaram ao Estado 24 fiscais do Ibama. "O crime não compensa em lugar nenhum. O que a gente quer é chamar todo mundo para trabalhar na legalidade", disse Araújo. O secretário tem a expectativa de apreender 50 mil metros cúbicos de madeira até o fim da operação. Até esta segunda-feira, 25, segundo ele, haviam sido apreendidos 13 mil metros cúbicos. Na manhã desta segunda-feira, 25, chegou ao município de Tailândia, interior do Pará, o comboio com 300 homens da Força Nacional, da Polícia Federal e do Ibama, para dar início à operação Arco de Fogo, de contenção do desmatamento da Amazônia. A operação se estenderá, futuramente, a outros Estados da Amazônia Legal, com o apoio de 800 homens da PF e do Ibama. Na semana passada, em uma operação inicial de apreensão de madeiras extraídas irregularmente em Tailândia, houve reação da população local. Foram autuadas 7 serrarias e apreendidos mais de 13 mil metros cúbicos de madeira ilegal.
COM 92% OFF