As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul ao longo dos últimos dias também devem afetar Santa Catarina a partir da madrugada de quinta-feira, 2, segundo previsão da empresa de meteorologia Climatempo. Até o momento, 13 pessoas morreram no Estado gaúcho. Outras 21 pessoas estão desaparecidas, em situação que mobiliza as forças de segurança e prefeituras.
Diante dos estragos, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse, por meio das redes sociais, que entrou em contato com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar de apoio do governo federal. A Força Aérea Brasileira (FAB) e o governo de São Paulo enviaram equipes para auxiliar nas buscas e no atendimento aos afetados.
Conforme a Climatempo, o avanço de uma frente fria vinda do Rio Grande do Sul vai provocar chuva intensa e volumosa sobre Santa Catarina. A previsão é que a quinta-feira comece com muitas nuvens, com possibilidade de pancadas a qualquer momento em áreas do centro-sul e no oeste do Estado.
Nas cidades de São Miguel do Oeste e Chapecó, por exemplo, a situação é de perigo em função da chuva extrema que pode ocasionar transtornos aos moradores. Já no litoral e em Florianópolis as instabilidades devem avançar a partir da tarde, com volumes menos expressivos.
Ainda de acordo com a Climatempo, na sexta-feira, 3, as instabilidades devem persistir sobre Santa Catarina, mantendo a condição de chuva volumosa em cidades como Criciúma, Lages, Caçador, Xanxerê e Concórdia. A Defesa Civil emitiu alerta de atenção para essas regiões a partir das 4h da madrugada desta quinta.
Além da condição de chuva intensa e volumosa, também são esperados temporais com descargas elétricas, fortes rajadas de vento e eventual queda de granizo ao longo dos próximos dias. O litoral também deve ter fortes pancadas.
Os acumulados entre quinta e sexta, de acordo com a Defesa Civil de Santa Catarina, devem variar entre 150 e 200 mm no Extremo Oeste, Oeste e em áreas do Meio-Oeste, Planalto Sul e Litoral Sul que fazem divisa com o RS, podendo pontualmente superar estes valores.
Em outras áreas, como o Alto Vale do Itajaí e a Grande Florianópolis, os volumes devem ficar em torno dos 100 mm. A recomendação, diante disso, é evitar atividades ao ar livre, uma vez que há riscos de alagamentos, enxurradas, deslizamentos e queda de galhos e árvores.
Ao menos 147 municípios relataram danos no RS
Fortes chuvas têm atingido o Rio Grande do Sul nos últimos dias. Como mostrou o Estadão, o número de mortes em razão dos fortes temporais subiu para 13, de acordo com a última atualização feita pela Defesa Civil do Estado. O número de desaparecidos está em 21.
Em São Vendelino, no interior do Estado, um deslizamento de terra ocorrido em uma rodovia na tarde de terça-feira, 30, deixou ao menos duas pessoas desaparecidas. Ao menos 147 municípios já relataram danos. Confira aqui também como está a situação nas rodovias.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o alerta de perigo para tempestades iniciado na segunda-feira, 29, permanece válido pelo menos até o início da noite de quinta-feira, 2, no Rio Grande do Sul.
Na terça-feira, 30, a Defesa Civil do Estado já havia alertado para a possibilidade de a chuva passar de 300 milímetros em algumas áreas em um período de 24 horas. Todos os rios continuam sendo monitorados.
Veja medidas que devem ser adotadas diante de fortes temporais:
- É importante que a população adote medidas preventivas como permanecer em casa, se puder;
- Evitar atravessar áreas alagadas ou inundadas;
- Em caso de rajadas de vento: (não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda);
- Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia;
- Procurar prestar auxílio a pessoas vulneráveis (idosos, pessoas doentes ou com dificuldade de mobilidade);
- Se você mora em áreas consideradas de risco, deve procurar a Defesa Civil da sua cidade para saber quais as medidas devem ser adotadas para garantir a sua segurança e de sua família;
- Em caso de emergência, ligue para a Brigada Militar (telefone 190), Defesa Civil (telefone 199) ou o Corpo de Bombeiros Militar (telefone 193).