CBGB e outras memórias


O icônico clube onde diversos astros se apresentaram fechou as portas em 2006. Mas ainda dá para relembrar um pouco de seus anos de glória

Por Fabiana Caso
Nostalgia: o CBGB em seus últimos dias de funcionamento, em 2006 Foto: Lucas Jackson/Reuters

Apenas algumas quadras separam a St. Mark’s Church de outro templo do punk-rock, o CBGB (315 Bowery). Depois de encerrar suas atividades em outubro de 2006, o icônico clube deu lugar à loja de John Varvatos, com um quê hipster em forma de roupas, sapatos, discos de vinil. Pôsteres com fotos dos ícones de calças rasgadas que tocavam ali agora são vendidos no local por US$ 3 mil cada. 

Pelo menos alguns pedaços das paredes originais do clube foram mantidas, devidamente cobertas por stickers, flyers e pôsteres – para quem não teve a sorte de conhecer o CBGB ativo, vale ir para dar uma olhada. Não pense, contudo, que o palco da loja está em sua posição original: na verdade, ele ficava do lado oposto, onde hoje estão os provadores. A estética do toldo da entrada foi mantida, ainda que hoje se leia o nome de Varvatos. 

continua após a publicidade

Nos anos de funcionamento do clube de Hilly Kristal, as letras que estavam ali também pouco expressavam sobre a atividade sonora vertiginosa que rolava. CBGB era acrônimo para country, bluegrass e blues. O subtítulo jocoso OMFUG (and Other Music for Uplifting Gormandizers, algo como E Outros Sons para Levantar os Glutões) exprimia a importância que o lugar teve como primeira casa de apresentação para artistas de proto-punk como o Television e Patti Smith; para o punk dos Ramones; e, na sequência, para atos de pós-punk e new wave, como Talking Heads e Blondie. 

A poucos passos do antigo CBGB, a esquina da Second Street e da Bowery homenageia, desde 2003, o vocalista do Ramones, morto em 2001. Foto: Jeff Christensen/Reuters

Foi Tom Verlaine, do Television, que venceu a resistência de Kristal ao rock, convencendo-o a deixar a sua banda fazer shows por ali. E Kristal acabou virando o grande padrinho das novas bandas de rock. O clubinho tinha reputação e banheiros imundos – hoje, é tudo bem limpinho. Na loja, dá para se jogar em um dos sofás e folhear os livros à venda sobre o CBGB, reverenciando os dias sujos e de alto volume.

continua após a publicidade

Apesar de qualquer possível gentrificação, ainda dá para encontrar alguns músicos circulando pela área. Sorva um café em frente ao ex-CBGB, na esquina da Bowery com a Bleecker, e talvez aconteça a mágica que aconteceu comigo: perguntando a direção do brechó Search and Destroy fui convidada para uma noite de shows em memória ao rock dos anos 1970, no que eles dizem ser o CBGB atual, o Bowery Electric (327 Bowery). 

Guardadas as proporções, o simpático clubinho de letreiro azul, a alguns passos do ex-CBGB, tem um pequeno palco, que naquela noite era turbinado por bandas que faziam jams de rock, em uma reunião da nata da velha e da jovem guarda sônica, por conta do lançamento do livro New York Rock, de Steven Blush. Acredite se quiser, mas neste dia eu havia comprado o mesmo livro horas antes, por acaso, na loja Rough Trade. 

Bowery Electric, chamado de "novo" CBGB Foto: Kate Glicksberg/NYCGO
continua após a publicidade

Ali pertinho, a esquina da 2nd e da Bowery ganhou o nome de Joey Ramone Place e é endereço certo para fãs. Enquanto estiver pelos arredores, aproveite para caminhar pela Bleecker Street. Palco de boemia por onde artistas esfarrapados do underground caminhavam e onde escreveram páginas inteiras da história do rock, punk e pós-punk, ela ainda reserva uma miríade de restaurantes, cafés e prédios antigos para inundar o olhar. 

VEJA A APRESENTAÇÃO DOS RAMONES NO CBGB EM 1977

Para ver a estética punk, a citada Search & Destroy (25 St. Marks Place) é parada obrigatória, ainda que apenas para sentir a aura de horror da decoração, repleta de bonecos plásticos macabros e manequins desfiguradas. Há cerca de 20 anos a loja vende roupas vintage de orientação punk, tendo sido meca para góticos e rockers na década de 1980. É preciso garimpar, porém, para achar preços equivalentes à palavra brechó. 

continua após a publicidade

Ainda mais antiga, a loja Trash and Vaudeville é outra meca do estilo punk. Ela funcionou desde o auge do movimento, em 1975, até fevereiro de 2006 no mesmo ponto, no número 4 da Saint Mark’s Place. Hoje, continua na ativa não muito longe, no número 96 da East 7th Street. Apesar do ar de butique atual, vale dar uma olhada nos coturnos, camisetas, jaquetas e acessórios. 

O brechó Search And Destroy Foto: Fabiana Caso
Nostalgia: o CBGB em seus últimos dias de funcionamento, em 2006 Foto: Lucas Jackson/Reuters

Apenas algumas quadras separam a St. Mark’s Church de outro templo do punk-rock, o CBGB (315 Bowery). Depois de encerrar suas atividades em outubro de 2006, o icônico clube deu lugar à loja de John Varvatos, com um quê hipster em forma de roupas, sapatos, discos de vinil. Pôsteres com fotos dos ícones de calças rasgadas que tocavam ali agora são vendidos no local por US$ 3 mil cada. 

Pelo menos alguns pedaços das paredes originais do clube foram mantidas, devidamente cobertas por stickers, flyers e pôsteres – para quem não teve a sorte de conhecer o CBGB ativo, vale ir para dar uma olhada. Não pense, contudo, que o palco da loja está em sua posição original: na verdade, ele ficava do lado oposto, onde hoje estão os provadores. A estética do toldo da entrada foi mantida, ainda que hoje se leia o nome de Varvatos. 

Nos anos de funcionamento do clube de Hilly Kristal, as letras que estavam ali também pouco expressavam sobre a atividade sonora vertiginosa que rolava. CBGB era acrônimo para country, bluegrass e blues. O subtítulo jocoso OMFUG (and Other Music for Uplifting Gormandizers, algo como E Outros Sons para Levantar os Glutões) exprimia a importância que o lugar teve como primeira casa de apresentação para artistas de proto-punk como o Television e Patti Smith; para o punk dos Ramones; e, na sequência, para atos de pós-punk e new wave, como Talking Heads e Blondie. 

A poucos passos do antigo CBGB, a esquina da Second Street e da Bowery homenageia, desde 2003, o vocalista do Ramones, morto em 2001. Foto: Jeff Christensen/Reuters

Foi Tom Verlaine, do Television, que venceu a resistência de Kristal ao rock, convencendo-o a deixar a sua banda fazer shows por ali. E Kristal acabou virando o grande padrinho das novas bandas de rock. O clubinho tinha reputação e banheiros imundos – hoje, é tudo bem limpinho. Na loja, dá para se jogar em um dos sofás e folhear os livros à venda sobre o CBGB, reverenciando os dias sujos e de alto volume.

Apesar de qualquer possível gentrificação, ainda dá para encontrar alguns músicos circulando pela área. Sorva um café em frente ao ex-CBGB, na esquina da Bowery com a Bleecker, e talvez aconteça a mágica que aconteceu comigo: perguntando a direção do brechó Search and Destroy fui convidada para uma noite de shows em memória ao rock dos anos 1970, no que eles dizem ser o CBGB atual, o Bowery Electric (327 Bowery). 

Guardadas as proporções, o simpático clubinho de letreiro azul, a alguns passos do ex-CBGB, tem um pequeno palco, que naquela noite era turbinado por bandas que faziam jams de rock, em uma reunião da nata da velha e da jovem guarda sônica, por conta do lançamento do livro New York Rock, de Steven Blush. Acredite se quiser, mas neste dia eu havia comprado o mesmo livro horas antes, por acaso, na loja Rough Trade. 

Bowery Electric, chamado de "novo" CBGB Foto: Kate Glicksberg/NYCGO

Ali pertinho, a esquina da 2nd e da Bowery ganhou o nome de Joey Ramone Place e é endereço certo para fãs. Enquanto estiver pelos arredores, aproveite para caminhar pela Bleecker Street. Palco de boemia por onde artistas esfarrapados do underground caminhavam e onde escreveram páginas inteiras da história do rock, punk e pós-punk, ela ainda reserva uma miríade de restaurantes, cafés e prédios antigos para inundar o olhar. 

VEJA A APRESENTAÇÃO DOS RAMONES NO CBGB EM 1977

Para ver a estética punk, a citada Search & Destroy (25 St. Marks Place) é parada obrigatória, ainda que apenas para sentir a aura de horror da decoração, repleta de bonecos plásticos macabros e manequins desfiguradas. Há cerca de 20 anos a loja vende roupas vintage de orientação punk, tendo sido meca para góticos e rockers na década de 1980. É preciso garimpar, porém, para achar preços equivalentes à palavra brechó. 

Ainda mais antiga, a loja Trash and Vaudeville é outra meca do estilo punk. Ela funcionou desde o auge do movimento, em 1975, até fevereiro de 2006 no mesmo ponto, no número 4 da Saint Mark’s Place. Hoje, continua na ativa não muito longe, no número 96 da East 7th Street. Apesar do ar de butique atual, vale dar uma olhada nos coturnos, camisetas, jaquetas e acessórios. 

O brechó Search And Destroy Foto: Fabiana Caso
Nostalgia: o CBGB em seus últimos dias de funcionamento, em 2006 Foto: Lucas Jackson/Reuters

Apenas algumas quadras separam a St. Mark’s Church de outro templo do punk-rock, o CBGB (315 Bowery). Depois de encerrar suas atividades em outubro de 2006, o icônico clube deu lugar à loja de John Varvatos, com um quê hipster em forma de roupas, sapatos, discos de vinil. Pôsteres com fotos dos ícones de calças rasgadas que tocavam ali agora são vendidos no local por US$ 3 mil cada. 

Pelo menos alguns pedaços das paredes originais do clube foram mantidas, devidamente cobertas por stickers, flyers e pôsteres – para quem não teve a sorte de conhecer o CBGB ativo, vale ir para dar uma olhada. Não pense, contudo, que o palco da loja está em sua posição original: na verdade, ele ficava do lado oposto, onde hoje estão os provadores. A estética do toldo da entrada foi mantida, ainda que hoje se leia o nome de Varvatos. 

Nos anos de funcionamento do clube de Hilly Kristal, as letras que estavam ali também pouco expressavam sobre a atividade sonora vertiginosa que rolava. CBGB era acrônimo para country, bluegrass e blues. O subtítulo jocoso OMFUG (and Other Music for Uplifting Gormandizers, algo como E Outros Sons para Levantar os Glutões) exprimia a importância que o lugar teve como primeira casa de apresentação para artistas de proto-punk como o Television e Patti Smith; para o punk dos Ramones; e, na sequência, para atos de pós-punk e new wave, como Talking Heads e Blondie. 

A poucos passos do antigo CBGB, a esquina da Second Street e da Bowery homenageia, desde 2003, o vocalista do Ramones, morto em 2001. Foto: Jeff Christensen/Reuters

Foi Tom Verlaine, do Television, que venceu a resistência de Kristal ao rock, convencendo-o a deixar a sua banda fazer shows por ali. E Kristal acabou virando o grande padrinho das novas bandas de rock. O clubinho tinha reputação e banheiros imundos – hoje, é tudo bem limpinho. Na loja, dá para se jogar em um dos sofás e folhear os livros à venda sobre o CBGB, reverenciando os dias sujos e de alto volume.

Apesar de qualquer possível gentrificação, ainda dá para encontrar alguns músicos circulando pela área. Sorva um café em frente ao ex-CBGB, na esquina da Bowery com a Bleecker, e talvez aconteça a mágica que aconteceu comigo: perguntando a direção do brechó Search and Destroy fui convidada para uma noite de shows em memória ao rock dos anos 1970, no que eles dizem ser o CBGB atual, o Bowery Electric (327 Bowery). 

Guardadas as proporções, o simpático clubinho de letreiro azul, a alguns passos do ex-CBGB, tem um pequeno palco, que naquela noite era turbinado por bandas que faziam jams de rock, em uma reunião da nata da velha e da jovem guarda sônica, por conta do lançamento do livro New York Rock, de Steven Blush. Acredite se quiser, mas neste dia eu havia comprado o mesmo livro horas antes, por acaso, na loja Rough Trade. 

Bowery Electric, chamado de "novo" CBGB Foto: Kate Glicksberg/NYCGO

Ali pertinho, a esquina da 2nd e da Bowery ganhou o nome de Joey Ramone Place e é endereço certo para fãs. Enquanto estiver pelos arredores, aproveite para caminhar pela Bleecker Street. Palco de boemia por onde artistas esfarrapados do underground caminhavam e onde escreveram páginas inteiras da história do rock, punk e pós-punk, ela ainda reserva uma miríade de restaurantes, cafés e prédios antigos para inundar o olhar. 

VEJA A APRESENTAÇÃO DOS RAMONES NO CBGB EM 1977

Para ver a estética punk, a citada Search & Destroy (25 St. Marks Place) é parada obrigatória, ainda que apenas para sentir a aura de horror da decoração, repleta de bonecos plásticos macabros e manequins desfiguradas. Há cerca de 20 anos a loja vende roupas vintage de orientação punk, tendo sido meca para góticos e rockers na década de 1980. É preciso garimpar, porém, para achar preços equivalentes à palavra brechó. 

Ainda mais antiga, a loja Trash and Vaudeville é outra meca do estilo punk. Ela funcionou desde o auge do movimento, em 1975, até fevereiro de 2006 no mesmo ponto, no número 4 da Saint Mark’s Place. Hoje, continua na ativa não muito longe, no número 96 da East 7th Street. Apesar do ar de butique atual, vale dar uma olhada nos coturnos, camisetas, jaquetas e acessórios. 

O brechó Search And Destroy Foto: Fabiana Caso
Nostalgia: o CBGB em seus últimos dias de funcionamento, em 2006 Foto: Lucas Jackson/Reuters

Apenas algumas quadras separam a St. Mark’s Church de outro templo do punk-rock, o CBGB (315 Bowery). Depois de encerrar suas atividades em outubro de 2006, o icônico clube deu lugar à loja de John Varvatos, com um quê hipster em forma de roupas, sapatos, discos de vinil. Pôsteres com fotos dos ícones de calças rasgadas que tocavam ali agora são vendidos no local por US$ 3 mil cada. 

Pelo menos alguns pedaços das paredes originais do clube foram mantidas, devidamente cobertas por stickers, flyers e pôsteres – para quem não teve a sorte de conhecer o CBGB ativo, vale ir para dar uma olhada. Não pense, contudo, que o palco da loja está em sua posição original: na verdade, ele ficava do lado oposto, onde hoje estão os provadores. A estética do toldo da entrada foi mantida, ainda que hoje se leia o nome de Varvatos. 

Nos anos de funcionamento do clube de Hilly Kristal, as letras que estavam ali também pouco expressavam sobre a atividade sonora vertiginosa que rolava. CBGB era acrônimo para country, bluegrass e blues. O subtítulo jocoso OMFUG (and Other Music for Uplifting Gormandizers, algo como E Outros Sons para Levantar os Glutões) exprimia a importância que o lugar teve como primeira casa de apresentação para artistas de proto-punk como o Television e Patti Smith; para o punk dos Ramones; e, na sequência, para atos de pós-punk e new wave, como Talking Heads e Blondie. 

A poucos passos do antigo CBGB, a esquina da Second Street e da Bowery homenageia, desde 2003, o vocalista do Ramones, morto em 2001. Foto: Jeff Christensen/Reuters

Foi Tom Verlaine, do Television, que venceu a resistência de Kristal ao rock, convencendo-o a deixar a sua banda fazer shows por ali. E Kristal acabou virando o grande padrinho das novas bandas de rock. O clubinho tinha reputação e banheiros imundos – hoje, é tudo bem limpinho. Na loja, dá para se jogar em um dos sofás e folhear os livros à venda sobre o CBGB, reverenciando os dias sujos e de alto volume.

Apesar de qualquer possível gentrificação, ainda dá para encontrar alguns músicos circulando pela área. Sorva um café em frente ao ex-CBGB, na esquina da Bowery com a Bleecker, e talvez aconteça a mágica que aconteceu comigo: perguntando a direção do brechó Search and Destroy fui convidada para uma noite de shows em memória ao rock dos anos 1970, no que eles dizem ser o CBGB atual, o Bowery Electric (327 Bowery). 

Guardadas as proporções, o simpático clubinho de letreiro azul, a alguns passos do ex-CBGB, tem um pequeno palco, que naquela noite era turbinado por bandas que faziam jams de rock, em uma reunião da nata da velha e da jovem guarda sônica, por conta do lançamento do livro New York Rock, de Steven Blush. Acredite se quiser, mas neste dia eu havia comprado o mesmo livro horas antes, por acaso, na loja Rough Trade. 

Bowery Electric, chamado de "novo" CBGB Foto: Kate Glicksberg/NYCGO

Ali pertinho, a esquina da 2nd e da Bowery ganhou o nome de Joey Ramone Place e é endereço certo para fãs. Enquanto estiver pelos arredores, aproveite para caminhar pela Bleecker Street. Palco de boemia por onde artistas esfarrapados do underground caminhavam e onde escreveram páginas inteiras da história do rock, punk e pós-punk, ela ainda reserva uma miríade de restaurantes, cafés e prédios antigos para inundar o olhar. 

VEJA A APRESENTAÇÃO DOS RAMONES NO CBGB EM 1977

Para ver a estética punk, a citada Search & Destroy (25 St. Marks Place) é parada obrigatória, ainda que apenas para sentir a aura de horror da decoração, repleta de bonecos plásticos macabros e manequins desfiguradas. Há cerca de 20 anos a loja vende roupas vintage de orientação punk, tendo sido meca para góticos e rockers na década de 1980. É preciso garimpar, porém, para achar preços equivalentes à palavra brechó. 

Ainda mais antiga, a loja Trash and Vaudeville é outra meca do estilo punk. Ela funcionou desde o auge do movimento, em 1975, até fevereiro de 2006 no mesmo ponto, no número 4 da Saint Mark’s Place. Hoje, continua na ativa não muito longe, no número 96 da East 7th Street. Apesar do ar de butique atual, vale dar uma olhada nos coturnos, camisetas, jaquetas e acessórios. 

O brechó Search And Destroy Foto: Fabiana Caso

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.