Porco, milho e batata têm protagonismo inegável à mesa equatoriana. Mas a culinária do país vai além. A complexidade do
ceviche perfeito
não pode ser ignorada. Nem a excentricidade do
cuy, o porquinho-da-índia, servido assado
. Tampouco dá para deixar de falar do
frescor das frutas
. Em suma, o paladar é atiçado no Equador.
Poucos lugares podem dar tanta ideia do que é a oferta gastronômica no país quanto o
Mercado Santa Clara
, com suas barracas com carnes, legumes, aves vivas e frutas diversas, disponíveis para prova, como
naranjillo
,
uvilla
e tomate-de-árvore. É ali que os moradores fazem suas compras e degustam pratos típicos como o
hornado, porco assado
inteiro servido com salada, chips de banana e batatas fritas.
Bem na
Praça São Francisco
, no centro, a
é mais do que um dos principais hotéis de luxo da cidade. Em seu refinado restaurante, o
chef Byron Rivera
mescla sua vivência na França com mais de 20 anos em cidades equatorianas. Resultado: receitas clássicas do país com leitura moderna e apresentação elegante. Caso do locro quiteño, tradicional sopa de batatas com abacate e milho (US$ 10) e o ótimo ceviche de camarão (US$ 13,50).
Apesar de bem avaliado no TripAdvisor e querido por moradores de Quito, o
Restaurante Belle Époque
, no
, não me impressionou. Questão de gosto: se você curte
jantares com apresentações folclóricas
pode achar interessante. No ambiente com decoração de estilo francês dos anos 1940, famoso por receber chefes de Estado, o garçom nos serviu a sobremesa vestido de cavaleiro cucurucho – vestimenta típica da Páscoa equatoriana.
Uma saborosa surpresa foi a degustação de chocolates na
República del Cacao
. Lançando mão do trabalho de 2 mil fazendeiros familiares por todo o país, a empresa produz o doce com porcentuais de 52 a 85% de cacau. Por US$ 5 você degusta vários tipos e decide o seu favorito antes de levar uma barra para casa. Não é barato (US$ 9,50), mas a qualidade é altíssima.
No mesmo nível estão as boas cervejas IPA e ale (US$ 4) produzidas pela
, bar e cervejaria artesanal no bairro boêmio de
San Blas
. Ocupa o espaço de um antigo cinema e é palco para shows de jazz. Outra casa charmosa, com pinturas e livros colados pelas paredes, é o
. Peça a cerveja local Pilsener (US$ 3) ao som de música ao vivo.