Indícios do grande viajante


Por Mr. Miles e o homem mais viajado do mundo

Aparentemente ainda em Sidi Bou Said, na Tunísia (não há nada em sua mensagem que indique mudança de localização), nosso intrépido viajante continua abrindo sua caixa postal e respondendo às questões de seus leitores.A propósito de sua última coluna, na qual se refere às viagens dos parlamentares brasileiros, mr. Miles informa que achou especialmente espirituoso o e-mail de Lúcio Tavares, de Belo Horizonte, segundo o qual "a única diferença entre um político e um ladrão é que o político a gente escolhe, enquanto o ladrão escolhe a gente." Tavares, aliás, confessa que a ilação não é de sua autoria e supõe que, pelo brilho, deva ser da lavra de Millôr Fernandes.A seguir, a pergunta da semana:Prezado mr. Miles: sou fã de suas viagens e ficaria muito feliz de, um dia, hospedar-me em um de seus hotéis preferidos. Existe algum que guarde registro de suas passagens?Ivonete Mendes Lima, por e-mail "Well, my dear, agradeço a gentileza de sua admiração e espero continuar a merecê-la. Como você sabe, however, tenho por hábito jamais citar hotéis, pousadas e outros refúgios, exceto quando eles são protagonistas de alguma das histórias que tenho para contar. Não o faço por egoísmo ou para preservar minha privacidade. Isso, a meu ver, seria disgusting.O fato é que grande parte dos que se consultam comigo fazem-no em busca de recomendações pontuais. 'Mr. Miles: dê-me uma dica sobre uma pousada bem localizada na Praia do Espelho' ou 'Mr. Miles: estou indo para Capri e gostaria muito de uma indicação de hospedagem' são mensagens recorrentes em minha caixa postal, às quais não posso responder. Let me explain why not: o objetivo destas linhas é inspirar e motivar viajantes renitentes, com a intenção de que troquem suas prioridades materiais (um carro novo, uma televisão de plasma e todas essas gadgets irrelevantes) pelo valor intransferível e imorredouro que é conhecer as gentes, os hábitos e as esplêndidas atrações desse belo planeta que nos pertence.Tento fazê-lo por meio de minha vivência, com o humor possível e, of course, jamais escondendo o encantamento de minhas descobertas and the funny side of my mistakes. Não sou, therefore, um consultor de endereços. Besides, com a oferta crescente de hospedagem, considero qualquer indicação desse tipo leviana. Acho que, para ter alguma chance de não frustrar a expectativa do consulente, é preciso conhecê-lo profundamente. Ou, por outra: para escolher onde ficar em suas férias, talvez seja melhor perguntar ao seu analista do que a um estranho - o que, by the way, não é o meu caso, já que há anos sinto-me próximo de meus leitores.Last, but not least, espero que você, my dear Ivonete, compreenda meus pruridos éticos. Tenho, as you know, amigos e afilhados em quase todos os estabelecimentos que frequento. Mencionar um deles significa magoar os demais - e essa é uma atitude que não faz parte de meus princípios.Quanto a lugares que guardem indícios de minha passagem (físicos, I presume), sim, existem muitos. Alguns têm bowler hats que deixei, outros guardam garrafas de whisky para quando eu voltar e há os que, generosamente, emolduraram alguns manuscritos que produzi durante a estadia. Para descobrir quais são esses estabelecimentos, meu conselho de sempre, darling: viaje. Viaje muito e boa sorte!"*Mr. Miles é o homem mais viajado do mundo. Ele já esteve em 132 países e 7 territórios ultramarinos

Aparentemente ainda em Sidi Bou Said, na Tunísia (não há nada em sua mensagem que indique mudança de localização), nosso intrépido viajante continua abrindo sua caixa postal e respondendo às questões de seus leitores.A propósito de sua última coluna, na qual se refere às viagens dos parlamentares brasileiros, mr. Miles informa que achou especialmente espirituoso o e-mail de Lúcio Tavares, de Belo Horizonte, segundo o qual "a única diferença entre um político e um ladrão é que o político a gente escolhe, enquanto o ladrão escolhe a gente." Tavares, aliás, confessa que a ilação não é de sua autoria e supõe que, pelo brilho, deva ser da lavra de Millôr Fernandes.A seguir, a pergunta da semana:Prezado mr. Miles: sou fã de suas viagens e ficaria muito feliz de, um dia, hospedar-me em um de seus hotéis preferidos. Existe algum que guarde registro de suas passagens?Ivonete Mendes Lima, por e-mail "Well, my dear, agradeço a gentileza de sua admiração e espero continuar a merecê-la. Como você sabe, however, tenho por hábito jamais citar hotéis, pousadas e outros refúgios, exceto quando eles são protagonistas de alguma das histórias que tenho para contar. Não o faço por egoísmo ou para preservar minha privacidade. Isso, a meu ver, seria disgusting.O fato é que grande parte dos que se consultam comigo fazem-no em busca de recomendações pontuais. 'Mr. Miles: dê-me uma dica sobre uma pousada bem localizada na Praia do Espelho' ou 'Mr. Miles: estou indo para Capri e gostaria muito de uma indicação de hospedagem' são mensagens recorrentes em minha caixa postal, às quais não posso responder. Let me explain why not: o objetivo destas linhas é inspirar e motivar viajantes renitentes, com a intenção de que troquem suas prioridades materiais (um carro novo, uma televisão de plasma e todas essas gadgets irrelevantes) pelo valor intransferível e imorredouro que é conhecer as gentes, os hábitos e as esplêndidas atrações desse belo planeta que nos pertence.Tento fazê-lo por meio de minha vivência, com o humor possível e, of course, jamais escondendo o encantamento de minhas descobertas and the funny side of my mistakes. Não sou, therefore, um consultor de endereços. Besides, com a oferta crescente de hospedagem, considero qualquer indicação desse tipo leviana. Acho que, para ter alguma chance de não frustrar a expectativa do consulente, é preciso conhecê-lo profundamente. Ou, por outra: para escolher onde ficar em suas férias, talvez seja melhor perguntar ao seu analista do que a um estranho - o que, by the way, não é o meu caso, já que há anos sinto-me próximo de meus leitores.Last, but not least, espero que você, my dear Ivonete, compreenda meus pruridos éticos. Tenho, as you know, amigos e afilhados em quase todos os estabelecimentos que frequento. Mencionar um deles significa magoar os demais - e essa é uma atitude que não faz parte de meus princípios.Quanto a lugares que guardem indícios de minha passagem (físicos, I presume), sim, existem muitos. Alguns têm bowler hats que deixei, outros guardam garrafas de whisky para quando eu voltar e há os que, generosamente, emolduraram alguns manuscritos que produzi durante a estadia. Para descobrir quais são esses estabelecimentos, meu conselho de sempre, darling: viaje. Viaje muito e boa sorte!"*Mr. Miles é o homem mais viajado do mundo. Ele já esteve em 132 países e 7 territórios ultramarinos

Aparentemente ainda em Sidi Bou Said, na Tunísia (não há nada em sua mensagem que indique mudança de localização), nosso intrépido viajante continua abrindo sua caixa postal e respondendo às questões de seus leitores.A propósito de sua última coluna, na qual se refere às viagens dos parlamentares brasileiros, mr. Miles informa que achou especialmente espirituoso o e-mail de Lúcio Tavares, de Belo Horizonte, segundo o qual "a única diferença entre um político e um ladrão é que o político a gente escolhe, enquanto o ladrão escolhe a gente." Tavares, aliás, confessa que a ilação não é de sua autoria e supõe que, pelo brilho, deva ser da lavra de Millôr Fernandes.A seguir, a pergunta da semana:Prezado mr. Miles: sou fã de suas viagens e ficaria muito feliz de, um dia, hospedar-me em um de seus hotéis preferidos. Existe algum que guarde registro de suas passagens?Ivonete Mendes Lima, por e-mail "Well, my dear, agradeço a gentileza de sua admiração e espero continuar a merecê-la. Como você sabe, however, tenho por hábito jamais citar hotéis, pousadas e outros refúgios, exceto quando eles são protagonistas de alguma das histórias que tenho para contar. Não o faço por egoísmo ou para preservar minha privacidade. Isso, a meu ver, seria disgusting.O fato é que grande parte dos que se consultam comigo fazem-no em busca de recomendações pontuais. 'Mr. Miles: dê-me uma dica sobre uma pousada bem localizada na Praia do Espelho' ou 'Mr. Miles: estou indo para Capri e gostaria muito de uma indicação de hospedagem' são mensagens recorrentes em minha caixa postal, às quais não posso responder. Let me explain why not: o objetivo destas linhas é inspirar e motivar viajantes renitentes, com a intenção de que troquem suas prioridades materiais (um carro novo, uma televisão de plasma e todas essas gadgets irrelevantes) pelo valor intransferível e imorredouro que é conhecer as gentes, os hábitos e as esplêndidas atrações desse belo planeta que nos pertence.Tento fazê-lo por meio de minha vivência, com o humor possível e, of course, jamais escondendo o encantamento de minhas descobertas and the funny side of my mistakes. Não sou, therefore, um consultor de endereços. Besides, com a oferta crescente de hospedagem, considero qualquer indicação desse tipo leviana. Acho que, para ter alguma chance de não frustrar a expectativa do consulente, é preciso conhecê-lo profundamente. Ou, por outra: para escolher onde ficar em suas férias, talvez seja melhor perguntar ao seu analista do que a um estranho - o que, by the way, não é o meu caso, já que há anos sinto-me próximo de meus leitores.Last, but not least, espero que você, my dear Ivonete, compreenda meus pruridos éticos. Tenho, as you know, amigos e afilhados em quase todos os estabelecimentos que frequento. Mencionar um deles significa magoar os demais - e essa é uma atitude que não faz parte de meus princípios.Quanto a lugares que guardem indícios de minha passagem (físicos, I presume), sim, existem muitos. Alguns têm bowler hats que deixei, outros guardam garrafas de whisky para quando eu voltar e há os que, generosamente, emolduraram alguns manuscritos que produzi durante a estadia. Para descobrir quais são esses estabelecimentos, meu conselho de sempre, darling: viaje. Viaje muito e boa sorte!"*Mr. Miles é o homem mais viajado do mundo. Ele já esteve em 132 países e 7 territórios ultramarinos

Aparentemente ainda em Sidi Bou Said, na Tunísia (não há nada em sua mensagem que indique mudança de localização), nosso intrépido viajante continua abrindo sua caixa postal e respondendo às questões de seus leitores.A propósito de sua última coluna, na qual se refere às viagens dos parlamentares brasileiros, mr. Miles informa que achou especialmente espirituoso o e-mail de Lúcio Tavares, de Belo Horizonte, segundo o qual "a única diferença entre um político e um ladrão é que o político a gente escolhe, enquanto o ladrão escolhe a gente." Tavares, aliás, confessa que a ilação não é de sua autoria e supõe que, pelo brilho, deva ser da lavra de Millôr Fernandes.A seguir, a pergunta da semana:Prezado mr. Miles: sou fã de suas viagens e ficaria muito feliz de, um dia, hospedar-me em um de seus hotéis preferidos. Existe algum que guarde registro de suas passagens?Ivonete Mendes Lima, por e-mail "Well, my dear, agradeço a gentileza de sua admiração e espero continuar a merecê-la. Como você sabe, however, tenho por hábito jamais citar hotéis, pousadas e outros refúgios, exceto quando eles são protagonistas de alguma das histórias que tenho para contar. Não o faço por egoísmo ou para preservar minha privacidade. Isso, a meu ver, seria disgusting.O fato é que grande parte dos que se consultam comigo fazem-no em busca de recomendações pontuais. 'Mr. Miles: dê-me uma dica sobre uma pousada bem localizada na Praia do Espelho' ou 'Mr. Miles: estou indo para Capri e gostaria muito de uma indicação de hospedagem' são mensagens recorrentes em minha caixa postal, às quais não posso responder. Let me explain why not: o objetivo destas linhas é inspirar e motivar viajantes renitentes, com a intenção de que troquem suas prioridades materiais (um carro novo, uma televisão de plasma e todas essas gadgets irrelevantes) pelo valor intransferível e imorredouro que é conhecer as gentes, os hábitos e as esplêndidas atrações desse belo planeta que nos pertence.Tento fazê-lo por meio de minha vivência, com o humor possível e, of course, jamais escondendo o encantamento de minhas descobertas and the funny side of my mistakes. Não sou, therefore, um consultor de endereços. Besides, com a oferta crescente de hospedagem, considero qualquer indicação desse tipo leviana. Acho que, para ter alguma chance de não frustrar a expectativa do consulente, é preciso conhecê-lo profundamente. Ou, por outra: para escolher onde ficar em suas férias, talvez seja melhor perguntar ao seu analista do que a um estranho - o que, by the way, não é o meu caso, já que há anos sinto-me próximo de meus leitores.Last, but not least, espero que você, my dear Ivonete, compreenda meus pruridos éticos. Tenho, as you know, amigos e afilhados em quase todos os estabelecimentos que frequento. Mencionar um deles significa magoar os demais - e essa é uma atitude que não faz parte de meus princípios.Quanto a lugares que guardem indícios de minha passagem (físicos, I presume), sim, existem muitos. Alguns têm bowler hats que deixei, outros guardam garrafas de whisky para quando eu voltar e há os que, generosamente, emolduraram alguns manuscritos que produzi durante a estadia. Para descobrir quais são esses estabelecimentos, meu conselho de sempre, darling: viaje. Viaje muito e boa sorte!"*Mr. Miles é o homem mais viajado do mundo. Ele já esteve em 132 países e 7 territórios ultramarinos

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