Parques nacionais com fôlego para mais


Com recorde de visitantes em 2014, mas aquém de sua capacidade, unidades de conservação buscam formas de atrair mais turistas sem deixar de lado a preservação

Por Felipe Mortara

A definição de “bonito por natureza” é normalmente associada às praias, mas o Brasil terminou 2014 com jeito de estar redescobrindo seu potencial ao ar livre. Apesar de os parques naturais ainda estarem bem distantes de serem opções tão concorridas quanto a areia e o mar, ao menos dois deles podem comemorar uma visitação recorde em 2014. No Rio, o Parque Nacional da Tijuca, onde fica o Cristo Redentor, recebeu 3,1 milhões de visitantes, enquanto as cataratas do Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, chegaram a 1,5 milhão de visitantes.

São números animadores, principalmente considerando que o total de visitas turísticas a parques brasileiros saltou de 1,9 milhão, em 2006, para 6 milhões, em 2013. Mas ainda há muito a ser feito. Nos Estados Unidos, por exemplo, 282 milhões de visitantes passaram pelas portarias de 58 parques nacionais em 2014, movimentando US$ 14,6 bilhões, além de 252 mil empregos.

O Brasil tem hoje 71 parques nacionais, patrimônio natural considerado o de maior potencial turístico em um ranking com outras140 nações feito pelo Fórum Econômico Mundial, capaz de movimentar R$ 1,6 bilhão por ano. Embora haja dificuldades de infraestrutura, boa parte delas têm novidades, ainda que tímidas, para atrair mais visitantes (leia mais abaixo). 

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Contudo, distribuir a demanda ainda é um desafio. “Os parques nacionais não fazem parte do imaginário brasileiro. Cerca de 90% das visitações vêm de dois deles, o do Iguaçu e o da Tijuca. Porém, não é uma real visitação aos parques, mas aos atrativos Cristo e Cataratas”, acredita Ana Luisa da Riva, diretora do Instituto Semeia, que estuda formas de aperfeiçoar a gestão de áreas protegidas. 

Desde 2013, o Ministério do Turismo e o Instituto Chico Mendes (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente que gerencia os parques, realizam em 12 deles ações de integração com o entorno, em parceria com o Sebrae. “Temos áreas protegidas que não conseguimos converter em frutos turísticos. Precisamos abrir para o investimento privado, aumentar o fluxo de visitantes, mas manter o processo de proteção”, diz o ministro do Turismo, Vinicius Lages. 

Para Sergio Brant, diretor de criação e manejo de unidades de conservação do ICMBio, as iniciativas de concessões nos moldes dos parques da Tijuca, Iguaçu e Fernando de Noronha – geridas pelo mesmo grupo – são referências, mas é preciso incentivar investidores menores. “O que estamos desenvolvendo são cooperações que se adaptem a parques de todos os tamanhos”, explica. 

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Chapada dos Veadeiros Foto: Ion david
Floresta Nacional do Tapajós Foto: Acervo da unidade Trilha Terra Rica
Parque Nacional da Serra das Confusões Foto: Nelson Yoneda/Acervo ICMBio
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Cristo Redentor no Parque da Tijuca Foto: Alexandre Klemperer
CânionFortaleza no Parque Nacional daSerra Geral Foto: Lucio Santos/Acervo ICMBio

Infraestrutura e mudança cultural, um desafio

Apesar do aumento na visitação dos parques nacionais brasileiros, o número ainda é muito baixo em comparação a outros países. Segundo Ana Luisa da Riva, do Instituto Semeia, a média de visitação no Brasil é de 1,1 visitante por hectare, enquanto nos Estados Unidos é de 10,8 e, na Austrália, de 4,6. “Temos potencial de ter turismo mais expressivo”, diz. 
Evandro Schültz, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), tem opinião semelhante. “O Brasil ainda não se descobriu, turisticamente falando. É bom conhecer o modelo de parques americanos, argentinos e chilenos para buscarmos a nossa própria visão”, defende.
Falta de infraestrutura dos parques e difícil acesso estão entre as razões da baixa visitação, mas, para Paula Arantes, consultora em ecoturismo e organizadora do Fórum Interamericano de Turismo Sustentável, há também um fator cultural. Segundo ela, a ideia de interagir com a natureza no Brasil está muito associada ao litoral. “Por que na Europa e nos Estados Unidos viver ao ar livre é algo tão natural e aqui não? Por que só se pensa em lazer na praia e não na cachoeira?”, questiona. 
O ministro do Turismo, Vinicius Lages, defende que os parques ampliem as opções de interação. “Atividades como arvorismo e balonismo, por exemplo, tornam a visita mais atrativa”, afirma. “Você pode enriquecer a experiência nos parques. Só a natureza pura pode ser pouco.”

PARA SABER MAIS

1. Lista de parques ICMBio: oesta.do/parquesviagem2.Tijuca: parquedatijuca.com.br
4. Fernando de Noronha: parnanoronha.com.br
5. Serra da Capivara: fumdham.org.br/parque.asp
6. WikiParques: wikiparques.com

A definição de “bonito por natureza” é normalmente associada às praias, mas o Brasil terminou 2014 com jeito de estar redescobrindo seu potencial ao ar livre. Apesar de os parques naturais ainda estarem bem distantes de serem opções tão concorridas quanto a areia e o mar, ao menos dois deles podem comemorar uma visitação recorde em 2014. No Rio, o Parque Nacional da Tijuca, onde fica o Cristo Redentor, recebeu 3,1 milhões de visitantes, enquanto as cataratas do Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, chegaram a 1,5 milhão de visitantes.

São números animadores, principalmente considerando que o total de visitas turísticas a parques brasileiros saltou de 1,9 milhão, em 2006, para 6 milhões, em 2013. Mas ainda há muito a ser feito. Nos Estados Unidos, por exemplo, 282 milhões de visitantes passaram pelas portarias de 58 parques nacionais em 2014, movimentando US$ 14,6 bilhões, além de 252 mil empregos.

O Brasil tem hoje 71 parques nacionais, patrimônio natural considerado o de maior potencial turístico em um ranking com outras140 nações feito pelo Fórum Econômico Mundial, capaz de movimentar R$ 1,6 bilhão por ano. Embora haja dificuldades de infraestrutura, boa parte delas têm novidades, ainda que tímidas, para atrair mais visitantes (leia mais abaixo). 

Contudo, distribuir a demanda ainda é um desafio. “Os parques nacionais não fazem parte do imaginário brasileiro. Cerca de 90% das visitações vêm de dois deles, o do Iguaçu e o da Tijuca. Porém, não é uma real visitação aos parques, mas aos atrativos Cristo e Cataratas”, acredita Ana Luisa da Riva, diretora do Instituto Semeia, que estuda formas de aperfeiçoar a gestão de áreas protegidas. 

Desde 2013, o Ministério do Turismo e o Instituto Chico Mendes (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente que gerencia os parques, realizam em 12 deles ações de integração com o entorno, em parceria com o Sebrae. “Temos áreas protegidas que não conseguimos converter em frutos turísticos. Precisamos abrir para o investimento privado, aumentar o fluxo de visitantes, mas manter o processo de proteção”, diz o ministro do Turismo, Vinicius Lages. 

Para Sergio Brant, diretor de criação e manejo de unidades de conservação do ICMBio, as iniciativas de concessões nos moldes dos parques da Tijuca, Iguaçu e Fernando de Noronha – geridas pelo mesmo grupo – são referências, mas é preciso incentivar investidores menores. “O que estamos desenvolvendo são cooperações que se adaptem a parques de todos os tamanhos”, explica. 

Chapada dos Veadeiros Foto: Ion david
Floresta Nacional do Tapajós Foto: Acervo da unidade Trilha Terra Rica
Parque Nacional da Serra das Confusões Foto: Nelson Yoneda/Acervo ICMBio
Cristo Redentor no Parque da Tijuca Foto: Alexandre Klemperer
CânionFortaleza no Parque Nacional daSerra Geral Foto: Lucio Santos/Acervo ICMBio

Infraestrutura e mudança cultural, um desafio

Apesar do aumento na visitação dos parques nacionais brasileiros, o número ainda é muito baixo em comparação a outros países. Segundo Ana Luisa da Riva, do Instituto Semeia, a média de visitação no Brasil é de 1,1 visitante por hectare, enquanto nos Estados Unidos é de 10,8 e, na Austrália, de 4,6. “Temos potencial de ter turismo mais expressivo”, diz. 
Evandro Schültz, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), tem opinião semelhante. “O Brasil ainda não se descobriu, turisticamente falando. É bom conhecer o modelo de parques americanos, argentinos e chilenos para buscarmos a nossa própria visão”, defende.
Falta de infraestrutura dos parques e difícil acesso estão entre as razões da baixa visitação, mas, para Paula Arantes, consultora em ecoturismo e organizadora do Fórum Interamericano de Turismo Sustentável, há também um fator cultural. Segundo ela, a ideia de interagir com a natureza no Brasil está muito associada ao litoral. “Por que na Europa e nos Estados Unidos viver ao ar livre é algo tão natural e aqui não? Por que só se pensa em lazer na praia e não na cachoeira?”, questiona. 
O ministro do Turismo, Vinicius Lages, defende que os parques ampliem as opções de interação. “Atividades como arvorismo e balonismo, por exemplo, tornam a visita mais atrativa”, afirma. “Você pode enriquecer a experiência nos parques. Só a natureza pura pode ser pouco.”

PARA SABER MAIS

1. Lista de parques ICMBio: oesta.do/parquesviagem2.Tijuca: parquedatijuca.com.br
4. Fernando de Noronha: parnanoronha.com.br
5. Serra da Capivara: fumdham.org.br/parque.asp
6. WikiParques: wikiparques.com

A definição de “bonito por natureza” é normalmente associada às praias, mas o Brasil terminou 2014 com jeito de estar redescobrindo seu potencial ao ar livre. Apesar de os parques naturais ainda estarem bem distantes de serem opções tão concorridas quanto a areia e o mar, ao menos dois deles podem comemorar uma visitação recorde em 2014. No Rio, o Parque Nacional da Tijuca, onde fica o Cristo Redentor, recebeu 3,1 milhões de visitantes, enquanto as cataratas do Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, chegaram a 1,5 milhão de visitantes.

São números animadores, principalmente considerando que o total de visitas turísticas a parques brasileiros saltou de 1,9 milhão, em 2006, para 6 milhões, em 2013. Mas ainda há muito a ser feito. Nos Estados Unidos, por exemplo, 282 milhões de visitantes passaram pelas portarias de 58 parques nacionais em 2014, movimentando US$ 14,6 bilhões, além de 252 mil empregos.

O Brasil tem hoje 71 parques nacionais, patrimônio natural considerado o de maior potencial turístico em um ranking com outras140 nações feito pelo Fórum Econômico Mundial, capaz de movimentar R$ 1,6 bilhão por ano. Embora haja dificuldades de infraestrutura, boa parte delas têm novidades, ainda que tímidas, para atrair mais visitantes (leia mais abaixo). 

Contudo, distribuir a demanda ainda é um desafio. “Os parques nacionais não fazem parte do imaginário brasileiro. Cerca de 90% das visitações vêm de dois deles, o do Iguaçu e o da Tijuca. Porém, não é uma real visitação aos parques, mas aos atrativos Cristo e Cataratas”, acredita Ana Luisa da Riva, diretora do Instituto Semeia, que estuda formas de aperfeiçoar a gestão de áreas protegidas. 

Desde 2013, o Ministério do Turismo e o Instituto Chico Mendes (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente que gerencia os parques, realizam em 12 deles ações de integração com o entorno, em parceria com o Sebrae. “Temos áreas protegidas que não conseguimos converter em frutos turísticos. Precisamos abrir para o investimento privado, aumentar o fluxo de visitantes, mas manter o processo de proteção”, diz o ministro do Turismo, Vinicius Lages. 

Para Sergio Brant, diretor de criação e manejo de unidades de conservação do ICMBio, as iniciativas de concessões nos moldes dos parques da Tijuca, Iguaçu e Fernando de Noronha – geridas pelo mesmo grupo – são referências, mas é preciso incentivar investidores menores. “O que estamos desenvolvendo são cooperações que se adaptem a parques de todos os tamanhos”, explica. 

Chapada dos Veadeiros Foto: Ion david
Floresta Nacional do Tapajós Foto: Acervo da unidade Trilha Terra Rica
Parque Nacional da Serra das Confusões Foto: Nelson Yoneda/Acervo ICMBio
Cristo Redentor no Parque da Tijuca Foto: Alexandre Klemperer
CânionFortaleza no Parque Nacional daSerra Geral Foto: Lucio Santos/Acervo ICMBio

Infraestrutura e mudança cultural, um desafio

Apesar do aumento na visitação dos parques nacionais brasileiros, o número ainda é muito baixo em comparação a outros países. Segundo Ana Luisa da Riva, do Instituto Semeia, a média de visitação no Brasil é de 1,1 visitante por hectare, enquanto nos Estados Unidos é de 10,8 e, na Austrália, de 4,6. “Temos potencial de ter turismo mais expressivo”, diz. 
Evandro Schültz, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), tem opinião semelhante. “O Brasil ainda não se descobriu, turisticamente falando. É bom conhecer o modelo de parques americanos, argentinos e chilenos para buscarmos a nossa própria visão”, defende.
Falta de infraestrutura dos parques e difícil acesso estão entre as razões da baixa visitação, mas, para Paula Arantes, consultora em ecoturismo e organizadora do Fórum Interamericano de Turismo Sustentável, há também um fator cultural. Segundo ela, a ideia de interagir com a natureza no Brasil está muito associada ao litoral. “Por que na Europa e nos Estados Unidos viver ao ar livre é algo tão natural e aqui não? Por que só se pensa em lazer na praia e não na cachoeira?”, questiona. 
O ministro do Turismo, Vinicius Lages, defende que os parques ampliem as opções de interação. “Atividades como arvorismo e balonismo, por exemplo, tornam a visita mais atrativa”, afirma. “Você pode enriquecer a experiência nos parques. Só a natureza pura pode ser pouco.”

PARA SABER MAIS

1. Lista de parques ICMBio: oesta.do/parquesviagem2.Tijuca: parquedatijuca.com.br
4. Fernando de Noronha: parnanoronha.com.br
5. Serra da Capivara: fumdham.org.br/parque.asp
6. WikiParques: wikiparques.com

A definição de “bonito por natureza” é normalmente associada às praias, mas o Brasil terminou 2014 com jeito de estar redescobrindo seu potencial ao ar livre. Apesar de os parques naturais ainda estarem bem distantes de serem opções tão concorridas quanto a areia e o mar, ao menos dois deles podem comemorar uma visitação recorde em 2014. No Rio, o Parque Nacional da Tijuca, onde fica o Cristo Redentor, recebeu 3,1 milhões de visitantes, enquanto as cataratas do Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, chegaram a 1,5 milhão de visitantes.

São números animadores, principalmente considerando que o total de visitas turísticas a parques brasileiros saltou de 1,9 milhão, em 2006, para 6 milhões, em 2013. Mas ainda há muito a ser feito. Nos Estados Unidos, por exemplo, 282 milhões de visitantes passaram pelas portarias de 58 parques nacionais em 2014, movimentando US$ 14,6 bilhões, além de 252 mil empregos.

O Brasil tem hoje 71 parques nacionais, patrimônio natural considerado o de maior potencial turístico em um ranking com outras140 nações feito pelo Fórum Econômico Mundial, capaz de movimentar R$ 1,6 bilhão por ano. Embora haja dificuldades de infraestrutura, boa parte delas têm novidades, ainda que tímidas, para atrair mais visitantes (leia mais abaixo). 

Contudo, distribuir a demanda ainda é um desafio. “Os parques nacionais não fazem parte do imaginário brasileiro. Cerca de 90% das visitações vêm de dois deles, o do Iguaçu e o da Tijuca. Porém, não é uma real visitação aos parques, mas aos atrativos Cristo e Cataratas”, acredita Ana Luisa da Riva, diretora do Instituto Semeia, que estuda formas de aperfeiçoar a gestão de áreas protegidas. 

Desde 2013, o Ministério do Turismo e o Instituto Chico Mendes (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente que gerencia os parques, realizam em 12 deles ações de integração com o entorno, em parceria com o Sebrae. “Temos áreas protegidas que não conseguimos converter em frutos turísticos. Precisamos abrir para o investimento privado, aumentar o fluxo de visitantes, mas manter o processo de proteção”, diz o ministro do Turismo, Vinicius Lages. 

Para Sergio Brant, diretor de criação e manejo de unidades de conservação do ICMBio, as iniciativas de concessões nos moldes dos parques da Tijuca, Iguaçu e Fernando de Noronha – geridas pelo mesmo grupo – são referências, mas é preciso incentivar investidores menores. “O que estamos desenvolvendo são cooperações que se adaptem a parques de todos os tamanhos”, explica. 

Chapada dos Veadeiros Foto: Ion david
Floresta Nacional do Tapajós Foto: Acervo da unidade Trilha Terra Rica
Parque Nacional da Serra das Confusões Foto: Nelson Yoneda/Acervo ICMBio
Cristo Redentor no Parque da Tijuca Foto: Alexandre Klemperer
CânionFortaleza no Parque Nacional daSerra Geral Foto: Lucio Santos/Acervo ICMBio

Infraestrutura e mudança cultural, um desafio

Apesar do aumento na visitação dos parques nacionais brasileiros, o número ainda é muito baixo em comparação a outros países. Segundo Ana Luisa da Riva, do Instituto Semeia, a média de visitação no Brasil é de 1,1 visitante por hectare, enquanto nos Estados Unidos é de 10,8 e, na Austrália, de 4,6. “Temos potencial de ter turismo mais expressivo”, diz. 
Evandro Schültz, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), tem opinião semelhante. “O Brasil ainda não se descobriu, turisticamente falando. É bom conhecer o modelo de parques americanos, argentinos e chilenos para buscarmos a nossa própria visão”, defende.
Falta de infraestrutura dos parques e difícil acesso estão entre as razões da baixa visitação, mas, para Paula Arantes, consultora em ecoturismo e organizadora do Fórum Interamericano de Turismo Sustentável, há também um fator cultural. Segundo ela, a ideia de interagir com a natureza no Brasil está muito associada ao litoral. “Por que na Europa e nos Estados Unidos viver ao ar livre é algo tão natural e aqui não? Por que só se pensa em lazer na praia e não na cachoeira?”, questiona. 
O ministro do Turismo, Vinicius Lages, defende que os parques ampliem as opções de interação. “Atividades como arvorismo e balonismo, por exemplo, tornam a visita mais atrativa”, afirma. “Você pode enriquecer a experiência nos parques. Só a natureza pura pode ser pouco.”

PARA SABER MAIS

1. Lista de parques ICMBio: oesta.do/parquesviagem2.Tijuca: parquedatijuca.com.br
4. Fernando de Noronha: parnanoronha.com.br
5. Serra da Capivara: fumdham.org.br/parque.asp
6. WikiParques: wikiparques.com

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