Países como Nova Zelândia e a Costa Rica são veteranos quando o assunto é turismo de aventura. As regras são claras e as empresas devem seguir padrões rígidos para oferecer suas atividades. No Brasil, no entanto, tudo ainda é muito novo - as primeiras normas foram validadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) entre 2008 e 2009.
De acordo com Evandro Schütz, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), estima-se que o Brasil tenha formalmente no ramo cerca de 1.700 empresas. Sabe-se, contudo, que a informalidade é grande. E para não correr riscos de se aventurar (literalmente) com uma empresa irregular, o único jeito é estar atento a alguns sinais.
"Preço também é imagem", explica Evandro. "Os equipamentos de segurança custam caro nesse ramo; se alguém oferecer um rafting, por exemplo, por um preço muito abaixo da média, desconfie."
Verificar se a empresa tem CNPJ e se está registrada no Cadastur - cadastro do Ministério do Turismo - também é importante. Evandro recomenda ainda perguntar se o local conta com sistema de gestão de segurança, conjunto de procedimentos preventivos e em caso de acidente. "O documento é enorme, mas o atendente pode exemplificar alguns procedimentos."
Segundo o presidente da Abeta, o consumo de atividades de aventura passa por conscientização ampla não só de quem oferta o produto, mas também de quem compra. Por isso, é importante que o turista siga atentamente as instruções do guia.
Para Evandro, o grande desafio das empresas do ramo hoje é a qualificação dos serviços para atingir um patamar internacional. "Avançamos muito, mas ainda há muito a fazer."