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Opinião|Quotas de género aprovadas em Portugal


Quando o sistema não funciona, por si, temos que o forçar, dizem muitas vezes. Foi isso que aconteceu esse ano em Portugal: no final de Junho o Parlamento aprovou a lei das quotas de género e o Presidente da República a promulgou na semana passada. Apesar de as quotas serem algo relativamente usual no Brasil, aqui em Portugal elas praticamente não existem, tirando em alguns casos específicos.

Por Margarida Vaqueiro Lopes

Essa lei diz que a partir do próximo ano, 2018, todas as empresas públicas e todas as empresas cotadas na bolsa terão que ter pelo menos 33,3% dos lugares ocupados por mulheres: elas precisam estar mais representadas nos órgãos de fiscalização e nos conselhos de administração, porque naturalmente isso não acontece. E não é porque não tenham competências - é simplesmente porque não acontece. No entanto, nada temam, a ideia é promover a igualdade de gênero e não organizar uma tomada de poder pelas mulheres, em busca da conquista do país ou do mundo J

E por que é que essa lei é tão necessária? Bom, porque apesar de Portugal já ter feito muitos avanços no que toca a igualdade de gênero, a verdade é que os números não mentem. Esses aí foram reunidos pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Gênero:

Em Portugal, a maioria da população residente é feminina (52,6%);

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Nas empresas cotadas no PSI 20, o principal índice acionário português, as mulheres em conselhos de administração representam apenas 14% dos lugares;

Em cada 100 pessoas que terminam a graduação, 60 são mulheres e 40 são homens;

Em média, os homens ganham mais 16,7% que as mulheres (o salário médio dos homens ronda os 990 euros e o das mulheres 824 euros). Em cargos de topo, a diferença salarial entre homens e mulheres sobe para os 26,4% - com as mulheres a ganhar menos.

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A taxa de pobreza das mulheres é superior à dos homens.

Isso significa, entre outras coisas, que há uma tradição que não está conseguindo ser quebrada de colocar sempre homens nos cargos de topo, com os melhores salários - apesar de as mulheres até terem mais formação, mesmo em termos de doutorados, e de poderem desempenhar as mesmas funções apresentando os mesmos resultados.

Assim, a gente tem que forçar a igualdade até ela ser apenas algo natural. A lei das quotas incomodou um monte de gente que tem medo que o mérito fique esquecido. Mas como é óbvio, isso é um pensamento redutor: nenhuma empresa vai escolher para a sua administração uma mulher que não seja muito competente. A diferença é que vai olhar para uma mulher e pensar se ela pode ou não ocupar o cargo. Ao contrário do que acontecia até agora - em que simplesmente não olhava para ela como opção.

Essa lei diz que a partir do próximo ano, 2018, todas as empresas públicas e todas as empresas cotadas na bolsa terão que ter pelo menos 33,3% dos lugares ocupados por mulheres: elas precisam estar mais representadas nos órgãos de fiscalização e nos conselhos de administração, porque naturalmente isso não acontece. E não é porque não tenham competências - é simplesmente porque não acontece. No entanto, nada temam, a ideia é promover a igualdade de gênero e não organizar uma tomada de poder pelas mulheres, em busca da conquista do país ou do mundo J

E por que é que essa lei é tão necessária? Bom, porque apesar de Portugal já ter feito muitos avanços no que toca a igualdade de gênero, a verdade é que os números não mentem. Esses aí foram reunidos pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Gênero:

Em Portugal, a maioria da população residente é feminina (52,6%);

Nas empresas cotadas no PSI 20, o principal índice acionário português, as mulheres em conselhos de administração representam apenas 14% dos lugares;

Em cada 100 pessoas que terminam a graduação, 60 são mulheres e 40 são homens;

Em média, os homens ganham mais 16,7% que as mulheres (o salário médio dos homens ronda os 990 euros e o das mulheres 824 euros). Em cargos de topo, a diferença salarial entre homens e mulheres sobe para os 26,4% - com as mulheres a ganhar menos.

A taxa de pobreza das mulheres é superior à dos homens.

Isso significa, entre outras coisas, que há uma tradição que não está conseguindo ser quebrada de colocar sempre homens nos cargos de topo, com os melhores salários - apesar de as mulheres até terem mais formação, mesmo em termos de doutorados, e de poderem desempenhar as mesmas funções apresentando os mesmos resultados.

Assim, a gente tem que forçar a igualdade até ela ser apenas algo natural. A lei das quotas incomodou um monte de gente que tem medo que o mérito fique esquecido. Mas como é óbvio, isso é um pensamento redutor: nenhuma empresa vai escolher para a sua administração uma mulher que não seja muito competente. A diferença é que vai olhar para uma mulher e pensar se ela pode ou não ocupar o cargo. Ao contrário do que acontecia até agora - em que simplesmente não olhava para ela como opção.

Essa lei diz que a partir do próximo ano, 2018, todas as empresas públicas e todas as empresas cotadas na bolsa terão que ter pelo menos 33,3% dos lugares ocupados por mulheres: elas precisam estar mais representadas nos órgãos de fiscalização e nos conselhos de administração, porque naturalmente isso não acontece. E não é porque não tenham competências - é simplesmente porque não acontece. No entanto, nada temam, a ideia é promover a igualdade de gênero e não organizar uma tomada de poder pelas mulheres, em busca da conquista do país ou do mundo J

E por que é que essa lei é tão necessária? Bom, porque apesar de Portugal já ter feito muitos avanços no que toca a igualdade de gênero, a verdade é que os números não mentem. Esses aí foram reunidos pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Gênero:

Em Portugal, a maioria da população residente é feminina (52,6%);

Nas empresas cotadas no PSI 20, o principal índice acionário português, as mulheres em conselhos de administração representam apenas 14% dos lugares;

Em cada 100 pessoas que terminam a graduação, 60 são mulheres e 40 são homens;

Em média, os homens ganham mais 16,7% que as mulheres (o salário médio dos homens ronda os 990 euros e o das mulheres 824 euros). Em cargos de topo, a diferença salarial entre homens e mulheres sobe para os 26,4% - com as mulheres a ganhar menos.

A taxa de pobreza das mulheres é superior à dos homens.

Isso significa, entre outras coisas, que há uma tradição que não está conseguindo ser quebrada de colocar sempre homens nos cargos de topo, com os melhores salários - apesar de as mulheres até terem mais formação, mesmo em termos de doutorados, e de poderem desempenhar as mesmas funções apresentando os mesmos resultados.

Assim, a gente tem que forçar a igualdade até ela ser apenas algo natural. A lei das quotas incomodou um monte de gente que tem medo que o mérito fique esquecido. Mas como é óbvio, isso é um pensamento redutor: nenhuma empresa vai escolher para a sua administração uma mulher que não seja muito competente. A diferença é que vai olhar para uma mulher e pensar se ela pode ou não ocupar o cargo. Ao contrário do que acontecia até agora - em que simplesmente não olhava para ela como opção.

Essa lei diz que a partir do próximo ano, 2018, todas as empresas públicas e todas as empresas cotadas na bolsa terão que ter pelo menos 33,3% dos lugares ocupados por mulheres: elas precisam estar mais representadas nos órgãos de fiscalização e nos conselhos de administração, porque naturalmente isso não acontece. E não é porque não tenham competências - é simplesmente porque não acontece. No entanto, nada temam, a ideia é promover a igualdade de gênero e não organizar uma tomada de poder pelas mulheres, em busca da conquista do país ou do mundo J

E por que é que essa lei é tão necessária? Bom, porque apesar de Portugal já ter feito muitos avanços no que toca a igualdade de gênero, a verdade é que os números não mentem. Esses aí foram reunidos pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Gênero:

Em Portugal, a maioria da população residente é feminina (52,6%);

Nas empresas cotadas no PSI 20, o principal índice acionário português, as mulheres em conselhos de administração representam apenas 14% dos lugares;

Em cada 100 pessoas que terminam a graduação, 60 são mulheres e 40 são homens;

Em média, os homens ganham mais 16,7% que as mulheres (o salário médio dos homens ronda os 990 euros e o das mulheres 824 euros). Em cargos de topo, a diferença salarial entre homens e mulheres sobe para os 26,4% - com as mulheres a ganhar menos.

A taxa de pobreza das mulheres é superior à dos homens.

Isso significa, entre outras coisas, que há uma tradição que não está conseguindo ser quebrada de colocar sempre homens nos cargos de topo, com os melhores salários - apesar de as mulheres até terem mais formação, mesmo em termos de doutorados, e de poderem desempenhar as mesmas funções apresentando os mesmos resultados.

Assim, a gente tem que forçar a igualdade até ela ser apenas algo natural. A lei das quotas incomodou um monte de gente que tem medo que o mérito fique esquecido. Mas como é óbvio, isso é um pensamento redutor: nenhuma empresa vai escolher para a sua administração uma mulher que não seja muito competente. A diferença é que vai olhar para uma mulher e pensar se ela pode ou não ocupar o cargo. Ao contrário do que acontecia até agora - em que simplesmente não olhava para ela como opção.

Opinião por Margarida Vaqueiro Lopes

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