Curiosidades, entrevistas e lugares paradisíacos

A Vida e a Montanha


Qual foi o ponto mais alto que você já chegou até hoje na vida? A pergunta é meio vaga. Para uns esse "ponto" poderia ser ter filhos, para outros conseguir o tão batalhado diploma, ter a carreira reconhecida, o dia do casamento... No meu caso eu cheguei literalmente no topo do mundo: o Monte Everest. Na semana passada comecei a contar aqui (http://viagem.estadao.com.br/blogs/viajando-com-karina-oliani/por-que-chegar-ao-topo-do-everest-e-so-o-comeco/ ) sobre a minha preparação para escalar o Monte Everest que levou mais de dez anos quando me senti pronta para encarar o feito.

Por Karina Oliani

 

São duas as faces para escalar a famosa montanha. Vocês já acompanharam como foi a face sul, agora vamos escalar junto comigo a face norte.

 Foto: Estadão
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Para entender a diferença a grosso modo das duas faces do Everest, a sul é mais longa e - particularmente - bonita como vocês podem ver nas três fotos acima. Ao conhecer a norte, percebi o porquê que fiz o certo ao ouvir os mais experientes e não ter me desafiado a fazer diferente e não ter começado pelo lado setentrional. Pois esta é  mais difícil, mais técnica e até mesmo um pouco mórbida.  outros nunca foram" e por aí vai.

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No acampamento-base do Everest, fizemos cerimônias budistas. Todos fomos para um Monastério e recebemos uma bênção que se chama "puja". Essa cerimônia da puja  é nada mais que um pedido espiritual de permissão para subirmos a montanha "Sagarmrtha" ou "Chomolomgma" (nomes sagrados dados ao Everest na língua local) para a deusa Terra. Isso garantia uma proteção divina pelo fato dos escaladores demonstrarem um respeito antes de começar a escalar. Eu sou muito ligada com questões de espiritualidade e energias. Naquele momento eu senti que entrei em outra dimensão para me abastecer de forças para o que estava por vir. E não foi pouca coisa.

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A começar que sou médica, raramente me impressiono com cadáveres. Mas contabilizar dez corpos no meio do caminho foi algo que mexeu comigo na medida em que chegávamos mais perto do nosso objetivo. Pode parecer estranho o que escreverei, mas aprendi também a tirar lições positivas até mesmo em situações delicadas: aqueles alpinistas mortos congelados em meio ao caminho era um aviso da Deusa da Montanha que, apesar de estarmos protegidos espiritualmente por ela, não era para facilitarmos e lembrar de permanecer sempre alerta e vigilante. Na face sul, esse tipo de situação é mais rara. Já é uma medida para vocês terem ideia das diferenças no grau de dificuldade de cada rota.

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A face norte é mais direta, tem três steps (como se fossem "passos" ou "fases"). Nesses steps você tem que escalar em rochas cobertas por gelo. São consideradas de nível difícil.  Daí você tem que considerar que está com uma roupa volumosa, bota, luvas enormes, ter que escalar mais de 8000 metros de altura, com pouco oxigênio e uma mochila gigante nas costas... soma tudo isso e vocês entenderão o porquê escalar nessas condições é "brincadeira de gente grande".

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Depois dos meus relatos, deve ter gente se perguntando: vale a pena diante de tantas dificuldades? Claro que vale. Cada queda, aprendizado com um pequeno descuido que não teve grandes consequências mas que me fazia ficar mais atenta, dificuldade de respirar e outras coisas me faziam pensar muito na minha vida. Eu não comemorei apenas quando cheguei ao topo e fui considerada a mais jovem brasileira (e única) a escalar o Everest pelas duas faces.

 

Eu comemorava - mesmo que sem manifestar - cada passo que eu dava rumo ao meu alvo. Pois para se chegar lá era preciso que eu tivesse força, saúde e vontade para conseguir caminhar. Isso não vale apenas em escalada, mas também para tudo na vida: quando queremos muito alguma coisa, tudo o que precisamos é de um primeiro passo muito bem dado. Depois que se toma atitude, meus leitores, o resto vem com mais naturalidade.

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Gostaram de viajar comigo nestes dois textos? Pois então fiquei ligados nesta noite (18) e no dia 25 de maio no Canal OFF para a estreia do meu documentário que será exibido em duas partes no Canal OFF: "A outra face do Everest". Tudo isso que relatei (e muito mais!) foi devidamente documentado em alta definição para que você se sinta como alguém que fez parte da equipe de alpinistas que me juntei para chegar ao ponto mais alto do mundo. Fisicamente, eu cheguei lá. Mas a minha sensação é que eu posso chegar muito além em outros aspectos da minha vida. E na sua, já foi dado o seu primeiro passo rumo ao topo?

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São duas as faces para escalar a famosa montanha. Vocês já acompanharam como foi a face sul, agora vamos escalar junto comigo a face norte.

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Para entender a diferença a grosso modo das duas faces do Everest, a sul é mais longa e - particularmente - bonita como vocês podem ver nas três fotos acima. Ao conhecer a norte, percebi o porquê que fiz o certo ao ouvir os mais experientes e não ter me desafiado a fazer diferente e não ter começado pelo lado setentrional. Pois esta é  mais difícil, mais técnica e até mesmo um pouco mórbida.  outros nunca foram" e por aí vai.

 Foto: Estadão
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No acampamento-base do Everest, fizemos cerimônias budistas. Todos fomos para um Monastério e recebemos uma bênção que se chama "puja". Essa cerimônia da puja  é nada mais que um pedido espiritual de permissão para subirmos a montanha "Sagarmrtha" ou "Chomolomgma" (nomes sagrados dados ao Everest na língua local) para a deusa Terra. Isso garantia uma proteção divina pelo fato dos escaladores demonstrarem um respeito antes de começar a escalar. Eu sou muito ligada com questões de espiritualidade e energias. Naquele momento eu senti que entrei em outra dimensão para me abastecer de forças para o que estava por vir. E não foi pouca coisa.

 

A começar que sou médica, raramente me impressiono com cadáveres. Mas contabilizar dez corpos no meio do caminho foi algo que mexeu comigo na medida em que chegávamos mais perto do nosso objetivo. Pode parecer estranho o que escreverei, mas aprendi também a tirar lições positivas até mesmo em situações delicadas: aqueles alpinistas mortos congelados em meio ao caminho era um aviso da Deusa da Montanha que, apesar de estarmos protegidos espiritualmente por ela, não era para facilitarmos e lembrar de permanecer sempre alerta e vigilante. Na face sul, esse tipo de situação é mais rara. Já é uma medida para vocês terem ideia das diferenças no grau de dificuldade de cada rota.

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A face norte é mais direta, tem três steps (como se fossem "passos" ou "fases"). Nesses steps você tem que escalar em rochas cobertas por gelo. São consideradas de nível difícil.  Daí você tem que considerar que está com uma roupa volumosa, bota, luvas enormes, ter que escalar mais de 8000 metros de altura, com pouco oxigênio e uma mochila gigante nas costas... soma tudo isso e vocês entenderão o porquê escalar nessas condições é "brincadeira de gente grande".

 Foto: Estadão

 

Depois dos meus relatos, deve ter gente se perguntando: vale a pena diante de tantas dificuldades? Claro que vale. Cada queda, aprendizado com um pequeno descuido que não teve grandes consequências mas que me fazia ficar mais atenta, dificuldade de respirar e outras coisas me faziam pensar muito na minha vida. Eu não comemorei apenas quando cheguei ao topo e fui considerada a mais jovem brasileira (e única) a escalar o Everest pelas duas faces.

 

Eu comemorava - mesmo que sem manifestar - cada passo que eu dava rumo ao meu alvo. Pois para se chegar lá era preciso que eu tivesse força, saúde e vontade para conseguir caminhar. Isso não vale apenas em escalada, mas também para tudo na vida: quando queremos muito alguma coisa, tudo o que precisamos é de um primeiro passo muito bem dado. Depois que se toma atitude, meus leitores, o resto vem com mais naturalidade.

 

Gostaram de viajar comigo nestes dois textos? Pois então fiquei ligados nesta noite (18) e no dia 25 de maio no Canal OFF para a estreia do meu documentário que será exibido em duas partes no Canal OFF: "A outra face do Everest". Tudo isso que relatei (e muito mais!) foi devidamente documentado em alta definição para que você se sinta como alguém que fez parte da equipe de alpinistas que me juntei para chegar ao ponto mais alto do mundo. Fisicamente, eu cheguei lá. Mas a minha sensação é que eu posso chegar muito além em outros aspectos da minha vida. E na sua, já foi dado o seu primeiro passo rumo ao topo?

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São duas as faces para escalar a famosa montanha. Vocês já acompanharam como foi a face sul, agora vamos escalar junto comigo a face norte.

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Para entender a diferença a grosso modo das duas faces do Everest, a sul é mais longa e - particularmente - bonita como vocês podem ver nas três fotos acima. Ao conhecer a norte, percebi o porquê que fiz o certo ao ouvir os mais experientes e não ter me desafiado a fazer diferente e não ter começado pelo lado setentrional. Pois esta é  mais difícil, mais técnica e até mesmo um pouco mórbida.  outros nunca foram" e por aí vai.

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No acampamento-base do Everest, fizemos cerimônias budistas. Todos fomos para um Monastério e recebemos uma bênção que se chama "puja". Essa cerimônia da puja  é nada mais que um pedido espiritual de permissão para subirmos a montanha "Sagarmrtha" ou "Chomolomgma" (nomes sagrados dados ao Everest na língua local) para a deusa Terra. Isso garantia uma proteção divina pelo fato dos escaladores demonstrarem um respeito antes de começar a escalar. Eu sou muito ligada com questões de espiritualidade e energias. Naquele momento eu senti que entrei em outra dimensão para me abastecer de forças para o que estava por vir. E não foi pouca coisa.

 

A começar que sou médica, raramente me impressiono com cadáveres. Mas contabilizar dez corpos no meio do caminho foi algo que mexeu comigo na medida em que chegávamos mais perto do nosso objetivo. Pode parecer estranho o que escreverei, mas aprendi também a tirar lições positivas até mesmo em situações delicadas: aqueles alpinistas mortos congelados em meio ao caminho era um aviso da Deusa da Montanha que, apesar de estarmos protegidos espiritualmente por ela, não era para facilitarmos e lembrar de permanecer sempre alerta e vigilante. Na face sul, esse tipo de situação é mais rara. Já é uma medida para vocês terem ideia das diferenças no grau de dificuldade de cada rota.

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A face norte é mais direta, tem três steps (como se fossem "passos" ou "fases"). Nesses steps você tem que escalar em rochas cobertas por gelo. São consideradas de nível difícil.  Daí você tem que considerar que está com uma roupa volumosa, bota, luvas enormes, ter que escalar mais de 8000 metros de altura, com pouco oxigênio e uma mochila gigante nas costas... soma tudo isso e vocês entenderão o porquê escalar nessas condições é "brincadeira de gente grande".

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Depois dos meus relatos, deve ter gente se perguntando: vale a pena diante de tantas dificuldades? Claro que vale. Cada queda, aprendizado com um pequeno descuido que não teve grandes consequências mas que me fazia ficar mais atenta, dificuldade de respirar e outras coisas me faziam pensar muito na minha vida. Eu não comemorei apenas quando cheguei ao topo e fui considerada a mais jovem brasileira (e única) a escalar o Everest pelas duas faces.

 

Eu comemorava - mesmo que sem manifestar - cada passo que eu dava rumo ao meu alvo. Pois para se chegar lá era preciso que eu tivesse força, saúde e vontade para conseguir caminhar. Isso não vale apenas em escalada, mas também para tudo na vida: quando queremos muito alguma coisa, tudo o que precisamos é de um primeiro passo muito bem dado. Depois que se toma atitude, meus leitores, o resto vem com mais naturalidade.

 

Gostaram de viajar comigo nestes dois textos? Pois então fiquei ligados nesta noite (18) e no dia 25 de maio no Canal OFF para a estreia do meu documentário que será exibido em duas partes no Canal OFF: "A outra face do Everest". Tudo isso que relatei (e muito mais!) foi devidamente documentado em alta definição para que você se sinta como alguém que fez parte da equipe de alpinistas que me juntei para chegar ao ponto mais alto do mundo. Fisicamente, eu cheguei lá. Mas a minha sensação é que eu posso chegar muito além em outros aspectos da minha vida. E na sua, já foi dado o seu primeiro passo rumo ao topo?

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São duas as faces para escalar a famosa montanha. Vocês já acompanharam como foi a face sul, agora vamos escalar junto comigo a face norte.

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Para entender a diferença a grosso modo das duas faces do Everest, a sul é mais longa e - particularmente - bonita como vocês podem ver nas três fotos acima. Ao conhecer a norte, percebi o porquê que fiz o certo ao ouvir os mais experientes e não ter me desafiado a fazer diferente e não ter começado pelo lado setentrional. Pois esta é  mais difícil, mais técnica e até mesmo um pouco mórbida.  outros nunca foram" e por aí vai.

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No acampamento-base do Everest, fizemos cerimônias budistas. Todos fomos para um Monastério e recebemos uma bênção que se chama "puja". Essa cerimônia da puja  é nada mais que um pedido espiritual de permissão para subirmos a montanha "Sagarmrtha" ou "Chomolomgma" (nomes sagrados dados ao Everest na língua local) para a deusa Terra. Isso garantia uma proteção divina pelo fato dos escaladores demonstrarem um respeito antes de começar a escalar. Eu sou muito ligada com questões de espiritualidade e energias. Naquele momento eu senti que entrei em outra dimensão para me abastecer de forças para o que estava por vir. E não foi pouca coisa.

 

A começar que sou médica, raramente me impressiono com cadáveres. Mas contabilizar dez corpos no meio do caminho foi algo que mexeu comigo na medida em que chegávamos mais perto do nosso objetivo. Pode parecer estranho o que escreverei, mas aprendi também a tirar lições positivas até mesmo em situações delicadas: aqueles alpinistas mortos congelados em meio ao caminho era um aviso da Deusa da Montanha que, apesar de estarmos protegidos espiritualmente por ela, não era para facilitarmos e lembrar de permanecer sempre alerta e vigilante. Na face sul, esse tipo de situação é mais rara. Já é uma medida para vocês terem ideia das diferenças no grau de dificuldade de cada rota.

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A face norte é mais direta, tem três steps (como se fossem "passos" ou "fases"). Nesses steps você tem que escalar em rochas cobertas por gelo. São consideradas de nível difícil.  Daí você tem que considerar que está com uma roupa volumosa, bota, luvas enormes, ter que escalar mais de 8000 metros de altura, com pouco oxigênio e uma mochila gigante nas costas... soma tudo isso e vocês entenderão o porquê escalar nessas condições é "brincadeira de gente grande".

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Depois dos meus relatos, deve ter gente se perguntando: vale a pena diante de tantas dificuldades? Claro que vale. Cada queda, aprendizado com um pequeno descuido que não teve grandes consequências mas que me fazia ficar mais atenta, dificuldade de respirar e outras coisas me faziam pensar muito na minha vida. Eu não comemorei apenas quando cheguei ao topo e fui considerada a mais jovem brasileira (e única) a escalar o Everest pelas duas faces.

 

Eu comemorava - mesmo que sem manifestar - cada passo que eu dava rumo ao meu alvo. Pois para se chegar lá era preciso que eu tivesse força, saúde e vontade para conseguir caminhar. Isso não vale apenas em escalada, mas também para tudo na vida: quando queremos muito alguma coisa, tudo o que precisamos é de um primeiro passo muito bem dado. Depois que se toma atitude, meus leitores, o resto vem com mais naturalidade.

 

Gostaram de viajar comigo nestes dois textos? Pois então fiquei ligados nesta noite (18) e no dia 25 de maio no Canal OFF para a estreia do meu documentário que será exibido em duas partes no Canal OFF: "A outra face do Everest". Tudo isso que relatei (e muito mais!) foi devidamente documentado em alta definição para que você se sinta como alguém que fez parte da equipe de alpinistas que me juntei para chegar ao ponto mais alto do mundo. Fisicamente, eu cheguei lá. Mas a minha sensação é que eu posso chegar muito além em outros aspectos da minha vida. E na sua, já foi dado o seu primeiro passo rumo ao topo?

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