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É hora de ir para as Bahamas

O furacão Dorian nem chegou perto da mais visitada do conjunto e de outras 13 ilhas principais. O país precisa do turismo 

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Por Adriana Moreira
Atualização:
A ilha mais visitada do conjunto, Nassau & Paradise Island (cujo aeroporto segue funcionando normalmente) Foto: Jonne Roriz/AE

Sim, é isso mesmo que você leu no título acima. É hora de ir para as Bahamas – ou pelo menos é o que pede o governo do conjunto de ilhas caribenhas que ganharam os noticiários depois da devastadora passagem do furacão Dorian no início do mês.

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Parece uma afirmação absurda, eu sei, mas tem lógica. As Bahamas são um país composto por 700 ilhas e ilhotas, e entre as principais que compõem o arquipélago apenas duas foram atingidas: Grand Bahamas e Abacos, que estão entre as mais procuradas pelos turistas. No entanto, o Dorian nem chegou perto da mais visitada do conjunto, Nassau & Paradise Island (cujo aeroporto segue funcionando normalmente), assim como de outras 13 ilhas principais. 

“Precisamos que os visitantes venham”, declarou o vice-diretor-geral do Ministério do Turismo, Ellison “Tommy” Thompson, para o jornal The Washington Post na semana passada. Segundo ele, a recuperação das áreas atingidas vai levar anos para ser concluída– e o turismo será essencial para colaborar com o processo. Afinal, essa é a principal atividade econômica do país.

Grandes empresas de turismo também já retomaram as atividades nas áreas não atingidas do arquipélago. A Norwegian, companhia de cruzeiros que tem uma ilha particular nas Bahamas chamada Great Stirrup Cay, anunciou que vai destinar US$ 2 milhões para ajudar na reconstrução do país. Além disso, já retomou as paradas em Nassau e na própria Great Stirrup Cay. A empresa também levou suprimentos aos locais atingidos. A MSC, outra companhia de cruzeiros atuante nas Bahamas, também disponibilizou seus navios para levar alimentos e outros itens de necessidade para as áreas mais atingidas. E o Atlantis Paradise Island, um dos mais conhecidos resorts das Bahamas, anunciou um aporte de US$ 3 milhões (em conjunto com a Brookfield Asset Management, uma espécie de investidora) para as áreas atingidas. O luxuoso hotel segue funcionando normalmente.

Responsabilidade

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Embora fazer turismo seja essencialmente sobre esquecer as preocupações do dia a dia e se divertir, não se pode esquecer que o turista tem sim suas responsabilidades. Suas escolhas são essenciais, do destino ao hotel, passando pela definição dos passeios e até do cardápio. Tudo terá uma consequência, positiva ou negativa, para as pessoas que vivem onde você passa férias. 

Em casos como o das Bahamas, o importante é dar às coisas o peso real que elas têm e não criar pânico desnecessário. Estar bem informado é essencial – e não apenas quando se trata de turismo, mas na vida também.

Justamente por isso, o governo das Bahamas lançou rapidamente o site bahamas.com/relief, não apenas com informações sobre a situação das ilhas atingidas, formas de ajudar e doações. Mas também sobre a situação de praias, hotéis e outras atividades de lazer que seguem funcionando normalmente. 

Além disso, há uma área de pacotes com ofertas e descontos convidativos. Um dos resorts, por exemplo, oferece 40% de desconto para reservas feitas com 60 dias de antecipação – vale lembrar que em 60 dias a alta temporada dos furacões no Caribe já vai ter terminado. Há ainda preços especiais para luas de mel ou casamentos. A ideia, afinal, é manter a economia em funcionamento.

Se você é da turma do “mas que vantagem eu levo nisso”, vale dizer que você certamente encontrará preços melhores e uma população ávida para mostrar as belezas e encantos de seu país. Já para a turma do “por que não se preocupar com o Brasil”, a coluna da semana passada tem um bom panorama. Vale lembrar que ajudar uma causa (ou destino) não diminui a importância de outras.

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